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domingo, 5 de setembro de 2021

Modernização das relações de trabalho faz com que o trabalho remoto, teletrabalho ou home office tenham normas revistas

Sidocal esclarece diferença entre ambos e formas legais de preservar direitos em ambas as modalidades


     O teletrabalho e o trabalho remoto em esquema “home office” estão em pauta muito antes da pandemia, e uma prova disso é o artigo 60 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que foi alterado em 2011, e que diz que não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.  E no Parágrafo único, esclarece ainda: “Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio". Ou seja, os direitos devem ser preservados e respeitados, independentemente do modus operandi para a realização de sua atividade.

Como explica o assessor jurídico do Sidocal (Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias no Estado de São Paulo), o advogado trabalhista Wolnei Tadeu Ferreira, essa modalidade não presencial das atividades ganhou notoriedade e força durante o início da pandemia, quando cerca de 1,8 bilhão de pessoas (segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho), no mundo, antes do isolamento social, já trabalhavam remotamente ao menos uma vez por semana. “O cenário anterior já vinha se desenhando ainda que timidamente para o formato de home office pelo menos uma vez por semana em alguns cargos, mas com a pandemia, alguns países precisaram editar suas leis para se adequarem a essa nova realidade, como foi o caso da Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai”, diz. “No Brasil, elas foram reforçadas, com a MP 927, de 22/3/2020, que dispunha sobre as medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo decreto legislativo 6, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, tendo sido reforçada com a recente MP 1046/2021 que reforçou a adoção do teletrabalho e permitiu às empresas suspenderem por 120 dias a realização dos exames ocupacionais e periódicos de quem estivesse em regime de trabalho remoto”, entre outras medidas, esclarece Ferreira.

Há algumas cautelas jurídicas que precisam ser consideradas em ambas as modalidades, que incluem a duração do trabalho, o fornecimento dos equipamentos, custeio de despesas, a ergonomia, a conveniência da negociação coletiva e a segurança da informação.

“Acreditamos que haverá uma compatibilização do formato híbrido, ou seja, tanto presencial como no modelo remoto que devem ser analisadas caso a caso”, defende a secretária executiva do Sidocal, Vanessa Acunzzo, que lembra a importância de regras escritas e diferenciadas entre home office e teletrabalho.

Lembrando que a principal diferença entre o teletrabalho e o home office é que o primeiro está na lei, logo tem regras próprias, já o segundo regime de trabalho obedece às mesmas regras que o trabalho presencial. “Fato é que as normas sindicais devem ser seguidas independentemente da modalidade adotada, e que os direitos e deveres devem ser seguidos à risca e de ciência de todos os envolvidos, empresa e colaborador”, diz.

O Sidocal pode auxiliar e interceder por meio de acordos coletivos, que deixam todas as condições de trabalho predeterminadas, preenchendo lacunas na lei que podem impactar negativamente a relação entre empregado e empregador, atuando em ações relacionadas a negociações coletivas de trabalho, revisão dos tributos e questões relacionadas à sustentabilidade das corporações por meio de seus comitês especializados para atender as mais variadas demandas, a saber: Fiscal/Tributário; Qualidade/Tecnologia; RH; Agrícola; CEOs/Empresários.

 


Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias no Estado de São Paulo - Sidocal

www.sidocal.com.br

 

Consultoria organizacional: uma opção de carreira

As mudanças nas relações de trabalho, o enxugamento das estruturas organizacionais, a incorporação de novas tecnologias e a possibilidade de ser dono do próprio negócio estão entre os motivos pelos quais cada vez mais profissionais deixam os quadros das empresas pela possibilidade de empreender. E, dentre as alternativas viáveis, está atuar como consultor(a) ou assessor(a) organizacional. Contudo, é importante compreender por que uma organização contrata uma consultoria ou um consultor.

Destaco alguns motivos principais. Um deles é para ajudar o cliente quando ele não sabe fazer (aplicar metodologias para a resolução de problemas complexos, por exemplo), ou para ajudá-lo com mão de obra qualificada para operacionalizar o que ele sabe que precisa fazer, mas “não tem braços” (realizar auditorias na rede de distribuição ou filiais do cliente, por exemplo).

Há ainda casos em que é preciso ajudar o cliente a chegar aonde ele (ainda) não sabe que pode chegar, aplicando uma metodologia de elaboração e desdobramento de planejamento estratégico que seja ambidestra, por exemplo, focando nos resultados de curto prazo e ainda mirando no que a empresa quer se tornar daqui há cinco anos. Outro exemplo é no combate a desperdícios que o cliente não havia detectado, que podem torná-lo mais eficiente e competitivo.

No entanto, para atuar em consultoria organizacional, independentemente do tema ou nicho, se faz necessário possuir as famosas hard e soft kills. As hard skills são um conjunto de conhecimentos específicos, além de formação ou educação formal e vasta vivência nos temas que serão objeto da consultoria. Já as soft skills são diferenciais em termos de habilidades humanas e comportamentais, forte capacidade de comunicação e de adaptação a novos contextos, setores, segmentos e culturas de empresas.

Estes dias, um ex-colega de trabalho, que está há alguns meses no mercado de trabalho buscando recolocação, me confidenciou que possui muito conhecimento e experiência acumulados em determinado tema, mas acha que lhe falta coragem para se tornar um consultor. Respondi que até a prestigiada e experiente atriz brasileira Fernanda Montenegro, revelou sentir até hoje, antes de entrar em cena, “friozinho na barriga”. Isso denota responsabilidade e precisamos canalizar esta preocupação para foco no preparo.

De 1999 a 2010, atuei como consultor em paralelo às minhas atividades de executivo empregado, desde que não houvesse conflito ético. Atuei também na docência por mais de cinco anos. Desde 2010, somos uma empresa de consultoria com consultores parceiros para diversos temas. Hoje, estamos nos transformando em uma consultoria de resultados – queremos ser vistos pelos nossos clientes como uma consultoria estratégica que lhes ajuda a conquistar resultados concretos.

Consultoria é assim, temos que evoluir sempre. Observando minha trajetória até aqui, elaborei na forma de método, um caminho seguro, o qual resolvi batizar de “A Técnica dos 4 P’s” e que vai permitir a você e a outros profissionais também mapear suas competências e, quem sabe, lhe ajudar a dar os primeiros passos em consultoria, com segurança.

