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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Quando o implante de nestorone é indicado

O nestorone é um hormônio que bloqueia o pico de estrogênio e androgênio. Assim, é utilizado para doenças que dependem desses hormônios para evoluir, como endometriose, adenomiose e miomatose uterina.

O implante é uma forma de administrar substâncias no organismo (assim como comprimidos, injeção, etc.). É um pequeno tubo que mede de três a cinco centímetros, preenchido por hormônios que gradativamente (de forma controlada e segura) são liberados na corrente sanguínea.

Alguns hormônios administrados pelo implante trazem efeitos secundários como redução da gordura corporal, aumento da massa magra e melhora da flacidez. Por isso, muita gente os chama de chips da beleza – algo totalmente errôneo, uma vez que não são chips, como não são indicados para esse fim.

Os implantes são majoritariamente usados como método anticoncepcional. No climatério, auxiliam a terapia de reposição hormonal, e também agem no tratamento para doenças como endometriose, adenomiose e miomatose uterina.

Cada paciente recebe uma combinação de hormônios pensada exatamente para ela, a partir de uma consulta detalhada, exames e, claro, o estilo de vida dessa mulher, que é algo sempre a ser levado em consideração.

O nestorone é um hormônio esteróide que bloqueia tanto o pico de estrogênio quanto o de androgênio no organismo da mulher, consequentemente é utilizado para doenças que dependem desses hormônios para evoluir, como endometriose, adenomiose e miomatose uterina. Além disso, inibe a menstruação e seus efeitos colaterais: cólicas intensas, sangramentos excessivos e tensão pré-menstrual.

Durante os primeiros meses de uso do implante de nestorone, algumas pacientes apresentam sangramento irregular.  É bom lembrar que um único implante é suficiente para ter todo o seu benefício e dura, por aproximadamente, seis meses.

 



Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/


Verdades e mentiras a respeito das vacinas contra a Covid-19

 A Profa Dra Lúcia Abel Awad, imunologista com pós-doutorado em doenças infecciosas, esclarece as dúvidas

 

Há muitos mitos e inverdades sobre as vacinas que estão sendo produzidas para o combate da Covid-19. Para esclarecer as dúvidas, a Profa Dra Lúcia Abel Awad, imunologista com pós-doutorado em doenças infecciosas, respondeu algumas perguntas a respeito do tema.


O ministro da saúde afirmou que, em janeiro de 2021 vai começar a vacinar todo mundo. Mas, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse que a vacina não deve ser disponibilizada para toda a população. A vacina deve ou não ser para todos? Ou só para os grupos de risco?

R. Sim, a vacina deve estar disponível para todos. Porém, estamos diante de um enorme desafio, que é o de avaliarmos as vacinas em plena pandemia. Temos que compreender o tempo da CIÊNCIA, as vacinas nunca foram testadas com tanta rapidez!

Antes de qualquer situação, precisamos saber se as vacinas irão conferir proteção, ou seja, se serão capazes de induzir a produção de anticorpos neutralizantes contra o SARS- CoV-2. Para termos esta resposta, temos que aguardar os resultados dos estudos da fase III. É compreensível que a pressão seja enorme para termos uma vacina, mas ressalto a importância de termos os resultados dos estudos para, de fato, comprovarem seu efeito, segurança e toxicidade e, a partir daí, iniciarmos o processo de imunização em massa. Está previsto que as primeiras doses das vacinas sejam disponibilizadas entre dezembro e janeiro de 2021. O Ministério da Saúde assumiu inicialmente a compra de 30 milhões de doses da vacina de Oxford, enquanto aguardamos a finalização dos testes clínicos. Sendo assim, esta quantidade de doses estará disponível para 15 milhões de pessoas, visto que serão necessárias duas doses da vacina, com prioridade aos profissionais da saúde, pessoas de grupo de risco como idosos, indivíduos com diabetes, obesidade, hipertensão e outras doenças onde exista algum comprometimento do sistema imunológico. Uma vez comprovada a segurança e a eficácia da vacina de Oxford, estão previstas mais 70 milhões de doses. Enquanto aguardarmos as vacinas com os resultados da fase III, investimentos em fábricas, logística, distribuição, infraestrutura e qualificação de profissionais são fundamentais para o início do processo de imunização em massa.

 

No mundo há grupos contra a vacinação, inclusive com correntes, nos Estados Unidos, se manifestando contra as vacinas. No caso da Covid-19, qual a sua opinião?

R. Eu acredito que esses movimentos anti-vacinas estão perdendo força neste momento da pandemia, por se tratar de uma doença de curso rápido e alta letalidade para alguns pacientes. Uma pesquisa feita recentemente, mostrou que cerca de metade dos adultos nos EUA (51%) receberia a vacina, caso estivesse disponível, ao passo que 49% disseram que não tomariam ou provavelmente não receberiam. Comparativamente às pesquisas anteriores, o número de norte-americanos a favor da vacina vem aumentando, indicando uma maior aderência ao processo de imunização. Aqui no Brasil, graças ao acesso gratuito à uma ampla variedade de vacinas, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Programa Nacional de Imunizações (PNI), as pessoas acreditam nos benefícios das vacinas, visto que as campanhas de vacinação resultaram na erradicação de doenças importantes. O Japão está entre os países com maior desconfiança com relação às vacinas, de acordo com trabalho publicado na revista The Lancet no mês de setembro.

