Ministério da Saúde colabora para construção de um plano de ação para o combate à doença, que abrange a vacinação, o teste e o tratamento contra o HPV
O Ministério da Saúde participou
nesta terça-feira (17) do lançamento da estratégia global da Organização
Mundial da Saúde (OMS) para acelerar a eliminação do câncer de coloco do útero.
Na oportunidade, a pasta assumiu o compromisso de erradicar a doença no Brasil
com medidas de vacinação, de rastreamento e de tratamento. O evento foi
promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
“O governo brasileiro assume
publicamente, junto à OMS e à OPAS, o compromisso de erradicar o câncer de colo
de útero nas mulheres brasileiras”, afirmou diretor do Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do
Ministério da Saúde, Antônio Braga.
O diretor ressaltou ainda que a pasta
vai atuar na construção de um plano conjunto para o combate à doença.
“Estaremos ao lado das instituições brasileiras, em especial do Instituto
Nacional de Câncer (INCA), para pensarmos em como aplicar a estratégia da OMS
para ajudar a erradicar esse problema das mulheres brasileiras”.
Na reunião foi apresentada a
estratégia global da OMS para a eliminação desse tipo de câncer a
representantes do Brasil, ao Suriname, à Costa Rica e aos Estados Unidos. Os
presentes apresentaram as ações de cada país e fortaleceram o compromisso de
atuar em conjunto na estratégia.
A estratégia global lançada pela OMS
tem três grandes metas: 90% de cobertura da vacinação contra o HPV em meninas
antes dos 15 anos; 70% de cobertura com teste de HPV entre mulheres de 35 a 45
anos; e 90% de cobertura de tratamento. O câncer de colo do útero é o quarto
tipo que mais acomete o público feminino no Brasil.
A diretora-geral do Inca, Ana
Cristina Pinho, apresentou as medidas do governo brasileiro dentro de cada uma
das metas da OMS. “Na cobertura de vacinação, temos a introdução da vacina no
Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas e o sistema de registro
individual para monitoramento das doses das meninas”, informou.
Em relação a cobertura de teste do
HPV, Ana citou durante seu discurso a implementação de um sistema que registra
os exames Papanicolau das mulheres, permitindo o monitoramento dos casos e o
pronto acompanhamento e tratamento necessário para evitar o câncer de colo de
útero.
Ao final da reunião, os países
presentes se comprometeram a elaborar um planejamento de ações, cada um, para o
atendimento das metas da estratégia global da OMS para a erradicação do câncer
de colo de útero.
VACINAÇÃO
O Ministério da Saúde implementou no
calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de
9 a 13 anos. A partir de 2017, a pasta incluiu as meninas de 9 a 14 anos e os
meninos de 11 a 14 anos. O imunizante protege contra os tipos mais incidentes
de HPV, que causam verrugas genitais e são responsáveis por cerca de 70% dos
casos de câncer do colo do útero.
A vacinação e a realização do exame
preventivo – o Papanicolau - se complementam como ações efetivas de prevenção
desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas na pré e na adolescência, a
partir dos 25 anos deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a
vacina não protege contra todos os tipos de HPV que podem causar a doença.
O
CÂNCER
O câncer do colo do útero é causado
pela infecção persistente por alguns tipos de vírus chamados de Papilomavírus
Humano (HPV). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa
doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações
celulares que podem evoluir para o câncer.
A detecção precoce do câncer é uma
estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar
maior chance de tratamento. O exame preventivo do câncer do colo do útero
(papanicolau) é o procedimento mais efetivo para detectar lesões precursoras e
fazer o diagnóstico precoce da doença. O exame pode ser feito em postos ou
unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. Sua
realização periódica permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pela doença.
Larissa
Lima
Ministério da Saúde com informações do Inca