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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Hábitos comuns que interferem na eficácia da pílula anticoncepcional

A pílula anticoncepcional é um dos métodos aliados das mulheres com vida sexual ativa que desejam evitar a gravidez. O que nem todas sabem é que alguns hábitos, relativos a horários e à ingestão inadequada, interferem na eficácia do medicamento. A ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maria Luisa Mendes Nazar, solucionou algumas das principais dúvidas sobre o tema:

 

1. Não tomar a pílula anticoncepcional no mesmo horário diminui a eficiência do remédio?

A resposta é sim. Segundo a ginecologista, ingerir o medicamento no mesmo período é o ideal e garante maior eficiência, seja ele via oral ou injetável. No caso da pílula, que é diária, recomenda-se escolher um horário com menor possibilidade de esquecimento. A médica, no entanto, tranquiliza. “Quando alertamos sobre atrasos, não nos referimos a minutos, mas sim a um período inteiro, após 3h do horário”, explica. Nesses casos, o ideal é fazer uso de outros métodos contraceptivos, como a camisinha para evitar qualquer risco de engravidar.

 

2. É preciso ingerir o comprimido com água ou outro líquido?

A recomendação é tomar o remédio sempre com auxílio de água ou qualquer outro líquido que não seja alcoólico. A dica, como explica a Maria Luisa, é importante por ajudar na condução do comprimido até o estômago, evitando qualquer parada inesperada no esôfago, por exemplo. “Caso a paciente tenha uma boa salivação e consiga deglutir sem nenhum problema, não há contraindicação. Mas aconselhamos a assistência da água para que a pílula chegue tranquilamente ao estômago”, explica a ginecologista. 

 

3. Vômitos e diarreia atrapalham a absorção do anticoncepcional?

Nestes casos, segundo a médica, é preciso cautela. Os vômitos são preocupantes em alguns cenários, principalmente quando ocorrem em até quatro horas da ingestão do comprimido. Isso porque é este o tempo médio que a pílula demora a chegar ao estômago, portanto, aumenta as chances de não absorção correta. 

A segunda situação que merece atenção é a de pacientes com bulimia, gastrite, intolerância no tubo digestivo e mulheres que fizeram cirurgia bariátrica. Para estas pessoas, por conta do histórico clínico, é preciso uma análise do caso para a escolha do método mais adequado e eficaz. Já no caso de diarreia, a ginecologista não vê perigo. “O comprimido primeiro chega ao estômago, cai na corrente sanguínea e vai até o fígado para ser metabolizado. Por isso, a diarreia não é uma ameaça ao efeito da pílula”, lembra. 

 

4. Qual o melhor método anticoncepcional?

Não é possível afirmar de forma geral qual é o melhor, destaca Maria Luisa. A orientação é sempre consultar-se com o especialista a fim de definir a opção mais vantajosa para a realidade de cada paciente. 

 



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Por que realizar a lavagem nasal é tão importante quanto lavar as mãos

 Especialista apresenta os benefícios desta prática simples e eficaz


Em tempos de conscientização sobre a importância da higienização das mãos, direcionamos a atenção também para a relevância da higiene nasal, o procedimento simples e rápido de enxaguar o nariz com soluções salinas que a maioria da população conhece, mas não incluem em seus cuidados diários.

O nariz é considerado a porta de entrada do sistema respiratório, sua função também é aquecer, umidificar e filtrar o ar, desempenhando a atividade de uma barreira contra agentes externos, por isso sua limpeza diária é importante. Ao tocar inúmeras superfícies com as mãos, é comum o acumulo de vírus e bactérias, já no nariz, os elementos se instalam constantemente a cada inspiração, e mesmo com um sistema de defesa eficaz, pode-se desenvolver doenças respiratórias.

As doenças respiratórias causam grandes impactos na saúde mundial e constituem 5 das 30 causas mais comuns de morte, segundo a Organização Mundial de Saúde, as infecções do trato respiratório, causadas por gripes, matam de 250.000 a 500.000 pessoas anualmente. “As pessoas tendem a não dar tanta atenção às doenças respiratórias, por acharem que tem fácil tratamento e baixas consequências. O que elas não sabem é que problemas respiratórios que aparentam ser simples, podem evoluir para complicações mais sérias e desenvolver doenças secundárias”. Alerta a otorrinolaringologista, Tatiana Abdo (CRM-SP 101.585).

A limpeza proporciona uma higiene nasal completa e prolongada, eliminando eventuais agentes presos nas paredes da cavidade nasal e vias respiratórias, e evita que esses agentes se desenvolvam e tornem-se doenças respiratórias no futuro. Realizar a higienização nasal com soluções salinas deve fazer parte da rotina de cuidados de todos, no mercado você encontra produtos para todas as faixas etárias, inclusive com o bico anatômico, para não machucar o narizinho da criança. ” Explica a especialista.

 

 

Rinosoro

 

 

Referências Consultadas:

Forum of International Respiratory Societies. The Global Impact of Respiratory Disease – Second Edition. Sheffield, European Respiratory Society, 2017. Disponível em: <https://www.who.int/gard/publications/The_Global_Impact_of_Respiratory_Disease_POR.pdf>. Acesso em: julho, 2020.

Manoukian J. Higiene nasal em pediatria. In: Sih T (coord). V Manual de Otorrinolaringologia Pediátrica da IAPO - Interamerican Association of Pediatric Otorrhinolaryngology. 2006. Disponível em: <http://www.iapo.org.br/manuals/v_manual_br_31.pdf>.  Acesso em: julho, 2020.

Mion O, Di Francesco RC. Higienização nasal na prevenção de doenças respiratórias. Recomendações: Atualização de Condutas em Pediatria. 2017; Junho (80): 3-5. Disponível em: <https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec80_Otorrino.pdf>. Acesso em: julho, 2020.