Hoje, a maior preocupação das pessoas está no fato de que os interesses políticos e das indústrias farmacêuticas estejam à frente das etapas que devem ser cumpridas com os testes vacinas, temendo uma aprovação precoce antes mesmo da finalização dos testes clínicos. Por outro lado, os movimentos anti-vacinas comprometem os esforços de imunizar a população visando acabar com a pandemia. Existem grupos alegando que as vacinas com RNA mensageiro, cujo propósito é promover a produção de resposta imune contra o Sars-Cov-2, podem alterar o DNA das nossas células, mas essas informações são falsas e não têm embasamento científico.

 

Recentemente o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a vacina não pode ser obrigatória. Na sua opinião, deve ser ou não?

R. Na minha opinião, o presidente não foi feliz nesta fala, já que criticou a obrigatoriedade da vacinação. Vale lembrar que ele mesmo sancionou uma lei que prevê a obrigatoriedade da vacina em fevereiro deste ano, na gestão do então ministro Luiz Henrique Mandetta. Não vejo isso como uma questão de opção, uma vez que, caso alguém se negue a tomar a vacina, poderá transmitir a doença para outra pessoa. É dever do nosso presidente e das autoridades públicas conscientizarem a população e mostrarem a importância do procedimento, visando não apenas a proteção individual, mas também a coletiva.



Precisamos falar de Artrite Idiopática Juvenil

 Diferente do que muitos pensam, as patologias cuidadas pelo reumatologista podem afetar as pessoas em qualquer idade, inclusive na infância e adolescência. Pela saúde de nossos jovens, está na hora de quebrar mitos!


Artrite Idiopática Juvenil (AIJ): o nome até assusta, não é? Este termo caracteriza-se por um conjunto de doenças inflamatórias crônicas. A AIJ acomete crianças e adolescentes antes dos 16 anos e faz com que o sistema imune comece a atacar estruturas do próprio corpo, causando inflamação.

Os dados no Brasil sobre essa doença ainda são escassos, por se tratar de uma doença rara e de difícil diagnóstico. Dessa forma, alertar os pais sobre seus principais sintomas é importante não só para diagnosticar e iniciar mais precocemente o tratamento dessas crianças, mas também para melhorar os dados sobre a doença no nosso país. Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) demonstrou que a frequência da AIJ no Brasil é de 196 casos a cada 100.000 crianças, ou seja, em torno de 0,2%.

A dra. Gabriela Balbi, especialista em Reumatologia Pediátrica da Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra, explica alguns dos pontos principais sobre essa doença:

A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) é uma doença inflamatória autoimune que acomete as articulações, levando à artrite (inflamação das articulações) durante 6 semanas ou mais. Os principais sinais de inflamação articular que podem ser percebidos pelos pais são: dor (nem sempre está presente), dificuldade de movimentação da articulação acometida (por exemplo, a criança que está com tornozelo ou joelho inflamados pode mancar, principalmente no período da manhã ou após longos períodos de inatividade), calor local (é só comparar a temperatura da articulação suspeita com a pele de outro local e ver que a pele sobre essa articulação estará mais quente) e edema ou inchaço local.

Na verdade, a AIJ é um grupo de doenças, classificado em 7 subtipos, cada um com suas próprias características, bem distintas. Os 3 subtipos mais comum são:


AIJ Oligoarticular atinge até 4 articulações, principalmente joelhos e/ou tornozelos. Ocorre geralmente em meninas mais jovens, por volta de 4-6 anos, e pode ter associação com uma doença denominada uveíte anterior crônica autoimune. A uveíte anterior crônica é uma doença inflamatória que se dá na estrutura dos olhos, denominada úvea. A inflamação constante dessa estrutura pode levar a perdas visuais de graus variados e à cegueira. Essa complicação geralmente é silenciosa ou pouco sintomática, então visitas programadas ao oftalmologista são fundamentais para evitar perdas visuais irreversíveis. Outra particularidade desse subtipo é que pode ocorrer discrepância do crescimento dos membros das crianças doentes – inicialmente o membro afetado cresce mais do que o membro normal, mas ele para de crescer antes, podendo ficar, no final, menor do que o membro saudável. Esse é o subtipo mais frequente, contabilizando 50 a 80% dos casos na América do Norte e na Europa.

 AIJ Sistêmica – esse subtipo é caracterizado pela presença de febre acima de 2 semanas não explicada por outras causas (ex.: infecções, neoplasias), manchas avermelhadas pelo corpo (que geralmente surgem durante a febre), aumento dos linfonodos (gânglios), do fígado e do baço, e inflamação da membrana que reveste o coração (pericárdio) ou o pulmão (pleura). Não é necessário que o paciente apresente todos esses sintomas para que o diagnóstico seja feito. Representa 5 a 15% dos casos na América do Norte e na Europa.


AIJ Poliarticular – a AIJ poliarticular acomete cinco ou mais articulações. É subdividida ainda em AIJ poliarticular com fator reumatoide (FR) positivo e AIJ poliarticular com FR negativo, ambas com características próprias e distintas. A AIJ poliarticular com FR positivo atinge principalmente meninas mais velhas, por volta de 14-16 anos, e assemelha-se à Artrite Reumatoide que acomete o adulto, levando à artrite simétrica nos pés, tornozelos, joelhos, punhos, mãos, etc. Este subtipo pode levar a danos articulares graves e irreversíveis, causando deformidades e até incapacidade. A AIJ poliarticular com FR negativo leva a artrite de forma assimétrica, principalmente dos tornozelos, joelhos e punhos. Pode ocorrer em meninas jovens ou mais velhas, e pode também ter relação com a uveite anterior crônica. Somando a AIJ poliarticular com FR positivo e negativo, esse grupo é responsável por 15 a 20% dos casos na América do Norte e na Europa.

