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quarta-feira, 5 de junho de 2019

Perdas de água potável seriam suficientes para abastecer 30% da população brasileira por um ano


 Novo estudo do Instituto Trata Brasil mostra que vazamentos, furtos, erros de leitura do hidrômetro, entre outros fatores, causaram um prejuízo acima de R$ 11 bilhões em 2017


Tido como uma das infraestruturas mais atrasadas do Brasil, o saneamento básico enfrenta dificuldades diversas e que vão além da expansão das redes de água e esgotos. Há problemas graves de eficiência no setor, que comprometem a qualidade dos serviços para o cidadão e a própria sustentabilidade financeira dos operadores. 

O indicador de perdas de água potável nos sistemas de distribuição é um dos mais negligenciados no país, mesmo após a crise hídrica que afetou a Região Sudeste, entre 2014 e 2016, e a que ainda afeta o Nordeste. Isso mostra o quanto é importante o cidadão poupar a água potável nas residências, mas, principalmente, o quanto o poder público e empresas operadoras de água precisam melhorar em todo o país. 

Baseado nisso, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, lança o estudo “PERDAS DE ÁGUA 2019 (SNIS 2017) - DESAFIOS PARA DISPONIBILIDADE HÍDRICA E AVANÇO DA EFICIÊNCIA DO SANEAMENTO BÁSICO”. 

Com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base 2017, o estudo mostra que a média de perda de água potável no país foi de 38,3%, ou seja, para cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída, 38 litros ficam pelo caminho devido aos vazamentos, erros de leitura dos hidrômetros, furtos (famoso “gatos”), entre outros problemas. Isso significou uma perda de 6,5 bilhões de m³ - equivalente a mais de 7 mil piscinas olímpicas por dia. Se considerarmos apenas as perdas físicas (estimadas em 3,5 bilhões de m3), ou seja, vazamentos: a água que realmente não chegou na casa das pessoas, o volume desperdiçado seria suficiente para abastecer 30% da população brasileira por um ano (60 milhões de pessoas). Em termos financeiros, a perda de faturamento custou para o país R$ 11,3 bilhões, valor superior ao total de recursos investidos em água e esgotos no Brasil em 2017 (R$ 11 bilhões).

Conceito de Perdas físicas e perdas aparentes

É importante compreender que as perdas de água potável ocorrem de maneiras diversas, sendo as mais comuns os vazamentos, roubos/furtos de água e erros de leitura ou leituras imprecisas devido aos hidrômetros serem muito antigos. As perdas são distribuídas entre físicas e aparentes, conforme a tabela abaixo mostra:
 
Perdas Reais (Físicas)
Subsistemas
Origens
Magnitudes
Adução de Água Bruta
Vazamento nas tubulações
Variável, em função do estado das tubulações e da eficiência operacional
Limpeza do poço de sucção*
Tratamento
Vazamentos estruturais
Significativa, em função do estado das tubulações e da eficiência operacional
Lavagem de filtros*
Descarga de lodo*
Reserva
Vazamentos estruturais
Variável, em função do estado das tubulações e da eficiência operacional
Extravasamentos
Limpeza*
Adução de Água Tratada
Vazamentos nas tubulações
Variável, em função do estado das tubulações e da eficiência operacional
Limpeza do poço de sucção*
Descargas
Distribuição
Vazamentos na rede
Significativa, em função do estado das tubulações e principalmente das pressões
Vazamentos em ramais
Descargas
*Considera-se perdido apenas o volume excedente ao necessário para a operação.
 
Perdas Aparentes
(Comerciais)
Origens
Magnitude
Ligações clandestinas/ irregulares
Podem ser significativas, dependendo de:
  1. procedimentos cadastrais e de faturamento;
  2. manutenção preventiva;
  3. adequação de hidrômetros; e
iv.       monitoramento do sistema.
Ligações sem hidrômetros
Hidrômetros parados
Hidrômetros que subestimam o volume consumido
Ligações inativas reabertas
Erros de leitura
Número de economias errado
Fonte: GO Associados/Trata Brasil

Comparação com outros países

Comparativamente a outros países, o Brasil possui índices de perdas muito mais elevados que países menos desenvolvidos, tais como Bangladesh, Uganda e África do Sul, com perdas de 21,6%, 33,5% e 33,7%, respectivamente (Tabela 1).

