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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Saiba conviver com a Esclerose Múltipla em tempos de pandemia

Doença crônica que afeta cerca de 40 mil brasileiros. Neurologista explica que embora não tenha cura, é preciso tratamento multidisciplinar para alcançar qualidade de vida


Segundo dados do Hospital Israelita Albert Einstein, estima-se que existam 40 mil casos de pessoas com Esclerose Múltipla (EM) no Brasil. Relativamente rara, isso implica uma prevalência média de 15 casos por 100 mil habitantes, conforme a última atualização da Federação Internacional de Esclerose Múltipla e Organização Mundial da Saúde publicadas em 2013. O médico neurologista Alexandre Castro (CRM - 17286), explica que, em tempos de pandemia viral, como a do novo coronavírus, pessoas acometidas pela EM precisam ficar mais atentas, pois alguns medicamentos podem reduzir a imunidade do organismo às infecções virais e alerta para a necessidade de atenção à doença. 

Segundo o médico que atende no Centro Clínico do Órion Complex, o impacto da Covid 19 está relacionado ao estágio de gravidade da Esclerose. Indivíduos bem controlados e com pequenos déficits não apresentam maiores riscos de complicações. “Por outro lado, pacientes com a doença mais avançada, idosos, cadeirantes ou mesmo acamados, que possuem outras comorbidades, como diabetes, pneumopatias ou cardiopatias podem fazer parte do grupo de risco”, detalha Alexandre. O portal da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, inclusive, lista algumas condutas que precisam ser observadas para quem está em tratamento e cada fase da doença. 

O documento traz orientações importantes como usar preferencialmente serviços telefônicos ou on-line para entrar em contato e receber  atendimentos médicos e tratamentos multidisciplinares, que no caso da EM, pode envolver fisioterapias, massagens, pilates e outras rotinas que exigem contato físico.    

A EM é uma doença neurológica crônica em que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central.  Suas causas envolvem tanto aspectos genéticos quanto ambientais. De acordo com Alexandre, existe uma predisposição genética envolvida, sobretudo em relação a genes relacionados ao MHC da classe 2, ligados ao sistema imunológico do ser humano. “Porém, uma série de outros genes podem também ter algum grau de influência. Fatores ambientais como o tabagismo, deficiência de vitamina D e algumas infecções virais também podem contribuir para a origem do processo auto-imune”, completa o médico. 

Embora haja formas progressivas da doença, o mais comum é que ela apareça de uma vez, e acomete em sua maior parte, pacientes adultos entre 18 e 55 anos, com predomínio entre as mulheres. Os surtos da doença são caracterizados por sintomas neurológicos súbitos, como alteração visual (neurite óptica), sintomas sensitivos, fraqueza, fadiga, vertigem, visão dupla, alterações da fala, paralisia facial, alterações neuropsiquiátricas, dentre outros.  

Mesmo com tantos avanços da medicina, a Esclerose Múltipla não tem cura, mas existem tratamentos com medicamentos imunomoduladores que são capazes de reduzir a possibilidade de novos surtos. Os tratamentos podem modificar a evolução da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. “Para o tratamento especificamente dos surtos em geral utilizamos corticoides, plasmaférese ou imunoglobulinas. Outros imunossupressores, anticorpos monoclonais e demais terapias são utilizadas dependendo do contexto clínico apropriado”, explica o neurologista que lembra que a atividade física e um estilo de vida saudável também são de suma importância. A equipe envolvida no tratamento é, em geral, multidisciplinar, incluindo neurologia, oftalmologia, reumatologia, fisiatria, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutricionista e psicologia.


Problemas gengivais podem afetar outras partes do corpo se não tratados corretamente, alerta odontologista

 Gengiva inflamada pode aumentar problemas cardíacos e até mesmo causar um infarto

 

Problemas cardíacos, artrite, diabetes e problemas renais. Pode não parecer, mas não cuidar da higiene bucal pode piorar ou até mesmo ajudar a ocasionar essas doenças. Segundo a odontologista Dra. Patrícia Bertges, essa consequência de dá porque problemas gengivais tendem a aumentar a carga inflamatória do corpo.

O sangue que passa pela boca — repleta de bactérias boas e ruins — é o mesmo que circula em todo o organismo, por isso, inflamações gengivais e seus agentes causadores podem entrar, com facilidade, na corrente sanguínea, podendo fazer com que elas cheguem em outros locais e causem infecções mais graves, explica a dentista.

Uma das doenças mais comuns que afetam a gengiva é a chamada gengivite. Caracterizado por uma inflamação que causa vermelhidão, sangramento e mau hálito, o quadro pode evoluir para um periodontite caso não tratado. “Escovar os dentes todos os dias, sem deixar de usar o fio dental, pode ser uma boa forma de prevenir a doença, que pode evoluir para sangramentos e inflamações mais incômodas”, aponta. 

Nem sempre o problema na gengiva é muito aparente, por isso, é importante estar atento a sinais como gengivas vermelhas, inchadas, doloridas ao toque ou apresentando sangramentos, além de sinais de infecção como pus ao redor da gengiva e dentes ou até mesmo gengiva se descolocando dos dentes. “Sentir um gosto ruim na boca, mau hálito constante e dente mole sem explicação também são sinais de atenção”, alerta Dra. Patrícia Bertges. 