Alguns pacientes com AIJ (principalmente aqueles do subtipo oligoarticular) podem melhorar sem medicação, mas a maioria dos pacientes que chegam ao consultório do reumatologista pediatra necessitarão de tratamento e acompanhamento frequentes.

A equipe da Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra está em constante alerta para que o Brasil possa trazer esses dados e mapear quantas pessoas na fase juvenil são acometidas no país.

 


Gabriela Balbi - especialista na Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra com residência em Pediatria pela Universidade Federal do Paraná e residência em Reumatologia Pediátrica pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Atualmente é mestranda da Universidade Federal de São Paulo, em uma pesquisa realizada em parceria com a Universidade de São Paulo na área de reumatologia pediátrica.


29 de outubro - Dia Mundial do AVC

  Mitos e verdades sobre a reabilitação pós-AVC


Cada dia conta e é essencial para garantir a boa recuperação após um derrame; mais da metade dos sobreviventes de um acidente vascular cerebral fica com sequelas¹


O acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como AVC, é a segunda causa de morte do mundo e, de acordo com a World Stroke Organization, são registrados por ano cerca de 13 milhões de novos casos de AVC no mundo.² Somente no Brasil, ocorrem mais de 400 mil casos por ano e 100 mil óbitos, segundo o Ministério da Saúde.³ 


Entretanto, apesar da letalidade da doença, é necessário prestarmos atenção também na grande parcela de pessoas que sobrevive ao episódio, conscientizando e informando sobre os vários recursos disponíveis para auxiliar esses pacientes no pós-AVC.

Estudos apontam que complicações motoras podem aparecer em 50% a 83% dos casos pós-AVC, problemas cognitivos em cerca de metades dos pacientes e distúrbios psicológicos em cerca de 20% deles.¹ "Mas, a boa notícia é que a medicina evoluiu e há uma série de recursos na área da fisiatria, neurologia, fisioterapia e fonoaudiologia que auxiliam o paciente na retomada de sua vida, lhe dando independência novamente e qualidade de vida", informa a médica Regina Chueire, fisiatra e Professora Adjunta da Faculdade de Medicina de São José de Rio Preto-Autarquia Estadual.

Para desvendar alguns mitos e verdades que permeiam o assunto, a médica elencou alguns temas que precisam ser desmistificados.


Não é possível se recuperar das sequelas de um AVC? 


Mito: Após um AVC, algumas pessoas podem apresentar limitações em consequência do evento e a recuperação é diferente em cada caso. Entretanto, o tratamento médico imediato, associado à reabilitação adequada, pode minimizar as incapacidades, evitar as sequelas mais graves e proporcionar ao indivíduo o retorno mais breve possível às suas atividades diárias.4 



O tratamento pós-AVC é interdisciplinar e multiprofissional? 


Verdade: A avaliação funcional é a base do tratamento das sequelas do AVC, mas no geral o tratamento é interdisciplinar e multiprofissional para trazer qualidade de vida para o paciente. O acompanhamento feito por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, neurologistas, fisiatras, e outros tipos de terapias como arteterapia ou musicoterapia, são medidas benéficas para os pacientes.5 "O programa de reabilitação deve conter objetivos gerais e específicos, traçados juntamente com o paciente e seus familiares. O número de sessões e o tempo vão ser estipulados em conjunto, tudo visando melhorar o bem estar e atingir ao máximo as expetativas do paciente", explica a Dra. Regina. 



É preciso esperar dias para iniciar a reabilitação pós-AVC? 


Mito: A reabilitação do paciente que sofreu um AVC se inicia ainda no hospital com o objetivo de prevenir retenção e acúmulo de secreções, escaras e contraturas articulares. Além disso, também são feitos exercícios respiratórios e outros ativos com o paciente sentado ou em pé. A fisioterapia também é necessária para manter ou ganhar amplitude de movimento, contraturas e deformidades e prevenir dores articulares.6 A fisioterapia feita ainda dentro do hospital é extremamente necessária, mas o paciente pós-AVC não deve deixar sua reabilitação de lado uma vez que recebe alta hospitalar. "Um dos pontos mais importantes na reabilitação pós-AVC é a avaliação completa de seu quadro e reavaliações periódicas para que se possa verificar efeitos do tratamento e evolução neuromotora conforme o tempo for passando" explica a médica. 



Pacientes pós-AVC sofrem de espasticidade? 


Verdade. A espasticidade é um distúrbio motor caracterizado pelo aumento do tônus muscular, provocando rigidez e dificuldade de movimentar a região afetada, além da dor. É semelhante à cãibra, com a diferença de ser constante. A espasticidade é comum em crianças com paralisia cerebral e em adultos após traumatismo cranioencefálico e AVC.7 "A espasticidade está associada diretamente com a redução da capacidade funcional, limitação da amplitude do movimento articular, desencadeamento de dor e prejuízo nas tarefas diárias básicas como alimentação, locomoção, transferência e cuidados pessoais", acrescenta a médica. 