O primeiro P é de problema. Mapeie quais problemas de potenciais clientes que você pode ajudar a resolver com seu conhecimento, experiência e habilidades. Identificar oportunidades e problemas a serem resolvidos, alinhados com o que você gosta de fazer, é o primeiro passo.

O segundo P é perfil. Autoconhecimento é muito importante. Não nascemos sabendo e completos. Maximize seus pontos fortes e trate os pontos fracos, incluindo as soft skills.

O terceiro é de preparo. Nos primeiros treinamentos que eu ministrava aos sábados, eu acordava às 4h30 da manhã para revisar todo o material e ir mentalizando cada etapa do curso, assim como falas e dicas importantes que teria que abordar ao longo do treinamento. A cada vez que fazia isso e a cada novo treinamento, eu conquistava mais segurança ao passo que os feedbacks positivos também aumentavam.

O quarto é de persistência. Diz respeito a perseverar, se autoavaliar, não desistir, ouvir feedbacks e melhorar sempre.

O objetivo de qualquer empresa, e na consultoria não é diferente, é primeiramente a sobrevivência e, assim que possível, a criação de valor para as partes interessadas, bem como criar relações de longo prazo com os clientes. Para que isso seja possível, precisamos construir três pilares: 

Autoridade: conquistamos autoridade a partir de nossas competências colocadas em prática, as quais se baseiam, como já mencionamos, em conhecimento, habilidades e experiência. Ao aplicar tais competências, auxiliamos os clientes a atingir os resultados definidos em cada projeto em que atuamos. Realizar lives, eventos, escrever artigos complementa e viabiliza que sejamos indicados para novas oportunidades.

Confiança: a confiança passa pelo item anterior (realizações) e também por princípios éticos reforçados a cada projeto. Por exemplo, a confidencialidade – nenhuma informação pode vazar de projetos sem a anuência dos clientes.

Relacionamento: prezar pelas interações com clientes, que não se restrinjam a projetos nos quais se esteja atuando. Realizar reuniões, visitas e contatos periódicos com clientes e potenciais clientes.

Assim, guiando clientes por caminhos viáveis e melhores, mapeando e reduzindo riscos, mostrando oportunidades e novos cenários, a consultoria pode ser a chave para o sucesso tanto para organizações quanto para profissionais que queiram contribuir e fazer a diferença nas próximas décadas.

 

Serviço

FestQuali - Festival de Qualidade e Inovação

Data: 08; 09 e 10 de novembro de 2021

Endereço: Rua Edístio Pondé, 342 - FIEB – Salvador/Bahia)

Inscrições e informações: www.festquali.com.br

 


Rafael Mottola Rocha - administrador de empresas, engenheiro de produção, diretor, consultor e mentor na HORUS Consultoria e Treinamento.

 

Inteligência é aumentada quando unimos Ser Humano e Máquina

Sandra Avila
Divulgação
Lição foi transmitida em evento promovido pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS)

 

Prever a idade em que o paciente vai morrer ou diagnosticar um câncer de pele sem tocar no corpo do paciente são alguns dos grandes paradigmas que a tecnologia tem proporcionado no mundo da medicina. Os exemplos fizeram parte do Webinar AMRIGS realizado na noite de segunda-feira (30/08) sobre Machine Learning na Medicina.

“O ser humano não é melhor nem pior que a máquina. A inteligência é amplificada quando há uma soma desses dois elementos”, afirmou a palestrante Sandra Avila que é professora Doutora I (MS-3.1) do Instituto de Computação (IC) da Universidade Estadual de Campinas  (UNICAMP). 

Ao longo da história a tecnologia revolucionou a nossa forma de viver. Entre os exemplos mais conhecidos, chamados Tecnologias de Propósito Geral, estão a descoberta da máquina a vapor, da eletricidade, do veículo motorizado e dos computadores. Hoje a inteligência artificial é a Tecnologia de Propósito Geral do momento, destacou a fulana de tal. Durante sua fala, a especialista também mostrou a metáfora com o aprendizado da criança que aprende por  repetição a partir de informações que os adultos emitem.

“É exatamente assim que ensinamos as máquinas. Estamos mostrando vários exemplos de forma repetida, para que a máquina aprenda. Por isso dados são fundamentais", exemplificou. 

O palestrante, Felipe Kitamura, que é coordenador de inovação em operações diagnósticas da Dasa, responsável pelo desenvolvimento, validação, integração e monitoramento de algoritmos  de Machine Learning, trouxe outras aplicações da tecnologia na medicina, destacando  características dos estudos atuais.

“Não podemos achar que a tecnologia é uma caixa preta que faz mágica. O estudo da parte técnica precisa ser feito a fundo. Tudo está relacionado com álgebra e cálculo”, disse. 

Durante sua abordagem, Felipe também explicou a diferença entre inteligência artificial restrita e geral. 

“A restrita faz uma tarefa específica como por exemplo, saber se o e-mail é spam ou não. Outra tecnologia identifica o rosto de uma pessoa. Ambas são excelentes, mas uma não faz o que a outra faz e vice-versa. É diferente da inteligência artificial geral que cria máquinas que entendem sentimentos e interagem como se fossem uma pessoa. Apesar de existirem muitos  estudos, nestes casos não temos ainda uma previsão e nem certeza se conseguiremos chegar lá”, afirmou. 

O evento foi uma realização da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) e DENEM (Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina), representado pelo CLEV (Coordenação Local de Estágios e Vivências) da Faculdade de Medicina da FURG. 

 


Marcelo Matusiak


Simplificar, sinônimo em Brasília para precarizar as relações de trabalho

Antes de entrar em recesso, a Câmara dos Deputados aprovou, por votação simbólica, uma Medida Provisória que mais parece um monstrengo, digno de Victor Frankenstein. Isso porque, com a justificativa de simplificar a abertura e funcionamento de empresas, e a partir de uma série de emendas que ajudaram a criar um substitutivo ainda pior do que a versão original, a MP 1040/2021 estendeu seus tentáculos a várias atividades, interferindo em legislações já consagradas e, no frigir dos ovos, subtraindo direitos dos trabalhadores, notadamente os profissionais que atuam no setor de engenharia.

A MP 1.040 poderia ser chamada de mais um jabuti, mas isso seria uma ofensa para o dócil quelônio. Ela ganha contornos de uma criatura maligna, ao invocar um processo de “desburocratização para aumento de competitividade e modernização do ambiente de negócios no país”. 