Há ainda fatores de risco, que incluem tabagismo, diabetes, gravidez, sobrepeso, diabetes e alterações hormonais. “Ao notar sintomas de gengivite ou até mesmo periodontite, a recomendação é procurar um profissional sem muita demora. Caso não tratada corretamente, há o risco de desenvolvimento de endocardite infecciosa, quando esses micro-organismos atacam o revestimento interno do coração, podendo ocasionar em problemas como infarto, aterosclerose e acidente cadiovascular”, alerta.


Vitamina D: o possível segredo da longevidade pode estar no sol

Médico geriatra, cardiologista e nutrólogo Juliano Burckhardt considera que a importância desta vitamina é pouco abordada por médicos e pela população 

 

O nome é vitamina D, mas, na prática, é um potente hormônio esteroidal, o qual é fundamental para diversos processos vitais no organismo. A dica de sair para tomar umas horinhas de sol diariamente não serve apenas para fortalecer os ossos, como popularmente se diz.  Ela é fundamental para inúmeros aspectos, como a imunidade. “A vitamina D atua em incalculáveis os órgãos e sistemas , na imunidade, por exemplo, ela tem ação de liberar um peptídeo chamado  catelicidinas e beta defensinas, que agem como antibióticos naturais, com ação antibacteriana, antifúngica, antiparasitária e uma potente ação antiviral”, afirma o médico Juliano Burckhardt. Com especialização em nutrologia, cardiologia e geriatria, ele é um entusiasta da disseminação desses conceitos que evidenciam os benefícios desta substância ao corpo.

Este hormônio é dividido em Vitamina D2 e D3, esta última, chamada de colecalciferol, é responsável por mais de 2 mil reações químicas, cerca de 80 funções no organismo, ainda regula mais de 10% da expressão genética. “Dentre todas as funções em termos cardiovasculares e cardiometabólicos, ela está relacionada à hipertensão, diabetes, doenças neurológicas, principalmente as degenerativas, como esclerose múltipla e a lateral amiotrófica”, afirma. Isso sem contar sua importância para os ossos e músculos em todas as idades, principalmente a partir dos 60 anos, quando começa o processo de sarcopenia e osteopenia, a perda de massa muscular e óssea respectivamente. 

A preocupação do médico é principalmente com os idosos. Conforme os anos passam, o organismo tende a produzir menos vitamina D devido à diminuição dos receptores periféricos na pele que captam a luz solar, além disso ocorre a chamada heliofobia, a aversão ao sol, que faz com que muitos não queiram se expor ao sol, problema que foi agravado nesta pandemia. “Vira um ciclo vicioso, os idosos já tomavam pouco sol e agora com a quarentena tomam menos ainda, além de já terem menos produção da vitamina”, afirma o médico. Ele ressalta que 9 em cada 10 dez idosos têm deficiência desta substância. Outro problema são os protetores solares: por um lado protegem a pele dos raios solares causadores de câncer de pele, por outro, não permitem que a luz penetre nos tecidos para estimular a produção da substância. “O idoso tem de 4 a 5 vezes menos receptores de vitamina D, que ficam na pele e são ativados com raios solares UVB, o ideal é tomar sol das 10h às 15h, mas não precisa se queimar no sol, de 15 a 20 minutos com 40% do corpo exposto diariamente já ajuda muito”, aconselha o Burckhardt, que não deixa de lembrar a necessidade de passar protetor solar no rosto e usar barreiras como chapéu, boné e roupas com proteção específica.

 

Quais as fontes?

O médico explica que há 2 tipos de vitamina D fornecidos por alimentos: a D2, de fonte vegetal, e D3, fonte animal. Esta última está presente em peixes e ovos, já a primeira é encontrada em castanhas e cogumelos, estes últimos são fungos, na verdade. Entretanto, o médico destaca que a quantidade adquirida pela dieta é pequena e pouco terapêutica. “O óleo de fígado de bacalhau é uma boa fonte, porém é pouco palatável e nem todos têm acesso, se for adquirir na alimentação, deveria-se comer, por exemplo, 80 postas de salmão selvagem ao dia ou 230 ovos, o que é inviável”, destaca. Assim sendo, o sol continua sendo a principal fonte.

 

Mito ou verdade: conheça as principais dúvidas sobre o tratamento com os alinhadores transparentes

Os famosos alinhadores transparentes são o que há de mais novo no mercado odontológico quando o assunto é devolver um sorriso mais alinhado aos pacientes. Dentre os vários benefícios que esse novo acessório traz para os dentes, um que se destaca é o conforto e estética oferecido ao paciente. 


Que são facilmente removíveis e transparentes isso não há dúvidas, mas e quando se trata da duração do tratamento? Uma das dúvidas mais frequentes que chegam aos consultórios é se esse tipo de tratamento é mais rápido do que o tradicional com aparelho fixo, além da questão do valor: os alinhadores transparentes são mais caros ou mais em conta do que os tradicionais braquetes de ferro?

Para acabar com todas as dúvidas e desmistificar aquelas coisas que dizem baseadas em achismos, a Smilink selecionou uma porção de questões para analisar. Afinal, o que é mito e o que é verdade sobre o alinhador invisível?

É necessário fazer uma visitinha ao ortodontista a cada 15 dias.
Mito! A frequência de consultas para acompanhamento do tratamento ocorre a cada 2 meses, sendo que, a cada 14 dias, o paciente realiza a troca de alinhadores sozinho, no conforto de seu lar.