Tabela 1 - Comparação Internacional – PERDAS DE FATURAMENTO



Fonte: IBNET/SNIS. Elaboração: GO Associados/Instituto Trata Brasil
Por sua vez, os indicadores brasileiros de perdas têm sofrido um aumento significativo, o indicador de perdas na distribuição apresentou aumento de 1,3 p.p nos últimos cinco anos (Tabela 2), e o indicador de perdas de faturamento de 2017 praticamente se igualou a 2013, quando era de 36,9% (Tabela 3).
Na Tabela 3 é também possível ter uma dimensão do índice de Perdas de Faturamento Total (IPFT), indicador adaptado para o estudo que mensura também o uso de água de serviços (água para bombeiro, lavagem das estações de tratamento de esgoto, caminhões pipa, etc.), diferentemente do que é calculado pelo indicador de perdas de faturamento presente no SNIS. Há tanto casos em que o volume de serviços reportado é zero, quanto casos em que o volume de serviços é um percentual representativo do total produzido de água. Por exemplo, há empresas que incluem o volume de perdas sociais (água utilizada em regiões mais carentes e não faturada) no volume de serviço reportado ao SNIS. Tal prática pode elevar desproporcionalmente o volume de serviço de alguns prestadores.


Tabela 2 - Histórico das perdas na distribuição (IPD) no Brasil


Fonte: SNIS Elaboração: GO Associados/Instituto Trata Brasil



Tabela 3 - Histórico das perdas de faturamento (IPF) e perdas de faturamento total (IPFT)

Fonte: SNIS. Elaboração: GO Associados/Instituto Trata Brasil


Avaliação:

Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, avalia que este é um cenário preocupante:

“As perdas de água são um sinônimo da eficiência do sistema de produção e distribuição das empresas operadoras. O aumento das perdas mostra que há um problema de gestão e que os investimentos na redução não vêm sendo suficientes para combater o problema. Mais preocupante é pensar que num momento de crise hídrica não será suficiente pedir para que a população economize água se as empresas continuarem perdendo bilhões de litros por deficiências diversas.”

Para Gesner Oliveira, sócio da GO Associados:

“A redução de perdas é o maior manancial que o Brasil possui. Tal desafio requer uma ação conjunta de todos os agentes envolvidos no setor. Somente com foco em planejamento de longo prazo e aprimoramento das sinergias entre operadores e poderes públicos será possível viabilizar os recursos para os investimentos tão necessários para aumentar a disponibilidade hídrica.”


Histórico do balanço hídrico (2015 a 2017)

O estudo fez uma análise dos principais indicadores ligados às perdas de água entre 2015 e 2017 (Tabela 4). Podemos ver que houve um aumento na produção de água, ou seja, para atender a população as cidades brasileiras estão retirando mais água da natureza. O problema é que as perdas também aumentaram.

Édison Carlos chama a atenção para o fato. “O aumento da produção de água pode nos levar a crer que está havendo um consumo maior pela população e demais usos da água potável, mas na verdade podemos estar tirando mais água apenas para compensar o aumento das perdas. Isso seria péssimo para a sustentabilidade do próprio sistema e para os usuários. Incrível ver que, em 2017, perdemos uma quantidade de água que poderia abastecer metade da nossa população por um ano”.


Tabela 4: Evolução de indicadores de perdas de água (2015 – 2017)



Diferentes realidades por região e Unidades da Federação

O índice de perdas de água no sistema de distribuição (IPD) no Brasil é consideravelmente alto, mas as médias escondem as disparidades regionais. No Norte do país, por exemplo, região com os piores índices de abastecimento de água, coleta e tratamento dos esgotos, o IPD também alcança uma porcentagem muito alta: 55,14% (Tabela 6). Isso significa que mais da metade da água produzida não chega à população.



