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terça-feira, 9 de junho de 2020

Educação: financiamento é alternativa para evitar a evasão em nível superior



Esse ano, o Dia da Língua Portuguesa, celebrado em 10 de junho, traz inúmeras reflexões sobre o futuro da educação. Entre os temas, o provável aumento de índices de evasão escolar, entra com uma das principais consequências desse período prolongado de paralisação das atividades presenciais em salas de aula, por conta da pandemia. Dados revelam, que países que passaram por crises similares, destacam maior risco de abandono e evasão escolar, além de impactos emocionais de curto e longo prazos, como o aumento da ansiedade e falta de concentração.

A nota técnica do Todos Pela Educação “O retorno às aulas presenciais no contexto da pandemia da Covid-19: contribuições para o debate público”, lançada no dia 7 de maio, ressaltou que para que responder esses desafios, as redes de ensino precisarão, necessariamente, envolver outros setores, especialmente a saúde, com atendimento psicológico para estudantes e professores, além da assistência social, em ações de prevenção e busca ativa a estudantes que apresentam risco de abandono, entre outras.

“Por conta da pandemia, somada ao isolamento social e a junção das atividades em home office, o desafio de manter os alunos engajados nos estudos é muito grande. As redes de ensino de todas as escalas e setores estão buscando alternativas para reduzir os prejuízos na aprendizagem de seus alunos”, comenta o CEO da fintech especializada em crédito para pós-graduação e MBA, Intersector, Kleber Câmara.


Financiamento como aliado

A taxa de evasão nas instituições de ensino superior (IES) continua muito preocupante no Brasil. Em 2018, a 8ª edição do Mapa do Ensino Superior, mostrou que a evasão dos cursos do ensino superior no país atingiu 30,1% na rede privada e 18,5% na rede pública. Nos cursos de educação a distância (EAD), o índice chegou a 36,6% na rede privada e a 30,4% na pública.

De acordo com o último Censo da Educação (2017), disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), a quantidade de alunos que abandonaram seus cursos ou trancaram a matrícula é alarmante. Em alguns cursos a taxa de evasão ultrapassou os 50%. As causas para os altos índices, seja na rede pública ou privada, são várias, mas entre elas: a vontade de trocar de curso, falta de recursos e assistência e incapacidade de conciliar o estudo com o trabalho.

Para Kleber, o impacto da evasão no ensino superior pode ser sentido também, fortemente, nas matrículas para as instituições que oferecem programas de pós-graduação. Segundo ele, em todos os níveis, as escolas de ensino superior e as de pós-graduação e MBA, devem desenvolver um sistema de comunicação e uma forma de checagem diária com cada aluno. “Além desses aspectos, é necessário que as instituições se aproximem dos alunos, se sensibilizando e mostrando que compreendem o difícil período. É necessário abrir canais de comunicação para manter o aluno próximo e seguro, evitando o abandono”.

Ainda segundo o Censo, pelo menos 40% dos estudantes apontam as dificuldades financeiras como o principal motivo de abandono da sala de aula. Atualmente, com a pandemia, além dos aspectos comportamentais, a incerteza sobre os aspectos financeiros, por conta da crise, devido ao momento de isolamento social e ao fechamento do comércio, muitos alunos já ficaram desempregados, elevando sua inadimplência.

É esperado que as escolas se depararem com novos e complexos desafios, que só poderão ser devidamente enfrentados se houver apoio de outras áreas, como o setor financeiro.  A Intersector, uma financiadora apoiada por um Fundo de Investimentos, acredita que a educação seja o único caminho para transformação da sociedade, oferece diversas soluções integradas para as instituições de ensino parceiras, desde o financiamento de seus programas de pós-graduação e MBA até estratégias para impedir/reduzir a evasão e a inadimplência, que serão os grandes desafios das instituições durante e pós-pandemia.


“A parceria com uma financiadora que ofereça taxas de juros menores, prazos maiores, parcelas mais acessíveis e sem a burocracia das instituições financeiras tradicionais, aumenta a captação de alunos para escolas, gera mais receita, possibilitando a antecipação de receita, além de minimizar a evasão e expandir as oportunidades de negócios. Além disso, contribui para que os alunos não desistam dos sonhos, permitindo que a escola foque naquilo que é a sua expertise, a educação”, ressalta o Kleber.

Se tornar uma escola parceira da Intersector e ampliar a captação de alunos é muito simples, ao contrário do que se pode imaginar. É exatamente por facilitar a vida das instituições que desejam crescer que a fintech já ajudou diversas escolas em todo o país a aumentarem seu quadro em milhares de novos alunos e, consequentemente, sua receita.

“As instituições irão se deparar com desafios que só poderão ser enfrentados com o apoio de outras áreas e nós, da Intersector, estamos dispostos à ajudá-las, oferecendo propostas de financiamentos, com as menores taxas de juros e prazos mais longos, para que as alunos não desistam do sonho de conquistar uma pós-graduação na escola e curso que sempre sonhou”, finaliza o CEO.


Meu filho aprenderá menos no isolamento?



Nesse momento conturbado, o impacto nas escolas acabou distanciando os professores de seus alunos. Esse fato trouxe uma necessidade de adaptação por parte das instituições e a grande maioria delas seguiu o caminho óbvio: fez entrar em cena as aulas on-line. A verdade é que a pandemia foi um catalisador desse recurso, pois todos os profissionais da educação sabiam que, em algum momento, essa chave iria virar - e isso aconteceu mais rápido do que imaginavam. Mas será que esse modelo pode ser aplicado para crianças do Ensino Fundamental? 

