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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Programa gratuito oferece cuidado domiciliar e desenvolve autonomia dos idosos

Programa Acompanhante de Idosos (PAI) manteve as atividades mesmo no cenário de pandemia com ações ao ar livre e teleatendimento.


A primeira semana de outubro marca o Dia Internacional do Idoso (1/10), que sensibiliza e conscientiza a sociedade para as questões do envelhecimento e a necessidade de cuidar da população idosa.

Em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, o CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim") gerencia as equipes do Programa Acompanhante de Idosos (PAI) das Unidades Básicas de Saúde (UBS) Jardim Maracá e Vera Cruz, localizadas na zona sul da capital paulista.

A iniciativa promove ações de cuidado domiciliar e apoio para as atividades diárias dos idosos socialmente vulneráveis e com dependência funcional, devido a problemas de saúde e/ou mental. "O programa foca na autonomia e independência dos idosos. Os profissionais da equipe não fazem as atividades pelo idoso, mas sim, com o idoso" explica a supervisora do programa, Joice Sales.

Cada paciente possui um plano de cuidado individual, no qual são realizadas atividades físicas como caminhada e alongamento, atividades de lazer como ir ao cinema, festas, jogos e ouvir músicas, além do acompanhamento em exames, consultas médicas e demais serviços de saúde.

Por conta da quarentena, foram realizados teleatendimentos e ações no território, em frente ao domicílio de cada idoso, como comemorações de aniversário, serenatas e homenagens de dia das mães e dos pais. Para os casos mais complexos, os atendimentos presenciais foram mantidos.

Em 2019, foram realizados mais de 33 mil atendimentos internos e externos aos idosos que participam do programa nas UBS administradas pelo CEJAM. De janeiro a agosto de 2020, mais de 12 mil atendimentos foram realizados (domiciliares, grupos, eventos, atendimentos na unidade).

De acordo com a supervisora do programa, muitos idosos que tinham mobilidade reduzida ou necessidade de auxílio nas tarefas diárias por viverem em isolamento social e não terem o acompanhamento adequado, hoje saíram dessas condições e receberam alta do programa por recuperarem sua autonomia. "Em 2019, 14% dos idosos atendidos receberam alta do programa por terem obtido melhora no grau de dependência, atingindo os objetivos propostos no plano de cuidados", ressalta.


Como participar do PAI?

É necessário ser morador da área de abrangência onde o programa está inserido, ter idade igual ou superior a 60 anos e apresentar ao menos um dos critérios a seguir:

• Ter dependência funcional nas atividades diárias;

• Mobilidade reduzida;

• Dificuldade de acesso aos serviços de saúde;

• Insuficiência no suporte familiar e social;

• Isolamento ou exclusão social e/ou risco de institucionalização.

Confira as UBS, gerenciadas pelo CEJAM, que contam com o programa:

• UBS Vera Cruz | Rua Saramenha, 60 - Campos da Escolástica | (11) 3673-8552

• UBS Jardim Maracá | Rua Feres Bechara, 506 - Capão Redondo | (11) 5874-4720

 

 

Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" - CEJAM

http://cejam.org.br/

 

O poder de cocriação da mulher

Durante a pandemia, o home office obrigatório acentuou o poder da mulher de se reinventar. Ela passou de dupla jornada, para três ou mais jornadas ao mesmo tempo: casa, filhos, trabalho e marido. Ou seja, a mulher não para, mas consegue lidar com a situação da forma mais justa possível, criando possibilidades que atendam aos interesses de toda a família. Tanto é que, nesse período crítico da economia, para ajudar nas finanças da casa, muitas mulheres costureiras, por exemplo, iniciaram a costura de máscaras para vender, tornando-se uma nova forma de empreendimento e um ótimo retorno financeiro familiar.

Esse é o poder de cocriação, palavra conhecida como iniciativa de gestão, ou forma de estratégia econômica, que reúne diferentes partes, a fim de produzir conjuntamente um resultado mutuamente valorizado.

A facilidade feminina em lidar com as adversidades pode ser parte de sua biologia aflorada pelo dom da maternidade, que a torna mais fiel a sua missão e capaz de dividir e somar, pensando no próximo e nas consequências de suas decisões. Se pegarmos essas características e levarmos para o mundo corporativo, a mulher tem a chance de ser mais comprometida e de tomar decisões mais justas e agregadoras.

Um exemplo pode ser observado no filme Pantera Negra, de 2018, onde Wakanda, assim como nos quadrinhos da Marvel, é a nação mais avançada do mundo, tanto social quanto tecnologicamente - uma utopia afrofuturista onde tecnologia avançada e tradições se convergem.

Na história, o rei de Wakanda descobre que tem um primo abandonado no mundo dos reais e esse primo cresce e toma o trono dele. Quando isso acontece, até mesmo o homem de confiança do rei, que era casado com a chefe do exército de Wakanda, fica ao lado do primo traidor mesmo sabendo que ele iria destruir a cidade. Já as mulheres não. Elas foram fiéis e comprometidas com Wakanda até a morte. Nesse contexto, em um momento crucial, a mulher é mais fiel a sua causa e toma sempre a decisão mais justa.

Essa percepção chegou no mundo corporativo e a mulher está em importantes cargos executivos com seu poder de liderança agregador.

Hoje, com a evolução da sociedade, a cultura de submissão e a visão da mulher como sexo frágil está indo por água abaixo. Já estamos vencendo nossa necessidade de provar para o mundo que somos capazes e, aos poucos, deixamos de lado o sentimento de culpa que carregamos quando não conseguimos cumprir alguma tarefa no dia, ou por sair para trabalhar e deixar o filho na creche.

A mulher está conquistando o seu verdadeiro lugar na sociedade, dizendo não quando sabe que é impossível fazer algo ou negociando suas prioridades da melhor forma possível.

A partir do momento que ela rompe essa barreira de sentimento de culpa ela se sente desafiada e tem capacidade de cocriação.

Portanto, podemos observar que, mesmo diante do caos, a mulher consegue acalmar a sua própria vida e se reinventar. Essa capacidade aflora o seu poder de liderança tanto na vida pessoal como no mundo corporativo, e assim como em Wakanda, vai lutar sempre pela justiça.