 

Pediatra alerta para a importância da amamentação na prevenção do câncer de mama

Outubro é o mês da conscientização e prevenção de uma das doenças que mais atingem mulheres em todo o mundo, o câncer de mama. Muito se fala em conhecimento e informação, mas o que poucas mulheres sabem é que o aleitamento materno pode ser uma das formas de prevenir o diagnóstico. 


Dados do Ministério da Saúde mostram que o risco de contrair a doença diminui 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação. "Durante o período de aleitamento, as taxas de determinados hormônios que favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer caem", explica a pediatra Patrícia Rezende, do Grupo Prontobaby.

"Além disso, alguns processos que ocorrem na amamentação promovem a eliminação e renovação de células que poderiam ter lesões no material genético, diminuindo, assim, as chances de câncer de mama", esclarece Patrícia.

Muitas dúvidas surgem a respeito desse tema, principalmente relacionadas aos exames e diagnósticos durante a fase da amamentação e sobre a viabilidade de amamentar após o diagnóstico e tratamento. A seguir, a pediatra esclarece as principais questões. Confira:


A mulher pode desenvolver câncer de mama durante a amamentação ou logo após amamentar?

Sim, a mulher pode desenvolver câncer de mama mesmo amamentando ou após amamentar. É importante que, durante essa fase, as mulheres não confundam um ducto de leite entupido com um tumor. Caso sinta algum nódulo endurecido, procure o seu médico e converse com ele.

Essa resposta deve ser analisada de acordo com cada caso. Porque, por exemplo, se a mulher teve que fazer a retirada da glândula da mama, mesmo que coloque prótese, ela não vai ter as células que produzem o leite e, assim, não poderá amamentar. O diagnóstico de câncer de mama não é uma proibição para uma amamentação futura, mas cada caso deve ser avaliado junto ao médico.


Alteração no cheiro e coloração do leite materno podem significar alguma doença?

Algumas vezes, sim. No entanto, no início da amamentação, é comum sair um leite de coloração um pouco amarronzada ou acobreada, e isso é normal. A melhor coisa a se fazer é passar para o seu médico toda a alteração que houver, para que ele possa avaliar se é alguma alteração patológica ou não.


É possível fazer a mamografia se eu estou amamentando?

Sim, você pode fazer o exame se está amamentando e tem essa indicação. Porém, pode ser mais difícil o diagnóstico ou haver necessidade de exames adicionais. Por isso, verifique com o seu médico se o exame deve ser feito nesse momento, principalmente se você pretende desmamar em breve. 



Como posso estimular minha produção de leite se já tive câncer de mama?

 
A ideia é pensar em estimular com maior intensidade a mama preservada. Você pode pensar em oferecê-la ao bebê com maior frequência após o nascimento e, desde o princípio, aumentar a intensidade do estímulo, fazendo ordenhas manuais ou com bomba elétrica após cada mamada.
 



É arriscado amamentar após o câncer de mama?


Os estudos já comprovaram que a amamentação após a remissão da doença não aumenta os riscos de reincidência.

 

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: Como a pandemia pode elevar as taxas da doença no País

No Brasil, 20,7% das mulheres e 18,7% dos homens são obesos. Em relação à obesidade infantil, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde apontam que 12,9% das crianças brasileiras, assim como 7% dos adolescentes, já sofrem com a doença


Dia 11 de outubro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, que foi criado para alertar e conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção dessa doença que, se não tratada, pode se tornar um fator de risco e desencadear diversas enfermidades crônicas como asma, gordura no fígado, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras, afetando a qualidade de vida da pessoa. Com isso, a data incentiva a busca por soluções práticas que ajudem as pessoas a alcançar e manter um peso saudável, revertendo esse problema que é global.

Somado a isso, o problema pode se agravar em função do cenário de incertezas pelo qual o mundo está passando. Em função da pandemia, as pessoas tiveram que se adaptar a situações nunca antes vivenciadas, como conciliar trabalho, família, filhos e aulas online, além dos sentimentos de ansiedade, medo e angústia. É importante destacar que, durante o distanciamento social, o nível da prática de exercícios físicos caiu, levando as pessoas a terem uma vida mais sedentária. Tudo isso contribuiu para um desequilíbrio na alimentação e no aumento do consumo de alimentos processados e ricos em calorias.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a obesidade é um dos problemas mais graves que precisa ser combatido em todos os países. A estimativa é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos no mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade. Em relação às crianças, a previsão é que 75 milhões sejam diagnosticadas com obesidade infantil, caso nada seja feito. Atualmente, no Brasil, 20,7% das mulheres e 18,7% dos homens são obesos. Em relação à obesidade infantil, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.

Para Sizenando Ernesto de Lima Junior, Coordenador do Núcleo de Obesidade Mórbida do HSANP e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a vida sedentária, os maus hábitos alimentares e o alto consumo de açúcar são as principais causas para o aumento da obesidade mundial. “As pessoas têm uma jornada de trabalho muito intensa e acabam não priorizando sua alimentação e saúde, e isso pode impactar diretamente em quadros de obesidade. Além disso, há inúmeros fatores que contribuem para o aumento dessa doença, como a genética e o fator emocional, por exemplo, mas os impactos causados por essas condições são relativamente pequenos, se comparados às pessoas que se alimentam de forma incorreta. Isso, sim, é a grande causa da obesidade”, explica. No entanto, o médico explica que é possível conciliar a correria do dia a dia com uma vida saudável. “É importante adotar medidas como a prática de exercícios físicos, alimentação adequada, beber um copo de água meia hora antes da refeição para ter a sensação de saciedade e comer alimentos mais leves, dormir bem, incluir frutas em sua rotina e beber bastante água para manter a hidratação do corpo”, finaliza o especialista.