As crianças são muito atentas e, como dizem, são verdadeiras esponjas, absorvem muito do que os pais fazem. Posso afirmar que, nesse cenário, o exemplo não é uma forma de educar - e sim, a única existente para educar os filhos. Portanto, crianças atentas aliadas a bons exemplos, a educação acontece. Desde o momento em que os pais conversam ao telefone celular enquanto dirigem, discutem entre si usando palavras inapropriadas, chegam na escola e, com “pressa”, escolhem a fila dupla ou uma vaga não permitida para estacionar rapidinho, elas estão atentas. Percebem também aquele bom dia aos inspetores, a cordialidade em permitir a passagem de um pedestre e o apoio dado à professora com elogios.

Em alguns casos, as crianças, fora da supervisão dos pais, vivenciam situações conflitantes com colegas de sala, inimizades dentro da própria turma e até situações desconfortáveis com os professores, como responder uma pergunta que não prestou atenção ou ler um texto para a turma (sei disso porque era sempre o escolhido). Podemos admitir que a escola é um grande ensaio da vida adulta e deixar que as crianças resolvam os seus problemas, em determinados casos, com os pais atuando como meros observadores, é uma excelente dica para gerarmos adultos autônomos, seguros e com forte autoestima.

O isolamento trouxe uma preocupação com as aulas que estão sendo “perdidas”. E o conteúdo, será reposto? Pois bem, essas aulas são somente um fragmento do universo de aprendizado que elas vivenciam dentro do ambiente escolar com tantas diversidades. A educação, para as crianças, é algo que ocorre o tempo todo e com as mais variadas situações. Portanto, mesmo no isolamento, elas estão absorvendo conhecimento e sendo educadas. Aproveitemos essa oportunidade única para contribuir positivamente na educação dos nossos filhos. Existe um mundo de experiências, valores, atitudes, amor e gratidão, além de muitas sensações a serem descobertas e que podemos mostrar a eles por meio de exemplos. E então,  vamos praticar a educação neste isolamento?




Fabio Carneiro - professor de Física no Curso Positivo


Covid-19 pode garantir vaga na universidade


Preparação dos vestibulandos deve contemplar a pandemia nas mais diferentes áreas do conhecimento e na decisiva redação

O impacto da pandemia na vida dos estudantes não ficará restrito à suspensão de aulas presenciais e alterações no cronograma do Enem e de muitos concursos vestibulares Brasil afora. A Covid-19 e seus desdobramentos serão tratados em diversas questões de provas e concursos por muito tempo e professores das mais diferentes disciplinas já estão trabalhando on-line os conteúdos correlacionados com o atual momento.
Especialmente para quem vai prestar vestibular, os professores do Curso Positivo Luiz Fernando Giacchero (Química), Filipe Ferrari (Filosofia e Sociologia), Alexandre Detzel (Geografia) e Diego Venantte (Biologia) sugerem uma forma de se preparar para os diferentes tipos de questões: traçando uma linha do tempo da História e, de forma interdisciplinar, estudar diferentes desafios enfrentados pela humanidade. Da redação às disciplinas das Ciências da Natureza e Ciências Humanas, os professores apontam alguns caminhos para os vestibulandos.

Alterações no modo de vida, valorização da Ciência e preconceito permeando os temas das redações

Na visão dos quatro professores, o modo de vida da humanidade foi revisto em cada crise - e essa não será diferente, o que pode render bons temas de redação. “O modo de vida que tivemos até agora foi o que potencializou a disseminação do novo coronavírus, tal qual o modo de vida de 1970/80 potencializou o HIV”, defende Venantte. “Hoje achamos normal chegar ao mercado ou farmácia e encontrar a comercialização de camisinhas, mas nem sempre foi assim”, exemplifica Detzel. Essa mudança de comportamento, bem como a capacidade do homem em superar crises e também o legado tecnológico podem render diversas abordagens para a elaboração das redações. “Hoje, estamos desenvolvendo novas técnicas e novos métodos forçados por conta de uma pandemia”, destaca Giacchero. “Sempre chamou a minha atenção como professor de Química o poder do ser humano de mudar o mundo pelo processo de fissão nuclear”, exemplifica.
Segundo os especialistas, a valorização da Ciência também pode inspirar diversas argumentações. “Enquanto as informações das Ciências Biológicas atreladas às Ciências Humanas não forem utilizadas, muitas estratégias serão em vão ou pouco servirão para conter uma pandemia ou epidemia. Exemplo disso foi a medida de fechar rodoviárias e aeroportos depois do Carnaval, quando o vírus já estava circulando por aqui”, lembrou Venantte.
Outro tema que pode ser cobrado é a correlação entre doenças e a onda de preconceitos que deriva da desinformação. Os educadores lembraram que, da mesma forma que o HIV foi classificado como a "praga gay" em um primeiro momento de completa falta de conhecimento sobre a transmissão, a Covid-19 também trouxe uma onda de preconceitos contra chineses, motivada pela necessidade de rotular e buscar culpados.