 


Priscila Silvestre - formada em Marketing e Direito, é palestrante,  realiza mentoria e workshops com ênfase em empreendedorismo feminino e liderança e é CEO do Club W2W Woman to Woman em São Paulo, comunidade de mulheres empreendedoras que têm o propósito de promover negócios.


O impacto da Lei Geral de Proteção de Dados nos Processos, e a tendência litigiosa de seu descumprimento ou interpretação superficial

Praticamente todas as evidências, sejam em litígio judicial, arbitragem, ou relacionadas a investigações realizadas por reguladores ou autoridades de fiscalização, conterão alguns dados pessoais por inerência ao procedimento. 



Na enxurrada de atividades em torno do imediato início da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, muitas organizações comprometeram amplos recursos para a realização de auditorias de dataprivacy, avaliando até que ponto suas atividades envolvem o tratamento de dados pessoais e considerando se seus processos estão em conformidade com a nova legislação. Compreensivelmente, o foco nessas revisões tende a ser nas atividades operacionais regulares das organizações.

Mas, uma questão que tem recebido menos atenção, mesmo no setor jurídico, é o dilema funcional de como as regras de proteção de dados se aplicam quando as organizações estão lidando com dados no contexto de um litígio. Não há um roteiro absoluto de como se aplicam ao processo de contencioso esses novos ditames, diretrizes e limites legais trazidos pela LGPD.

Na medida em que a questão foi considerada, muitos podem ter simplesmente assumido que, quando os dados pessoais estão sendo coletados e divulgados no contexto de um processo legal formal, devem ser cobertos por alguma isenção legal. No entanto, a posição não é tão simples. Embora o LGPD contenha uma série de disposições que legitimam efetivamente o processamento de dados pessoais quando realizado em conexão com o exercício de direitos legais, cada uma dessas disposições é específica para obrigações particulares na legislação. Nenhuma das disposições se aplica integralmente a todos, de modo a permitir que uma parte ignore efetivamente a proteção de dados em um determinado contexto.

Por conseguinte, indivíduos que agora têm maior consciência de seus direitos nessa seara, são mais propensos a buscarem exercer esses direitos e as partes em litígio podem explorar o escopo de usar a proteção de dados como um subterfúgio ou artifício adicional em seu arsenal tático e estratégico. 

Desta forma, há efetiva possibilidade de qualquer violação da LGPD dentro do processo litigioso ser facilmente identificada e resultar em ação, sustentada pela ameaça de multas regulatórias muito maiores. Portanto, é mais importante do que nunca que as partes envolvidas na demanda, seus patronos e consultores, conheçam como a lei interage diretamente com o processo.

Todo este cenário de mutações e inovações, inevitavelmente faz emergir preocupações sobre se as partes deveriam alterar suas práticas atuais no que diz respeito à supressão de dados pessoais irrelevantes na divulgação, e com o fazê-lo. Sobretudo, a fim de evitar-se mais um nicho de judicialização, que sobrecarregaria ainda mais nossos Tribunais, onerando toda a sociedade.

Nesse sentido, a implementação de práticas e procedimentos transparentes e a conscientização dos titulares de dados, já reduziria consideravelmente as disputas e chances de conflito, inclusive para demandantes contumazes e mal intencionados. 

Outrossim, criar-se canais para a intermediação, mediação e resolução efetiva de eventuais problemas advindos de fluxo ou tratamento errôneo de dados, corroboraria para atestar a adequação do órgão ou da empresa à legislação, bem como proporia o esgotamento de vias de solução compositória - por acordo ou transação -, antes da evolução direta - e muitas vezes desnecessária e aleatória - do tema ao Judiciário. 

Sob este raciocínio já evoluem os entendimentos e ponderações dos tribunais do mundo, ao entenderem que os meios reclamatórios e de resolução extrajudicial de conflito, devem ser esgotados antes de buscar-se tutela estatal pela via judicial, o que conota intuito de razoabilidade e transigência, que deve permear qualquer disputa e relação, e assim guiar as consequências desta nova lei, para que sejam preponderantemente positivas.

 


Victor Fernandes Cerri de Souza - advogado, especialista em Direito Processual Civil, Contratos, e Proteção e Privacidade de Dados; Vice Presidente da Comissão de Direito Contratual, Compliance e Propriedade Intelectual da OAB/SP - Subseção Santana.


Planejamento financeiro para a terceira idade

Chegar na terceira idade com uma situação financeira estável é o sonho de todos. Hoje, ao mesmo tempo em que a contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está diminuindo por conta do aumento dos profissionais autônomos, a população idosa está vivendo mais, usufruindo da aposentadoria do governo. Assim, é preciso pensar em alternativas para garantir o futuro, lembrando que quanto mais cedo, menor o valor de contribuição. Para quem tem até 40 anos de idade, o mercado oferece algumas opções. Uma delas é o seguro de vida direcionado a um planejamento para os próximos 20 anos.

Essa opção é semelhante ao Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), um seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, oferecida pelo banco, mas além de acumular uma reserva para a terceira idade, o produto vem com um bônus que inclui cobertura em caso de invalidez, doenças graves e perda de autonomia.

Esses bônus são acumulativos, um independe do outro. Ou seja, se no meio do caminho do investimento, aparece uma doença grave, a pessoa consegue ter o dinheiro para cuidar da doença sem prejudicar o projeto da reserva para a terceira idade.

Nesse seguro de vida, também é possível escolher a forma de retorno, com as opções de resgatar o montante total no final do investimento ou também receber em forma de renda vitalícia.

Para que o investimento seja seguro e garanta uma boa rentabilidade é recomendado um consultor financeiro e especialista em despesas pessoais e gestão de risco, que vai fazer um planejamento financeiro de acordo com a situação de vida de cada pessoa, seja de pessoa física ou jurídica. Lembrando que somente o seguro não vai garantir toda a reserva na terceira idade. Como o seguro não é volátil e tem pouco risco, a rentabilidade dele não é tão alta.

É importante pulverizar a aplicação em renda variável. Entre as opções estão: ação, bolsa de valores, compra de títulos imobiliários, Tesouro IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo), entre outros, que são rendimentos de maior risco, mas que geram maior rentabilidade. Geralmente, é recomendado 5% do investimento em seguro de vida e 20% em renda variável.