Tabela 6: Perdas na Distribuição (IPD) nas regiões
Fonte: SNIS. Elaboração: GO Associados/Instituto Trata Brasil 


Já olhando as Unidades da Federação (UF), Goiás é o único estado que está abaixo dos 30% de perdas na distribuição. Roraima é o estado que mais perde, com 75% de perdas de água potável (Tabela 8).
Com relação às Perdas de Faturamento Total e Perdas de Faturamento, os indicadores estão na tabela 9 - abaixo.


Tabela 8: Perdas na Distribuição nos Estados (IPD)

Fonte: SNIS. Elaboração: GO Associados/Instituto Trata Brasil



Tabela 9: Perdas de Faturamento nos Estados (IPF e IPFT)
 



Nota: (1) Rótulos que aparecem no gráfico correspondem ao IPFT. (2) O IPFT considera os volumes de serviços como água não faturada.

Fonte: SNIS. Elaboração: GO Associados/Instituto Trata Brasil


Situação de perdas nas 100 maiores cidades por população  

Para estratificar as perdas de água potável nos maiores municípios brasileiros, o estudo abordou as 100 maiores cidades que, juntas, representam 40% da população do país. O nível de perdas dessas cidades é superior à média nacional – tabela 10.


Tabela 10: perdas nas 100 maiores cidades x brasil  


Fonte: SNIS. Elaboração: GO Associados/Instituto Trata Brasil

 
  • Índice de Perdas na Distribuição por Município: Os municípios que perderam mais e menos água foram Porto Velho - RO (77,11%) e Santos - SP (14,32%). Em Porto Velho o índice de perdas na distribuição aumentou de um ano para o outro e apenas Santos possui níveis de perdas na distribuição menores que 15% (valores considerados como ótimos). Os dados mostram que 81% das grandes cidades têm perdas na distribuição superiores a 30%, existindo assim grande potencial de redução de perdas (Tabela 11).

TABELA 11 – Melhores e piores municípios (Perdas na Distribuição)

Observação: As demais cidades estão presentes no relatório completo disponível no site do Instituto Trata Brasil – www.tratabrasil.org.br 

 
  • Índice de Perda Total de Faturamento - Campina Grande (-2,72%) foi o município com menor índice de perdas de faturamento e o maior Foi Porto Velho – RO (73,55%). Dos cem municípios considerados, apenas 9 possuem níveis de perdas totais de faturamento iguais ou menores que 15% (valor usado como parâmetro ideal para o esse indicador). Os dados mostram que quase 70% dessas cidades tiveram perdas de faturamento superior a 30%, portanto, as empresas podem ganhar muito reduzindo os problemas (Tabela 12).


TABELA 12: Melhores e piores municípios (Perdas de Faturamento Total)



Notas:
(1): As demais cidades estão presentes no relatório completo disponível no site do Instituto Trata Brasil –
www.tratabrasil.org.br
(2) É possível que o indicador apresente valor negativo, isto é, que o volume faturado seja superior ao volume produzido e importado. No entanto, não é comum que isso ocorra em operações de saneamento. Apesar disso, foi adotado o número reportado ao SNIS como parâmetro.


Destaques positivos 

Os municípios paulistas de Santos, Limeira e Campinas surgem como os casos positivos do estudo (Tabela 14)


TABELA 14 - Municípios com Baixos indicadores de perdas de distribuição e faturamento Total


Município
IPD

IPFT
Santos
14,32

15,89
Limeira
18,62

12,92
Campinas
20,91

12,97
Fonte: SNIS/GO Associados/Instituto Trata Brasil


Cenários e possibilidades de ganhos futuros com a redução das perdas 

O estudo criou cenários futuros para mensurar os ganhos do país se houvesse a redução das perdas de água potável definindo-se três cenários para 2033:
 
  • Redução a 15%        (cenário otimista);
  • Redução a 20%        (cenário base);
  • Redução a 25%        (cenário conservador).

Considerou-se a meta de 20% como a mais realista para o cenário brasileiro. Logicamente, não se busca os níveis de Tóquio ou Cingapura, cujos níveis de perdas estão abaixo dede 10%, mas também não se partiu de metas pouco desafiadoras, como os 31% do Plansab para 2033.