Ciências Humanas: de olho na intervenção do Estado, planos de recuperação e transformações econômicas

A intervenção do Estado, mesmo em países liberais como os Estados Unidos, pode gerar diversas questões de História, Geografia, Filosofia e Sociologia nas provas. Para o professor Ferrari, os alunos devem estabelecer comparações entre as crises de 1929, 2008 e a atual porque podem surgir questões nesse sentido. "As fraudes nos investimentos da Bolsa de Nova Iorque culminaram na Grande Depressão ou Crise de 1929. De 1921 até 1929, a bolsa norte-americana cresceu 500%. Em oito anos, a bolsa teve um crescimento maior do que a economia e as empresas dos Estados Unidos, isso indica uma bolha financeira”, explicou.
Tal situação desembocou na 2ª Guerra Mundial. “A intervenção do Estado na economia foi importante, tanto com o New Deal (programas de recuperação da economia norte-americana de 1933 a 1937) quanto na Crise de 2008 e nos dias atuais”, contextualizou o professor de Sociologia e Filosofia. “Após a chamada coronacrise, se fará necessário um novo pacto social, pois o Estado tem que cuidar das pessoas quando elas estão em situação de fragilidade. Só que para o Estado ajudar precisa ter dinheiro”, alerta.
Alguns exemplos de novos pactos sociais oriundos dessas crises foi o processo de industrialização no Brasil com a Crise de 1929, quando os EUA deixaram de comprar o café brasileiro, e a precarização/uberização do trabalho com a crise de 2008. Segundo o professor de Geografia, o processo de industrialização, aliado a urbanização rápida e sem planejamento promoveu a favelização no Brasil e a crise da Covid tende a agravar isso e os riscos sanitários e ambientais. “Muitas doenças são transmitidas pela água e há de se levar em consideração que a maior parte das favelas são desorganizadas (classificadas pelo IBGE como “aglomerados subnormais”), aponta Detzel.
Outro ponto a ser observado na reformulação dos pactos sociais das grandes crises é o aumento da regulação das bolsas. “Os EUA passaram a ter maior regulação e controle das bolsas. Se em 2008 também colocou em xeque o controle, imagine em 1929”, ressalta. Ainda sobre a intervenção do Estado, Ferrari esclareceu que, para ocorrer um Plano Marshall no Brasil, outro país precisaria investir aqui. “Aí seria um novo Plano Marshall no Brasil, por isso que essa ideia já sumiu. Mas um novo New Deal virá”, aposta. O referido Plano Marshall foi o programa dos EUA para a recuperação da Europa após a 2ª Guerra Mundial.

Ciências da Natureza: pandemia x epidemia global e as razões da diferenciação do status entre Covid-19 e HIV

Tanto as provas de Biologia, quanto Geografia e até a redação devem testar a compreensão dos vestibulandos sobre as razões da diferenciação entre pandemia e epidemia global para o novo coronavírus e o HIV. Isso porque o número de mortos pela Aids no mundo é muito mais elevado. Entre 1981 e 2018, cerca de 32 milhões pessoas morreram, sendo que 750 mil mortes foram em 2018, mesmo assim a OMS classifica a doença como epidemia global e a Covid-19 como pandemia.
Venantte esclarece que o status depende do grau de transmissibilidade do vírus e das variações do número de casos em diferentes regiões, em determinado intervalo de tempo. Segundo ele, o HIV foi tratado como pandemia anteriormente porque a disseminação se dava entre continentes, de forma global. “Hoje, o fluxo não é global, não há uma ampla disseminação do HIV do Brasil para outro país, porque surgiram vários subtipos e, em relação a outros vírus, a transmissibilidade baixou. A alteração da OMS no status é para que os diferentes continentes adotem diferentes medidas, ao contrário do que ocorre em caso de pandemia”, ensina.
O professor alerta que a OMS já sinalizou para o risco da Covid-19 permanecer por anos e virar uma epidemia global. A razão disso está relacionada com outro conteúdo da Biologia, a reprodução celular. “A Covid é um RNA vírus e, ao se multiplicar na célula, não há um reparo das moléculas erradas - e então surgem moléculas alteradas, que dão origem a novas linhagens, daí o risco da Covid-19 virar uma epidemia global, assim como a Aids. O importante é juntar as Ciências para que possam trazer soluções e evitar que as novas linhagens tragam a situação em que vivemos hoje”, defende.

Química

Do ponto de vista da Química, simples medidas como água e sabão e o hábito de lavar as mãos poderiam ter salvado milhões de vida ao longo das diferentes crises sanitárias enfrentadas pela humanidade. Segundo o professor Giacchero, tanto a Gripe Espanhola, que tem conexão com toda a sujeira do ambiente da 1ª Guerra Mundial, quanto a Covid-19 encontram no uso do sabão um dos principais instrumentos de prevenção. Para as questões de prova, o professor sugere dedicar atenção a dois produtos de higiene por conta de estarem inseridos no contexto de grandes crises: “a água oxigenada, a molécula simples do H2O2, foi fundamental para evitar infecções na 1ª Guerra. Já o sabão atua sobre o revestimento, o envelope viral, que destrói o vírus por meio de um hábito simples”, afirma Giacchero. 

As crises e o meio ambiente

Em relação à Crise de 1929, não se pode deixar de lado a associação à Biologia. A quebra dos EUA levou a uma séria questão de saúde, com o aumento nos casos de depressão e suicídio. Além disso, as condições de vida se tornaram miseráveis para algumas famílias de diferentes estados norte-americanos. Nessa nova configuração socioeconômica, ficou estabelecido um quadro favorável à disseminação de doenças, de bactérias e vírus, por conta de problemas sanitários relacionados à falta de água tratada e saneamento básico.
Paralelamente, o Brasil também foi afetado com a queda nas exportações de café, causando um prejuízo enorme para a economia brasileira e o consequente aumento da industrialização, como solução para a crise. “Isso acarretou, no longo prazo, em um prejuízo direto a determinados biomas, além do avanço para regiões onde não existiam indústrias, o que contribuiu para um grande prejuízo ambiental”, afirma Venantte, que provoca os estudantes a pensar nas consequências da Covid-19 para o meio ambiente.