Para empresas e profissionais da engenharia, há enormes riscos na aprovação da matéria. Entre outras mudanças, o texto extingue, por meio do artigo 57, o piso salarial da categoria – formados em agronomia, arquitetura, engenharia, química e veterinária –, questão regulamentada por lei federal desde 1966 (Lei 4950- A/66). O revogaço do piso é uma emenda do deputado Alexis Fonteyne (Novo/SP). 

Dentro do espírito da lei, esse artigo destoa completamente. Revoga-se um direito adquirido como se o piso dos engenheiros fosse um empecilho à simplificação pretendida. Na verdade, sabemos que o piso da engenharia já vem sendo vilipendiado por “empreendedores” inescrupulosos que não estão interessados em contar com a segurança e o conhecimento de um profissional qualificado. A precarização das relações trabalhistas é aliada desse tipo de “simplificação“.   

O que causa espanto é o fato de a aprovação de uma MP como essa tomar de surpresa os conselhos federais dessas profissões. Eles deveriam estar preparados para evitar tais dissabores. 

A MP 1040 chega ao Senado sem uma discussão ampla pela sociedade, demonstrando o acirramento de um sentimento apolítico que não é de interesse público. Evidencia o quanto a pandemia ampliou a passividade de setores representativos das categorias profissionais diante do necessário debate sobre as implicações das leis em suas respectivas áreas de atuação.  

Em um espectro mais amplo, falta à sociedade uma participação mais intensa e efetiva na vida política do país. Persistir nesse marasmo é um erro. Um atraso que vai ser difícil recuperar no futuro.

Precisamos estar próximos da vida política e exigir do Legislativo e do Executivo ações que de fato sejam de interesse público. E isso vale não apenas para momentos críticos, como o que estamos vivendo agora, mas ao longo do tempo, a fim de garantir bem-estar social e oportunidades para todos.

 


José Manoel Ferreira Gonçalves - engenheiro, jornalista, advogado, professor doutor, pós-graduado em Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, integrante do Engenheiros pela Democracia e presidente da Ferrofrente e da Aguaviva, Associação Guarujá Viva.

 

Por que é tão importante aprender espanhol?

Não há dúvidas de que dominar uma língua estrangeira é fundamental – não apenas para o mercado de trabalho, mas também para diversas atividades e responsabilidades de nossa vida. Por mais que o inglês ainda seja o preferido e mais buscado, o espanhol vem ganhando cada vez mais o destaque que merece frente à sua tamanha importância internacional.

Ao todo, são mais de 585 milhões de pessoas que falam espanhol – cerca de 7,5% da população mundial, segundo o Anuário Espanhol do Mundo, divulgado pelo Instituto Cervantes. Com tamanha predominância, o idioma se tornou o segundo mais falado no mundo, um título extremamente relevante no cenário internacional.

As consequências de tamanha importância são claras no mundo corporativo e, até mesmo, na vida pessoal de muita gente. Sem falar que é o idioma é muito mais fácil de ser aprendido do que muitos imaginam. Por isso, listamos os principais motivos que tornam seu aprendizado essencial atualmente. Confira:


#1 É uma das línguas mais faladas do mundo: Hoje, o espanhol é considerado como o segundo idioma mais falado no mundo, atrás somente do inglês. São mais de 420 milhões de nativos dessa língua, sendo o oficial em 21 países. Mesmo que sofra diferenças em expressões em determinadas regiões, ele se torna indispensável para a comunicação internacional.


#2 Será um diferencial para o currículo: Falar inglês já se tornou uma habilidade comum em muitos currículos e um requisito básico no mercado de trabalho – afinal, é ensinado nas escolas desde que somos pequenos. Por isso, candidatos que possuem fluência em um terceiro idioma, se destacam mais em uma entrevista de emprego. Especialmente o espanhol, já que é um dos mais utilizados internacionalmente. Você estará à frente de muitos concorrentes, principalmente em processos seletivos de organizações internacionais que demandam outras línguas no dia a dia.


#3 Favorecerá as oportunidades profissionais no exterior: Profissionais bilíngues são muito mais atrativos para o mercado. Então, imagine um que fale três línguas – sendo duas as mais faladas no mundo. Com o espanhol em seu portfólio, as chances de conquistar uma oportunidade profissional no exterior são potencializadas, abrindo portas incríveis para seu futuro.


#4 Porta de entrada para outras línguas: Muitos brasileiros falam o famoso “portunhol” que, até mesmo, é entendido pelos nativos dessa língua. Isso acontece pois os dois idiomas são muito parecidos gramaticalmente. Com o espanhol, o aprendizado de outras línguas consideradas românticas, como o italiano ou o francês, se torna mais fácil – uma vez que compartilham a origem do latim e outras semelhanças de sintaxe e do vocabulário.


#5 Melhor entendimento vendo filmes e séries com áudio original: Os filmes e séries em espanhol vem ganhando enorme destaque na televisão e canais de streaming. Com um maior domínio do idioma, será mais fácil assisti-los em seu áudio original – quem sabe até mesmo com as legendas em espanhol, para treinar a escrita. Será um treino excelente para conquistar a fluência na língua.

Mesmo que muitas pessoas ainda mantenham o foco no estudo no inglês, não há mais como deixar de lado a importância do espanhol em nossas vidas. O que não faltam são métodos de ensino, especialmente à distância desenvolvidos durante a pandemia. Um bom exemplo é a Academia do Espanhol, que permite o aprendizado da língua de forma rápida, simples e muito acessível. É um investimento que vale muito a pena, principalmente quando descobrirmos quantas portas podem ser abertas com esse idioma.

 


Vanessa Melo Ribeiro - CEO da SEDA College Online, plataforma online de idiomas.

https://sedacollegeonline.com/

 

E-COMMERCE NA PANDEMIA

O e-commerce cresceu 75% em meio a pandemia e 94% dos consumidores pretendem mantê-lo como hábito

 

O Brasil é o terceiro país que mais dá existência as compras online e calcula-se que 80 milhões de consumidores provenham do necessário á subsistência pelo e-commerce.  65% dos brasileiros estão comprando no e-commerce e cross-border que internaliza as compras e inclusive, os americanos e chineses adotam preços inferiores ao praticado no Brasil. SDBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e consumo).

Houve alta no volume de vendas no e-commerce em comparação com o comércio tradicional. Com o isolamento social, o consumidor reaparece mais digitalizado e estimula o interesse pela venda online, motivo pelo qual a pandemia acrescentou novos valores às pessoas em meio ao universo online.  Isto dá origem às compras com novos hábitos como:- o envio dos presentes via  correios ou transportadoras, digitalização do comércio, hábitos de consumo, volume de vendas online, uso dos cartões digitais, pouparem o tempo que gastam em filas e trânsito.