Além de causar dor, o alinhador invisível atrapalha a fala por semanas.
Mito! A maioria dos pacientes sente um pequeno incômodo, como uma pressão, nos primeiros dias de tratamento, apenas pelo movimento que as placas alinhadoras começam a fazer desde o princípio. Em relação à fala, as primeiras palavras também podem soar estranhas ou engraçadas, mas logo a boca se acostuma com seu novo acessório e tudo fica bem.

Não há limite de idade para usar o alinhador invisível.
Verdade! Ortodontistas indicam que se espere até uma idade mínima de 6 anos para que os dentes de leite sejam substituídos por suas versões permanentes e todos tenham tempo para se acomodar - ou mostrar que não há espaço suficiente, por exemplo. A partir daí, todas as idades podem utilizar o aparelho invisível e obter um sorriso perfeito de forma quase imperceptível.

Há um total de zero restrições sobre alimentos que podem ser ingeridos durante o tratamento.
Verdade! O aparelho invisível deve ser removido para ingerir alimentos e bebidas e também realizar uma escovação completa. Com isso, qualquer item pode fazer parte do seu consumo diário, desde que, (não se esqueça!), as placas estejam fora da boca.

O valor do tratamento com alinhadores invisíveis é superior ao convencional fixo.
Mito! Graças a previsibilidade do tratamento com alinhadores, entregando um sorriso alinhado em menos tempo, a não existência de braquetes quebrados que gera mais custos (muito comum no uso de aparelho fixo) e um número menor de visitas ao consultório, estima-se que o valor do tratamento com alinhadores invisíveis é em média 30% mais econômico que um aparelho convencional.

A duração do tratamento dura, em média, 12 meses.
Verdade! Isso vai depender da avaliação isolada do seu caso, mas, geralmente, casos simples como diastema -aquele espacinho entre os dentes- levam seis meses, enquanto complicações como dentes encavalados podem precisar de mais tempo, como 12 meses.

 

www.smilink.com.br

 

 

Pandemia agrava doenças neurológicas com demora na procura por atendimento médico

  Neurocirurgião alerta para a importância de buscar auxílio aos menores sintomas neurológicos

 

A pandemia do novo coronavírus tem uma mensagem clara: fique em casa. Um dos efeitos colaterais desta importante medida foi a diminuição na procura por atendimento médico, causando o agravamento de doenças, em especial daquelas relacionadas ao sistema neurológico.

O neurocirurgião Marcelo Prudente do Espirito Santo, do Instituto de Neurocirurgia Minimamente Invasiva e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, indica dados da Confederação Nacional de Saúde, que identificou a queda de 70% na procura por serviços na área oncológica e de 50% na demanda por leitos clínicos em outras especialidades.

“Com medo de se expor ao coronavírus, os lugares que as pessoas mais evitam são hospitais e clínicas. Esse comportamento tem feito com que elas ignorem sintomas importantes ou adiem tratamentos, agravando doenças sérias”, explica.

Marcelo Prudente alerta para a importância de se buscar auxílio médico e manter os tratamentos, pois hospitais e clínicas têm fluxos organizadas para evitar o contato entre pacientes com suspeita de Covid e aqueles ‘não-Covid’, sendo seguro procurar atendimento em casos de sintomas que merecem atenção.

“Os sintomas neurológicos podem ser insidiosos e não causam alarme. Muitas pessoas com sintomas menos intensos procuram serviço médico apenas quando eles se intensificam, assim como as doenças. E são momentos em que tumores estão maiores, doenças já estão em estágios avançados, aumentando a complexidade das cirurgias e dos tratamentos.”

 

SINTOMAS QUE MERECEM ATENÇÃO 

  1. Dores de cabeça de início recente ou mudança de característica em dores de cabeça usuais como aumento da intensidade, da frequência ou despertar noturno com dor.
  2. Sintomas motores como dificuldade de equilíbrio, mudanças no padrão do caminhar, dificuldade para executar atividades motoras usuais como se alimentar ou abotoar a roupa.
  3. Vertigens de início recente, em especial as acompanhadas de náusea.
  4. Sintomas visuais: perda rápida da visão, perda de “campos de visão”, turvação visual, enxergar “duplo”, desvios dos olhos.

 

 

Dr. Marcelo Prudente do Espirito Santo - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1988-1993) com residência médica em Neurocirurgia pela Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1995-2000). Realizou curso de aperfeiçoamento em Neurocirurgia Minimamente Invasiva pela University of Pittsburgh School of Medicine (2008), onde foi Visiting Scholar. Tem título de Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e é International Member do Congress of Neurological Surgeons. Foi diretor da Liga de Combate à Epilepsia de junho de 1992 a junho de 1993 e é fundador da Liga Acadêmica de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1997). Desde 2000, é médico assistente do Departamento de Neurologia/Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde atua na Equipe de Emergência da Divisão de Clínica Neurocirúrgica e no Grupo de Neurocirurgia da Base do Crânio.

 

Instituto de Neurocirurgia Minimamente Invasiva

www.inmi.com.br

Perguntas e Respostas sobre o câncer de mama

1 - É verdade que o câncer de mama é o que mais mata mulheres? E quanto a incidência é fato que é o segundo mais comum no mundo?