Lives

Um exemplo dessa metodologia de aprendizagem envolvendo diferentes conteúdos em torno de um mesmo tema pode ser conferido na live “Como a humanidade superou as principais crises da história”, disponível no Canal do YouTube do Curso Positivo. A live reuniu os quatro professores que correlacionaram 1ª e 2ª Guerras Mundiais, Crise de 1929, HIV e Crise de 2008 com todos os aspectos econômicos, sociais, sanitários e ambientais envolvendo a pandemia da Covid-19. O canal traz ainda outros temas que os professores do Curso Positivo apostam que devem aparecer nas provas do Enem e dos vestibulares: inteligência artificial, cultura do cancelamento, democracia, entre outros.

Como escolas podem cuidar da saúde mental de sua comunidade durante a pandemia?



Sistema de Ensino pH traz algumas dicas que podem ser adotadas durante o distanciamento social


No início do ano, as instituições de ensino brasileiras foram surpreendidas com a súbita suspensão das aulas presenciais devido a pandemia de Covid-19. Escolas de todo país tiveram que se adaptar rapidamente ao modelo de ensino remoto. Embora algumas instituições de ensino estivessem tecnicamente prontas para esse formato de ensino, muitas pessoas não estavam emocionalmente preparadas para o distanciamento social. Assim, toda comunidade escolar -- professores, famílias, alunos, setores administrativos e de limpeza -- precisou aprender a lidar mais de perto com esse novo modelo de funcionamento a distância.

Em meio às preocupações com a qualidade do aprendizado, com a readaptação de conteúdo e com o cumprimento do planejamento letivo, o cuidado com a saúde mental não pode ficar em segundo plano e deve ser uma prioridade para as instituições. Aline Castro, gerente da assessoria pedagógica do Sistema de Ensino pH, explica que as escolas precisam se perguntar como elas podem auxiliar as famílias, que em sua maioria estão sobrecarregadas, nesse momento tão delicado. 

“Temos que admitir que ninguém foi preparado para o distanciamento social e estamos juntos aprendendo a lidar com ele. O primeiro passo é pensar: como podemos ajudar as famílias que estão tendo que dar conta de suas vidas profissionais, das responsabilidades domésticas, cuidar da casa, dos animais de estimação, dos avós e ainda orientar os estudos de seus filhos?”

Aline explica que o caminho para a escola proporcionar esse equilíbrio é a organização. “Toda semana o Sistema de Ensino pH realiza webinários com pautas relacionadas a sugestões de como a escola pode se organizar. Quando falamos de organização e rotina no novo formato de trabalho, estamos falando de equilíbrio mental e dando suporte para a escola continuar o trabalho dela”. A gerente da assessoria pedagógica conta que alguns webinários trouxeram temas específicos relacionados a saúde e bem-estar das famílias, como o tópico de comunicação não violenta.

Além do webinário, o Sistema pH produziu um material de apoio sobre os benefícios da comunicação empática. Um dos trechos destaca: “Os adultos, família e escola, precisam estar saudáveis e equilibrados emocionalmente em momentos de crise para dar aos seus filhos o sentimento de segurança. Isso significa que precisamos da nossa capacidade de construir relacionamentos saudáveis por meio de uma comunicação clara e de uma escuta ativa”.

Na prática, esse vínculo entre a escola e sua comunidade pode ser mantido por meio de atividades coletivas, recados em vídeo e conversas pontuais que façam uma avaliação sobre como cada um tem se adaptado às mudanças. 


Como ficam as crianças nesse processo? 

No caso dos pequenos, algumas ações e atividades são interessantes: incluir na nova rotina vídeos ao vivo para cantar parabéns para os colegas, enviar histórias para eles ouvirem, propor uma troca de playlist de músicas infantis com os amiguinhos, sugerir que os pais reservem o tempo para brincar com as crianças e não se esquecer do tempo livre para as crianças brincarem e inventarem coisas.


E os adolescentes que se afastam e ficam ainda mais reservados?

Os jovens acabam sendo mais afetados durante o distanciamento social, justamente porque entendem melhor os efeitos da pandemia e têm mais consciência sobre o que está acontecendo. O Sistema pH indica algumas estratégias que podem ser adotadas pela família e sugeridas pela escola: 

• Explicar aos responsáveis a importância de a família exercer o papel de adulto e não de amigos, ao contrário do que alguns imaginam isso não aproxima; adultos equilibrados, responsáveis e com autoridade geram segurança para a família como um todo;

• Criar momentos de diálogos para conhecer as ideias e os sentimentos que os adolescentes estão vivenciando;

• Criar espaço para reflexão por meio de boas perguntas, evitando juízo de valores;

• Fazer as perguntas e dar tempo de resposta;

• Conhecer os jogos eletrônicos, as séries/filmes, o estilo musical, os aplicativos e as redes sociais mais utilizadas por eles pode gerar um bom bate papo;

• Permitir-se aprender com seu filho, os adolescentes são fontes inesgotáveis de criatividade e alegria.


Por fim, o material produzido pelo Sistema pH chama atenção para as famílias lembrarem que estar perto não significa estar presente. É importante reservar um tempo para realmente ficar com os filhos, isso faz eles se sentirem seguros e mais calmos, independentemente da idade.



Sistema de Ensino pH

Como ajudar as crianças a usar a tecnologia com equilíbrio e segurança?