A nova realidade é tornar todos aptos a esta nova situação de máscaras, isolamento, distanciamento social e pessoas evitando aglomerações. Isto veio determinar o comércio digital e o crescimento das lojas virtuais que tende a continuar mesmo depois de acabar  a pandemia.

Considerando o cenário causado pelo covid 19 que é um problema global, motivou um mercado que precisa ser reinventado para resolver os diversos obstáculos que esta conjuntura provocou na dia a dia e a solução foi no e-commerce.

No Brasil a tecnologia transforma o modo de ser dos consumidores e os padrões de consumo pelo comércio eletrônico que teve como consequência, empresas que  se reinventaram acerca do necessário as vendas.

O e-commerce modificou-se na pandemia devido ao comportamento do consumidor que mudou de hábito e padrões de consumo, sendo que 47% fizeram sua primeira compra online. 13,16 milhões de novos clientes passaram a comprar pelas lojas online, com aumento de 29% em relação a 2019 e fechou 2020 com um total de 79,7 milhões.

A era digital está se fortalecendo pela tecnologia para todas as empresas, inclusive as pequenas, médias empresas e cooperativas.

As lojas virtuais, se comparada às lojas físicas, tem a vantagem de:- reduzir gastos com funcionários  e aluguel. Já no e-commerce precisa cuidar do estoque, logística e marketing indispensável para registrar o domínio e contratar uma boa plataforma de vendas online.

 

Algumas estratégias adotadas pelo e-commerce:

-Fazer a divulgação nas redes sociais.

-Utilizar outras ferramentas do marketing digital.

-Buscar um relacionamento personalizado com seus consumidores.

Com 50% de faturamento o comércio eletrônico fez com que as empresas se reinventassem para prover do necessário à sua subsistência. 

Neste momento apesar do aumento do comercio eletrônico cresceu o número de desempregados no Brasil que diante da pandemia as lojas físicas foram substituídas, uma vez que o desemprego estrutural e a falta  de segurança digital põe diante da adversidade vinda do aumento do e-commerce.

Na pandemia o e-commerce tem crescido muito e alavancado o negócio, motivo pelo qual as empresas, cooperativas etc..devem adotá-lo para sua sobrevivência.

 e-commerce traz ao país beneficio à economia.

  


Rosalvi Monteagudo - contista, pesquisadora, professora, bibliotecária, assistente agropecuária, funcionária pública aposentada e articulista na internet. Mestre em Cooperativismo pelo CEDOPE/UNISINOS (São Leopoldo, RS) e autodidata, lê e estuda sobre Economia e o forte papel que exerce no social.

 

"No futuro, o carro será um celular sobre rodas", indica professor FGV sobre os rumos do setor

Seguindo o exemplo de outras áreas, o setor automotivo também passa por uma grande disrupção. Segundo o professor da IBE Conveniada FGV, Antônio Jorge Martins, o tom principal dessa transformação está, principalmente, relacionado à área digital, surgindo a denominação de “transformação digital no setor automotivo”. “No futuro, o carro tende a ser um celular sobre rodas. Em decorrência da pandemia atual, dependendo do que se reserva para o futuro, o veículo irá se tornar um espaço de convivência das pessoas, que irão dividir seu tempo profissional e de lazer, com sua residência e seu escritório”, indica o especialista em cadeia automotiva.

Segundo o professor, essa transformação trata-se de uma revolução que atinge todo o setor automotivo, exigindo, dos vários executivos, funcionários e profissionais envolvidos na cadeia automotiva um novo ‘mindset’.

De acordo com o especialista, daqui a alguns anos, iremos nos deparar, de uma forma bem comum e frequente, com os carros autônomos, os chamados “carros robôs”, fazendo com que as pessoas possam tirar melhor proveito de suas locomoções. “O carro autônomo nada mais é do que um veículo 100% digital, onde prevaleça a conectividade plena de todas as funções existentes, prescindindo-se da presença de um condutor”, comenta.

Martins destaca, que no futuro, o carro será um local onde as pessoas poderão trabalhar ou se divertir com jogos eletrônicos. Os trajetos serão oportunidades para reuniões entre os passageiros ou um bate-papo descontraído entre amigos, além de ser um momento para o uso do celular com toda a tranquilidade, uma vez que não haverá a necessidade e preocupação de estar à frente de um volante dirigindo. “Testes com os carros robôs já acontecem em várias partes do mundo, sendo que brevemente veremos os veículos 100% autônomos circulando pelas cidades”, revela.

Ele ressalta, ainda, que os veículos robôs são classificados em cinco níveis, sendo que o último, dispensa, totalmente da presença e atuação humana ao volante. Entre as vantagens dessa alta tecnologia, o professor pontua a redução drástica do número de acidentes. Atualmente, cerca de 90% deles são causados pelo ser humano.

“Hoje, em termos mundiais, estamos no nível quatro, onde ainda se tem a assistência de um motorista para evitar qualquer tipo de dano, porém testes já estão sendo realizados para o alcance do nível cinco”, ressalta.

Além da redução no número de acidentes, ele pontua que a elevada conectividade dentro dos automóveis deixará a vida das pessoas com muito mais facilidades em relação aos dias de hoje.

“Cada vez mais se busca a conectividade entre as pessoas por meio do celular e, consequentemente,  essas tecnologias digitais estão sendo embarcadas nos novos veículos. É nessa direção que o setor automotivo está caminhando”, finaliza o especialista da FGV.


A volta do trabalho presencial: especialista indica as principais dificuldades

Desde março de 2020, quando a pandemia de covid-19 se alastrou pelo Brasil, muitos profissionais têm trabalhado de forma remota. A adoção do home office por diversas empresas do País foi uma tentativa de diminuir as taxas de transmissão do novo coronavírus. 

 

Segundo a fisiologista e mentora Debora Garcia, essa mudança trouxe impactos significativos na rotina e na saúde física e mental de muitos profissionais.  

 

“O trabalho remoto apresenta vantagens e desvantagens para os colaboradores de uma empresa. O home office, por exemplo, concede mais liberdade, autonomia e privacidade aos funcionários. Contudo, por outro lado, pode tornar complexo o limite entre a vida pessoal e a vida profissional”, explica Garcia. 

 

Apesar de o home office já ser considerado uma tendência, o avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil tem movimentado as empresas no que se refere à retomada do trabalho presencial. 