 

HSANP: Investimento de um grupo de médicos e gestores especializados na área de saúde com mais de 20 anos de experiência, o HSANP é referência na Zona Norte da Grande São Paulo e tem como missão, ser assertivo com práticas humanizadas, promovendo a melhor experiência e resultados no cuidar de pessoas.



No mês da criança, oftalmologistas destacam a jornada da saúde ocular na infância

No cenário atípico dos últimos meses, no qual adultos e crianças foram compelidos a ter uma vida em frente às telas para trabalhar, estudar, buscar entretenimento e interagir com família, amigos e o mundo além de suas residências, a visão tem sido cada vez mais exigida. Por outro lado, uma recente pesquisa* mostrou que 34% dos brasileiros nunca foi a uma consulta oftalmológica. Cuidar da saúde de forma preventiva ainda é algo raro para a maior parte da população. E é por isso que os oftalmologistas alertam para a necessidade dos cuidados com a visão, uma jornada do paciente que deve se iniciar logo ao nascer.

“Cerca de metade dos estimados 1,4 milhões de casos de cegueira em crianças com menos 15 anos de idade no mundo poderia ter sido evitado”, comenta o Dr. Alan Barreira, oftalmologista do HCLOE, empresa do Grupo Opty em São Paulo, com base em dados do estudo As Condições de Saúde Ocular no Brasil (2019), do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Aproveitando que o mês de outubro celebra as crianças, oftalmologistas focam seus alertas a esse público e o especialista comenta alguns pontos sobre os cuidados com a saúde ocular nos primeiros anos de vida e que não devem ser deixados de lado mesmo em tempos de pandemia e do impasse no retorno de aulas presenciais, uma vez que as clínicas e hospitais de olhos estão preparados para receber seus pacientes, adequados aos rígidos protocolos de saúde e segurança da área.


A importância do Teste do Olhinho

Ainda na maternidade, é realizado, obrigatoriamente, o Teste do Olhinho. Trata-se do primeiro exame oftalmológico da infância. “É simples, rápido e indolor, mas é de vital importância porque o exame pode detectar problemas graves, que precisam de uma investigação mais específica para verificar precocemente eventuais doenças oculares, como catarata congênita, glaucoma, opacidades da córnea, hemorragias no vítreo e tumores intraoculares”, afirma o oftalmologista.


Consultas na primeira infância

A primeira ida ao oftalmologista é recomendada aos seis meses de idade. Não havendo indicação do médico que exija outra periodicidade, as consultas de rotina devem ser anuais. Um exame oftalmológico perto dos cinco anos de vida é especialmente importante, pois é quando a vida escolar fica mais presente. “O aprendizado ou mesmo o desenvolvimento psicossocial pode ser impactado, se a criança não estiver enxergando adequadamente. É comum meninos e meninas hiperativos ou extremamente tímidos, devido a problemas refrativos não corrigidos que atrapalham sua interação com as outras pessoas”, conta o especialista, que recomenda não esperar até o retorno das aulas presenciais para levar os pequenos para um check-up oftalmológico.


Já ouviu falar em “olho preguiçoso”?

A ambliopia, popularmente chamada de "olho preguiçoso", ocorre em 2% da população infantil e é causada por estimulação visual pobre (estrabismo, grau de óculos elevado, catarata, pálpebra caída). O tratamento consiste na oclusão (tapa-olho) do olho bom para forçar o olho preguiçoso a funcionar corretamente, prescrição de óculos quando necessário ou cirurgia nas ocorrências de catarata ou pálpebra caída. “A ambliopia pode ocorrer do nascimento até os 8 anos de idade. Quanto mais precoce aparecer, mais grave é o caso, daí a importância do diagnóstico precoce”, informa o oftalmologista.


Sinais de que a saúde ocular precisa de atenção

É recomendado procurar um oftalmologista, se a criança:

  • Aperta os olhos ou entorta a cabeça na hora de ler ou assistir televisão. O ato significa que ela está forçando os olhos a enxergar com mais nitidez, já que ao apertá-los, criamos uma fenda menor nas pálpebras, eliminando os raios periféricos e concentrando somente os raios centrais da visão.
  • Sente dores de cabeça frequentes. Nesse caso, mais do que um problema de visão, se seu filho passa horas em frente ao computador ou videogame, ele provavelmente apresentará vista cansada.
  • Se aproxima muito dos objetos e imagens que quer ver para poder enxergá-los melhor. Se a criança tem dificuldade em reconhecer pessoas e até tropeça em objetos enquanto anda, pode ser que ela tenha miopia.
  • Seu nível de rendimento escolar cai. Lembre-se que a visão é responsável por 70% do nosso contato com o mundo exterior, portanto, se a criança apresenta alguma dificuldade para enxergar, é natural que seu aprendizado seja comprometido, já que ela não reconhece formas e letras.
  • Os olhos lacrimejam frequentemente. As causas podem variar desde conjuntivites alérgicas ou virais, que são facilmente tratadas e em pouco tempo se resolvem espontaneamente, até problemas na formação do canal lacrimal, que não se desenvolveu adequadamente durante a gestação.


Cenário de exceção

Com as crianças passando muito tempo em frente às telas nos últimos meses, é muito comum os familiares pensarem que o único problema nesse comportamento é a luz do celular, ou mexer no celular em um ambiente escuro, mas a maior vilã é a distância de uso. “Para enxergarmos bem de perto, temos um músculo dentro do olho que é responsável por focar as imagens. Quando usamos muito a visão de perto, nossa visão pode ficar temporariamente borrada e os músculos podem se cansar, levando à dor de cabeça”, comenta o oftalmologista. Ele também aponta que o uso de telas nos faz piscar menos e, dessa maneira, podemos ter olhos secos e irritados. “Um outro tópico importante é o aumento da incidência de miopia em crianças pequenas e a progressão mais rápida do grau associada ao excesso de atividades para perto. Isso sem contar as alterações oftalmológicas, o excesso de uso de telas pode ser responsável por alterações no comportamento e também no ciclo do sono”, conclui.