O manejo da espasticidade é multifatorial e pode requerer tratamento medicamentoso com toxina botulínica A, além de não medicamentoso com manobras de manutenção da amplitude do movimento articular, treinos e órteses de posicionamento e até mesmo cirurgias.7 



A toxina botulínica A utilizada no tratamento da espasticidade é a mesma usada em procedimentos estéticos? 


Verdade. Não existe diferença na composição da toxina botulínica A usada para procedimentos estéticos e para o tratamento da espasticidade, o que muda realmente é a finalidade do procedimento. Enquanto na dermatologia o medicamento é utilizado para amenizar linhas de expressão e rugas profundas, na reabilitação pós-AVC a aplicação da toxina botulínica A no músculo atingido pode melhorar a capacidade funcional de locomoção, transferência e atividades de vida diária, prevenir contratura e deformidades, diminuir a dor e a frequência e severidade dos espasmos.7,8 



Mudanças de humor são comuns em pacientes em reabilitação? 


Verdade: Cerca de um terço das pessoas que sofreram um AVC apresentam alterações de humor como depressão e ansiedade.9 Por isso, é importante ficar atento às mudanças que podem vir durante a reabilitação de um AVC e buscar ajuda profissional de psicólogos e psiquiatras.
Com esse cenário apresentado, fica fácil entender o motivo da reabilitação ser tão importante na vida pós-AVC. Muito além de necessitar de atendimento rápido após os primeiros sinais de que o acidente vascular cerebral está acontecendo, é necessário também entender como funcionará a reabilitação após a alta hospitalar para que o paciente consiga aumentar sua qualidade de vida e recuperar sua autonomia. Cada caso deve ser analisado junto ao médico especialista e seguido rigorosamente para a os melhores resultados.

 

 




 

Ipsen



Referencias


1. Toward an epidemiology of post stroke spasticity, Neurology, Jörg Wissel, MD, FRCP, Aubrey Manack, PhD and Michael Brainin, MD, 2013.
2. Organização Pan-Americana de Saúde. 10 principais causas de morte no mundo. Organização Pan-Americana de Saúde. Disponível em [http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5638:10-principais-causas-de-morte-no-mundo&Itemid=0].
3. Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral. Disponível em [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_acidente_vascular_cerebral.pdf]
4. Rede Reab AVC. Disponível em [http://www.reabavc.com.br/reabilitacao/reabilitacao-pos-avc-e-terapia-ocupacional]
5. Piassaroli CAP et al. Modelo de Reabilitação Fisioterápica em Pacientes Adultos com Sequelas de AVC Isquêmico. Revista Neurociências 2012 Volume 20. 128-137. Disponível em [http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2001/revisao%2020%2001/634%20revisao.pdf]
6. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Espasticidade. Disponível em [http://www.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-espasticidade-livro-2009.pdf]
7. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Disponível em [http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/toxina-botulinica-tipo-a/13/]
8. Hacket ML et al. Neuropsychiatric outcomes of stroke. Lancet Neurology 2014 Volume 13, No. 5, p525-534 

Outubro Rosa: Estudo dinamarquês aponta o estresse como um dos possíveis fatores que causam de câncer de mama

 Psicólogo e psicanalista Robson Paiva faz um alerta sobre o assunto, já que além do estresse causado pela pandemia, também podem causar transtornos psicológicos

 

Um estudo realizado na Dinamarca, pela pesquisadora Kathrine Carlsen e publicado European Journal of Câncer 44, em 2008, sinaliza que mulheres em quadro depressivo ou mesmo esquizofrênicos apresentaram mais de chances de desenvolver câncer de mama. Para o psicólogo e psicanalista Robson Paiva, proprietário do espaço Wortel, além da preocupação com as questões que giram em torno da pandemia, a mulher que passou a acumular funções além do home office como cuidar dos afazeres domésticos, dos filhos, de acompanhá-los nas tarefas da escola, aumentando significativamente, a carga de estresse, gerando ansiedade e diferentes níveis de depressão.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), somente em 2020, já foram contabilizados mais de 66 mil casos de câncer de mama em mulheres brasileiras, cerca de 11% a mais se comparado ao total registrado no ano de 2019, com 59.700. Com a chegada da pandemia no Brasil, que registrou picos de estresse em pessoas por conta de problemas psicológicos, saúde, emprego, família, futuro, estresse e divórcio, surge um alerta para uma possível relação entre problemas emocionais e o câncer de mama.

Para a professora de sociologia da Universidade Estadual de Ohio, em uma pesquisa que analisa a influência da família e outras relações pessoais, mentais e na saúde física, a ideia de que o casamento beneficia mais os homens do que as mulheres, enquanto a qualidade do casamento afeta mais mulheres do que homens, corrobora com a ideia de que, durante a pandemia, a mulher teve de desempenhar ainda mais outras funções, lhe causando momentos ainda mais estressantes. Além disso, se observarmos que em países como a China, que registraram número de aumento de divórcios durante o isolamento social, é possível chamar a atenção para um possível problema futuro envolvendo as mulheres.