 

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria KPMG, mais de 66% das empresas desejam retomar as atividades profissionais presenciais ainda em 2021. Os 34% restantes planejam voltar aos escritórios e demais ambientes no próximo ano. 

 

Diante desse cenário, Debora Garcia aponta que a volta ao trabalho presencial pode ser um processo complexo para alguns profissionais.  

 

“Um estudo da Korn Ferry mostrou que mais de 77% dos entrevistados acham estranho e difícil voltar à rotina presencial. Isso, com certeza, traz um impacto significativo na saúde mental do profissional e, também em sua qualidade de vida”, explica.  


 

Por que retornar ao trabalho presencial pode ser complexo? 


O retorno ao trabalho presencial nem sempre é uma escolha do colaborador. Em muitos casos, essa é a única alternativa e, caso se recuse a voltar, o profissional pode ser até demitido por justa causa. 

 

“A volta ao escritório e a outros ambientes de trabalho pode desencadear problemas sérios nos profissionais. Emoções como estresse, angústia e ansiedade podem aparecer por uma diversidade de motivos, que estão, com certeza, relacionados ao trabalho presencial”, ressalta Garcia. 

 

Conforme a fisiologista explica, os sentimentos citados acima podem ser desencadeados por muitas razões.  

 

“Se readaptar a estar distante de seus familiares, ter longas horas perdidas no trânsito e outros fatores contribuem para os sentimentos de estresse e angústia. A exposição a um ambiente exterior ao lar precisa ser considerada como uma complexidade para o funcionário nesse momento. Por estar adaptado ao trabalho remoto, o colaborador pode se sentir nervoso e estressado ao precisar lidar com situações e com problemas que não vivenciava em sua casa”, conta. 

 

Além disso, Garcia destaca que é necessário considerar os efeitos da pandemia na saúde mental dos profissionais.  

 

“Muitas pessoas perderam entes queridos para a covid-19. Isso faz com que traumas sejam desenvolvidos. Ao sair de sua casa para trabalhar, o funcionário pode se sentir exposto ao vírus e, com isso, se sentir cada vez mais estressado, inseguro e ansioso e até mesmo paranoico”, ressalta a mentora. 


 

O que fazer para se preparar para o retorno às atividades profissionais presenciais? 


Para que o funcionário volte a trabalhar de forma presencial da melhor forma possível, é essencial que a empresa preste o suporte necessário ao colaborador. “Nesse cenário conturbado, a empresa precisa se mostrar preocupada com a saúde mental de seus funcionários, uma vez que a falta dela pode comprometer a produtividade do profissional e, com isso, os resultados dos negócios”, pondera Garcia. 

 

Além disso, a fisiologista ressalta que o funcionário também pode se preparar para o retorno às atividades presenciais.   

“Se reorganizar no contexto familiar e encontrar novas dinâmicas tanto na rotina quanto nos hábitos de todos os familiares pode ajudar a viver esse retorno de forma mais saudável. A inteligência emocional se torna ainda mais necessária em uma situação como essa, uma vez que o colaborador vai precisar reconhecer e administrar suas emoções. A boa notícia é que a inteligência emocional pode ser desenvolvida e, para isso, basta começar a praticar”, finaliza a especialista.

 


Debora Garcia - fisiologista, palestrante, professora de meditação, escritora e mentora. Atua no mercado corporativo e para autogestão pessoal. Formada em Educação Física pela Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), atua na área da educação corporal há mais de 14 anos.

 

MF Press Global 


Nutrição de Plantas

Para que possamos justificar adequadamente uma adubação, é importante conhecer a nutrição das plantas. 


A nutrição das plantas é muito diferente da dos animais. Durante séculos, as culturas foram cultivadas em solos. Hoje em dia, pode-se cultivar plantas sem a presença do solo. Essa técnica só pode ser implementada porque sabemos as necessidades das plantas verdes. 

Quais são as necessidades das plantas? 



1. Água 

Se eu esquecer de regar a planta do meu apartamento, ela murcha e morre. Os agricultores instalam sistemas de irrigação em seus campos para irrigar plantações e aumentar o rendimento de suas plantações. Nas áreas desérticas, as plantas são encontradas em abundância apenas em oásis, onde a água está presente. A água é essencial para a vida das plantas. 



2. Nutrientes 

• Para promover o desenvolvimento de minhas plantas, aplico fertilizantes sólidos, que coloco no solo dos vasos, ou soluções de fertilizantes líquidos que adiciono à água de irrigação. Para melhores rendimentos, os produtores aplicam fertilizantes ao solo de suas plantações. Todos os fertilizantes são compostos por substâncias minerais. Eles contêm nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e micronutrientes em proporções variadas. Os técnicos da área agrícola, portanto, escolhem fertilizantes adequados à cultura e ao solo em que é cultivada. 

• Em algumas estufas, tomates, alface, pimentões e beringelas são cultivados em canais contendo água e nutrientes. A quantidade e qualidade dos nutrientes fornecidos à planta são determinadas de forma que seu desenvolvimento seja ótimo. 


 
3. Luz 

Durante minhas férias, se eu deixar uma planta no escuro dentro da minha casa, quando eu voltar, deverei encontrá-la toda amarela ou ela poderá estar morta, se a férias for de muitas semanas. Isso acontecerá mesmo que elas tenham sido regadas regularmente. Em uma estufa, é possível ajustar a duração e a intensidade da iluminação fornecida às plantas. A produção de matéria seca de duas culturas colocadas sob as mesmas condições, mas iluminadas de maneira diferente, terá maior produção quanto maior for a intensidade da iluminação. 
Estas observações mostram que a luz é necessária para o crescimento das plantas. 


4. Dióxido de carbono (CO2) 

• A experiência abaixo pode mostrar a necessidade de dióxido de carbono para a nutrição das plantas. 

• Sementes de rabanete são semeadas e colocadas sob três recipientes com ambientes diferentes: 1, 2 e 3. Elas crescem por quatro semanas. 

A atmosfera do recipiente 1 contém ar com 0,03% de dióxido de carbono, idêntico ao que nos rodeia: é a amostra de controle. 

A atmosfera do recipiente 2 contém ar sem dióxido de carbono. 

A atmosfera do recipiente 3 contém ar enriquecido com dióxido de carbono. 
Todos os fatores (temperatura, luz, quantidade de ar) são exatamente os mesmos para os três recipientes. 