Esclarecido esses pontos, o oftalmologista elenca algumas dicas:

  • Estipular tempo limite de uso de telas, de acordo com a idade. A recomendação médica é: até 2 anos, não pode usar telas; 2 - 5 anos, até 1 hora; 6 - 10 anos, até 2 horas; acima 11 anos, até 3 horas.
  • Propor atividades de lazer que possam substituir o tempo usado no celular.
  • Estimular pausas rápidas olhando para o horizonte a cada 20 minutos de tela.
  • Nas aulas on-line, se possível, dar preferência para computador e não celular.
  • Ajudar a criança a manter a distância correta ao usar eletrônicos. Computador e tablet: 60 cm de distância. Celular: 30 a 40 cm de distância.
  • Se a criança usa celular para assistir vídeos ou filmes, que tal espelhar a tela do celular na televisão, aumentando, assim, o distanciamento da tela?
  • Não usar eletrônicos 1 hora antes de dormir.
  • Quando possível e com a segurança exigida, passar algum tempo ao ar livre com exposição à luz natural.

 

* Pesquisa realizada pelo Ibope, sob encomenda da Alcon e apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

 



Grupo Opty

www.opty.com.br

Um alerta no Outubro Rosa: estima-se que mais de 80 mil mulheres no Hospital do Amor deixaram de fazer exames para rastrear ou diagnosticar o câncer de mama durante a pandemia

Médicos e pacientes enfrentam dilema entre os benefícios do diagnóstico precoce e o risco de exposição ao coronavírus. Porém, adiamento de exames não deveria ultrapassar 18 meses.

 

Este mês é marcado pela conscientização sobre o câncer de mama, por meio da campanha Outubro Rosa. De um lado tem a necessidade de fazer o rastreamento e o diagnóstico desse tipo de câncer; do outro, o medo de buscar um serviço de saúde por causa de uma possível contaminação pelo novo coronavírus. O fato é que a pandemia afetou o rastreio e o diagnóstico do câncer de mama para milhares de mulheres no país. Estimativas do Programa de Rastreamento Mamográfico do Hospital de Amor, em Barretos, São Paulo – que interrompeu suas atividades no dia 23 de março –, apontam que cerca de 80 mil pessoas deixaram de fazer exames em quatro meses de paralisação. O hospital já retomou as atividades com restrições, mas, segundo a dra. Silvia Sabino, responsável pelo programa, o atendimento pode levar até dois anos para ser normalizado.

“Para acomodar a fila de pacientes que se formou com a paralisação – um número estimado, até o momento, em 80 mil pessoas –, se as unidades voltassem agora em uma condição ideal de atendimento pleno, o volume de exames represados levaria de um ano e meio a dois anos para ser organizado, o que, certamente, iria interferir nos resultados do projeto de rastreamento”, afirma Silvia.

Para as dras. Ana Lúcia Kefalás e Linei Urban, radiologistas e coordenadoras da Comissão de Mama do Colégio Brasileiro de Radiologia por Imagem, é preciso tentar equilibrar o dilema entre o benefício do diagnóstico de uma doença potencialmente fatal quando não identificada e tratada adequadamente com o risco de contrair e disseminar a Covid-19.

“A decisão final de fazer um exame eletivo deve ocorrer sempre que o médico e a paciente concluírem que a equação risco versus benefício esteja apropriada, porém, tentando não extrapolar o prazo máximo de intervalo entre os exames de 18 meses”, afirmam as radiologistas.

Elas sugerem que as mulheres que apresentam sintomas de câncer de mama – como nódulo palpável, com achados suspeitos em exames prévios – ou que já estejam em estadiamento ou tratamento da doença devam prosseguir com a investigação. Biópsias de casos suspeitos e marcações pré-cirúrgicas também devem continuar.

Porém, o grande impasse está em manter os exames para as pacientes que não são consideradas urgentes. “As mulheres que estão realizando o controle de achados provavelmente benignos, sobretudo as assintomáticas, mas com risco habitual ou alto risco para o câncer de mama, devem ir às clínicas? Essa resposta é bastante complexa. E até quando podemos adiar os exames com segurança? Talvez essa resposta não exista, pois não há segurança quando adiamos a detecção de um câncer que pode ser curável em fase inicial”, argumentam as radiologistas Ana e Linei.

Por isso, elas defendem que o planejamento do retorno às atividades para a realização de exames eletivos deve levar em consideração o estado epidemiológico de cada região, além de eleger as prioridades de atendimento e estabelecer protocolos bem definidos, como aconteceu no Hospital de Amor e em suas 42 unidades espalhadas em oito estados brasileiros.  

 

BR do Mar: Não podemos perder essa oportunidade de promover o desenvolvimento do país

A expansão da cabotagem na matriz de transporte é esperada há muito tempo pela sociedade e indústria brasileiras e, considerando a dimensão continental do Brasil, existe um imenso potencial para a navegação em seu litoral.

Para incrementar essa atividade, o Governo Federal enviou ao Congresso um Projeto de Lei, conhecido como “BR do Mar”, que propõe uma solução para o incremento da cabotagem, mas que, infelizmente, por focar no afretamento de embarcações estrangeiras, acaba por prejudicar a indústria brasileira.

Ao abrir o mercado para embarcações estrangeiras, o Projeto de Lei desconsidera que a indústria nacional convive com grandes assimetrias quando comparada à indústria de outros Países que é o Custo Brasil, cuja existência é aceita por todos, inclusive pelo governo federal. Os preços nacionais são menos competitivos devido a fatores como a alta carga tributária, taxas de juros, logística pouco eficiente e cara entre outros fatores, que estão fora do alcance e do poder de decisão dos industriais brasileiros

O Projeto de Lei desconsidera as várias assimetrias que temos com a média dos países da OCDE e resulta em tratamento não isonômico entre navios estrangeiros afretados e navios produzidos no Brasil. Isso vale também para reparos, manutenções e jumborizações (obras para aumento de capacidade).