Por outro lado, aqui no Brasil, o Provimento nº 100, editado pela Corregedoria Nacional de Justiça, que disciplinou a realização de divórcios à distância, em todo país, a partir de maio, o número de pedidos aumentou em 18,7%, temos aí um triste cenário pela frente de possibilidade, segundo o estudo, do aumento do número de mulheres com depressão, ansiedade e questões que poderão desenvolver o câncer de mama”, afirma o psicólogo

“Possivelmente a mulher será levada a um quadro onde sua autoestima fica abalada, causando desinteresse em relação ao mundo externo em função de um acontecimento real ou traumático. Além disso, sentimentos como culpa, dificuldades em lidar com o luto, falta de habilidade psíquica na lida com as frustrações, elevado grau de exigência para consigo, temor ao julgamento alheio, enfim, todos esses sentimentos que são preditores de quadros depressivos”, explica Paiva. 

         Para o profissional a busca por ajuda psicológica é fundamental para sair de um transtorno psicológico como ansiedade, estresse, depressão etc, pois faz com que o indivíduo, neste caso, a mulher, consiga compreender o que lhe causou o problema e ressignificar o que aconteceu. “É importante que além de buscar a ajuda psicológica o quanto antes, que a mulher faça o exame preventivo em casa, sempre, pois sabemos são grandes as chances de cura, se a doença for detectada ainda na fase inicial”, finaliza Robson.

 



Robson Paiva - Proprietário e fundador do Espaço Wortel, Robson Paiva atua como psicólogo e psicanalista por meio de sessões presenciais e online, em várias regiões do Brasil. Especialista em psicanálise clínica e cultura, psicologia transpessoal, o profissional passou a integrar a Sociedade Brasileira de Psicoterapia (Regional de Juiz de Fora) em agosto de 2020 e também atua como colunista semanal em portais de notícias.


Outubro Rosa intensifica a realização de exames preventivos para a saúde da mulher

Pandemia desacelerou o autocuidado, mas exames de rotina são essenciais para o diagnóstico precoce de câncer

 

A campanha mundial do ‘Outubro Rosa’ alerta para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo de útero. A cada ano, o movimento se transforma numa oportunidade de promover iniciativas para assegurar a saúde da mulher. No período, além da conscientização sobre os exames de rastreio de câncer de mama, há um movimento para intensificar o autocuidado e a coleta regular de Papanicolau.

Com estes exames, é possível realizar um diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, que gera 570 mil casos novos anualmente no mundo, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Segundo especialistas, mulheres que tiveram dois exames normais por 2 anos consecutivos podem realizar a coleta a cada 3 anos. Ainda assim, existem casos que precisam de acompanhamento semestralmente. Por isso, é importante estabelecer uma rotina de cuidado.

Ao todo, 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) administradas pelo CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"), na zona sul do Município de São Paulo, realizam a coleta do papanicolau, sem necessidade de agendamento, durante todo horário de funcionamento dos serviços. No primeiro semestre de 2019, as unidades realizaram mais de 27 mil exames, enquanto no mesmo período deste ano foram apenas 13 mil. O contexto de pandemia e isolamento social contribuíram para a redução da procura por exames de rotina, uma vez que as pessoas estão evitando acessar estabelecimentos de saúde.

A enfermeira e supervisora técnica Selma Eloy Machado Marques, do CEJAM, alerta para a importância de manter o acompanhamento da saúde da mulher mesmo no cenário atual. "Além de identificar o câncer de colo do útero, também é realizada a microbiologia, que permite mapear infecções vaginais como tricomoníase, candidíase ou vaginose bacteriana e infecções sexualmente transmissíveis como clamídia, gonorreia e HPV", conta.

Em 2019, o CEJAM identificou que a maioria das mulheres que realizaram o Papanicolau de rotina estão na faixa etária de 36 a 45 anos, representando 31% dos atendimentos. Na sequência, 29% correspondem a mulheres entre 25 e 35 anos. Há, portanto, necessidade de ampliar a conscientização entre o público acima de 45 anos.

É por isso que as unidades geridas pelo CEJAM estão promovendo uma série de iniciativas neste mês de outubro para incentivar a realização do Papanicolau, com ações desde sorteio de kits de higiene pessoal, busca ativa nos domicílios nas proximidades em que estão localizadas as UBSs, palestras educativas e caminhadas de sensibilização nos bairros.

Mulheres interessadas em fazer os exames, podem verificar as unidades gerenciadas pelo CEJAM disponíveis para coleta acessando aqui.

 


O Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM)

http://cejam.org.br/


Miopia infantil: saiba como cuidar da visão do seu filho

Óticas Diniz dão dicas para proteger a saúde ocular das crianças

 

 

É a partir da visão que os pequenos observam tudo que está ao redor, recebem estímulos e aprendem comportamentos. Por ser o sentido mais importante para o desenvolvimento físico e cognitivo de meninas e meninos, é preciso estar atento a saúde visual dos filhos.


Proteger esse importante órgão é sempre a melhor opção, especialmente nos tempos de isolamento social, em que as crianças se veem obrigadas a passar muitas horas em frente as telas para estudar, ler e se divertir. Pensando nisso, são necessários alguns cuidados com a miopia infantil, como destacam abaixo as Óticas Diniz - a maior rede de óticas do Brasil .

Isso porque, segundo estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 20% da criançada em idade escolar apresenta alterações visuais, sendo a miopia a principal causa. E de acordo com pesquisa do Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), cerca de 69% das crianças e adolescentes na faixa dos 9 aos 17 anos utilizam a internet mais de uma vez por dia. Ou seja, além da genética, o uso excessivo de eletrônicos têm contribuído para o aumento de casos no país.