A análise dos resultados, no final do experimento, mostra que os rabanetes tiveram um crescimento fraco no recipiente cujo ar não contém dióxido de carbono, um crescimento maior no recipiente com ar idêntico ao da nossa atmosfera e um crescimento muito importante para o recipiente cujo ar é enriquecido em dióxido de carbono. 

O crescimento das plantas de rabanete, portanto, depende do teor de dióxido de carbono do ar ao seu redor. 

Em conclusão, as plantas clorofiladas não se alimentam de um ser vivo. Enquanto elas recebem luz, elas só precisam de matéria mineral para comer. Este material mineral consiste em água, nutrientes extraídos do solo e dióxido de carbono retirado da atmosfera. 

Nas plantas, a produção do próprio alimento (autotrofia) é proporcionada pela fotossíntese, ou seja, pela capacidade de sintetizar compostos orgânicos a partir de dióxido de carbono e água, usando energia luminosa. Então falamos sobre nutrição mineral das plantas. No entanto, as plantas também são capazes de respirar, isto é, usar o oxigênio para degradar os compostos orgânicos produzidos pela fotossíntese e extrair energia deles. Enquanto na luminosidade a respiração e a fotossíntese ocorrem simultaneamente, a respiração persiste sozinha na escuridão. Além disso, órgãos sem a presença de clorofila, como raízes ou frutos, não realizam fotossíntese e usam os compostos orgânicos produzidos pela fotossíntese como energia para a respiração. 

Em vista do exposto acima, as necessidades nutricionais das plantas são limitadas a água, dióxido de carbono e vários nutrientes. A água não é apenas o principal meio de transporte dentro da planta (é o principal constituinte da seiva), mas também uma substância necessária para a fotossíntese, bem como o dióxido de carbono. Vários íons minerais, como fósforo, potássio, micronutrientes, etc. são necessários para o funcionamento de todas as células vivas e, para alcançar a síntese de materiais nitrogenados, especialmente proteínas, as plantas precisam de uma fonte de nitrogênio. Estes são, na maioria das vezes, nitratos presentes nos solos. Claro, para conseguir a fotossíntese, as plantas também precisam de luz. 

A alimentação da planta é feita de sais minerais que existem no solo na forma de íons e que penetram nas raízes. Grande quantidade de raízes e sistemas de absorção ativos explicam que, apesar das baixas concentrações de íons no solo, a aquisição de nutrientes minerais pelas plantas é um processo bastante eficiente. Além disso, a simbiose formada entre bactérias ou fungos (micorrizas) e raízes, ajudam na aquisição desses elementos minerais.  
 
Os principais elementos minerais que as plantas necessitam para o crescimento são chamados essenciais e são classificados, de acordo com as quantidades absorvidas, em macronutrientes primários: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K); macronutrientes secundários: cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S); e micronutrientes: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni), zinco (Zn).  

Entre 90 a 96% da matéria seca da planta são compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio fornecidos pelos gases O2 e CO2 e pela água. Nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e outros elementos minerais, incluindo micronutrientes, compõem o restante da matéria seca. A composição das plantas nos elementos minerais varia de acordo com a espécie, a idade e a natureza dos órgãos e a composição do solo. 

O nitrogênio é um dos principais elementos para o crescimento das plantas, tendo sua deficiência um impacto muito forte na redução do crescimento. Ele entra na constituição de proteínas, aminoácidos, clorofila e DNA. O fósforo está envolvido na fotossíntese, no controle da energia metabólica (ATP) e entra na constituição de enzimas e muitas moléculas. Estimula o crescimento e desenvolvimento de raízes e frutos. O potássio tem um papel muito importante no controle da pressão osmótica, regulação estomática, economia de água, resistência ao estresse hídrico, geadas e doenças.  

Para manter a fertilidade do solo é necessário reconstituir as reservas do solo pela aplicação de fertilizantes. A real necessidade das plantas desses insumos dependerá da riqueza do solo e das necessidades das plantas.  

Atualmente, buscamos compreender melhor a oferta de nutrientes do solo (é a biodisponibilidade) e também avaliar melhor as exigências nutricionais. plantas. O consumo de fertilizantes deve, portanto, ser fundamentado e calculado (se possível) com base nos resultados de análise de solo, realizados por um laboratório especializado e nas necessidades da planta cultivada. Os fertilizantes contendo fósforo e potássio são fornecidos uma vez por ano, e os fertilizantes nitrogenados deverão ser aplicados de acordo com a demanda da planta, parcelados, para evitar os riscos de perda por lixiviação na água de drenagem. O conhecimento das necessidades nutricionais das plantas está em constante desenvolvimento, e hoje é essencial ter um manejo nutricional equilibrado para permitir produção com qualidade e quantidade e maior resistência a pragas e doenças. 
 
O solo fornece a maior parte da água e nutrientes na forma de íons minerais. As raízes absorvem esses elementos seletivamente e geralmente concentrado a partir da água do solo, que é uma solução muito diluída de íons (N, P, K, Ca, Mg, S e micronutrientes). As folhas não podem substituir as raízes em seu papel nutricional, mas são uma via complementar de absorção de água e minerais que é útil em alguns casos. 

Os macronutrientes carbono, oxigênio, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre, formam os tecidos e representam mais de 90% da matéria seca. Os micronutrientes boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco estão presentes em quantidades muito pequenas, mas participam na ativação de numerosos complexos enzimáticos. Além destes nutrientes, existem alguns nutrientes benéficos, como sódio, cobalto e silício, os quais são importantes em algumas plantas, variando muito de acordo com as espécies. 


Nitrogênio 

O nitrogênio é retirado do solo na forma de íons amônio (NH4+) e, preferencialmente, nitrato (NO3-). No entanto, muitas espécies leguminosas têm a capacidade de fixar nitrogênio do ar (N2) e transformá-lo em nitrogênio amoniacal e, em seguida, nitrogênio da proteína. Em suas raízes encontramos a presença de nódulos que são o resultado de uma simbiose entre bactérias fixadoras de nitrogênio e plantas leguminosas, cujo fruto é uma vagem (ervilhas, feijões, alfafa, trevo, soja). 

É um dos principais constituintes de aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos, que constituem o DNA e o RNA. Nutrição limitada por nitrogênio reduz a síntese proteica e consequentemente o conteúdo de clorofila. A clorofila é o pigmento fotossintético mais comum do reino vegetal, está presente em todas as plantas aquáticas e terrestres. Este pigmento, localizado nos cloroplastos das células vegetais, intervém na fotossíntese, interceptando a energia da luz, o primeiro passo para converter essa energia em energia química. 