Assim, de modo a não prejudicar ainda mais a indústria nacional e garantir a diminuição da taxa de desemprego no país bem como melhoria de renda, entendemos que alguns dispositivos devem ser ajustados. Por exemplo: devem ser mantidas a exigência de propriedade de embarcação para habilitação como Empresa Brasileira de Navegação e a participação da indústria naval nacional quando do afretamento a casco nu de embarcação estrangeira, deve ser eliminada a possibilidade de liberação escalonada de novos afretamentos a casco nu nos termos indicados no PL – permissão de dois afretamentos em 2021, três em 2022 e liberação total em 2023, entre outras. Se forem mantidos os citados dispositivos, na prática, as indústrias naval e de navipeças brasileiras serão alijadas das oportunidades decorrentes do incremento das atividades de cabotagem, eliminando postos de trabalho existentes e comprometendo a geração de novos empregos.

Existem pontos propostos que exacerbam a citada assimetria. A título de exemplo, citamos o fato de os navios afretados estarem submetidos ao regime de admissão temporária, que pressupõe a suspensão de impostos, condição diferente da aplicada aos navios construídos localmente, que terão que pagar impostos. Ou seja, importados não pagariam tributos que nacionais pagariam!

Ao mesmo tempo, a possibilidade de uso de recursos do Fundo de Marinha Mercante para aquisição de bens no exterior prevista na proposta contraria a finalidade para a qual o FMM foi criado, qual seja, desenvolver a indústria de navegação e de construção naval no País. Seria um subsídio dado para empresas do exterior!?

Conforme demonstrado, um PL unicamente voltado ao estímulo à navegação provoca um aumento da desvantagem competitiva para a indústria local, quando o ideal seria, na medida do possível, combinar a desejada expansão da cabotagem com o desenvolvimento amplo da construção naval no Brasil e de toda a cadeia de valor envolvida. Também é necessário explicitar como o Fundo de Marinha Mercante pode contribuir com maior eficácia para o aumento da competitividade da indústria local.

Importante esclarecer que estamos cientes de que o PL em questão não tem como objetivo implantar uma Política Industrial no Brasil. No entanto, isso não significa que, a pretexto de estimular a cabotagem, possa produzir efeitos contrários à existência de uma indústria de construção naval brasileira, que devido à extensa cadeia de valor envolvida, pode contribuir substancialmente para o desenvolvimento nacional.

O Brasil dispõe de estaleiros modernos e bem equipados, hoje ociosos, e que foram construídos com financiamento provenientes de verbas públicas, ou seja, pagos com o dinheiro de todos os brasileiros. Contamos com uma complexa e moderna indústria de máquinas, equivalente a existente nos países mais industrializados. Logo, nada mais correto e coerente do que buscar utilizá-los, gerando renda e empregos no País.

Estudos mostram que a participação do custo das embarcações no custo total da cabotagem gira em torno de 5%. Portanto um navio em torno de 10% mais caro por conta das assimetrias do Custo Brasil impactariam negativamente nos fretes na ordem de 0,5% e, em contrapartida, gerariam um efeito positivo na economia do país.

Sabemos também que o governo brasileiro tem um compromisso em reduzir o Custo Brasil com as tão sonhadas reformas. Se conseguir seu intento, a produção nacional de embarcações, máquinas e equipamentos não vão onerar o frete.

Por fim cabe ressaltar que a ampliação da necessidade de fretes está diretamente atrelada à demanda crescente da indústria nacional. Não há demanda para frete se não há produto para transportar! Assim, para criarmos um ciclo virtuoso que nos conduza a uma rota de crescimento é fundamental usar o PL para estimular ao desenvolvimento nacional. Não podemos perder mais essa oportunidade.

 

Alberto Machado Neto - Diretor de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia e Petroquímica da ABIMAQ

 

 

O PIX vale mesmo a pena?

 

O nível de conscientização dos usuários sobre as práticas de segurança é essencial


Imagine que você esteja jantando em um restaurante sábado a noite e, ao pedir a conta, é informado que a máquina de cartão não está funcionando e você não tem dinheiro - afinal, quem ainda anda com notas na carteira? O Pix - meio de pagamento instantâneo, criado e gerido pelo Banco Central do Brasil - chega ao mercado financeiro para solucionar situações como essa. Com o novo serviço, será possível transferir dinheiro instantaneamente através do aplicativo do seu banco ou fintech. Em outras palavras, é o fim do TED, DOC e dos Boletos de Cobrança.

O conceito de pagamento instantâneo é o que diferencia o PIX dos demais meios de pagamentos. O TED, que era o serviço de pagamento mais rápido até então, realizava a transferência em cerca de 40 minutos, apenas em dias úteis, das 6hs às 17hs. Já o DOC, demorava até 1 dia útil e os boletos, de 1 a 2 dias úteis. Fora isso, o cliente ainda era obrigado a pagar pelo serviço. Com o avanço da tecnologia, era questão de tempo para que essas taxas fossem abolidas. É o que acontecerá agora.

Uma transação realizada via Pix será  liberada em segundos para o recebedor, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, para qualquer tipo de transferência e de pagamento. Além disso, poderá ser realizada por qualquer pessoa física ou jurídica, que possua conta corrente, conta poupança ou conta pré-paga, em uma instituição financeira ou instituição de pagamento (bancos e fintechs) participantes do sistema Pix.


O Pix é seguro?

As vantagens do Pix, como mencionadas acima são: agilidade, facilidade, instantaneidade, praticidade e segurança. Veio para ficar. Tende a ser o meio de pagamento mais utilizado num futuro próximo, bem próximo. As desvantagens não são diretamente relacionadas com o meio de pagamento, mas à cibersegurança. No entanto, os riscos serão os mesmos que já estamos expostos com os aplicativos: se seu smartphone for roubado e for possível acessar o seu Pix, a facilidade para o golpista será a mesma que é para você em situações do dia-a-dia.