O intenso contato com tablets, smartphones, notebooks e a televisão faz com que os olhos dos pequenos fiquem focados em um único objeto próximo por muito tempo. Com isso, a visão para longe não é desenvolvida na idade correta em que deveria acontecer, causando a miopia, já que quando eles olham para um objeto mais longe, sentem maior dificuldade e a visão embaçada. E normalmente como o diagnóstico não é feito precocemente, os baixinhos demoram mais para tratarem essa alteração visual.

Uma das dicas das Óticas Diniz é incentivar o seu filho a ficar mais tempo ao ar livre como prevenção. A exposição ao sol irá ajudar no desenvolvimento, e o ambiente externo não deixa o foco dos olhos diretamente em um único objeto próximo, e sim em diversos estímulos que não forçam demais a visão. Lembrando dos perigos dos raios UV, é importante evitar os períodos de Sol mais intenso, passar protetor solar e a utilização de óculos escuros.

Outra sugestão da rede é levar os pequenos ao médico oftalmologista regularmente. Mas lembre-se que a primeira consulta deve ser feita entre 6 meses e 1 ano e depois é só seguir acompanhando a cada semestre. Agora, se o profissional indicar o uso de óculos para miopia, é fundamental optar por acessórios de grau com lentes certificadas e com a tecnologia do filtro de luz azul. As opções piratas podem agravar os riscos à visão.

Para cuidar e proteger a saúde dos olhos de quem tem miopia infantil, as mais de 1.000 lojas das Óticas Diniz possuem portfólio completo e diversificado a fim de facilitar a escolha dos óculos junto com o seu filho. Atenção ao material mais leve, resistente e durável das armações e as lentes ideais para a criançada. Quanto mais coloridos, atrativos e confortáveis, melhor ficam os óculos no rostinho dos pequenos e despertam o interesse deles em usar o acessório e retomar a qualidade da visão no dia a dia.

 


 Óticas Diniz

www.oticasdiniz.com.br


É Chegada a Hora de se submeter a um exame de Tomografia ou Ressonância Magnética, Mas você sofre de claustrofobia, o que fazer?

Dr. Fábio Zanatta, criador do Portal Descomplicando a Medicina fala sobre a fobia que acomete milhares de pessoas.


Você sabia que a claustrofobia impossibilita inúmeras pessoas de realizar alguns exames de imagem como a ressonância magnética pelo medo de ficar preso, sufocado dentro da máquina? Vamos explicar nesse texto, o que é claustrofobia, os sintomas e diagnósticos, assim como, a solução para os indivíduos que sofrem dela poder realizar esses exames sem medos ou prejuízos a sua saúde mental e física! Acompanhe ate o final.

Quando um paciente precisa passar por um exame de ressonância magnética ou uma tomografia, é sabido que o mesmo será submetido a um preparo (venóclise para injetar contraste, muitas das vezes) e logo após, será inserido em uma máquina fechada, como se fosse um “túnel barulhento”, que leva muitas pessoas a sofrerem muito antes de tudo isso acontecer, afinal para quem sofre de claustrofobia, parece que aquele procedimento vai durar por uma eternidade. Como tornar isso menos sofrido?

A claustrofobia, como o próprio nome diz, é considerada uma fobia situacional que envolve o medo de espaços fechados. A pessoa que sofre com a claustrofobia tem ataques de pânico ou receio constante de ter um ataque a qualquer momento. A gravidade disso pode variar de pessoa para pessoa, podendo limitar a vida de quem sente, pois muitas vezes a tira do convívio social fazendo com que a mesma não desfrute de momentos que poderiam ser aproveitados com alegria. 

Segundo estudos, de 4% a 5% das pessoas no Brasil sofrem com a claustrofobia. Grande parcela dessas pessoas (claustrofóbicos) sofrem ataque de pânico quando estão em espaços confinados, a mesma, teme por não ser capaz de sair da situação, achando muita dificuldade em respirar dentro de elevadores, teatros, e inclusive dentro de uma máquina de ressonância quando há necessidade de realizar um exame, como comentado acima. Ficar aprisionada dentro do tubo da ressonância, leva a taquicardia, desespero, agitação, nervosismo e tremores. Isso faz com que a captação das imagens seja impossível, ja que para forma-las, é necessário repouso, imobilidade durante o exame.


Mas afinal, quais são os sintomas?

O claustrofóbico, que se encontra em um espaço fechado, pode sofrer um ataque de ansiedade que muitas das vezes gera pânico, e nesse caso, podem surgir diversos sintomas, de acordo com sua gravidade, nível e intensidade da doença e aprofundamento da crise de ansiedade como por exemplo:

  • Suor;
  • Frequência cardíaca acelerada (taquicardia); 
  • Hiperventilação ou “respiração excessiva”; 
  • Falta de ar; 
  • Sensação de asfixia; 
  • Dor no peito; 
  • Dormência no pescoço, mãos braços e peito; 
  • Boca seca; 
  • Confusão ou desorientação; 
  • Tremores; 
  • Tontura; 
  • Náusea; 
  • Desmaio e
  • Até mesmo o medo de dano real ou morte.


Existe tratamento para a claustrofobia? 