O diagnóstico da nutrição nitrogenada está baseado na cor verde das folhas e mais precisamente no teor de clorofila. Quanto maior a intensidade do verde, melhor a nutrição nitrogenada da planta. 

O nitrogênio desempenha um papel decisivo tanto no rendimento quanto na qualidade das produções. As plantas se alimentam do solo em nitrogênio mineral e o transformam em proteínas, componentes essenciais da vida humana e animal. 

Culturas anuais preferencialmente absorvem nitrogênio na forma de nitrato quando ele está disponível. Eles são transferidos para as folhas onde reduzem em amônio pela ação da enzima nitrato redutase. Este amônio é então metabolizado em NH2 para dar origem à formação de aminoácidos. 



Fósforo 

O fósforo desempenha um papel essencial em muitas moléculas da matéria viva. Verifica-se que está associado a múltiplos compostos orgânicos, ácidos nucleicos, DNAs e RNAs, dos quais é a espinha dorsal, assim como muitas proteínas e lipídios que são chamados de fosfoproteínas e fosfolipídios. É o componente central do ATP - produtor de energia (adenosina trifosfórica) - quando libera um átomo de fósforo no ADP. 

O fósforo desempenha papel fisiológico em vários níveis: 

•     Na multiplicação celular em meristemas (DNA, RNA) 

•     Na respiração celular e transferência de energia (ATP, ADP) 

•     Na fotossíntese da planta para produzir carboidratos  

Uma vez que as reservas da semente são esgotadas de fósforo, a planta deve encontrar imediatamente este elemento no solo perto de suas raízes, já que este elemento é praticamente imóvel no solo. Neste estágio, o fósforo pode ser um fator limitante e causar redução no desenvolvimento. A adição de fósforo promove o vigor inicial da planta e estimula o crescimento do sistema radicular, que explorará mais rapidamente as reservas de fósforo no solo. 

Em solos tropicais, as raízes de plantas absorvem, na solução do solo, o fósforo como íons H2PO4-. Esses íons minerais vêm da solubilização de fosfatos e dos íons minerais adsorvidos/retidos nas várias fases sólidas do solo. O fósforo "orgânico" contido nas moléculas de adubos orgânicos deve ser mineralizado em íons fosfóricos para se tornarem assimiláveis pelas plantas. 



Potássio  

O potássio é essencial à vida: participa diretamente da formação e crescimento das células. Na forma do cátion K+, ele é encontrado principalmente dentro de células de animais e plantas, onde permite a manutenção da pressão osmótica. Nas plantas, também circula na seiva bruta e elaborada. 
Ele fornece muitas funções vitais em humanos e animais e contribui para o bom funcionamento do coração, músculos, cérebro e nervos. 

As suas funções no metabolismo das plantas são múltiplas: 

•     Melhora a resistência da planta pelo seu maior efeito no turgor das células e na firmeza da parede celular 

•     Atua na fotossíntese ativando mais de 80 sistemas enzimáticos 
• Favorece a circulação da seiva ascendente no xilema e descida no floema. Permite a transferência de assimilados (açúcares, aminoácidos) para raízes e órgãos de reserva (grãos, frutas, tubérculos). 

• Controla a abertura e o fechamento dos estômatos. 

• Intervém na composição e na qualidade de numerosas produções (equilíbrio açúcar/acidez, teor de vitamina C, compostos aromáticos, qualidade das fibras ...). 

Há uma interação entre nitrogênio e potássio, no sentido de que a planta melhor alimentada com nitrogênio terá mais necessidade de potássio. O nitrogênio tem o efeito de aumentar o índice de área foliar de uma cultura. Para manter a turgidez desta área foliar e dos caules e raízes, a planta precisa de uma maior quantidade de potássio. 



Cálcio  

O cálcio é um nutriente essencial para as plantas. Geralmente abundante no solo, é absorvido como cátion Ca2+ pelas raízes. Suas principais funções são: 

• participar na constituição das paredes celulares das plantas, enrijecendo-as 
• ativar várias enzimas, incluindo a redutase do nitrato para reduzir o nitrato a amônio nas folhas 

• promover o crescimento de raízes jovens em sinergia com outros elementos 

Ao contrário do potássio, o cálcio é menos móvel na planta. Sua transferência para órgãos de reserva ou áreas de crescimento pode ser muito lenta e induzir sintomas de deficiência. Para superar esse problema nutricional, às vezes é necessária uma fertilização foliar. 



Magnésio  

O magnésio é absorvido pelas raízes como o cátion Mg2+. O magnésio é, juntamente com o nitrogênio, o componente essencial do núcleo da clorofila. Ele tem muitas outras funções. O magnésio também atua em: 

• ativação de muitas enzimas, 

• a síntese de proteínas e açúcares e seu transporte no floema, principalmente para as raízes, 

• favorece a absorção de fósforo pela planta, 

• pressão osmótica intracelular com potássio e a rigidez das paredes celulares com cálcio. 

A quantidade de magnésio absorvida é 4 a 5 vezes menor que a do potássio. Também é menos facilmente absorvido pelas raízes do que o potássio. 
A competição entre Mg2+ e K+ também é expressa em transferências dentro da planta. O teor nas folhas em Mg2+ diminui à medida que aumenta a absorção de potássio. É por isso que é necessário considerar esses dois elementos juntos. 



Enxofre  

O enxofre é o constituinte de três dos vinte aminoácidos essenciais para a formação de proteínas: metionina, cisteína e homocisteína. A metionina é um dos oito aminoácidos essenciais para o homem, porque seu corpo não pode sintetizá-lo em quantidade suficiente. Ele deve encontrá-lo nos produtos vegetais e animais de sua dieta. 

Plantas absorvem enxofre pelas raízes como sulfato de SO42-. A necessidade ocorre logo no início do desenvolvimento porque o enxofre é essencial para a síntese de proteínas e especialmente para a formação da clorofila nas folhas. Os aminoácidos contendo enxofre estão envolvidos na produção de proteínas complexas encontradas, por exemplo, em grãos de trigo. 

A deficiência de enxofre induz um sintoma de amarelecimento das folhas, uma vez que se forma menos clorofila. Também pode afetar o teor de proteínas e composição de cereais ou outras culturas. 



Boro 

A absorção de boro pelas raízes é realizada principalmente na forma de borato H3BO3. O boro age na multiplicação celular em meristemas. E também intervém no metabolismo de açúcares e sua translocação na planta. É essencial para a produção de pólen fértil. 