Considerou-se os investimentos necessários nas ações a serem realizadas (caça-vazamentos, troca de tubulações, conexões e ramais, caça-fraude, troca de hidrômetros tomando como parâmetro o Cenário Base (redução a 20%). Foi possível constatar que existe um potencial de ganhos líquidos (já descontados os investimentos necessários) de quase R$ 31 bilhões até 2033 (Tabela 15).

TABELA 15

Cenários
Perdas 2017
Perdas 2033
Redução
Ganho Bruto Total
Ganho Líquido Total
Cenário 1: Otimista
39%
15%
62%
77.279.159
38.639.580
Cenário 2: Base
39%
20%
49%
61.316.893
30.658.447
Cenário 3: Conservador
39%
25%
36%
45.354.627
22.677.314
Fonte: Elaboração: GO Associados/Instituto Trata Brasil


Édison Carlos: “O estudo analisou os principais indicadores de perdas no Brasil e conseguiu mostrar a relação novamente com os impactos econômicos e de eficiência. Num cenário de imprevisibilidade do clima e consumo de água, não cabe mais manter o assunto perdas de água apenas na esfera técnica. A sociedade, a imprensa, formadores de opinião e outros precisam se apropriar do assunto, pois, no fim, o que resulta é a diminuição da água para todos os usos, especialmente faltando aos cidadãos”.

Gesner Oliveira: “Muitas capitais brasileiras já têm dificuldade de controlar suas perdas, até mesmo por serem populosas e terem relevos acidentados que justificam parte destes problemas. Estamos num momento em que é necessário avançar na redução das perdas de água, pois é o único recurso que não pode faltar para a humanidade. Ao tirar mais água da natureza para tratar e fornecer aos cidadãos, precisamos fazê-lo de maneira segura e responsável, com comprometimento para que não haja deficiência financeira e social no futuro”.



 

Deve-se ter em consideração que em outros países a diferenciação entre o volume consumido e o volume faturado não é comumente utilizada. Portanto, as comparações apresentadas têm como propósito evidenciar a tendência geral, tendo-se em vista que podem existir possíveis distorções geradas pela diferença nas definições mencionadas.
 É possível que o indicador apresente valor negativo, isto é, que o volume faturado seja superior ao volume produzido e importado. No entanto, não é comum que isso ocorra em operações de saneamento. Apesar disso, foi adotado o número reportado ao SNIS como parâmetro.



terça-feira, 4 de junho de 2019

Festa junina também é época de tomar cuidados


 Algumas orientações médicas, podem fazer toda a diferença em um acidente inesperado


            Junho chegou, e com ele as tradicionais festas juninas. Comidas típicas, dança, fogueira, e muita descontração e diversão, marcam o mês. Mas cuidado, onde há fumaça e fogos de artifício, há também irritação nos olhos, alergia respiratória e risco de queimaduras.Para não estragar a folia durante os festejos juninos, é essencial tomar alguns cuidados, principalmente com crianças e idosos. Os médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), dão dicas de como agir em alguma situações.


Onde há fumaça também há irritação nos olhos

O contato com a fogueira pode ocasionar coceira e lacrimejamento dos olhos, além de ardência e desconforto – como se o organismo estivesse lutando contra e reagindo de maneira adversa. “Quando isso acontecer, os olhos devem ser lavados com água corrente ou com soro fisiológico gelado, a fim de aliviar a coceira e irritação”, orienta a oftalmologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dra Renata Bekin. Segundo a médica, ter os olhos queimados ou cortados, e até mesmo a perda da visão, é um dos prováveis quadros para quem se acidenta com fogos de artifício ou mesmo com a brasa de uma fogueira.


Onde há fumaça há também risco de alergia respiratória

            A exposição a fumaça excessiva requer cuidados para prevenir problemas respiratórios, principalmente em crianças e idosos que possuem o sistema imunológico mais frágil.

        Segundo o pneumologista do HNSG, Dr. Jonas Reichert, o desconforto respiratório pode vir acompanhado de tosse, secreções, espirros, broncoespasmos, chiado no peito, entre outros sintomas. “ A liberação de partículas sólidas muito finas, produzidas pela queima da madeira, pode ocasionar diversos eventos alérgicos”, afirma.