A boa notícia é que as instituições financeiras levam a segurança de dados muito a sério. As transações suspeitas via Pix poderão ser paralisadas por até uma hora, até que seja confirmada pelo cliente. Neste fluxo temos a instituição financeira de origem, banco central e instituição financeira de destino. Uma vez que o Cash out do dinheiro é mais rápido do que uma TED ou um DOC, por exemplo, e a velocidade também carrega um risco maior para as instituições participantes e clientes.

Após o pagamento na conta destino, sendo ela uma conta correta ou fraudulenta, o rollback da operação é mais difícil, pois o tempo de análise é menor - este é um desafio que as instituições financeiras precisarão enfrentar, mas que de maneira geral não afetam a confiabilidade do novo serviço, tampouco devem ser impeditivos para a adoção da tecnologia.


O PIX vale a pena?

Como qualquer outro sistema implantando desta magnitude, teremos uma curva de aprendizado que deve durar de 6 meses a 1 ano. Este será o período necessário para mitigarmos os riscos, implementando novas camadas de segurança, inteligência e conferência para aprimorar a transação como um todo.  Além de principalmente educar e instruir o usuário para as boas práticas de segurança para esse tipo de transação.

O nível de conscientização dos usuários sobre as práticas de segurança é essencial e, mesmo agora, com os serviços bancários tradicionais, observamos diariamente relatos de golpes de Phishing que poderiam ser evitados através de uma postura mais atenta do cliente. Todavia, isso mostra que o PIX é um projeto que atende as demandas de uma economia muito mais conectada e que está muito mais atenta às taxas e cobranças abusivas por parte das instituições bancárias.

O PIX vale a pena e será apenas uma pequena evolução do sistema financeiro, se comparada ao que a tecnologia nos propõe para os próximos anos - com os bancos online e, principalmente, a popularização das Fintechs. O setor financeiro será um dos, se não o mais afetado por inovações tecnológicas. Consequência natural tende a ser uma grande revolução no sistema financeiro que hoje conhecemos - e o consumidor agradece.

 


Juliano Carneiro e André Emídio - sócios do RevoBank

 

O uso de drones para entregas ainda mais rápidas: da necessidade do debate


Foi divulgado, recentemente, que o aplicativo iFood obteve autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para efetuar voos com drones. Por meio desta forma de transporte, serão realizadas entregas, inicialmente, de forma híbrida, pois parte da logística será operada com drone enquanto outra parte com entregadores. A rota, num primeiro momento, é curta, cerca de 400 metros entre a praça de alimentação e o centro de distribuição do aplicativo situado dentro do mesmo shopping. É a partir desse local que os entregadores assumirão a conclusão da remessa.

Segundo a empresa, o percurso que duraria cerca de 12 minutos será realizado numa média de 2 minutos. A previsão é a de que essa experiência se inicie num centro comercial na cidade de Campinas a partir do mês de outubro de 2020. A ampliação para outras localidades nesta cidade e em outras pelo Brasil dependerá dos resultados obtidos nessa primeira experiência.

Outras empresas têm divulgado a realização de voos experimentais para entregas por meio de drones. A Unilever, por exemplo, desde 2017 tem estudos relacionados e, em fevereiro de 2020, num evento anual, fez um voo demonstrativo para investidores em sua sede nos EUA, transportando três recipientes de sorvete com setenta e duas gramas cada. É também conhecido o projeto do sistema de correios da Suíça que acabou cancelado devido a identificação de problemas técnicos nas aeronaves.

Os exemplos acima demonstram, a despeito de serem eficazes ou não, que a utilização dos drones como um meio de transporte entre as grandes empresas parece algo inevitável - um caminho quase natural nos grandes centros urbanos -, afinal há algo de encantador em seu uso: a articulação entre velocidade e eficiência.

No entanto, elementos problematizadores devem ser trazidos à tona, pois a realidade é por demasiado complexa para ser apreendida de maneira superficial e imediata. Se, por um lado, os drones parecem uma saída interessante para o desenvolvimento da logística em cidades com seus modais limitados e limitantes aos humanos e às mercadorias, por outro, é possível e desejável questionar sobre o desenvolvimento desses mesmos espaços.

Não se deve esquecer que ao longo do século XX e XXI os órgãos públicos, no Brasil, privilegiaram o transporte rodoviário em detrimento de opções ferroviárias e metroviárias e prejudicaram as desejadas eficiência e rapidez. Essa escolha associada a uma significativa ineficiência dos transportes públicos e ao incentivo do transporte individual têm inflado as regiões mais urbanizadas de carros e motos; a consequência imediata desse processo é a crescente lentidão no deslocamento e a intensificação do impacto ambiental negativo.

Relacionado à situação descrita acima, encontra-se um histórico de precariedade no que diz respeito ao planejamento urbano. Em regra, a debilidade na construção das cidades brasileiras é experimentada pelas classes mais desfavorecidas e, por isso, a constatação de que as cidades são espaços reveladores de profundas desigualdades é há muito, repisada entre os estudiosos.

Tendo o exposto acima, se os drones parecem uma saída para garantir uma logística mais adequada às necessidades de indivíduos e empresas que devem agilizar suas entregas, pois, afinal, a sociedade como um todo tem acelerado também o tempo do consumo e da produção, é um dever do cidadão participar e questionar as escolhas realizadas pelo poder público.