Por ser considerado imóvel na planta, não é facilmente remobilizado das folhas para outros pontos de crescimento. Sintomas de deficiência aparecem nas partes mais jovens das plantas. O boro pode se tornar tóxico quando está acima da concentração ligeiramente superior à considerada adequada para a planta. Os sintomas se caracterizam por uma necrose que começa na borda externa das folhas. 



Cloro 

As raízes absorvem facilmente o cloro na forma de íon Cl- e é muito móvel na planta. O cloro é necessário para a fotossíntese. Dificilmente são observadas deficiência de cloro nos vegetais. O fornecimento de cloro ao solo pela água da chuva e irrigação e por fertilizantes (cloreto de potássio contém 47%) são suficientes para garantir as necessidades de cloro das plantas, embora este ânion seja facilmente lixiviado. 



Cobalto 

A maioria das espécies de plantas contém menos de 1 mg de Co por kg de matéria seca. O cobalto é absorvido na forma de cátion Co2+. O cobalto é o núcleo metálico da vitamina B12 (cobalamina, de cor vermelha) essencial para o Rhizobium fixar o nitrogênio do ar (N2). É esta proteína que dá a coloração rosa para os nódulos nas raízes de leguminosas. Sua importância para outras espécies vegetais ainda é discutida. Sua presença na planta ajuda a fornecer o elemento aos animais para os quais é indispensável. 



Cobre  

O cobre é absorvido pelas raízes na forma de cátion Cu2+. É bastante abundante no solo, mas tem forte ligação/complexação com a matéria orgânica. 

As funções do cobre, um componente essencial de muitas enzimas, dizem respeito à síntese de proteínas, particularmente clorofila. A esterilidade do pólen é um efeito particular da deficiência em cobre. Afeta a fertilização e o enchimento das espigas em cereais. 

Para atender as necessidades das plantas em cobre pode ser feito a aplicação de adubos via solo e complementar pelo tratamento por pulverização nas folhas. Em solos com plantação de uva por muitos anos, que receberam muito cobre no tratamento fungicida (calda bordalesa), pode-se observar uma toxicidade do cobre ligada a um distúrbio nutricional que afeta a assimilação do ferro. Esta toxicidade é manifestada pela clorose férrica nas folhas. 



Ferro  

É absorvido pelas raízes na forma de íon Fe2+. Apesar de ser abundante no solo, a absorção de ferro pelas raízes é complexa. Em condições de oxidação, ambiente alcalino, o ferro se transforma em formas insolúveis, não disponível para a planta. 

O ferro é um componente essencial de muitas enzimas, com função importante na respiração, na síntese da clorofila e na fotossíntese. Um papel especial de ferro está associado com a fixação do nitrogênio do ar pela simbiose de plantas leguminosas com bactérias.  
s e rizóbio. O ferro participa nos processos de transporte de elétrons. É encontrado na ferridoxina e outras enzimas, como citocromos e peroxidases. 

As plantas desenvolveram diferentes estratégias para absorver a quantidade de que necessitam, porém, a deficiência induzida em solo calcário e alcalino é frequente e é caracterizado por uma forte clorose (amarelecimento) nas folhas mais jovens. A deficiência de ferro pode ser controlada pela adubação foliar com produtos especiais à base de ferro. 



Manganês  

O manganês é absorvido pelas raízes como o cátion Mn2+. Como o ferro, é bastante abundante no solo, mas sua absorção é afetada sob condições oxidantes ou de pH alcalino, porque se transforma em óxido insolúvel. 

Dentre as várias funções do manganês, se destacam a sua participação como componente essencial de muitas enzimas, síntese de proteínas, particularmente a clorofila, e a fotossíntese. Um papel particular do manganês está associado ao último estágio de redução de nitrato nas folhas. 

O manganês é necessário pelas culturas em pequenas quantidades: na ordem de 400 - 500 g por hectare. Já para culturas mais exigentes a necessidade está na ordem de 1 kg para as culturas mais exigentes (beterraba, batata). Os solos com correção da acidez muito arejados (condições oxidantes) tendem a apresentar deficiência induzida de manganês, por insolubilização deste nutriente. 
Geralmente, a nutrição foliar fornece uma resposta positiva ao fornecimento deste nutriente como forma de equilibrar a nutrição da planta. 



Molibdênio 

A planta extrai o molibdênio do solo na forma de ânion MoO4-. As necessidades das plantas são baixas, mas as funções do molibdênio são muito específicas. Ativa a enzima nitrato redutase, que garante a redução do nitrato nas folhas. Também está associada ao metabolismo do ferro e fósforo. Finalmente, em bactérias do gênero Rhizobium, ativa a enzima nitrogenase, outra enzima que permite a fixação de nitrogênio do ar. Estas bactérias vivem simbioticamente em nódulos nas raízes de leguminosas, culturas sensíveis à falta de Mo. A disponibilidade de molibdênio, diferentemente de outros micronutrientes, é favorecida em solos alcalinos, mas é limitada pela presença de SO4-, ânion de tamanho equivalente, que compete pela absorção das raízes. 



Níquel 

É absorvido na forma do cátion Ni2+ e a necessidade é muito baixa (menos de 0,1 mg / kg de matéria seca). É por isso que a deficiência é raramente observada. O níquel catalisa a enzima urease, que permite a hidrólise da ureia em amônia em plantas. Essa enzima catalisa a transformação da ureia em dióxido de carbono (CO2) e amônia (NH3). Está presente em muitas bactérias, leveduras e algumas plantas. É encontrado em abundância em solos, com uma maior atividade na rizosfera. A ativação da urease evita o acúmulo de ureia que pode provocar o risco de toxicidade nas folhas.  

O níquel presente nas plantas é utilizado por humanos e animais para suprir suas necessidades relacionadas ao papel desse elemento no metabolismo ferro e carboidratos. O excesso de níquel é tóxico e apresenta risco de bioacumulação no rim. 



Zinco 

A planta absorve o zinco na forma do cátion Zn2+. Este íon está envolvido na síntese de proteínas e amido e tem um papel específico no metabolismo de auxina, o hormônio responsável pelo alongamento celular. O zinco também protege a planta do estresse oxidativo sob condições de luz forte e seca. 



Valter Casarin - engenheiro agrônomo e diretor científico da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV) e Amanda Borghetti, acadêmica de Engenharia Agronômica na ESALQ/USP 

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