Resposta: Sim, o câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil e o segundo mais incidente, com 66 mil casos estimados para 2020, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão  auxiliar do Ministério da Saúde para desenvolver e coordenar as ações integradas para a prevenção e o controle.

 

2 – Qual a idade com maior prevalente para o surgimento do câncer de mama? É comum aparecer após os 35 anos?

Resposta: A idade é um fator muito relevante para esse tipo de câncer. Na maioria das vezes é mais frequente entre os 50 e 60 anos. Não é muito comum antes dos 35 anos, mas nos últimos anos houve ocorrências em mulheres mais jovens com idade de 30 a 35 anos, especialmente, por fatores associados às mutações genéticas.

 

3 – Qual a taxa de mortalidade do câncer de mama?

Resposta: A taxa de mortalidade é ao redor de 13 mulheres a cada 100 mil.

 

4 – Qual o índice de sucesso se descoberto em fases iniciais?

Resposta: A detecção precoce permite que o câncer de mama seja curável em cerca de 90% dos casos.

 

5 - Percentual de aparecimento por hereditariedade? E de forma esporádica?

Resposta: Em 10% dos casos são por hereditariedade e em 90% casos esporádicos.

 

6 - Existe alguma estatística relacionada ao percentual de mulheres com esse diagnóstico que precisarão de cirurgia?

Resposta: Na grande maioria dos casos de câncer de mama com estadiamento inicial, o tratamento de escolha e a cirurgia. Já em casos mais avançados com tumores acima de 3cm, de maneira geral, podemos optar por iniciar o tratamento com a quimioterapia e posteriormente com a cirurgia.

 

7 - Quando feito exame clínico pelo especialista é possível detectar nódulos de quantos centímetros? E quando a própria pessoa faz o autoexame em média ela consegue detectar com quantos centímetros?

Resposta: Quando o exame das mamas e feito pelo médico é possível detectar nódulos a partir de 1cm. Já no autoexame, as mulheres conseguem detectar acima de 2cm.

 

8 - O anticoncepcional usado por muito tempo pode potencializar o câncer de mama? Existe algum estudo com esse percentual?

Resposta: Não há nenhum estudo que comprove que o uso prolongado de anticoncepcional pode aumentar as chances de câncer de mama.

 

 

Com a contribuição da Dra. Vanessa Saliba Donatelli, mastologista do IBCC Oncologia.

Outubro Rosa: reconstrução mamária pode resgatar autoconfiança

- Nem sempre é possível fazer a reconstrução de mama imediatamente

 - A mamografia pode diminuir a mortalidade por câncer de mama em até 30%

 

Entre 2020 e 2022, estima-se que serão diagnosticados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, segundos dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Isso representa um risco em torno de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

Dependendo do estadiamento da doença (determinado pelo tamanho da lesão, localização, comprometimento de linfonodos e presença de metástase), a mastectomia (retirada da mama) pode ser indicada e é nesse momento que a reconstrução mamária pode fazer a diferença para o resgate da autoestima e confiança feminina, contribuindo muito até mesmo para o fortalecimento da batalha contra a doença.

O médico cirurgião plástico, Dr. Fernando Amato, especialista em reconstrução mamária, explica que antes de tudo é preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente nos em casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia.

“Se durante a mastectomia for necessária a retirada de uma quantidade maior de pele, é preciso que a paciente use um expansor mamário, espécie de uma bexiga de silicone que é colocada durante a cirurgia de mastectomia debaixo do músculo peitoral para que, depois de cicatrizada a cirurgia, seja realizado o enchimento com soro fisiológico, durante os retornos ambulatoriais, até se atingir o volume desejado. Esse processo permite que a pele ganhe uma elasticidade para – então - ser possível realizar uma cirurgia para trocar o expansor por uma prótese de silicone”, explica Dr. Amato.

 

Resultado da Mastectomia – Diferente de uma cirurgia estética, a mama reconstruída tem características distintas. “Os mamilos, por exemplo, muitas vezes, precisam ser refeitos. A mama reconstruída não terá a mesma aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e mais endurecida”, detalha o especialista.

O Dr. Amato sempre orienta as pacientes a irem acompanhadas à consulta para conversar sobre a reconstrução mamária. Outra indicação passada pelo cirurgião plástico é a busca pelo auxílio psicológico para compreender o momento. “A notícia e o tratamento da doença, muitas vezes, deixam a pessoa com certos bloqueios de compreensão das técnicas que podem ser utilizadas na cirurgia”, explica Dr. Amato.

É um direito da mulher ter sua mama reconstruída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde no Brasil, assim como a cirurgia plástica da mama oposta para simetrização e harmonização, porém, o Dr. Amato enfatiza que a reconstrução, imediata ou tardia, deve ser individualizada, respeitando tanto o desejo da paciente, como as condições clínicas e tratamento que será submetida.

A mastologista e membro da Sociedade Brasileira de Mastologia Dra. Priscila Beatriz Oliveros dos Santos, que faz parte da equipe do Dr. Fernando Amato, orienta a paciente a conhecer todas as opções de reconstrução que podem ser realizadas e a confiar na equipe que está cuidando da saúde da paciente. “E é sempre bom ressaltar que a mamografia é essencial para o diagnóstico precoce. Por isso, não deixe de realizá-la, já que este exame pode diminuir a mortalidade em até 30%, quando feito periodicamente”, alerta Dra. Priscila.