Sim, existem tratamentos para esse tipo de fobia, assim como outros transtornos de ansiedade, a terapia cognitivo-comportamental, terapia de realidade e nos casos mais fortes, o uso de medicação anti-ansiedade (com a sinalização e aprovação do médico de confiança). 

Os profissionais da Psicologia podem muito ajudar as pessoas que têm claustrofobia a desenvolver algumas habilidades que servirão de forma para o enfrentamento e controle do medo e da ansiedade que toma conta da pessoa no momento. Outras terapias podem ser utilizadas, assim como a cognitivo-comportamental, que tem uma abordagem na qual a  pessoa é encorajada a confrontar e mudar os pensamentos e atitudes específicas que levam a esses sentimentos de medo, além da terapia cognitivo-comportamental (TCC), técnica essa  preferida e utilizada para manter a pessoa relaxada.  

De que forma os pacientes que serão submetidos aos exames de tomografia ou ressonância magnética, podem ter sua fobia amenizada, com o auxilio da anestesia? 

Como já mencionado acima, existem diversas intensidades da crise de ansiedade pela claustrofobia. Desde um simples mal estar de estar no ambiente em que se encontra, até a sensação iminente de morte. Como para fazer o exame se necessita total repouso, dependendo do paciente, se possuir uma intensidade leve, uma sedação com ansiolítico irá ajuda-lo a se acalmar, fazer um relaxamento, talvez provocar um sono durante o exame e assim, permitir a entrada na máquina para realizar o exame.

Nos casos mais graves do ataque de ansiedade, não há outra solução do que realizar a anestesia geral. O procedimento do exame da ressonância magnética costuma demorar cerca de 30minutos a 1 hora. Nesse período, o paciente deve ficar imóvel por completo e sendo assim, somente a anestesia geral irá promover esse repouso total.

Estamos acostumados a ouvir que anestesia geral somente é feita para cirurgias e traz riscos a saúde. Realmente a anestesia geral possui seus risco como anafilaxia, broncoaspiração (respirar conteúdo gástrico), alterações do estado clinico cardiovascular, renal e pulmonar. Atualmente os fármacos e técnicas de anestesia promovem enormes seguranças e mínimas chances de eventos adversos. Com tudo, temos que lembrar que os benefícios de realizar o exame sempre devem ser maiores do que os riscos. Todavia, se o paciente necessita realizar esse exame para diagnóstico por exemplo de câncer, hérnia de disco, distúrbios neurológicos entre outros, a descoberta e auxilio no diagnóstico valerá o risco de possíveis complicações da anestesia geral.

Portanto, as técnicas e fármacos que promovem a anestesia geral e sedação, permitem pessoas que sofrem de claustrofobia, a realizarem os exames de imagem permitindo a investigação clínica através dos exames de rastreiros de imagem.

Sabia disso? Pois é, assuntos que descomplicam a medicina você só vê por aqui, no Descomplicando a Medicina. Confira nosso vídeos explicativos e sobre cirurgias no canal do YOUTUBE: DESCOMPLICANDO A MEDICINA.


16 de outubro é o Dia Mundial do Pão: aprenda sete dicas para armazenar corretamente o pão de forma


Dia 16 de outubro é o Dia Mundial do Pão, seja no café da manhã ou entre as refeições, o pão de forma está presente na rotina da maioria dos brasileiros, contribuindo para a nutrição e equilíbrio alimentar além de proporcionar praticidade e muito sabor.

Mas não há nada mais desagradável do que ter vontade de comer um pão fresquinho e encontrá-lo ressecado ou todo embolorado. A consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos industrializados (ABIMAPI), Maria Julia Couto separou sete dicas de como armazenar corretamente para conservar o pão de forma por mais tempo.

1) Nunca deixe a embalagem do pão aberta;

2) Fechar bem o pacote com o arame bem rente ao pão toda vez que usar;

3) Guardar em lugares limpos, secos e arejados, longe de produtos de limpeza ou odores fortes;

4) Não guardar o pão dentro ou em cima do micro-ondas, pois o calor prejudica a conservação e a qualidade do produto;

5) Evite a exposição ao ar, sol direto ou calor de lâmpadas;

6) Guardado na geladeira é possível conservá-lo por mais tempo. Mantenha-o na parte menos úmida e longe de gotas d`água;

7) Também pode congelar: colocar a embalagem bem fechada no freezer e verifique sempre se não há umidade. Outra opção é congelar em porções individuais para evitar que o pão seja retirado e recolocado várias vezes;

A especialista alerta que na hora da compra o consumidor deve observar se o pão está exposto em uma gôndola arejada e fresca, longe de produtos que exalem odores fortes, além de ser essencial conferir o prazo de validade.


Hábitos alimentares saudáveis devem começar na infância

Crianças e adolescentes com sobrepeso, muitas vezes, também precisam de acompanhamento psicológico

 

No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada três crianças, entre cinco e nove anos está acima do peso. Segundo dados  do Ministério da Saúde, nessa faixa etária, 12,9% são obesos. Já as notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional de 2019, apontam que 16,33% dos brasileiros entre cinco e dez anos estão com sobrepeso, 9,38% são obesos e 5,22% apresentam obesidade grave. Entre os adolescentes, 18% têm sobrepeso, 9,53% são obesos e 3,98% apresentam obesidade grave. 

