A nossa sociedade está habituada desde sempre a utilizar expressões discriminatórias, das quais, por muitas vezes, as pessoas não sabem o significado e acabam sendo preconceituosas, pois muitos termos já se tornaram ditados populares.
Por causa da naturalização desses termos, muitas vezes, essas expressões são utilizadas no ambiente de trabalho, onde também existem pessoas com religiões, culturas e orientações sexuais diferentes, o que acaba culminando em discriminação e conflitos no ambiente profissional.
Pensando
nisso, a Cognizant e os seus grupos de afinidade iniciaram uma ação de
interseccionalidade, por meio de workshops internos, que consiste em promover
conhecimento aos nossos colaboradores sobre a origem etimológica de diversas
expressões que são usadas até hoje, mas que são inadequadas em qualquer
contexto e podem gerar situações racistas, xenofóbicas e homofóbicas.
O Grupo Embrace está promovendo ações com foco em inclusão do público LGBTQI+, nas quais todos os líderes participam da dinâmica Coming out Stars, que tem como objetivo a vivência de uma pessoa LGBTQI+, quando decide se assumir e precisa contar para seus amigos e familiares. O intuito do projeto é fazer com que as pessoas que não têm acesso a essa realidade tenham empatia e percebam a importância de tornar o ambiente colaborativo um espaço acolhedor, onde todos se sintam confortáveis e tenham voz. Mas, afinal, qual deve ser o papel das organizações?
Acredito que a organização tem o dever de garantir orientação e educação dos colaboradores, para que não usem palavras e expressões discriminatórias. Falta de conhecimento ainda é um dos fatores que mais geram desconforto, quando se fala de inclusão.
Expressões sexistas direcionadas ao público masculino:
- “Homem
não chora.”
- “Meninos
não brincam com bonecas.”
- “Os
rapazes não vestem cor-de-rosa.”
Expressões sexistas direcionadas ao público feminino:
- “Mulher
tem que se dar ao respeito.”
- “Você
é mulher para casar!”
- “Deve
estar saindo com o chefe...”
- Inveja branca
É
a ideia do branco como algo positivo.
- A cor do pecado
- Serviço de preto
Se refere à uma tarefa malfeita, associação racista ao trabalho que seria realizado pelo negro.
4. Denegrir
A
palavra denegrir é recorrente, quando a pessoa está sendo difamada.
É uma palavra vista como pejorativa, e seu real significado é “tornar negro”.
Se algo tornar-se negro é maldoso, então temos um caso de racismo.
5. Judiar
Refere-se,
na verdade, ao povo judeu, que historicamente foi vítima de perseguições.
Expressões inapropriadas com LGBTQI+
- “Até
tenho amigos que são.”
- “Quem
é o homem/mulher da relação?”
- “Você
nem parece gay.”
- “Você é tão bom profissional, nem parece deficiente.”
- Portador de necessidades especiais (PNE)
- Deficiente
O líder tem a responsabilidade de garantir que está promovendo ações de conscientização para suas equipes e liderar pelo exemplo. É preciso se manter acessível para dialogar sobre qualquer tema e deixar claro para todos os colaboradores que a organização não tolera nenhum tipo de discriminação.
É importante que a empresa tenha um canal de denúncia, por intranet ou e-mail, e faça ações para incentivar os colaboradores a reportar qualquer tipo de comentário ofensivo ou que desrespeite a integridade do outro.
Além do mais, é essencial que as pessoas comecem a adotar o hábito de perguntar e pesquisar mais sobre termos e seus significados. Assim, todos estarão em constante aprendizado e saberão o que dizer e o que não dizer.
Carla
Catelan – diretora de Aquisição de Talentos, Diversidade e Inclusão,
Voluntariado e Campus Recruiting da Cognizant.
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