 


Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

 

Dra. Priscila Beatriz Oliveros dos Santos - Graduação, Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP)

Instagram: https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/

 

Saiba como tratar a dor nas costas, um problema cada vez mais comum até mesmo entre os jovens

Dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia apontam que, em média, 80% da população têm dor lombar pelo menos uma vez na vida. Em jovens, ela pode ser o primeiro sintoma de uma doença reumática e é a segunda causa mais comum de consultas médicas gerais, só perdendo para o resfriado. 


Este ano, a expressão "dor nas costas" bateu recordes de buscas no Google. Isso porque quem estava acostumado com o ambiente confortável do escritório teve que improvisar rapidamente um lugar para trabalhar em casa, e a má postura veio junto, destaca o médico Ivan Rollemberg.

"A principal causa da dor nas costas é muscular, associada a uma postura inadequada, tensão e, em alguns casos, sobrepeso", cita o médico.

Dentro desse cenário, pacientes cada vez mais jovens procuram os consultórios com queixas de dores. O estilo de vida é um dos principais vilões: o sedentarismo, aliado a muito tempo diante da TV, videogames e smartphones, sobrecarrega a coluna. Mas há outros prontos com que se preocupar.

"Postura incorreta, colchões inadequados, sobrepeso e obesidade, exercício físico realizado de forma errada, sapatos desconfortáveis e com salto alto, além de peso excessivo nos ombros, prejudicam a saúde da coluna" comenta Ivan Rollemberg.

Para a diretora clínica da BTL Brasil, Ana Rosa Visnardi Marques, pessoas sedentárias também precisam trabalhar o tecido muscular para garantir a saúde, já que ficar parado em casa acarreta vários riscos, como o de doença cardiovascular.

Quem sofre com as dores nas costas deve atentar para a importância do fortalecimento do core.

"Esse conjunto de músculos profundos da região abdominal, lombar e pélvica dá sustentação ao tronco e é a base de todos os movimentos do nosso centro de gravidade", explica Ana Rosa.

Uma coluna não fortalecida pode gerar postura inadequada, com desequilíbrio na posição do corpo, e resultar em dores e sobrecargas em outras regiões, como joelhos e pés. Para fortalecer essa musculatura, Ivan Rollemberg tem algumas dicas.

"Os melhores exercícios são aqueles que precisam de postura firme em sua realização. Também indico uma nova tecnologia que associo ao treino físico e fisioterapia, chamada HIFEM e está presente no Emsculpt; ", diz.

O médico explica que, através das ondas eletromagnéticas que realizam milhares de contrações em poucos minutos, é possível fortalecer a região:

"Com quatro sessões em 15 dias, conseguimos em média o aumento de 16% de massa muscular".


Câncer de mama: doença não pode ser negligenciada durante a pandemia, alertam especialistas

Cerca de 70 mil diagnósticos de câncer deixaram de ser feitos entre março e junho de 2020; Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) aponta que houve queda de 75% das cirurgias relacionadas a tumores de mama em grandes centros hospitalares

 

A pandemia da Covid-19, que determinou um regime de quarentena sem precedentes pelo mundo, tem apresentado impactos diretos na oncologia e mastologia. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), 70 mil diagnósticos de câncer deixaram de ser realizados entre março e junho deste ano. E os reflexos dessa nova realidade podem a curto e médio prazos desencadear um aumento nos índices de tumores descobertos em fase mais avançada.

Entre os tumores mais incidentes no país figura o câncer de mama - tipo de câncer mais comum em mulheres depois do câncer de pele. A ocorrência por aqui vem apresentando crescimento constante: são 66.280 novos casos esperados, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres por ano para o triênio 2020-2022 - números que ainda estão abaixo da incidência observada em países desenvolvidos, mas cuja tendência de aumento segue em ritmo acelerado, proporcional às taxas de envelhecimento da população.

Para o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, este cenário exige esforços contínuos no sentido de aumentar a taxa de cobertura da mamografia de rastreamento populacional, assim como o nível de alerta das mulheres para alterações na mama, requerendo atenção dos especialistas para que o câncer de mama seja diagnosticado da forma mais precoce possível.

"As campanhas de conscientização sobre a doença e alerta para que a população esteja munida de informações sobre os impactos positivos da descoberta de tumores logo no início de seu desenvolvimento são primordiais para a redução das taxas de letalidade do câncer de mama. A nossa batalha pelo diagnóstico precoce deve continuar, por ele significar maior número de pacientes curados. No entanto, nos últimos seis meses observamos uma queda na realização da mamografia", diz o médico.

Ele alerta que se deixarmos de lado a vigilância ativa, no pós pandemia há grandes chances de observarmos um aumento considerável de diagnósticos tardios da doença. O exame de imagem na qual a mama é comprimida permite que sejam identificados tumores menores que 1 cm e lesões em início, sendo determinante para a descoberta do câncer de mama logo no início.

"O câncer de mama é o segundo mais comum entre mulheres no país e eram esperados quase 67 mil novos diagnósticos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o fim deste ano. De forma geral, a mamografia deve ser realizada anualmente por todas as mulheres acima dos 40 anos e a decisão por adiar ou não esse exame só deve ser tomada mediante o aconselhamento médico", ressalta Max Mano, oncologista clínico e especialista no tratamento do câncer de mama do Grupo Oncoclínicas

As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento menos invasivo, o que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença. "Mulheres que tratam ou já tiveram câncer de mama, bem como aquelas com histórico de câncer de mama entre parentes próximas (irmãs, mães) e/ou que têm mutações genéticas hereditárias já identificadas, não devem jamais deixar de fazer os controles sem orientação do especialista", completa Max Mano. 