Em "A Criança Digital", Gary Chapman e Arlene Pellicane, renomados especialistas em relacionamento familiar, reúnem orientações para o uso consciente dos recursos tecnológicos





O isolamento social têm revelado e/ou acentuado uma realidade delicada na dinâmica de muitas famílias: o uso excessivo das tecnologias digitais por parte das crianças e adolescentes — videogames, televisão, aplicativos etc. Isso acontece porque, dentre diversas razões, tais ferramentas aparentemente são as únicas opções de entretenimento em meio ao caos. Embora seja algo compreensível, torna-se fundamental ponderar até que ponto recorrer unicamente às telas é realmente saudável. Aliás, quais são os impactos negativos que o excesso de exposição ao digital pode causar no desenvolvimento das crianças e adolescentes?

É justamente para falar sobre o assunto que a Editora Mundo Cristão traz ao Brasil “A criança digital: Ensinando seu filho a encontrar equilíbrio no mundo virtual”, livro escrito por Gary Chapman e Arlene Pellicane. Na obra, as duas autoridades em relacionamento familiar oferecem orientações práticas para que pais e mães contornem exageros de maneira positiva. Longe de propor uma postura antitecnologia, Gary e Arlene descortinam formas para que a família possa aliar os benefícios das tecnologias com uma rotina que seja produtiva para toda a família, especialmente para os pequenos, estimulando a sociabilidade.    
“As telas não são o problema; o problema é a frequência com que as usamos. Que atividade preenche o tempo livre de seu filho? Para a média das famílias, tempo livre é igual a tempo diante da tela. Uma coisa é reunir a família diante da televisão para assistir a uma série. Trata-se de um tempo intencional diante da tela que pode aproximar ainda mais a família. Outra coisa é clicar de canal em canal, aleatoriamente, dia após dia. Esse tempo não programado tende a ser desperdiçado e tornar-se influência negativa.” (Gary Chapman e Arlene Pellicane em “A criança digital”)

Por meio de pesquisas e uma série de relatos ilustrativos, os escritores promovem uma análise acerca da dinâmica dos lares “conectados” e mostram as complicações que o tempo em excesso diante das telas pode trazer para o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento intelectual e físico das crianças.   

Altamente prático, A criança digital não aponta somente problemas sem mostrar soluções. Pelo contrário, o livro foi concebido para ser um manual aos pais e mães, com ideias lúdicas e iniciativas eficazes para a melhor interação entre a família, tendo como objetivo o estímulo a outras opções de lazer que colaboram com o fortalecimento dos laços afetivos. 

A obra vem ainda com um capítulo especial dedicado ao tema “Desenvolvimento da sociabilidade por idades e estágios” e um teste para que os pais e mães possam diagnosticar se os filhos passam tempo exagerado diante das telas.
O lançamento já está à venda nas livrarias e lojas virtuais.


Ficha técnica  
Código: 11110
ISBN: 978-65-86027-01-3
Páginas:  256
Formato: 14 X 21
Categoria: Família
Preço: R$ 54,90
Lançamento: maio/2020
Link de venda: Amazon e E-commerce Mundo Cristão


Sobre o livro: A criança de hoje nasce digital. Se é verdade que a tecnologia apresenta muitas vantagens, é igualmente verdadeiro que o mau uso ou o uso excessivamente precoce traz inúmeras preocupações para os pais. A boa notícia é que existem maneiras de equilibrar tecnologia, família e sociabilidade. Descubra através das sugestões de dois renomados especialistas em relacionamentos familiares. 


Sobre os autores: Gary Chapman é doutor em antropologia e autor de mais de 30 livros, incluindo o celebrado As 5 linguagens do amor. É casado com Karolyn, com quem tem dois filhos e três netos.
Site: http://www.5lovelanguages.com/
Facebook: https://www.facebook.com/5LoveLanguages
Twitter: https://twitter.com/drgarychapman 


Arlene Pellicane é palestrante, escritora e apresentadora do Happy Home Podcast. É casada com James, com quem tem três filhos. Instagram: https://www.instagram.com/arlenepellicane/
Podcast: “The Happy Home Podcast with Arlene Pellicane” (várias plataformas)  


Imunização no cuidado do paciente com câncer


Além do benefício de proteger pacientes que já têm câncer, há duas vacinas que previnem o desenvolvimento de tumores


Hoje, 9 de junho, é celebrado o Dia Nacional da Imunização. E afinal, pacientes com câncer devem se vacinar? Segundo Leonardo Roberto da Silva, oncologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, os pacientes oncológicos estão sob risco de infecções graves, não apenas pela baixa de imunidade causada pelo tratamento, mas também pela desnutrição e debilidade causadas pela doença. “A prevenção de infecções é de extrema importância para esses pacientes, já que reduz o risco de complicações durante e após o tratamento. Mas o benefício da vacinação vai além da prevenção, pois existem duas vacinas disponíveis atualmente que também garantem proteção contra o desenvolvimento de câncer: a de hepatite B e a do HPV”, afirma.

De acordo com o oncologista, os pacientes com diagnóstico de câncer devem seguir as mesmas recomendações de vacinação aplicadas para a população geral. “No entanto, existem algumas particularidades referentes aos tipos de vacina e ao melhor momento em que elas devem ser aplicadas. Sempre que possível, devem ser administradas antes do início da quimioterapia”, explica.

