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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Expectativa de vida aumenta graças ao avanço tecnológico e saneamento básico, diz especialista

À medida que o tempo passa e novas tecnologias inundam o mundo, a expectativa de vida aumenta. É preciso se cuidar para envelhecer com saúde

 

A expectativa de vida humana aumentou nos últimos anos. Em meados da Segunda Guerra Mundial, era esperado que as pessoas vivessem até os 55 e 60 anos. Hoje, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, que afetou a contagem de longevidade, a estimativa de vida no mundo é de quase 80 anos. No Brasil, dados do IBGE indicam que, em 2004, as pessoas viveriam até aproximadamente os 72 anos. Em 2020, o número subiu para 77 anos. Ou seja, em uma década, as pessoas ganharam a esperança de viver mais quatro anos. 

 

Entre 1940 a 2020 os brasileiros ganharam mais de 30 anos para viver. De acordo com a geriatra do Hospital Brasília Nádia Martins, esta longevidade populacional é o resultado de melhorias nas condições gerais de vida e do avanço da medicina. A médica cita como exemplos: implementação dos sistemas de saneamento básico, vacinas, campanhas de prevenção e o desenvolvimento e aprimoramento de diagnósticos e tratamentos de doenças. 

 

De acordo com Nádia, a tecnologia tem relação direta com esse aumento. “O avanço tecnológico influiu até na melhora da qualidade do envelhecimento, já que atualmente a população tem muito mais facilidade de acesso às informações”, informa. 

 

O censo do IBGE indica que a tendência é a multiplicação deste número nos próximos anos. Entre homens e mulheres, a população feminina ainda é mais longeva com expectativa de vida de 80 anos. Desta forma, é possível que o bebê que vai viver mais de 150 anos já tenha nascido. 

 

“Houve aumento na procura de geriatras. A especialidade vem adquirindo cada vez mais destaque no meio médico e as pessoas têm adquirido mais conhecimento sobre a área. Aliás não só na medicina, mas em outras áreas que envolvam gerontologia, como enfermagem, fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, terapia ocupacional. Na minha opinião, pelo menos pessoas que conheço, a geração em torno dos 30 anos de hoje em dia se preocupa mais com seu futuro e em envelhecer com qualidade”, relata.

 

Mesmo assim, a geriatra revela que o envelhecimento ainda é tabu. Segundo a médica, apesar do envelhecimento ser uma realidade, ainda há preconceitos. “Os idosos ainda são bastante estigmatizados, mas acredito que há uma tendência de mudança desse paradigma. Infelizmente ainda é bem comum associar o ‘velho’ a uma pessoa improdutiva, inativa, chata e teimosa”, lamenta.



Hospital Brasília

 

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