Redução no número de cirurgias preocupa

Outro ponto de atenção desencadeado pela pandemia está relacionado ao adiamento ou cancelamento de cirurgias oncológicas. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) indica que 70% dos procedimentos para retirada de tumores malignos deixaram de acontecer em abril. Especificamente nos casos de câncer de mama, um recorte da situação feito pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) nos meses de abril e maio mostra que nos grandes centros hospitalares de oncologia - públicos e privados - houve uma queda de 75% no movimento cirúrgico em comparação aos registros de 2019.

"Isso vai impactar na sobrevida dos nossos pacientes e isso é pior que a própria pandemia. Precisamos manter a população munida de informações relativas aos fluxos seguros que vêm sendo adotados para que eles possam estar confiantes para seguir com as orientações de tratamento devido, de acordo com cada caso", alerta Bruno Ferrari.

O médico reforça que o câncer faz parte do rol de doenças estabelecido pelo Ministério da Saúde, cujo tratamento não pode ser considerado eletivo. Atualmente, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 milhão de brasileiros têm tumores malignos e estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que são esperados ao menos outros 625 mil novos diagnósticos da doença até o final de 2020.


Oncoclínicas no Outubro Rosa

Anualmente, o Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa - desenvolve uma série de ações para alertar sobre a importância da realização de exames preventivos periódicos e mudanças nos hábitos de vida no combate ao câncer de mama. Em 2020 a iniciativa traz uma abordagem positiva nas redes sociais ressaltando a importância de não adiar consultas com especialistas e agendar os controles de rotina, incluindo a realização da mamografia por mulheres a partir dos 40 anos.

Com o mote "A melhor dica é viver bem", a campanha é voltada à conscientização sobre a importância de estar atento a fatores de riscos evitáveis relacionados à incidência de câncer de mama, como ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regulares, para uma retomada da saúde e da qualidade de vida. Direcionada à sociedade em geral, ela ressalta ainda uma importante informação: busque sempre saber sobre os fluxos seguros implementados pelos centros de referência em atendimento e realização de exames diagnósticos. Apesar da pandemia e do medo da contaminação pelo coronavírus, é preciso que as mulheres mantenham seus controles em dia para que a luta contra o câncer de mama não seja deixada em segundo plano.

A ação faz parte de uma série de ativações nas redes sociais desenvolvidas pelo movimento "O Câncer Não Espera. Cuide-se Já" para alertar os pacientes oncológicos e a população em geral sobre como atrasos nos cuidados médicos adequados pode comprometer, até irreversivelmente, o sucesso na luta contra o câncer. A ação liderada pela Oncoclínicas é apoiada por entidades como a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), Instituto Oncoguia , Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) e Rede Inspire Ser.

A mobilização também conquistou o reforço voluntário de personalidades como as atrizes Suzana Vieira, Mariana Rios e Priscila Fantin, os cantores Ivete Sangalo, Elba Ramalho, Bell Marques, Leo Jaime e Tomate, a jornalista Mona Lisa Duperon e o medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei Maurício Lima.

Empresas, entidades ligadas à área médica ou qualquer cidadão engajado na luta em favor da vida e da saúde dos brasileiros podem aderir à campanha. Os interessados encontram mais informações nos sites http://www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida e www.ocancernaoespera.com.br

Fabiano de Abreu desvenda mistérios da neurociência para entender o suicídio

Neurocientista, psicanalista e filósofo, Fabiano de Abreu destrinchou a história deste ramo científico para a página Aventuras na História, do UOL, sob a ótica do suicídio

 

Em reportagem publicada no último dia 21 na página Aventuras na História, do UOL, o filósofo, escritor, psicanalista e neurocientista Fabiano de Abreu foi entrevistado para abordar a chamada ciência da filosofia, a neurociência. Ele apresentou uma linha de tempo com grandes descobertas sobre o cérebro que ocorreram durante a evolução da humanidade até os tempos atuais e analisou problemas contemporâneos.

Como exemplo, Abreu citou a campanha Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção do suicídio. “É preciso lembrar que nunca na história houve tantos casos de pessoas que tiraram a própria vida como agora. A humanidade, que sempre questionou os motivos que levassem as pessoas a cometerem tal ato, agora encontra na neurociência uma maneira de entender as disfunções neuronais no cérebro”, afirmou o neurocientista à publicação.

Ele explicou que o suicídio pode ou não estar relacionado à depressão, mas certamente tem relação com as disfunções nos neurotransmissores, os mensageiros químicos no cérebro. Eles são responsáveis pelo humor, sono, motricidade e várias outras funções e sensações. Fabiano de Abreu destacou que a prática destes atos impensáveis ou a falta de raciocínio são decorrentes destas disfunções, que afetam a forma da mensagem ser transmitida da parte mais primitiva do cérebro até a mais recente, onde é regulada a razão e a lógica. Fabiano ainda explica que é possível incentivar o cérebro e ativar funções, por meio de estudos, leituras e atividades novas.