Hoje, a quantidade de lives na Internet sobre planejamento financeiro e aplicações é enorme, mas é muito genérica. Cada pessoa tem um objetivo, uma renda, um perfil de investimento e uma filosofia de vida. Então, a ajuda do consultor é fundamental para garantir um planejamento adequado e que traga maior retorno.

Dessa forma, o planejamento financeiro direcionado para a terceira idade vai garantir um futuro estável para você poder usufruir a vida da melhor maneira possível. Lembrando que quanto mais jovem você for, menor será o valor de contribuição. Além disso, esse tipo de seguro vai blindar a sua reserva de imprevisto que possa ocorrer ao longo dos anos de investimentos.

 



Patrícia Araújo - consultora financeira e especialista em despesas pessoais e gestão de risco.


Dia do Idoso: Veja tratamentos estéticos que contribuem para a autoestima durante a velhice

Radiofrequência e luz pulsada são alguns dos procedimentos indicados para cuidar da aparência a partir dos 50 anos

 

No dia primeiro de outubro é celebrado o dia do Idoso. E, para quem não sabe, a população nesta faixa etária é extremamente representativa: são 28 milhões de idosos no país, cerca de 13% da população. Um público consumidor importante, e cada vez mais exigente.

Para se ter uma ideia, a procura e a oferta de tratamentos estéticos para pessoas com mais de 60 anos vêm se tornando mais frequente. Isso porque a expectativa de vida no Brasil aumentou. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro pode chegar a 76 anos, e 1 em cada 4 pessoas têm mais de 50 anos.  

“Com o passar dos anos, a pele passa por mudanças fisiológicas e morfológicas”, comenta a clínica geral e especialista técnica da Emagrecentro, Sylvia Ramuth. “A pele é o reflexo de nossos cuidados e hábitos ao longo dos anos. Fatores como estresse, álcool, tabagismo, alimentação desregulada, poluição e alterações de temperatura são alguns dos agravadores dos problemas de pele. ”  

Os primeiros sinais do envelhecimento começam a partir dos 25 anos de idade. A pele fica seca, surgem linhas finas na pele, manchas e flacidez.  

“Esses sinais são consequências do processo fisiológico de declínio das funções do tecido conjuntivo, no qual o colágeno vai tornando-se mais rígido, além da perda de água”, explica a dermatologista e especialista técnica da Depyl Action, Marina Thompson. “Assim, pode-se dizer que o envelhecimento é a perda de estruturas como gordura, água, colágeno e fibras elásticas. Esse declínio varia de acordo com a genética de cada pessoa”, aponta.,

Atualmente, tratamentos estéticos para a 3º idade têm ganhado protagonismo no mercado de saúde, beleza e bem-estar. Não invasivos, garantem um rejuvenescimento do rosto e do corpo, e já são a aposta de quem quer cuidar da autoestima.  

“Existe um portfólio de procedimentos ideais para tratar o envelhecimento”, comenta Marina. Precisamos nos atentar que a pele madura é mais sensível e precisa de cuidados redobrados. Além disso, é indispensável procurar um especialista na área, que fará uma avaliação com base nas características da pele e das expectativas e necessidades de cada um”, revela.

Confira abaixo alguns tratamentos indicados por especialistas para cuidar da pele.


1 - Radiofrequência: indicado para reduzir a flacidez, cicatrizes, celulites, estrias e aumentar a oxigenação. O procedimento é realizado por meio de ondas de radiofrequências emitidas pelo aparelho. O processo aquece profundamente a pele até atingir a fibra de colágeno.

“O aquecimento induz a produção de metabolismo de células e colágeno, que dá aparência de pele mais firme em longo prazo. A produção desse colágeno pode durar até três meses depois do término do procedimento que é indolor, não causa cortes, lesões e não é invasivo”, comenta Dra. Sylvia.


2 - Bioestimuladores de colágeno:  resgata a firmeza perdida ao longo dos anos e melhora a qualidade da pele. As substâncias utilizadas (Radiesse, Sculptra, Elansé e fios de PDO) estimulam a produção de colágeno quando injetadas em determinadas camadas da pele. Podem ser utilizados para reposição de volume a longo prazo e diminuição da flacidez.


3 - Luz Pulsada Intensa: o tratamento é indicado para quem deseja afinar e diminuir a quantidade de pelos e manter a pele lisa por mais tempo. Os resultados são percebidos nas primeiras seções.

“A LIP enfraquece os folículos pilosos de maneira progressiva, eliminando os pelos gradativamente. Sua principal indicação se dá no tratamento de manchas como melanose solar, poros dilatados, com melhora no aspecto geral cutâneo. O procedimento ajuda a promover o rejuvenescimento da pele e estimular a produção do colágeno, responsável por garantir a firmeza da pele”, explica a dermatologia.


4 -  Carboxiterapia: O procedimento, que dura de 15 a 30 minutos, consiste na aplicação de gás carbônico nos tecidos do corpo com objetivo de eliminar estrias, celulite, gordura localizada e principalmente a flacidez da pele.

“O gás favorece a circulação sanguínea, ajuda a estimular a produção de colágeno, além de auxiliar na queima de células de gordura. Quanto a profundidade de cada técnica, depende do objetivo. Se a pessoa quer tratar estrias, a aplicação é feita diretamente na cicatriz, se for para reduzir medidas, é feita entre a camada da pele e a de gordura”, revela Dra. Sylvia.


5 - Micropigmentação: Assim como o cabelo, os fios das sobrancelhas diminuem à medida que envelhecemos. Com técnicas de hiper-realismo e colorações para cada tom de pele e necessidade do cliente, a micropigmentação é indicada para quem precisar recuperar a autoestima e harmonizar o olhar.

“A perda de sobrancelha, em alguns casos, é mais evidente do que a perda de cabelo. Falhas podem ser causadas por disfunções e doenças, como alopecia. Mas é um procedimento que apenas um profissional qualificado e com o material certo pode fazer. Preocupe-se em ter um design que harmonize com o seu rosto em vez de afinar as sobrancelhas”, finaliza Marina.