        A otorrinolaringologista do HNSG, Dra. Jemima Hirata, destaca que a fumaça tem substâncias que irritam tanto a via respiratória superior quanto inferior. “O ideal é que pacientes que sabidamente já possuem problema como rinite, asma, laringite e conjuntivite, não tenham contato com fumaça, mas se não for possível, fiquem ficar distantes da fogueira, em ambiente bem ventilado, para que o contato seja o mínimo possível”, diz a otorrinolaringologista.


Onde há fumaça há também risco de queimaduras

        Manusear fogos de artifícios é muito comum no São João, mas também perigoso. Em um acidente como este, além da queimadura, pode ocorrer a laceração e a perda de tecidos associados à lesão. “É bastante comum nesse tipo de trauma, a amputação dos dedos e até da mão”, diz a dermatologista do HNSG, Dra. Isabela Fronza. Se isso ocorrer, a médica recomenda proteger a área queimada com um pano limpo, elevar o braço para diminuir a hemorragia e procurar imediatamente um serviço de urgência.

        No caso de queimaduras com não explosivos, a pessoa deve esfriar a área queimada com água gelada ou temperatura ambiente, evitando que o calor aprofunde a queimadura. Outro ponto importante é com relação a roupa. “Nunca deve-se tentar retirar a roupa da área queimada. Os tecidos sintéticos, como o náilon, grudam na pele e no tentar retirar pode piorar o quadro”, destaca a médica. Após esfriar a queimadura com água o indicado é também proteger a lesão com um pano limpo e dirigir-se a um hospital.


Iamspe alerta para cuidados com fogos de artifício na Copa do Mundo e Festas Juninas

Observar algumas dicas é fundamental para evitar acidentes, diz especialista



O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) decidiu fazer um alerta sobre cuidados para evitar queimaduras com fogos de artifício, especialmente nesta época do ano, quando é comum o uso desses artefatos em razão das Festas Juninas e, em 2014, também por conta da Copa do Mundo.

Segundo Carlos Alberto Mattar, coordenador cirúrgico do Grupo de Queimados do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), as queimaduras por fogos de artifícios são extremamente graves e quase sempre são acompanhadas de amputações.

Os rojões contêm pólvoras e, ao explodirem inadvertidamente, afetam principalmente as mãos e o rosto e acarretam em grandes cirurgias.

“Os pacientes já chegam muito traumáticos, por causa da explosão. É a mesma coisa que uma guerra, é o mesmo tipo de trauma que você vê. Em menor nível, mas basicamente isso”, explica Mattar.

Em época de festas juninas, finais de campeonato de futebol e Ano Novo é comum o uso dos fogos. Para utilizá-los sem riscos, é aconselhável que os amarrem em cabos de vassouras para manter a distância das mãos e do rosto; afastar as crianças e em hipótese alguma deixá-las manusear; e isolar a área se for um grande evento.

“Há pessoas que seguram o rojão com a boca para riscar o palito de fósforo. Muitas vezes não se sabe a origem daquele rojão, como ele foi fabricado e acaba explodindo. Todo cuidado é pouco. Acidente não escolhe, ele acontece para a pessoa menos precavida”, reitera o médico.

Caso ocorra qualquer tipo de queimadura, é necessário cobrir a área com um pano limpo e umedecido com água fria. O corpo humano possui bactérias e, quando há um trauma na pele, elas acabam agredindo o próprio corpo.

Para diminuir o risco de infecção, é preciso isolar o membro com pano molhado e ir para o hospital.

“É essencial procurar um hospital, nem que seja para fazer um curativo e voltar para casa. É muito importante que seja feita uma avaliação nas primeiras horas da queimadura. É ela que determina como será a evolução e quais as sequelas. É preciso averiguar também a validade da vacina antitetânica da pessoa, caso esteja vencida, tem que ser aplicada. As queimaduras são uma porta de entrada muito fácil para o tétano e as pessoas se esquecem que a imunização tem de ser feita a cada dez anos. É muito importante, por menor que seja a lesão”, afirma o coordenador.