Mas o médico alerta que há algumas contraindicações. “As vacinas vivas, que são produzidas com vírus e bactérias atenuados, ou seja, enfraquecidos, podem causar complicações infecciosas em pacientes que estejam com o sistema imunológico comprometido. Por isso, não são indicadas para pacientes que estão em tratamento com quimioterapia. Quando necessárias, devem ser administradas pelo menos quatro semanas antes do início do tratamento ou pelo menos três meses após o término. Já as vacinas inativadas, com bactérias ou vírus mortos, ou parte deles, não sendo capazes de causar doença, podem ser administradas durante a quimioterapia. No entanto, sabemos que nessa situação elas podem não ser tão eficazes. Se possível, devem ser administradas pelo menos duas semanas antes do início da quimioterapia, ou pelo menos três meses após o final do tratamento”, indica

A vacina contra influenza/H1N1 (gripe) é inativada e, segundo o oncologista, deve ser administrada aos pacientes em tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia. Além disso, recomenda-se também imunizar os familiares que vivem no mesmo domicílio. “O único grupo de pacientes que deve evitar a vacinação contra gripe é aquele que recebe tratamento com anticorpos anti-células B (por exemplo, rituximabe), pois esse tipo de tratamento compromete muito a função dessas células, as quais são responsáveis por produzir os anticorpos em resposta à vacina. Quando um paciente em quimioterapia vai se vacinar contra a gripe, não sabemos qual o melhor momento em que ela deve ser feita. No entanto, recomenda-se que a vacina seja aplicada cerca de uma semana após o início do ciclo de tratamento”, recomenda.


Vacina como prevenção do câncer

De acordo com o Dr. Leonardo, há duas vacinas que protegem contra infecções crônicas que estão associadas ao desenvolvimento de câncer. Uma delas é o imunizante contra a hepatite B. “A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por diversos tipos de vírus, sendo um deles o vírus B. A infecção pelo vírus B pode se tornar crônica, principalmente quando ocorre em idade muito jovem. Por isso, a vacina contra hepatite B está inserida no calendário vacinal já no primeiro ano de vida. A hepatite crônica pelo vírus B está associada ao aumento do risco de câncer de fígado, chamado de carcinoma hepatocelular. Assim, a vacinação contra a hepatite B tem o potencial de proteger contra o desenvolvimento desse tipo de câncer”, explica.

A outra vacina preventiva contra o câncer é contra o papilomavírus humano, o HPV. Trata-se de um grupo de mais de 100 tipos de vírus, que podem causar diferentes tipos de infecção, como verrugas genitais e também nas vias aéreas. No entanto, sabe-se que infecções crônicas por alguns tipos de HPV estão associadas ao desenvolvimento de câncer, como de garganta, de pênis, do ânus e, principalmente, o de colo uterino. “O câncer de colo uterino é o terceiro câncer mais comum em mulheres no Brasil, e a grande maioria dos casos está associada à infecção persistente por determinados tipos de HPV, chamados de HPV’s de alto risco. Cerca de 70% dos casos de câncer de colo uterino são causados pelos tipos 16 e 18, sendo os outros responsáveis por mais 20% dos casos”, afirma o oncologista.

Existem três tipos de vacina contra o HPV: a bivalente, que protege contra os HPV’s 16 e 18, aquadrivalente, que protege contra os HPV’s 6, 11, 16 e 18, e a nonavalente, que protege contra os HPV’s 6,11,16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. A vacina quadrivalenteestá incluída no calendário vacinal do Ministério da Saúde, devendo ser administrada às meninas (entre 9 e 14 anos) e aos meninos (entre 11 e 14 anos). O ideal é que seja administrada antes da primeira relação sexual, pois permite o desenvolvimento de proteção antes do primeiro contato com o vírus. As crianças devem receber duas doses, com intervalo de 6 meses entre elas. Quando a vacinação é iniciada mais tardiamente, após os 15 anos, recomenda-se a aplicação de três doses (intervalo de 30-60 dias entre a primeira e a segunda dose, e de 6 meses entre a primeira e a terceira dose). “A adesão à vacinação contra HPV no Brasil ainda não é ideal, e programas educativos são de extrema importância, visto que tal medida tem o potencial de evitar não apenas a infecção pelo HPV, mas principalmente o desenvolvimento de um tipo de câncer tão comum em nosso país e que está associado a um adoecimento muito grave”, finaliza o oncologista.





Leonardo Roberto da Silva - formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais. É oncologista do Caism/Unicamp com função docente junto aos residentes em Oncologia Clínica da Unicamp. É mestre em Oncologia Mamária pela Unicamp e doutorando na área de Oncologia Mamária pela FCM-Unicamp, com extensão na BaylorCollegeof Medicine – Houston/Texas – EUA.  É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Instituto Radium de Campinas, no Hospital Santa Tereza e do Hospital Madre Theodora.



SOnHe
Redes Sociais @gruposonhe.

Conheça os benefícios e os efeitos colaterais dos remédios contra a queda de cabelos



Pessoas que sofrem com a queda de cabelos sempre buscam métodos e fórmulas que acelerem o crescimento dos fios ou, ainda, que curem totalmente a calvície. Em uma busca rápida pela internet é possível encontrar truques caseiros e indicações sobre remédios como Finasterida, Minoxidil e Pantogar.

O médico especialista em restauração capilar Dr. Thiago Bianco recebe diariamente em seu consultório pacientes cheios de dúvidas em relação à queda capilar e ao uso dos remédios para tratar a calvície.