7 em cada 10 brasileiros pensam em manter a produtividade mesmo depois de se aposentar

Estudo realizado pelo Grupo Croma mostra que 86% dos entrevistados validam este sentimento por conta da renda e da inclusão social

 

Hoje a expectativa de vida do brasileiro é de 75,5 anos, 30 anos a mais do que na década de 1940. Considerando que em poucos anos o Brasil terá uma pirâmide etária invertida, há uma mudança de modelo mental que deve ser estabelecida — e rápido. O Brasil será o sexto país no número de pessoas idosas até 2025, quando deve alcançar a marca de 32 milhões com mais de 60 anos. 

Esses anos a mais de vida com cada vez mais lucidez, independência, possibilidade de realizar planos e disposição para consumo de bens e serviços é o que projeta a Economia da Longevidade como um dos mais importantes movimentos econômicos deste século. Estudo realizado pelo Grupo Croma o Oldiversity® é um estudo que avalia como as marcas estão lidando – ou não – com a longevidade e diversidade de orientação sexual, gênero, raça e pessoas com deficiência e se estabelece como parâmetro avaliativo inédito de marcas que pensam, preocupam-se, promovem e defendem assuntos ligados à longevidade e à diversidade.

Quase metade dos entrevistados declara que não tem com quem contar na velhice, o que contribui para o alto índice (72%) dos que consideram importante a contratação dos mais velhos pelas empresas, principalmente no grupo dos que têm 61 anos ou mais. 72% dos entrevistados reconhecem o despreparo das lojas, das dinâmicas do varejo e do treinamento dos vendedores no atendimento aos que têm 60 anos ou mais. 82% dos entrevistados afirmam que as empresas têm preconceito em contratar pessoas mais velhas, fato este que, o número de desempregados no país acima de 40 anos dobrou nos últimos anos, quem dirá para os acima de 60 anos. 

Apesar de apenas 19% acreditarem que pessoas mais velhas estejam habituadas a comprar em lojas virtuais, os que têm 61 anos ou mais são mais confiantes e elevam esse índice para quase 30%. Não é à toa que, dos 25,4 milhões de pessoas com 61 anos ou mais, 83% acessam a internet diariamente, dando ao e-commerce uma fatia importante de um mercado antes considerado inacessível. “O Oldiversity® mostra que 86% das pessoas pensam em manter a produtividade na velhice, pois além do benefício da manutenção da renda, estar no mercado de trabalho faz com que se sintam incluídas socialmente”, explica Edmar Bulla, CEO da Croma. 

75% dos entrevistados têm consciência de que a população está ficando mais velha, porém 70% dizem não estar preparados para perder sua qualidade de vida no futuro. Isso representa uma grande oportunidade para empresas e marcas que podem fazer parte dessa jornada entre o hoje e o amanhã de pessoas que precisam de auxílio para planejar e usufruir de uma qualidade de vida digna no futuro.

A reputação das marcas no aspecto da longevidade parece ser abalada, especialmente sobre a autenticidade da comunicação e da proposta de valor. A descrença, no caso da longevidade, é tão significativa quanto a de diversidade. “Apenas uma pequena parte do varejo parece estar preparada para atender à demanda desse shopper tão importante, mas ainda pouco expressivo tanto nas estratégias de marketing quanto em relação ao quadro de funcionários de marcas e empresas”, define Bulla.

O estudo comprova que marcas que se posicionam claramente sobre a longevidade são beneficiadas e têm impacto positivo em consideração e preferência. As pessoas passam a admirar (77%), acreditar (68%) e recomendar (69%) essas marcas. Entre os entrevistados com idade acima de 61 anos, esses índices alcançam 83%, 77% e 82%, respectivamente. “Isso representa uma grande oportunidade para empresas e marcas que podem fazer parte dessa jornada entre o hoje e o amanhã de pessoas que precisam de auxílio para planejar e usufruir de uma qualidade de vida digna no futuro”, explica Bulla.

 



Edmar Bulla - CEO e fundador do Grupo Croma de design de inovação. Graduado pela ESPM, possui mestrado em Neurociência e Comportamento pela PUCRS e especialização em Marketing Digital por Harvard, além de ser formado em Música, Filosofia e Conselheiro de Administração pelo IBGC. Atuou em empresas como Nokia, PepsiCo e Grupo WPP, ocupando posições de liderança regionais e globais. Bulla é idealizador do aplicativo Rainbow para o público LGBT+, que oferece mais de 30 serviços integrados. É coautor do livro Líderes de Marketing, colunista da IstoÉ Dinheiro, autor do podcast sobre inovação Ouça Bulla, além de professor convidado e palestrante em eventos no Brasil e exterior. Também é apaixonado por cultura, cognição e comportamento.

https://cromasolutions.com.br/


Idosos com doença de Alzheimer assintomática precoce apresentam risco de quedas

As quedas são a principal causa de lesões fatais em idosos, causando mais de 800 mil hospitalizações e cerca de 30 mil mortes nos EUA todos os anos. Alguns fatores de risco são bem conhecidos - idade avançada, problemas de visão ou equilíbrio, fraqueza muscular -, mas um fator pouco reconhecido é a doença de Alzheimer precoce. Idosos nos estágios iniciais do Alzheimer, antes do surgimento dos problemas cognitivos, têm maior probabilidade de sofrer uma queda do que as pessoas que não estão prestes a desenvolver demência.

As descobertas, disponíveis online no Journal of Alzheimer's Disease, sugerem que os idosos que sofreram quedas devem ser examinados para Alzheimer e que novas estratégias podem ser necessárias para reduzir o risco de queda para pessoas nos estágios iniciais da doença.