Ao que parece, se a utilização dos drones na vida cotidiana é a demonstração de uma certa capacidade tecnológica (tal qual foi a introdução da informática), ele também é uma resposta individual para um problema que é público e coletivo, a saber a mobilidade urbana. O uso desta forma de transporte indica uma resposta individual/privada que, provavelmente, não será oferecida a toda população, pois tais serviços terão um custo e, em consonância com a precariedade do planejamento urbano apresentada acima, tendem a ser ofertados em bairros mais abastados que, em regra, contam com melhores serviços e infraestrutura.

A utilização dos drones na vida cotidiana deverá apresentar muitos outros questionamentos para além dos que foram até aqui trazidos, tais como: riscos à segurança dos cidadãos, impactos sociais e ambientais, regulamentações, dentre outros. A renúncia em discuti-los caracteriza a rejeição do diálogo e do debate coletivo que numa sociedade cada vez mais dinâmica e complexa, representando uma conduta com graves consequências.

 



Valéria Pilão - doutora em Ciências Sociais, professora do curso de Sociologia do Centro Universitário Internacional Uninter.


Na Escola, Dia das Crianças é todo dia

Sempre que chega o 12 de outubro, as celebrações pelo Dia das Crianças se espalham por todo o país. Em geral, comunidades, pais e unidades de ensino organizam para a data uma série de brincadeiras, comidas diversas e muita música.  Anualmente, esse é o dia em que a infância toma as ruas e as casas, quase como uma celebração do direito que as crianças têm de ser felizes, de brincar.

No entanto, com o distanciamento social imposto pela pandemia, é urgente repensar as formas de permitir que a criança tenha momentos para desfrutar de seu momento de vida em plenitude.

Uma das definições do dicionário Michaelis para a palavra "infância" é "primeiro período da existência de uma sociedade ou de uma instituição". Isso significa que é na infância que residem as raízes para tudo o que uma pessoa pode vir a se tornar ao longo da vida - e, consequentemente, para todas as contribuições que essa pessoa virá a fazer à sociedade em que está inserida.

Em um momento em que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe que as crianças da Educação Infantil sejam detentoras de Direitos de Aprendizagem, a infância é novamente revista. Trata-se de um ato para planejar momentos em que a criança possa brincar, conhecer-se, expressar, conviver, participar e explorar. As experiências infantis planejadas não são - e nem devem ser - simulacros da vida adulta, mas, em vez disso, devem colocar a própria vida infantil em contexto e expressão.

Como, então, garantir essas vivências em um momento como este, quando a maior parte das crianças está afastada da escola há vários meses? É papel da escola refletir sobre esse desafio para trazer, com o uso de recursos pedagógicos, criatividade e acompanhamento individual - ainda que online - um espaço em que a criança possa exercitar sua infância. 

Como afirma Rousseau, "a infância tem maneiras de ver, de pensar, de sentir, que lhe são próprias. Nada é menos sensato do que a elas querer substituir as nossas e preferiria exigir que uma criança tivesse cinco pés de altura a exigir que tivesse julgamento aos dez anos".

A Educação Infantil toma corpo e forma na mais interessante perspectiva: uma perspectiva infantil, em que todo dia é Dia das Crianças.

Há caminhos a trilhar, organizando a escola como esse lócus da infância, em que se consolida como "lugar de criança" e, consequentemente, "lugar de felicidade".

 


Pedro Lino - mestre em Educação e especialista em Gestão Escolar. Supervisor pedagógico da Área Pública da Editora Aprende Brasil, do Grupo Positivo.

 

Pesquisa Eureca: 83,7% dos jovens brasileiros preferem atividades mistas de desenvolvimento profissional, combinando ações online e presenciais

Levantamento da consultoria Eureca ouviu mais de 1.100 pessoas para entender qual é a percepção sobre a educação fornecida pelas instituições de ensino e sobre oportunidades de desenvolvimento oferecidas pelas empresas


 

A Eureca, consultoria que conecta e desenvolve jovens para o mercado de trabalho, realizou a sétima edição da pesquisa The Truth. Desta vez, o objetivo foi  investigar como os jovens se sentem a respeito do desenvolvimento profissional e como as empresas e instituições de ensino colaboram para esse crescimento.  Além do modelo em que isso seria melhor, se no online, no presencial ou misto. 

 

O levantamento analisou mais de 1.100 reflexões enviadas por jovens com média de idade de 24 anos e de todas as regiões do Brasil. As respostas foram coletadas durante o mês de Julho e as análises dos dados consolidadas em Setembro. Entre todos os entrevistados, 63% se declaram do gênero feminino. 40,1% dos respondentes se identificam como negros. Dos mais de 1.100 pesquisados, 600 estão em busca de oportunidade no mercado de trabalho. 

 

83,79% dos jovens preferem ações de desenvolvimento mistas, combinando online e presencial

Desses, 50% preferem que as ações sejam mistas, porém com predominância de atividades presenciais. 19,4% optam por ações online e presenciais em igual medida e 13,96% preferem mais ações online. 14% preferem apenas ações presenciais e 2% apenas ações online.

 

Para 70,2%, a universidade, somente, não é o suficiente

Entre os principais pontos identificados pela pesquisa, 2/3 de jovens acreditam que a universidade não é o suficiente para se preparar para o mercado. Segundo os respondentes, o verdadeiro desenvolvimento profissional acontece dentro do mercado, com experiências reais. 

 

Porém, em um cenário totalmente atípico por conta da pandemia, ajustes nas oportunidades de desenvolvimento oferecidas pelas empresas são necessários. Por exemplo, de acordo com os jovens, por conta da pandemia de Coronavírus contextualizado com o atual cenário de home office, 1/3 das empresas precisam atualizar seus programas de desenvolvimento ou os canais e ferramentas escolhidos para entregar esse tipo de conteúdo.