Ele alerta que a sociedade atual está com o cérebro afetado: “A história é responsável pelo presente, já que, estamos doentes mentalmente e descontrolados nos nossos instintos mais primitivos. De forma abrupta, viramos a chave da evolução com a tecnologia que nos proporcionou mudanças comportamentais que afetaram nosso instinto natural de sobrevivência”. A partir disso o neurocientista elenca as diversas descobertas sobre o cérebro na história e suas contribuições. “A participação de cada um dos nomes da história foi necessária para todas as descobertas e para alcançarmos o patamar de conhecimento que temos nos dias de hoje. Uma ideia leva a outra, que se desvendam e desenvolvem mutuamente aproveitando o que temos de melhor em relação aos demais seres vivos, que é nossa razão localizada nos lobos frontais”, explica Abreu.

 


Referência: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/ciencia-que-revelou-busca-da-filosofia-historia-da-neurociencia.phtml

 

Cinco equações que mudaram o mundo

Fonte: Pixabay
As pessoas podem perceber ou não, mas a matemática está presente em quase tudo. As relações estabelecidas em sala de aula no momento em que se ouve falar dos números, se desdobram à frente, no decorrer da vida.

A conta do orçamento mensal, o planejamento de uma viagem, a compra de uma casa. Quando nos deparamos com as práticas de rotina mais simples, entendemos a importância de estudar cálculo, por exemplo, ainda que no nível mais básico.

São muitas as situações nas quais a ciência do raciocínio lógico e abstrato se coloca naturalmente nos contextos humano, cultural e histórico. 

O matemático Ian Stewart listou em um livro de 2018 equações que mudaram o mundo sob diversas óticas.

Estas são algumas delas.


Teorema de Pitágoras

a² + b² = c²

"A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa de um triângulo retângulo" é uma explicação conhecida nas salas de aula há muito tempo. Literalmente, há pelo menos 2.500 anos. Registros provam que os egípcios, os babilônios e os chineses já usavam elementos desta equação.

Ao reunir formalmente em um teorema o conhecimento de que as formas e os números estavam conectados, Pitágoras ajudou nos desdobramentos levados adiante por Euclides.

Assim, foram estabelecidas as bases das matemáticas circulares, da geometria, das funções trigonométricas. Também estão vinculados a estes estudos o desenvolvimento da álgebra e do conceito de distâncias.

Sem o Teorema de Pitágoras, não haveria levantamento preciso, a cartografia e a navegação. Além disso, a triangulação é usada para indicar a localização relativa da navegação por GPS (Global Positioning System) - Sistema de Posicionamento Global.


Cálculo

Quem quiser determinar uma taxa instantânea de mudança, de variação de grandezas e o acúmulo de quantidades, se envolver movimento ou crescimento onde forças variáveis produzem aceleração, terá que estudar cálculo.

Isaac Newton é quem estabeleceu as bases do cálculo dos limites, as derivadas e a integral das diferenciais. E suas consequências foram descobertas na química, física, matemática, engenharia, astronomia, biologia, economia.

Atualmente, as premissas desse conhecimento são fundamentais para medir sólidos, curvas e áreas, e para a medicina, a economia e a ciência da computação, de maneira geral.


Teoria da Relatividade

E = mc²

“Energia é igual a massa vezes a velocidade da luz ao quadrado”. Nesta equação, Albert Einstein estabeleceu uma explicação para a expansão do universo: matéria e energia são equivalentes, e a matéria curva o espaço e o tempo à sua volta, e o tempo é relativo.

Este conceito determinou o entendimento das galáxias, da propagação da luz, do Big Bang, dos buracos-negro e, por um lado negativo, da criação da bomba atômica.

E em um âmbito mais comum, a criação da tecnologia GPS também é resultado da equação mais famosa da ciência.


Equação de Schrödinger                                   

Schrödinger constituiu a base da mecânica quântica ao desdobrar trabalhos sobre a natureza dual da matéria. 

Segundo a equação, ao poder determinar o estado de um sistema em algum ponto, se torna possível prever o seu estado no futuro. Ou seja, há uma pequena escala em uma faixa de estados prováveis.

Esta teoria é a base das tecnologias que usam semicondutores, transistores, circuitos integrados, microprocessadores, chips, que se valem do entendimento do funcionamento e da evolução do comportamento da matéria. Vale para escalas atômica e subatômica e para eventos macroscópicos e o universo.


Equação das Ondas                                  

O matemático francês Jean le Rond d’Alambert criou a equação diferencial que descreve o comportamento das ondas e explica as vibrações/oscilações que elas geram ao distribuírem energia ao passarem por um ponto.

Jean partiu do princípio de que nenhuma energia pode ser criada ou destruída - oscila entre a energia cinética, resultado de movimento, e a energia potencial, que está armazenada e ainda não se tornou cinética.

No meio, ocorrem as ondas, sejam sonoras, de luz, água e até as gravitacionais. Entender o comportamento da movimentação da energia é fundamental para diferentes engenharias e a física, além do monitoramento de terremotos e maremotos.