"No mundo da pesquisa de queda, geralmente dizemos que você corre o risco de cair se perder força e equilíbrio", disse a co-autora Susan Stark, Ph.D., professora associada de terapia ocupacional, neurologia e de trabalho social. "Se você perder força e equilíbrio, o tratamento recomendado é trabalhar a força e o equilíbrio. Mas se alguém está caindo por outro motivo, talvez porque seu cérebro começou a acumular danos relacionados ao Alzheimer, essa pessoa pode precisar de um tratamento totalmente diferente. Ainda não sabemos qual pode ser esse tratamento, mas esperamos poder usar essas informações para chegar a novas recomendações de tratamento que irão reduzir o risco de quedas nesta população. "

"Você pode prevenir muitas quedas apenas tornando o ambiente mais seguro", disse Stark. "Mudanças simples podem ajudar: certificando-se de que a banheira não está escorregadia; garantindo que você pode levantar-se facilmente do banheiro; treinamento de equilíbrio e força; revisar suas prescrições para ver se certos medicamentos ou combinações de medicamentos estão aumentando o risco de queda. Até que tenhamos tratamentos específicos de prevenção de quedas para pessoas com Alzheimer pré-clínico, ainda há muitas coisas que podemos fazer para tornar as pessoas mais seguras."

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Aumentam os riscos de acidentes domésticos com idosos durante a pandemia

Profissionais da saúde reforçam os cuidados com grupos da terceira idade em isolamento social


Os idosos são as pessoas mais propensas a sofrer acidentes domésticos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o cenário de pandemia aumenta esses riscos. Além de serem considerados grupo de risco por causa da COVID-19, o isolamento social faz com que os idosos passem a exercer atividades que podem gerar alguma situação de risco, já que estão sozinhos em casa e sem contato com os familiares. 

Maria Suzana Muller Branco, de 74 anos, sofreu uma queda acidental logo no início da pandemia, já em isolamento social. “O cachorro tinha feito muito xixi no chão da minha cozinha e eu não vi. Pisei sem querer e acabei escorregando. Cai com tudo e quebrei o fêmur”, conta Maria. A idosa teve fratura do colo femoral e precisou ser operada para colocar uma prótese total no quadril. O processo de recuperação foi longo e dolorido, mas ela conta que conseguiu voltar a caminhar normalmente apesar do susto. “No começo eu sentia muita dor, mas com o apoio dos médicos a recuperação foi ficando mais fácil. Posso falar com orgulho que nem precisei usar bengala para andar”, diz Maria. 

De acordo com o médico ortopedista do Hospital Marcelino Champagnat, Ademir Antonio Schuroff, as pequenas ações cotidianas, como subir em um banco para arrumar a prateleira, podem ser perigosas para pessoas com mais de 65 anos. “A maioria das fraturas ocorrem por trauma de baixa energia, ocasionadas frequentemente por quedas dentro de casa. Um dos fatores que os tornam mais vulneráveis é a perda de massa óssea (osteoporose). Para evitar possíveis complicações, é importante agirmos na prevenção”, afirma Schuroff.


Alerta

No caso de queda, a principal orientação dos médicos é chamar a ambulância o quanto antes e levar a vítima para receber atendimento especializado no hospital. O ortopedista do Hospital Marcelino Champagnat, Josiano Valério, conta que muitos pacientes, com medo da COVID-19, acabam prorrogando a ida ao médico. “Já operei uma fratura de fêmur de semanas de evolução e também outra paciente com seis dias de fratura. Após a queda, alguns pacientes ficam em casa com medo de ir ao hospital o que agrava a situação”, diz Josiano. 

Para evitar acidentes, a recomendação é que a casa seja adaptada para as necessidades do idoso, como corrimão nas escadas, suporte de apoio nos banheiros e tapetes antiderrapantes. O médico ortopedista Antônio Krieger, do Hospital Marcelino Champagnat, também reforça a importância dos idosos praticarem atividades físicas mesmo isolados em casa. “É importante que eles preservem a mobilidade física do seu corpo. Já que não estão saindo nas ruas, uma boa dica é fazer um plano de exercícios domiciliar com a orientação de um profissional que pode passar exercícios adaptados usando a cadeira da casa ou um saco de arroz, por exemplo. Outra dica é fazer uma avaliação com fisioterapeuta para possíveis alongamentos, movimentos de yoga ou pilates”, afirma Krieger. 

 


Hospital Marcelino Champagnat


Como encarar a perda auditiva na terceira idade

É importante estarmos alertas: para uma vida saudável na velhice, é fundamental ouvir bem!


Mesmo em tempos difíceis como o que vivemos, não devemos esquecer de cultivar a autoestima, aceitar as limitações que a idade impõe e saber envelhecer, buscando alegria no convívio com familiares e amigos, estando conectado ao mundo. E, para isso, é fundamental mantermos uma boa audição. Só assim podemos participar das conversas, curtir uma boa música e assistir a um programa na TV. Entre todas as dificuldades que afetam a vida do idoso, a surdez é uma das mais cruéis porque pode isolar o indivíduo da vida em sociedade.

As células auditivas morrem com o passar do tempo por causa do desgate natural do corpo. Além disso, hábitos ruins que nos acompanham ao longo da vida, como o de estar sempre em contato com sons altos e ambientes barulhentos, podem agravar a perda de audição. O processo é contínuo. Quanto mais essas células são perdidas, maior é a perda auditiva, acarretando várias dificuldades no dia a dia. Pesquisa realizada pelo site Heart-it comprova: pessoas que não escutam bem podem ter problemas de relacionamento preferindo o isolamento, o que pode levá-las à depressão e até à demência.

"Há uma forte resistência dos idosos em admitir a surdez. Muitos relutam durante vários anos. O convívio em família fica mais difícil. E entre casais, é um fardo pesado para o marido ou a esposa ter de conviver diariamente com alguém que finge simplesmente que a dificuldade de ouvir não existe. Por isso, abordar o problema e tentar convencer esses idosos a buscar tratamento é a melhor coisa a fazer. Uma das soluções é o uso de aparelhos auditivos, que traz melhoras significativas na comunicação e na qualidade de vida. Então, por que não usar a tecnologia dos aparelhos auditivos, hoje cada vez mais discretos, para viver melhor?", afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

De acordo com especialistas, a perda de audição começa a partir dos 40 anos. O processo é diferente em cada indivíduo, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária já tem algum grau de dificuldade para ouvir. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista aos primeiros sinais de surdez.

"O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o idoso reduza a dependência e resgate a sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já ficou grave. A perda de audição é lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, se não for tratada, atinge um estágio mais avançado", explica Marcella Vidal, que é especialista em audiologia.