Ele observa que é extremamente desaconselhável o uso, por conta própria, de qualquer produto em cima da queimadura. Os mitos de usar pasta de dente, pó de café, entre outros, é muito prejudicial, principalmente na hora da limpeza da queimadura no hospital, podendo causar infecção.

Com a chegada das festas juninas, saiba quais quitutes devem ser consumidos com moderação



Sejam doces ou salgadas, as comidas de festa junina fazem a felicidade de muita gente. Presentes em quase todos os quitutes, milho e o amendoim são ótimas fontes de vitamina C, potássio, magnésio, ferro e fibras – que auxiliam no bom funcionamento intestinal. No entanto, especialistas alertam sobre o consumo exagerado desses petiscos típicos.  “O exagero desse tipo de alimento, é o maior vilão das festas juninas. Mas consumidos com moderação, não encontramos malefícios”, explica a nutricionista Mirian Martinez, da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O amendoim por exemplo é um alimento bastante calórico, “são cerca de 600 calorias em uma porção de 100 gramas, e ainda é rico em gordura” conta a especialista. Já o milho,  tem mais vantagens em relação ao amendoim, pois é fonte também de vitamina A, folato e tiamina – importantes para o desenvolvimento celular e bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração – e seu único problema está relacionado aos ingredientes que se juntam a ele, na hora de produzir receitas,  como o coco, açúcar ou leite condensado.

Segundo a nutricionista, o segredo de aproveitar os festejos do mês de junho está no equilíbrio. “Você pode experimentar de tudo, mas não pode extrapolar na quantidade”. Ela ainda lembra que durante as festas juninas ninguém precisa comer tudo em um só dia. “O resultado do exagero será ganho de peso, aumento de glicemia, possível aumento de pressão e todas comorbidades relacionadas à alimentação não saudável”, conta.

Mas se o desejo for maior que o controle, é importante voltar para alimentação balanceada no dia seguinte. A especialista conta que muitas pessoas quando fogem da dieta acreditam que todo o trabalho foi perdido, e na verdade não é assim. “Se realmente for uma exceção, o resultado não será negativo. No dia seguinte é importante fazer refeições leves, com saladas, carnes magras, bastante líquido e praticar atividades físicas e dançar bastante no dia da festa para queimar calorias”.


Confira abaixo alguns nutrientes importantes, que são encontrados em quitutes juninos:

·         A abóbora também está presente em muitas preparações, sendo fonte de vitamina A e antioxidantes.

·         A mandioca oferece fibras, amido, vitaminas do complexo B, principalmente a vitamina B3 (niacina) e potássio.

·         O pinhão é rico em proteína, cálcio e magnésio.

·         Vinho pode proteger o coração contra doenças cardiovasculares, através dos flavonoides e revestratrol, tornando-se um alimento antioxidante, que também combate os radicais livres e aumenta as taxas de HDL no sangue.

Aproveite o período junino e organize uma festa de São João em casa


Adria ensina o passo a passo de três incríveis receitas ideais para essa época cheia de festejos e curta da melhor forma


A tradição, as fogueiras e as comidas típicas são algumas das características que fazem das festas de São João um momento único para o brasileiro. E tem coisa mais gostosa do que aproveitar os festejos e saborear os quitutes típicos durante esse mês?

Para não deixar você na vontade que tal organizar um arraial em casa? A Adria, uma das principais marcas de massas, torradas e biscoitos do País, sugere três receitinhas que vão trazer um sabor especial à ocasião: Caldinho de Feijão, Torta Cremosa de Milho e Quindão.

Essas receitas são excelentes sugestões e a sua família vai adorar, pois além de duas opções de doces típicos, você também deixará à disposição do pessoal um caldinho de feijão para esquentar todo mundo durante o friozinho da época.

Agora é só marcar o melhor dia e pedir para cada um trazer um prato que complementará o arraial. Decore o espaço com bandeirinhas, coloque o seu chapéu, a roupa tradicional e monte uma playlist. Crie incríveis lembranças junto das pessoas que ama!

Veja abaixo como preparar e boa festa!