  

Cresce demanda por notícias nos meios digitais durante a pandemia

• Nova pesquisa revela que quase 7 em cada 10 leitores de veículos digitais no Brasil aumentaram o consumo de notícias durante a pandemia;

• Grupo Globo, UOL e R7 estão entre os principais veículos, aponta pesquisa

 

Nova pesquisa publicada nesta semana pela Luminate, organização filantrópica global, constatou que durante a pandemia COVID-19, 65% dos leitores de veículos digitais no Brasil aumentaram o consumo de notícias. A pesquisa mostra que 92% dos consumidores acessam notícias por meios digitais (veja a pesquisa completa aqui) pelo menos duas vezes por semana, com 83% pelo menos uma vez por dia. A pesquisa também mostra que as plataformas digitais agora respondem por mais da metade (59%) de todo o conteúdo de notícias consumido, destacando o crescente domínio das plataformas digitais1 como fontes primárias de notícias e informações.


Junto com o aumento da demanda por notícias, a pesquisa, que entrevistou 8.570 pessoas de 18 a 65 anos na Argentina, Brasil, Colômbia e México, descobriu que os consumidores no Brasil estão dispostos a pagar por conteúdo digital, 16% deles já pagando por pelo menos uma assinatura de notícias ou serviço. Embora relativamente modestos, esses números mostram que a disposição de pagar por notícias digitais entre os consumidores no Brasil é maior do que em alguns outros países, incluindo mercados estabelecidos como o Reino Unido (8%) e Alemanha (10%) e não está muito atrás dos EUA (20%)2 .

A pesquisa identificou uma série de fatores-chave que influenciam as decisões dos consumidores de pagar por uma assinatura ou serviço de notícias digitais. Para os consumidores que atualmente pagam por notícias, dois dos fatores mais importantes são a capacidade de fornecer conteúdo de alta qualidade (34%), seguida de perto pela credibilidade do veículo como fonte de informações sérias e confiáveis ​​(31%). Além desses fatores, a metodologia MaxDiff3 descobriu que para todos os participantes da pesquisa, incluindo aqueles que atualmente não estão pagando pelas notícias, a independência do veículo em relação a interesses políticos ou outros interesses velados também foi importante (4.7 MaxDiff).

1 Sites on-line de veículos de notícias tradicionais, veículos de mídia digitalmente nacional, mídia social e YouTube

2 Reuters Institute for the Study of Journalism, Digital News Report 2020

3 Na análise MaxDiff ou "melhor-pior escala", os participantes escolhem o mais importante / melhor e o menos características importantes / piores de uma lista de itens. Isso resulta em medidas de escala de intervalo que são baseadas em julgamentos comparativos que podem ser facilmente realizados, mesmo quando o número de atributos não é pequeno.

"O jornalismo independente é uma condição para democracias saudáveis, e a disposição em pagar por notícias é central para esta independência. Nesse contexto, o alto consumo e a grande abertura de brasileiras e brasileiros em pagar por assinaturas ou realizar doações a meios de comunicação são boas notícias, tanto para redações como para a democracia brasileira" argumenta Rafael Georges, representante da Luminate no Brasil

Embora a pesquisa destaque uma série de oportunidades para veículos digitais, ela identificou duas barreiras que os empreendimentos de mídia deverão considerar ao buscar atrair novos consumidores pagantes. Em primeiro lugar, a relevância do conteúdo é fundamental. Dos entrevistados que atualmente não pagam por notícias digitais, 90% dos participantes afirmaram que as informações não eram suficientemente relevantes ou não traziam diferenciais que justificassem um pagamento quando comparados a outras fontes de informação. Em segundo lugar, o custo é um grande problema, com 90% afirmando que simplesmente não estariam dispostos a pagar, especialmente se podem acessar notícias gratuitamente em outro lugar.

Outros dados notáveis ​​da pesquisa são:

• Para 1 em cada 4 consumidores R$ 30 por mês é considerado um pagamento aceitável em compra de notícias digitais

• Em média, o período de assinatura de um serviço de notícias digitais é mantido por pouco mais de dois anos (24,5 meses)

• 26% dos consumidores no Brasil estão dispostos a fazer doações voluntárias a veículos digitais.

A pesquisa foi encomendada pela Luminate - uma das principais financiadoras da mídia independente em todo o mundo, inclusive na América Latina - para fornecer informações adicionais aos veículos de notícias à medida que desenvolvem suas ofertas digitais e procuram aumentar a receita por meio de assinaturas e outros serviços pagos. Esta pesquisa é uma continuidade do trabalho iniciado com o relatório Inflection Point publicado pela Luminate e pela SembraMedia em 2017, que explorou a saúde da mídia digital na América Latina, e o lançamento do programa Velocidad em 2019, acelerador que fornece financiamento e consultoria para novas startups de jornalismo operando na América Latina.

 

Sobre a pesquisa:

Esta pesquisa foi conduzida pela Provokers, uma empresa internacional de marketing estratégico e pesquisa de mercado com presença regional na América Latina. A sondagem explorou se os leitores de notícias digitais na Argentina, Brasil, Colômbia e México estão interessados ​​em pagar pelo serviço e buscou entender os motivos que contribuem para modelos de sucesso na rentabilidade de veículos digitais. A pesquisa consistiu em 8.570 entrevistas realizadas por meio de uma pesquisa online (pelo menos 2.000 entrevistas por país), 80 entrevistas em profundidade (20 por país) com indivíduos que liam notícias online pelo menos duas vezes por semana e nove entrevistas em profundidade com especialistas em mídia digital e notícias online. As pesquisas com consumidores incluíram uma amostra nacionalmente representativa de homens e mulheres, níveis socioeconômicos, idades e localizações geográficas.



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