A maioria das pessoas começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência - uma conversação contém sons de alta freqüência. Portanto, o primeiro sinal pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho é o mais indicado para cada caso.

"Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada é uma grande aliada. Hoje, os modernos aparelhos digitais, bem pequenos, garantem uma boa audição , sem constrangimentos e facilitam, inclusive, a interação com o mundo virtual, por meio de conexão sem fios com laptops, celulares e outros eletrônicos, como os aparelhos Opn e Xceed, por exemplo", conclui a fonoaudióloga da Telex.

Dados do IBGE mostram que o número de idosos no Brasil chega a quase 30 milhões - 13% da população; e a expectativa de vida média do brasileiro já passa de 76 anos. Com isso, a população idosa tende a crescer nas próximas décadas, como aponta a Projeção da População, atualizada em 2018. Segundo a pesquisa, em 2043, um quarto da população do país deverá ter mais de 60 anos.


Conheça dez sintomas que podem indicar indícios de perda auditiva:

- Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando;

- Assistir televisão em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo constantemente para aumentar o som;

- Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo;

- Comunicar-se com dificuldade quando está em grupo ou em uma reunião;

- Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram;

- Ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone;

- Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, no ônibus ou em uma festa;

- Fazer uso de leitura labial durante uma conversa;

- Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem;

- Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam.


Dia do Idoso: especialista dá dicas para envelhecer sem dores

Todo mundo já ouviu, ao menos uma vez, os pais ou avós reclamarem que o processo de envelhecimento vem acompanhado por dores “em todos os lugares”. Com o aumento da expectativa de vida, hoje, o brasileiro vive em média 76,3 anos, gerando um inevitável crescimento da população de idosos. As pessoas que têm mais de 60 anos já são 13% da população e, segundo a Projeção da População, divulgada em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse percentual tende a dobrar nas próximas décadas.

Diante desse cenário, será possível aproveitar os anos a mais sem dor e, portanto, com mais qualidade de vida?

O PhD em Neuroanatomia e fisioterapeuta Mario Sabha diz que, embora a idade não seja sinônimo de doença, é preciso adotar hábitos saudáveis ao longo da vida para envelhecer com saúde e aproveitar o tempo a mais da melhor forma possível. “Cuidar da saúde é uma decisão que deve começar cedo, com dez ou doze anos e, nesse caso, vem dos pais. Não basta inserir dias a mais na sua vida, é indispensável que eles tenham qualidade”, completa.

O especialista explica que qualidade de vida significa que todos os sistemas do corpo estão funcionando de maneira harmônica e inteligente, promovendo saúde ao invés de doenças. Ele também ressalta que o uso adequado da osteopatia, quiropraxia, da medicina integrativa e da medicina tradicional chinesa, aliadas à alimentação e a uma boa noite de sono auxiliam neste processo. “O reequilíbrio físico, energético e psicoemocional todos nós precisamos fazer. Isso não é luxo, é qualidade de vida”.

Um fator importante para evitar as dores é praticar atividade física de forma correta e respeitando as características de cada indivíduo. Além de promover o bem-estar, exercícios promovem um envelhecimento mais saudável. “A atividade física é importante, mas pessoas com problemas renais ou cardíacos, por exemplo, precisam fazer exercícios moderados, de baixa intensidade. Precisaria ser estudado qual o tipo de exercício adequado para cada condição”, finaliza.


Equilíbrio emocional

De acordo com Sabha, o equilíbrio emocional é um dos pilares para conquistar uma vida saudável e um envelhecimento bem-sucedido. “Com um emocional equilibrado, o indivíduo consegue fazer escolhas inteligentes e aproveitar melhor a vida. Quanto mais cedo ele encontrar esse equilíbrio, melhor, mas nunca é tarde para buscar ajuda”, afirma.

Apesar de ser uma construção ao longo da vida, Sabha diz que nunca é tarde para cuidar da saúde e adotar os hábitos necessários para ter uma velhice saudável e sem dores. “Claro que os resultados serão melhores se começarmos a nos cuidar antes. No entanto, não importa se com 12, 20, 30 ou 40: é sempre tempo de cuidar da saúde de forma integral, promovendo um equilíbrio físico e mental. Esse é o caminho para envelhecer sem ter dores de estimação”, brinca o especialista.


Dicas para envelhecer bem:

  • Ter uma alimentação saudável, rica em nutrientes
  • Fazer exercícios regularmente
  • Reservar, pelo menos, uma hora do dia para um encontro consigo mesmo
  • Perceber-se em tempo e espaço e identificar se você está vivendo o presente, ou se seus pensamentos estão no passado ou em um futuro distante;
  • Desenvolver o hábito de meditar
  • Aprender a viver o agora
  • Buscar ajuda profissional

 


Mario Sabha - fisioterapeuta e mestre em Anatomia Humana


Dia do Idoso: como manter a longevidade dos 60+


Entenda como a ginástica para o cérebro é uma alternativa para manter a mente ativa dos 60+

 


Dia 1 de Outubro é conhecido como o Dia Internacional do Idoso, data instituída pela Organização das Nações Unidas. No Brasil, temos cerca de 19 milhões de idosos e segundo dados do IBGE, a expectativa de vida tem aumentado, com previsão de 43 milhões de idosos até 2031.

 

Mas como chegar aos 60+ com longevidade e qualidade de vida? O professor Léo Kawashita explica que o segredo está em manter o cérebro ativo, uma vez que ele é responsável por desenvolver nossas habilidades cognitivas e socioemocionais sempre ativas. Léo possui uma escola de ginástica cerebral em São Bernardo do Campo/Rudge Ramos (SP) e conta como os exercícios cerebrais são necessários para manter a mente saudável nesse momento, principalmente entre os 60+.

 

“Temos algumas regras básicas para garantir qualidade de vida aos idosos; uma alimentação adequada, exercícios físicos, bom relacionamento interpessoal e claro, exercícios para o cérebro. Principalmente porque eles são indicados para postergar o aparecimento dos sintomas de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, por exemplo.  Para isso, temos uma série de atividades cognitivas que auxiliam na qualidade de vida. Utilizamos uma metodologia baseada na neuroplasticidade cerebral aqui na escola, tirando o cérebro da zona de conforto”, afirma Léo.