Caldinho de Feijão



Ingredientes:

½ kg de feijão
1 xícara (chá) de bacon em cubinhos
1 xícara (chá) de linguiça calabresa em cubinhos
1 embalagem de Macarrão Alfabeto Adria (500 g)


Farofa de Biscoito:

1 embalagem de Biscoito Cream Cracker (200 g)
3 colheres (sopa) de azeite
2 dentes de alho picados
Sal, pimenta dedo de moça e salsinha a gosto



Modo de Preparo:

- Comece preparando o caldinho de feijão. Bata no liquidificador o feijão já cozido e temperado, passe pela peneira e se necessário acrescente água até obter 2 litros e meio de caldinho de feijão. Reserve.
- Em uma panela grande, acrescente o bacon a linguiça calabresa e deixe fritar. Junte o caldinho de feijão, a massa e deixe cozinhar por cerca de 6 minutos ou até que a massa fique “al dente”, macia porém resistente à mordida.
- Enquanto isso prepare a farofa de biscoito. Bata o biscoito no liquidificador até obter uma farofa.
- Em uma frigideira média, aqueça o azeite e refogue os dentes de alho. Acrescente a farofa de biscoito, a pimenta dedo de moça e a salsinha e deixe fritar por 2 minutos.
- Retire o caldinho de feijão do fogo e sirva imediatamente polvilhado com a farofa de biscoito.


Rendimento: 8 porções
Tempo de Preparo: 20 minutos




Torta Cremosa de Milho


Ingredientes:

Massa:

1 embalagem de Biscoito Maizena Adria
1 ½ xícara (chá) de margarina em temperatura ambiente (200 g)


Recheio de Milho:

4 latas de milho verde em conserva
½ litro de leite
2 latas de leite condensado
200 g de coco ralado
Canela em pó a gosto


Modo de Preparo:

- Prepare a massa levando ao processador o biscoito e bata até obter uma farofa. Despeje em uma tigela funda, junte a margarina e amasse bem com os dedos para ligar tudo.
- Forre o fundo e a lateral de uma forma desmontável (25 cm de diâmetro). Leve ao forno médio (180 ºC) preaquecido por cerca de 10 minutos ou até que as beiradas comecem a pegar cor. Reserve
- Prepare o recheio de milho. Bata no liquidificador o milho verde junto com a água de duas das latas. Leve ao fogo junto com o leite e deixe apurar. Acrescente o leite condensado e mexe sempre até ficar consistente. Junte o coco ralado e deixe no fogo por mais 2 minutos e reserve.
- Despeje o recheio sobre a massa, espalhando bem com a ajuda de uma colher, polvilhe a canela em pó. Leve à geladeira por 3 horas. Retire da geladeira, desinforme e sirva a seguir.


Rendimento: 15 porções
Tempo de Preparo: 30 minutos




Quindão


Ingredientes

Para a Massa:

1 embalagem de Biscoito Tortinhas de Limão Adria
29 gemas peneiradas
1 ovo inteiro
1 xícara (chá) de coco fresco ralado
Raspas de 1 limão


Para a Calda:

500g de açúcar
½ colher (sopa) de manteiga ou margarina



Modo de Preparo:

Prepare a Farofa de Biscoito:

- Leve ao processador o biscoito Tortinhas de Limão Adria e bata até obter uma farofa e reserve.


Prepare a Calda:

- Em uma panela média, coloque o açúcar, a água e deixe ferver por aproximadamente 5 minutos ou até apurar em ponto de fio fino.
- Retire do fogo, deixe amornar, acrescente a margarina ou manteiga e deixe derreter.


Prepare a Massa:

- Junte a calda, as gemas, o ovo, o coco fresco, a farofa de biscoito, as raspas de limão e mexa delicadamente.
Montagem:
- Unte bem uma forma com cone central usando manteiga ou margarina e polvilhe açúcar. Despeje a massa, cubra com papel-alumínio e leve ao forno médio preaquecido (180 ºC) por 40 minutos em banho-maria.
- Retire o papel-alumínio e deixe mais 10 minutos para dourar.
- Retire do forno, deixe amornar, desinforme e sirva a seguir.




                                                       Adria

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