“A Finasterida atualmente é a medicação principal para tratamento de queda capilar. Ela bloqueia a enzima 5α-Redutase e inibe a produção de DhT. O grande problema desta medicação é que ela pode causar alguns efeitos colaterais como a perda de apetite sexual, diminuição do volume ejaculatório e, a pior e mais arriscada, a teratogenicidade (alterações no feto) caso utilizado por gestantes”, explica Bianco.

Outro medicamento aliado à prevenção da queda dos fios, é o Minoxidil, um remédio que dilata os vasos sanguíneos. A ação principal é a diminuição da queda e consequentemente o fortalecimento dos fios que estão em processo de afinamento, estes fios, com a melhora na circulação local aumentam de espessura. O remédio pode ser aplicado em forma de loção ou espuma.

Já o Pantogar, queridinho entre as mulheres, é um complexo vitamínico que auxilia no tratamento da queda de dentro para fora. “O Pantogar é um suplemento vitamínico que vai suprir as carências vitamínicas, proteicas e com uma ação mais direcionada à pele, cabelo e unhas. Geralmente, os pacientes sentem diferença no tônus da derme, nas unhas e na queda capilar. Além disso, sentem diferença na qualidade dos fios que cresceram”, complementa o médico.

Para o especialista, é importante saber que todos os remédios citados são formas preventivas, ou seja, não funcionam quando a calvície já se tornou definitiva. “Somente um especialista pode esclarecer as dúvidas, advertir sobre os efeitos colaterais e alinhar a expectativa do paciente com a realidade que o tratamento vai proporcionar. Se mesmo com este tipo de tratamento a calvície avançar, somente o transplante capilar poderá reverter definitivamente a calvície”, finaliza o médico.




Dr. Thiago Bianco, Cirurgião Capilar - Médico expert em transplantes capilares - CRM-SP: 125.407– Pioneiro na técnica FUE (Follicular Unit Excision), é um dos maiores especialistas em giga sessões com densidade extrema, tornando-se conhecido mundialmente por suas cirurgias. Dr. Thiago Bianco foi graduado em Medicina em 2006, e especializou-se em cirurgia geral e trauma, além de direcionar sua carreira para a área de implante capilar. Membro titular da ISHRS (International Society of Hair Restoration Surgery), atualmente realiza um trabalho pioneiro com as técnicas de FUT (Follicular Unit Transplant) e FUE (Follicular Unit Extraction) para o transplante capilar de barba e de sobrancelha.



FEMAMA teme epidemia de câncer em estágio avançado no período pós pandêmico


Caminhos ‘livres de corona’ são necessários para incentivar os pacientes a continuar o tratamento oncológico, defende especialista


Já faz mais de dois meses desde que o governo anunciou o início da quarentena no Brasil, a pandemia por si só já é um enorme desafio para o SUS. Além disso trouxe consigo consequências graves para outras áreas de atendimento à população, seja pela alta sobrecarga dos hospitais ou pela instabilidade no Ministério da Saúde impactando diretamente na gestão dos diferentes níveis do sistema estadual e municipal. Ainda que os Estados estejam adotando medidas de contenção, elas são dispersas e, em muitos casos, não estão dando conta da demanda por serviços de saúde e, até de uma simples informação. A comunicação está desencontrada e isso é observado no número de pacientes em redes sociais e ONGs buscando ajuda e direcionamento. 

“Em um momento tão delicado como o que estamos vivendo, mais do que nunca é preciso focar no que é essencial: a vida das pessoas. É inaceitável que pessoas com suspeita de câncer fiquem em casa. Precisamos com urgência de uma diretriz ministerial, estadual e municipal dirigidas a pacientes com suspeitas de câncer ou em busca de atendimento. As orientações precisam ser claras, com direcionamento,  para que possamos evitar o colapso nos próximos meses”, afirma a Dra. Maira Caleffi, Presidente voluntária da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) e Chefe do serviço de mastologia do Hospital Moinhos de Vento.

Os pacientes se sentem desamparadas pelo sistema de saúde e com a falta de informação, não conseguem ter uma ideia sobre o futuro de seu tratamento. "Desconfiei de um novo tumor e fui ao médico, ele solicitou uma endoscopia para o dia 23 de março, mas como no dia 22 a quarentena foi anunciada, todos os exames foram cancelados e agora preciso aguardar o fim do isolamento” diz Rosemary Souto Cruz.

A situação atual agravou, ainda mais, os atrasos no diagnóstico de câncer no Brasil. De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), já em 2019 as pessoas demoravam até 200 dias para ter uma confirmação ou negativa se tinham câncer. Para os casos positivos o resultado era catastrófico, resultando em maior volume de pacientes com a doença em estágio avançado.

“A ciência já provou que em câncer de mama, a arma mais poderosa para diminuir o risco de morte é o diagnóstico precoce. E agora, com a crise provocada pelo coronavírus, a escassez de atendimento gerará um número de casos de câncer em estágios ainda mais avançados no período pós pandemia. A população está resignada em casa com medo do vírus e não estão fazendo exames de rotina. Vamos ver um aumento significativo de casos de tumores palpáveis e tratamentos mais agressivos, com maior custo e número de mortes. Por isso é urgente que se abram caminhos ‘livres de corona’ para que as pessoas encontrem ajuda e informações”, diz a Dra. Maira Caleffi.




Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama



IGENOMIX LANÇA TESTE GENÉTICO QUE ANALISA DNA DE EMBRIÕES SEM NECESSIDADE DE BIÓPSIA PARA TRATAMENTOS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO


 A gota onde o embrião se desenvolve no laboratório será a a fonte de informação cromossômica para o novo teste genético




Nos tratamentos de reprodução assistida, as alterações cromossômicas são as responsáveis por uma grande parte das falhas de implantação e abortos após Fertilização in Vitro (FIV). Para prevenir essas falhas, a única opção vinha sendo o Teste Genético  Pré-Implantacional para Aneuploidias (PGT-A), que requer uma biópsia embrionária. No entanto, a recente publicação na revista científica AJOG (Journal of Obstetrics & Gynecology) mudou esse cenário.

Há anos a comunidade científica no campo da medicina reprodutiva pesquisava estratégias não invasivas de análise da saúde cromossômica do embrião até que a equipe liderada pela cientista Dra. Carmen Rubio, do laboratório de genética Igenomix, líder no setor a nível mundial, conseguiu desenvolver uma técnica para análise do DNA do embrião utilizando a gota do meio onde ele cresce in vitro antes de ser transferido ao útero materno.
A confirmação da efetividade dessa descoberta foi publicada na revista científica American Journal of Obstetrics & Gynecology. Na pesquisa, 1301 embriões foram analisados cromossomicamente através da biópsia embrionária e comparados com a análise do seu meio de cultura para avaliar a confiabilidade da nova técnica em relação ao método clássico.

Oito centros de reprodução assistida de 4 continentes, incluindo o Brasil, participaram dessa pesquisa. Como resultado da comparativa, foi encontrada uma concordância próxima a 80% nos resultados das análises genéticas.

A chegada do novo teste genético promete mudar a forma de trabalhar das clínicas de reprodução assistida, reduzindo a necessidade de biópsias embrionárias, um procedimento que exige uma grande habilidade do embriologista que precisa realizar um corte a laser no embrião para a retirada de células.

"Neste momento, em um contexto onde os tratamentos foram interrompidos devido à pandemia do novo coronavírus, o tempo é mais importante do que nunca. Testes não invasivos podem ajudar a aprender mais sobre saúde embrionária e obter tratamentos mais eficazes, reduzindo o tempo para conseguir a gravidez ", explica Dra. Carmen Rubio, autora principal da pesquisa. 


Quais são as consequências das alterações cromossômicas?


Alterações cromossômicas são a principal causa de abortos de primeiro trimestre. Nos tratamentos de FIV, são a principal responsável pelas falhas de implantação, que ocorre quando a gravidez não acontece após um embrião ser transferido ao útero materno. Esse tipo de alterações também são a origem das síndromes genéticas como a Síndrome de Down.

Na maioria dos casos, as alterações cromossômicas acontecem de forma espontânea e não hereditária, sendo a idade materna o principal fator que provoca tal falha. Estima-se que cerca de 40% dos embriões gerados por um casal jovem (idade ≤35 anos) possuirá alterações cromossômicas. Esta proporção aumenta na medida em que a idade materna avança. Uma mulher aos 40 anos terá quase 80% de seus embriões alterados cromossomicamente.


Desde o início do PGT-A até os dias atuais, a análise cromossômica do embrião tem sido realizada através de biópsia, sendo retiradas células da região do trofectoderma (região do embrião que dará origem à placenta). O PGT-A melhorou as taxas de implantação por ciclo de tratamento e reduziu as taxas de aborto.

"O uso desse novo teste genético que chamamos de EMBRACE aumentará as chances de uma gravidez acontecer e chegar a termo com o nascimento de um bebê saudável, que é a nossa principal missão na reprodução assistida", explica Dra. Marcia Riboldi, geneticista responsável pelo laboratório Igenomix Brasil. 


Sobre o estudo que validou a técnica

O estudo internacional multicentrico e prospectivo que validou a nova técnica é o maior realizado até hoje, incluindo um total de 1301 meios de cultura correspondentes aos embriões de famílias que realizaram o teste genético PGT-A durante seus tratamentos de FIV em 8 centros de reprodução assistida em diferentes países, incluindo o Brasil.

Os resultados da pesquisa mostraram 78% de concordância entre as duas técnicas de diagnóstico - invasivas (células do trofectoderma) e não invasivas (meio de cultivo embrionário).

Agregado a esses resultados, 81 embriões alterados doados para pesquisa foram analisados por completo, onde foi identificada uma concordância de 84% na análise de massa celular interna (células que originam o feto) em relação ao meio de cultivo.

Outra novidade desta pesquisa em relação às anteriores é que a análise dos embriões foi realizada com sequenciamento de nova geração (NGS), utilizando um novo protocolo laboratorial e um novo algoritmo de Inteligência Artificial totalmente desenvolvido pela Igenomix , especificamente para essa análise de DNA livre em meio de cultura.
Atualmente, Igenomix é o laboratório líder em genética e o único no mundo que possui além de uma equipe de pesquisadores e cientistas renomados na área, conhecimento e desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para alcançar esses resultados que irão evoluir ainda mais graças ao uso de ferramentas de Inteligência artificial em uso na empresa.

“O EMBRACE vai auxiliar todas aquelas pacientes que hoje recorrem a um tratamento de FIV e não possuem uma indicação clara da realização da biópsia e consequentemente do PGT-A.
Essa técnica ajuda na escolha do embrião com maior probabilidade de ser cromossomicamente saudável, proporcionando uma maior chance de uma gravidez, diz Dra Marcia.

                                       O vídeo  resume a publicação científica na revista AJOG




IGENOMIX é uma empresa de biotecnologia dedicada à saúde e genética reprodutiva. Sua experiência no campo da fertilidade e sua habilidade em pesquisa avançada, fez do grupo um dos pontos de referência mundial na área de genética. Está presente com 23 laboratórios no mundo

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