 

Segundo ele, os alunos da escola procuram por atividades que mantenham a mente ativa e que proporcionem momentos divertidos. Devido à  pandemia, as aulas de ginástica cerebral acontecem on-line; as aulas presenciais estão voltando de maneira gradativa e seguindo todas as recomendações da OMS. 

 

As atividades para o cérebro funcionam como estímulos cognitivos, capazes de fortalecer conexões neurais e desenvolver habilidades como memória, atenção, raciocínio lógico, foco e etc.

 

A aluna Miriam, do SUPERA Rudge Ramos, tem 67 anos e conta como a experiência tem ajudado a manter sua memória e sua mente ativa: “Gosto muito das aulas e as amizades que ganhei no curso. Me interessei pelo curso de ginástica para o cérebro porque sentia que minha memória falhava no dia a dia. No SUPERA, conheci o ábaco, que acelera o raciocínio, estimula a atenção e a coordenação motora.”

 

Ela conta que os jogos a deixam mais estimulada. Na quarentena, Miriam continuou as aulas no formato on-line, o que a deixaram ativa em casa.

 

Na escola, os alunos treinam o cérebro com o ábaco, apostilas de raciocínio lógico, jogos educativos e dinâmicas. As aulas são divididas em turmas por faixa etária e proporcionam momentos prazerosos e divertidos. As aulas de ginástica para o cérebro ainda garantem o desenvolvimento de habilidades sociomeocionais, como autocontrole, autoestima, criatividade – auxiliando na manutenção da saúde mental.

 

“Os idosos se mantiveram ativos e com a mente ocupada; além disso, puderam se encontrar com os colegas da sala nas aulas on-line, afastando a solidão e promovendo o convívio social. Nossas ferramentas incluem atividades novas, variadas e cada vez mais desafiadoras”, diz Léo.

 

Como preservar a memória e evitar os lapsos dos tempos atuais


Com quarentena, trabalho em casa, aulas online e todas as mudanças geradas pela pandemia, tivemos grandes alterações na rotina. Somado ao acúmulo de atividades e responsabilidades, além das tecnologias que têm nos ajudado a sobreviver, mas, por outro lado, “pensam por nós”; muitos têm sentido perda da noção de tempo e lapsos de memória.

“De fato, a memória é uma das nossas funções cognitivas mais importantes e serve para arquivar experiências e informações adquiridas ao longo da vida. A perda de memória patológica acomete, principalmente, a memória de curto prazo, aquela que usamos para nos lembrar de algo recente. Um exemplo é a pessoa que tende a repetir as mesmas perguntas que foram respondidas há pouco tempo”, explica a psiquiatra Dra. Danielle H. Admoni, especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e psiquiatra geral na Unifesp. 

 

Como manter a boa memória

A área da neuropsicologia, que estuda a memória, ainda é muito nebulosa. Mas estudos mostram que os bons hábitos de vida são verdadeiros aliados da boa memória. Dentre eles, a prática de atividade física aeróbica por, pelo menos, três vezes na semana. “O exercício intensifica a capacidade cognitiva, de atenção e concentração. Outro fator muito importante é o sono. Noites mal dormidas interferem muito na manutenção da memória, já que ela é consolidada neste período. O tabagismo e o uso frequente de álcool também são prejudiciais, pois provocam um envelhecimento cerebral precoce”, aponta Danielle H. Admoni.

Em relação aos medicamentos, há controvérsias. Uma pesquisa recente indicou que o uso de donepezila, uma medicação utilizada para o Alzheimer, aumenta a capacidade da memória de portadores da síndrome de Down. Isso fez com que universitários americanos passassem a usá-la. “No entanto, ainda não há nenhuma comprovação científica que mostre a sua eficácia em pessoas que não possuem a síndrome. Alguns fitoterápicos, como ginko biloba, parecem melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, beneficiando, indiretamente, a memória”.

Segundo a psiquiatra, a melhor forma de diagnosticar estas patologias é a realização de uma avaliação neurológica e psiquiátrica. “Vale citar também outras boas dicas que podem melhorar significativamente a memória e a atividade cognitiva, principalmente nos tempos atuais. Leitura, aprendizado de novas línguas, a prática de exercícios matemáticos e a constante sociabilização, ainda que virtual, são hábitos importantes para a manutenção da memória e para retardar o surgimento de demências comuns a idade avançada”, finaliza Danielle.

 

Nove em cada dez idosos ajudam financeiramente a família

 

Mais de 40% dos idosos brasileiros são os principais responsáveis pelo sustento da casa 
Créditos: Sabine van Erp/Pixabay


Especialista em finanças da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP dá dicas de como organizar melhor a aposentadoria com previdência privada e outras reservas financeiras  

Hoje, 21% dos aposentados brasileiros continuam ativos no mercado de trabalho. Segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 47% destes idosos seguem trabalhando por necessidade financeira, porque, na maioria das vezes, o valor do benefício do INSS não é suficiente para pagar as contas ou manter o mesmo padrão de vida. Destes, 91% contribuem ativamente com o orçamento familiar, sendo que 43% são os principais responsáveis pelo sustento da casa.

A grande maioria dos brasileiros não costuma se preparar para a velhice ou planejar a aposentadoria, pensando apenas na renda que virá do INSS. Mas, como geralmente o valor médio do benefício concedido não é suficiente para cobrir despesas básicas de saúde, muitos idosos precisam permanecer no mercado de trabalho.

“Com o aumento da expectativa de vida, é cada vez mais comum perceber que o brasileiro não tem planejamento financeiro e costuma não se preparar para a aposentadoria. Por isso, o número de aposentados que continuam trabalhando ainda é grande. Muitos deles quando chegam na terceira idade percebem que o valor do INSS, por exemplo, não é suficiente para manter despesas ou ajudar no orçamento familiar. Por isso, ter um planejamento financeiro é importante para uma velhice segura e com mais qualidade de vida”, explica o gerente da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP em Campinas, Wellington Marsula.