A pandemia do novo coronavírus pode ter aumentado ainda mais esse quadro, já que as crianças e adolescentes tiveram a rotina totalmente modificada e ficaram mais sedentárias. Ana Carolina Netto, nutricionista da Acolher Nutrição, espaço especializado em atendimento a crianças e adolescentes, afirma que os pequenos são estimulados constantemente com publicidade, vídeos e a própria TV sobre alimentos calóricos e poucos nutritivos. 

"Além disso, ainda dependem das escolhas dos pais que levam para casa o que é mais conveniente a rotina familiar", afirma a profissional, que relata em seu consultório aumentou o número de crianças e adolescentes com sobrepeso devido à crise sanitária:

"A pandemia trouxe uma onda de ansiedade e ócio para nossas crianças, que passaram a ter mais alimentos disponíveis dentro de casa. Além disso, passaram a ficar mais tempos sentados, sem atividades, o que realmente vem tendo um impacto no peso". 

Vanessa Almeida, nutricionista da Acolher Nutrição, afirma que nunca deve deixar para mais tarde para tratar o sobrepeso. 

"Hora de cuidar da saúde é agora. Uma reeducação alimentar não significa dieta restritiva e a criança precisa ser apresentada desde cedo a bons alimentos e entender os benefícios dessa alimentação. Não fazer desse processo um castigo é fundamental para fazer dar certo! No nosso espaço, trazemos essas mudanças a âmbito familiar onde não é só a criança que precisa mudar e sim todos da sua convivência. E estamos vendo cada vez mais casos de sucesso, onde ao colocar a mão na massa e provando novos sabores os pequenos vão ganhando confiança em provar um novo estilo de vida", pontua. Ana Carolina acredita que a chave do sucesso desse processo de introduzir bons hábitos alimentares está em levar as crianças para a cozinha. 

"Mostrar que é possível comer gostoso sem maltratar o corpo é uma virada de chave", afirma a nutricionista. 

A profissional enfatiza que muitas crianças e adolescentes podem precisar de acompanhamento psicológico, além do nutricional. 

"Dependendo do caso, sim! Percebemos desde a infância comportamentos disfuncionais em relação à alimentação e autoestima. No espaço Acolher, tratamos essas crianças e adolescentes com uma visão holística, orientando não só a alimentação, mas o entendimento de comportamentos que possam ser o foco do problema. Buscamos entender a real necessidade da família e se houver necessidade encaminhamos para nossa psicóloga para tratar tais questões", finaliza.


Quando comer é um desafio: Saiba como mindful eating pode ajudar a ter uma alimentação equilibrada


Crédito: Aline Ponce
No Dia Mundial da Alimentação, especialista ensina a perceber se estamos com fome de verdade e ensina a lidar com gatilhos

 

 

Vivemos um momento novo para todos. A ansiedade, o estresse e o medo do desconhecido podem dificultar a forma como cada um lida com os desafios na rotina e as emoções que surgem a partir deles. Para aqueles que nunca tiveram uma relação muito amigável com a balança, e até para mesmo para quem tinha, essas questões podem se tornar gatilhos para a fome e acentuar (ou dar início) a uma compulsão alimentar. E o mindful eating trabalha justamente essa relação com a alimentação.

Cada vez mais buscado, o mindful eating nada mais é do que atenção plena na alimentação. Ao permitir escolhas e experiências alimentares mais conscientes, ajuda na promoção da saúde. "É possível mudar sua relação consigo mesmo e com a sua alimentação, tornando-a mais saudável e prazerosa", aponta Luiza Bittencourt, instrutora de Mindful Eating pelo Protocolo Eat For Life. Ao praticar, você para de se alimentar no piloto automático e se torna livre para decidir o que comer.

O objetivo é ter uma relação mais saudável com a comida, de uma forma mais tranquila e satisfatória. Temos nove fomes que são despertadas a partir de certos gatilhos, são elas: fome de ouvido, do tato, a celular, dos olhos, do nariz, do estômago, da boca, da mente e do coração. Cada uma delas tem relação com o que está a em volta e/ou também com o que sentimos, além do que se passa na mente.

"Quando uma emoção difícil surgir , pare e respire algumas vezes, observe as emoções com compaixão e bondade, e então proceda. Ao fazer isso, você parou o comportamento automático de buscar comida por conforto e tem a oportunidade de tentar algo novo", ensina Luiza. Uma pessoa que come conscientemente reconhece que não existe uma maneira certa ou errada de comer, mas sim uma variedade de atenções ao redor da experiência da alimentação.

Assim, aceita que suas experiências alimentares são únicas. "É preciso reconhecer os alimentos sem julgamentos e ouvir o corpo, prestando atenção no que o corpo está pedindo para escolher alimentos satisfatórios e nutritivos. É sobre tornar-se atento à fome física e aos sinais de saciedade para guiar suas decisões para começar e parar de comer", finaliza a especialista.

 

 

Luiza Bittencourt - A especialista já participou de diversos retiros e cursos como Mindful Schools (Califórnia), Mindfulness na Liderança pelo Institute for Mindful Leadership (fundado por Janice Marturano), Introducción a Mindfulness, Compasión y Florecimiento Humano no Instituto Cultivo (México), e também é instrutora de Mindful Eating pelo Protocolo Eat For Life. É membro da AbraMind (Rede Aberta de Mindfulness) e colabora com as plataformas Setta.co e Reverbere. Nesse link você pode ver mais informações sobre ela, os métodos, agenda e outros: http://www.luizabittencourt.com


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