Segundo Gabriel Viscondi, Chief Growth Officer da Eureca, a maior lacuna de desenvolvimento, na visão dos jovens, está na formação do pensamento crítico, tomada de decisão nas empresas e criatividade: 60% dos jovens vêm essas habilidades como necessárias, mas apenas 40% acreditam que já as desenvolveram o mínimo suficiente para atuar no mercado. “É preciso que as empresas tenham um olhar mais orientado a dados em programas de desenvolvimento, cruzando o atual momento de mundo, as necessidades do negócio e as necessidades dos jovens talentos.”, completa. 

 

Impacto da pandemia na preferência por canais online

48,14% dos entrevistados estão mais interessados por programas de desenvolvimento online após a pandemia. 28,62% não tiveram sua percepção alterada e 23,24% estão menos adeptos a programas online após a pandemia. 

 

Microlearnings como forma de amplificar o aprendizado

82,3% dos respondentes acreditam que ter acesso a vídeos e textos curtos relacionados a conteúdos de treinamentos formais ajudaria a aumentar o aprendizado do programa. Programas baseados em microlearnings surgem como uma sugestão nesse cenário, em especial devido ao contexto de distanciamento social.

 

Insights:

 

De acordo com Augusto Nogueira e Guilherme Ceballos, responsáveis pela realização da pesquisa, as principais sugestões para os RHs com base na pesquisa são:

 

·  Ganhe escala e reduza custos: com a maior abertura para canais digitais de aprendizagem e hábitos de estudo frequente, os RHs podem introduzir processos de aprendizado mais digitais, tais como microlearnings, em seus programas de desenvolvimento.

·  Primeiro dê acessibilidade, depois cobre: apenas cobrar aprendizado dos jovens neste momento não será efetivo. Dar o suporte, seja através de comunidades práticas e grupos de estudo, facilitando o acesso a internet ou dando uma rede de suporte emocional para os jovens, é o primeiro passo.

·  Converse com seus jovens talentos: quais são as habilidades abordadas em seus programas de desenvolvimento? A forma de trazer essas habilidades conversa com o seu público? É necessário ter programas de desenvolvimento atualizados em conteúdo e canal. Você pode começar perguntando para seus clientes internos, seus jovens talentos, o que eles preferem e quais melhorias enxergam.

·  Revisite as etapas do seu processo seletivo: em termos de habilidades avaliadas, existe um distanciamento entre exigências e necessidades na visão dos jovens. Você pode revisitar quais habilidades realmente são necessárias para ocupar cada posição e o que é apenas status quo na seleção.

·  Assuma responsabilidade social: grande parte dos jovens acreditam que o ensino superior não os prepara para o mercado. Isso é prejudicial para eles e para o país, que já acumula, de acordo com o IBGE, 10,9 milhões de jovens que não trabalham e não estudam. Você pode, de alguma forma, ajudar esses jovens a se capacitarem para o mercado  em geral ou especificamente para sua empresa?




Eureca

#Jovemcentrica

 

Pandemia destaca lideranças femininas como mais assertivas

A relação entre empatia e proteção, características presentes nesse estilo de liderança, estão no centro do enfrentamento à crise

 

Segundo relato da chefe de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, em seu livro Faça Acontecer, na maioria das culturas empresariais, quando o homem é firme e exige de sua equipe uma performance X, ele é visto como obstinado, alguém que de fato quer que a empresa cresça. Se a líder mulher age exatamente do mesmo jeito, os adjetivos são negativos como petulante ou mandona. Mas, com toda a instabilidade causada pela crise do Coronavírus, quem mais se destacou foram as mulheres. A capacidade de resolução de problemas e a resiliência, sempre foram ligadas a atributos femininos, assumiram o controle na missão de combater os efeitos colaterais provocados pelo novo vírus.

De acordo com o escritor e palestrante Andrea Iorio, as lideranças que mais se sobressaíram na crise foram femininas. "Podemos refletir sobre líderes políticos como a primeira-ministra da Nova Zelândia, que teve provavelmente a melhor resposta ao vírus, entre todos os países do mundo, com baixíssimo índice de contágio. A Alemanha que respondeu muito bem com Angela Merkel que é sempre muito firme e resoluta em encarar o problema como ele realmente era, desde o começo. Até líderes empresariais como a Luiza Helena Trajano que de fato liderou o Magazine Luiza nesta fase, com suas ações, valorizando a marca mais do que o dobro. Em um contexto de grande incerteza e de grande instabilidade, as mulheres demonstraram ser muito mais assertivas, resolutas e bem sucedidas do que os homens nesses momentos difíceis", analisa o especialista em Liderança e Transformação Digital.

O ponto em comum entre todos esses exemplos de liderança é único: a união entre coragem, firmeza e empatia, termo que vem sendo chave principal no mundo desde o surgimento da pandemia. "O conjunto desses fatores indica uma capacidade de reagir em momentos difíceis, onde você precisa resgatar a intuição, onde você precisa ter afeição pelo próximo", diz Iorio. Desde a primeira infância as mulheres exercem um papel mais protetivo, baseado em firmeza e análise de cenários. O especialista ainda cita outros exemplos muito fortes nesse estilo de liderança como a pesquisadora Brené Brown e a ex-primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama. "Embora muita gente ache que ser primeira-dama presidencial não é um cargo, a realidade é que, na maioria dos países ocidentais, é essa a figura responsável por instaurar ou fortalecer as políticas sociais do governo vigente. Nesse sentido, Michelle foi essencial para o combate ao racismo estrutural nos EUA, especialmente no meio corporativo. Já Brené é um dos melhores exemplos de liderança feminina e empatia que existem hoje, talvez porque ela seja um dos principais expoentes dos papos sobre essa característica em altos cargos", explica.

A Covid-19, suas consequências econômicas e mudanças tecnológicas para a força de trabalho são enormes desafios que o mundo deve enfrentar. Não se pode continuar dependendo de um estilo de liderança para nos ajudar a enfrentar crises sem precedentes ou desafios diários. No nosso novo normal, devemos reconhecer que a gestão feminina está na luz do futuro.


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