Previdência privada

Entre as dicas mais importantes para ter uma aposentadoria mais tranquila estão os investimentos na Previdência Privada. Dentro desse modelo existem diferentes planos para cada perfil de pessoa. “Os tipos de previdência privada mais comuns são PGBL e VGBL. Estes dois planos são exemplos de aposentadorias privadas e não estão ligadas ao INSS. PGBL significa plano gerador de benefícios Livres e VGBL significa vida gerador de benefícios livres”, explica Marsula.

Em relação à tributação progressiva compensável no momento do resgate, a incidência de IR na fonte acontece, de forma antecipada, na alíquota única de 15% e no recebimento de renda, conforme a Tabela Progressiva do IR. Os valores recebidos e o valor recolhido antecipadamente devem ser lançados na declaração de ajuste anual de IR e podem ser compensados ou restituídos de acordo com suas despesas médicas, escolares ou com os seus dependentes econômicos.

Já na Tributação regressiva definitiva ao longo do tempo, as alíquotas na fonte diminuem. Assim, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menos imposto a pessoa pagará. No momento do resgate ou recebimento de renda, a incidência de IR ocorre de forma definitiva e exclusiva na fonte, começando em 35%, com redução de 5% a cada 2 anos, até atingir 10% para prazos acima de 10 anos.


Reserva de emergência

“Durante toda a vida acabamos investindo apenas em gastos essenciais e esquecemos de fazer uma reserva financeira. Atualmente, existem vários tipos de investimentos seguros que podem ser usados, como poupança, títulos públicos e CDBs. Existem também investimentos de longo prazo com possibilidade maior de rentabilidade, porém com mais riscos, como os Fundos de Investimento de Ações, Fundos de Investimento Multimercado e Ações”, ressalta.

 



Sicredi

www.sicredi.com.br


Dia do Idoso, uma data para dizer não aos estereótipos

 Dados do IBGE apontam que até 2050 o número de brasileiros acima de 60 anos vai triplicar

 

Foi-se o tempo em que a figura do idoso podia ser associada ao indivíduo com pouca vitalidade ou disposição. O conceito, que pouco se aplica aos dias atuais, se desgastou à medida que ele se tornou velho para ser referir às pessoas que possuem mais de 60 anos ou que fazem parte da chamada terceira idade ou melhor idade. Nesta quinta-feira, 1º de outubro, comemora-se o Dia do Idoso, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reforçar a importância da proteção e para reavaliarmos nossas atitudes e percepções em relação a eles.

Segundo Sonia Prado, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Estácio Interlagos, para entendermos quem é esse novo idoso é indispensável abandonar estereótipos e estar ciente que cada vez mais as pessoas, sobretudo as de mais idade, acreditam na sua capacidade de se manterem ativas e presentes na sociedade onde elas estão inseridas. "Hoje as pessoas com mais de 60 anos estão estudando, fazendo atividades físicas, empreendendo e buscando conhecimento que não estão associados a uma limitação genética ou de idade", diz Prado.

Tornar-se uma pessoa velha, no olhar psicológico e social, é um evento com características humanas, que depende um pouco de como a pessoa está sendo percebida pela sociedade. "O idoso acumula experiências e essas experiências muitas vezes não são consideradas e percebidas pelos mais jovens. Normalmente quando o idoso acaba sendo prejudicado pelas limitações impostas pela própria sociedade, ele é simplesmente classificado ou rotulado com velho com base em aspectos físicos comuns ao envelhecimento sem se levar em consideração a sua capacidade mental", explica Prado.

A fisioterapeuta Gabriela Kohns, professora do curso de Fisioterapia da Estácio Conceição, lembra que a partir dos 60 anos o organismo começa a passar por um intenso processo de modificação fisiológica que culmina na diminuição da acuidade visual, desmineralização óssea, perda de massa muscular, dentre outros fatores biológicos. A idade avançada requer atenção, mas de forma alguma exige que o idoso pare de levar uma vida normal, apenas que tome mais cuidado com relação às atividades que costuma realizar no seu dia a dia.

Para a fisioterapeuta, com um programa de exercícios físicos específicos é possível promover o fortalecimento muscular, melhorar a marcha, propiciar ganho de mobilidade, flexibilidade e equilíbrio entre os idosos. "Tanto na residência como no trabalho, pensando no bem-estar do idoso, é possível realizar intervenções ergonômicas, como a adaptação da mobília, a implantação de rampas de acesso e de barras de apoio em pontos estratégicos que irão evitar que ocorram quedas, um dos maiores vilões da terceira idade", explica Kohns.

O idoso, seja o que esbanja vitalidade ou mesmo aquele mais tranquilo e contido, não pode ser mais visto ou percebido pelas pessoas como alguém que tem prazo de validade. Neste sentido a psicóloga faz um alerta importante ao lembrar que o envelhecimento físico é algo natural e que os idosos sabem que possuem algumas limitações físicas, mas nenhuma que limite o seu aprendizado, a sua interação social, o seu trabalho e a sua vida. "Neste 1º de outubro, Dia do Idoso, precisamos entender de uma vez por todas que cada vez os idosos acreditam na sua capacidade de se manter ativos na sociedade onde eles estão inseridos", salienta Prado.


Um novo começo 


E a vitalidade do idoso pode ir além da forma física, para muitos, a melhor idade é o momento de retomar os grandes sonhos, que por diversos fatores, precisaram ser deixados de lado. E foi o que fez o Sr. Coriolano de Souza Pinto. Aos 82 anos, o bancário e militar concluiu, em meio à pandemia do novo coronavírus, o curso de Direito na Estácio.

Cheio de disposição, o mais novo bacharel em Direito do município de Castanhal, localizado a 76 quilômetros da capital paraense, Belém, superou todos os desafios. Feliz com a conquista, Coriolano revela que em nenhum momento pensou em desistir da graduação. "Caso ocorresse, eu estaria dando um péssimo exemplo a todos os que em mim confiavam, principalmente aos meus filhos e netos", afirma.

Para quem acredita que já passou a hora de estudar, ele deixa uma mensagem. "Não existe idade para sentirmos a alegria do somatório de lutas e desafios que podemos superar ao longo da jornada. Enfrentem as dificuldades que aparecerem e confie sempre na capacidade de alcançar os seus sonhos, um dia você sentirá a felicidade e alegria que hoje estou sentindo".


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