À medida que o tempo passa e novas tecnologias inundam o mundo, a expectativa de vida aumenta. É preciso se cuidar para envelhecer com saúde
A expectativa de vida humana aumentou nos
últimos anos. Em meados da Segunda Guerra Mundial, era esperado que as pessoas
vivessem até os 55 e 60 anos. Hoje, mesmo com a pandemia do novo coronavírus,
que afetou a contagem de longevidade, a estimativa de vida no mundo é de
quase 80 anos. No Brasil, dados do IBGE indicam que, em 2004, as pessoas
viveriam até aproximadamente os 72 anos. Em 2020, o número subiu para 77 anos.
Ou seja, em uma década, as pessoas ganharam a esperança de viver mais quatro
anos.
Entre 1940 a 2020 os brasileiros ganharam
mais de 30 anos para viver. De acordo com a geriatra do Hospital Brasília Nádia
Martins, esta longevidade populacional é o resultado de melhorias nas condições
gerais de vida e do avanço da medicina. A médica cita como exemplos:
implementação dos sistemas de saneamento básico, vacinas, campanhas de
prevenção e o desenvolvimento e aprimoramento de diagnósticos e tratamentos de
doenças.
De acordo com Nádia, a tecnologia tem relação
direta com esse aumento. “O avanço tecnológico influiu até na melhora da
qualidade do envelhecimento, já que atualmente a população tem muito mais
facilidade de acesso às informações”, informa.
O censo do IBGE indica que a tendência é a multiplicação
deste número nos próximos anos. Entre homens e mulheres, a população feminina
ainda é mais longeva com expectativa de vida de 80 anos. Desta forma, é
possível que o bebê que vai viver mais de 150 anos já tenha nascido.
“Houve aumento na procura de geriatras. A
especialidade vem adquirindo cada vez mais destaque no meio médico e as pessoas
têm adquirido mais conhecimento sobre a área. Aliás não só na medicina, mas em
outras áreas que envolvam gerontologia, como enfermagem, fisioterapia, nutrição,
fonoaudiologia, terapia ocupacional. Na minha opinião, pelo menos pessoas que
conheço, a geração em torno dos 30 anos de hoje em dia se preocupa mais
com seu futuro e em envelhecer com qualidade”, relata.
Mesmo
assim, a geriatra revela que o envelhecimento ainda é tabu. Segundo a médica,
apesar do envelhecimento ser uma realidade, ainda há preconceitos. “Os idosos
ainda são bastante estigmatizados, mas acredito que há uma tendência de mudança
desse paradigma. Infelizmente ainda é bem comum associar o ‘velho’ a uma pessoa
improdutiva, inativa, chata e teimosa”, lamenta.
Hospital
Brasília
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