40% DAS BRASILEIRAS COM 16 ANOS OU MAIS TÊM PROBLEMAS DE ACESSO A
GINECOLOGISTAS-OBSTETRAS
Questões da maior importância para a saúde e a sexualidade da
mulher brasileira são trazidas à tona pela pesquisa inédita “Expectativa
da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: AS RELAÇÕES DOS
GINECOLOGISTAS E OBSTETRAS COM SUAS PACIENTES” realizada pela
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO),
em trabalho conjunto com o Datafolha. Evidencia-se, por exemplo, que dezenas de
milhões de brasileiras não priorizam e, consequentemente, não tratam de sua
saúde sexual e reprodutiva.
Só para ficar bem transparente o
tamanho do problema, é alarmante o número de mulheres que não costumam ir ao
ginecologista-obstetra (GO) (6,5 milhões), que nunca foram ao GO (4 milhões) e
também daquelas que não fazem uma consulta com esse especialista há mais de um
ano (16,2 milhões), incluindo o grupo de mulheres que não costumam ir. isso
significa que cerca de 20% com 16 anos ou mais correm o risco de ter algum
problema sem ao menos imaginar.
AMOSTRA
O estudo, FEBRASGO/Datafolha, tem como base 1.089 entrevistas de todo País, distribuídas em 129 municípios de forma a representar as diversas regiões geográficas. Representa 80.980 milhões de mulheres.
Foram ouvidas mulheres de 16 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas. O campo ocorreu entre 05 e 12 de novembro de 2018, sendo que a margem de erro máxima para esta amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.
Quando se fala em nível de confiança de 95% significa que, se fossem realizados 100 levantamentos simultâneos com a mesma metodologia, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.
AMOSTRA
O estudo, FEBRASGO/Datafolha, tem como base 1.089 entrevistas de todo País, distribuídas em 129 municípios de forma a representar as diversas regiões geográficas. Representa 80.980 milhões de mulheres.
Foram ouvidas mulheres de 16 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas. O campo ocorreu entre 05 e 12 de novembro de 2018, sendo que a margem de erro máxima para esta amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.
Quando se fala em nível de confiança de 95% significa que, se fossem realizados 100 levantamentos simultâneos com a mesma metodologia, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.
PERFIL
Construída para representar as mulheres brasileiras de 16 anos ou mais, a amostra revela que a média de idade é de 42 anos e a maior parte cursou ensino Fundamental ou Médio. Cerca de metade das entrevistadas são casadas ou possuem companheiro(a) e aproximadamente sete em cada dez têm filhos à média de 2,7 filhos.
A incidência maior de filhos se dá entre aquelas na faixa do Ensino Fundamental, classes D/E e do interior. Entre as que não tem filhos (26%), há incidência maior em Ensino superior, classes A/B, Região Metropolitana e População Economicamente Ativa.
É mais significativa a presença de filhos entre as mulheres residentes no interior, entre as com idade igual ou superior a 25 anos, entre as menos privilegiadas quanto à escolaridade e classificação econômica.
Entre as mulheres que já foram ao ginecologista, a maioria, ou seja, aproximadamente seis de cada dez são atendidas por meio de serviços públicos gratuitos de saúde/ SUS, enquanto 20% recorrem a atendimento particular e outras 20% têm plano ou seguro saúde.
Construída para representar as mulheres brasileiras de 16 anos ou mais, a amostra revela que a média de idade é de 42 anos e a maior parte cursou ensino Fundamental ou Médio. Cerca de metade das entrevistadas são casadas ou possuem companheiro(a) e aproximadamente sete em cada dez têm filhos à média de 2,7 filhos.
A incidência maior de filhos se dá entre aquelas na faixa do Ensino Fundamental, classes D/E e do interior. Entre as que não tem filhos (26%), há incidência maior em Ensino superior, classes A/B, Região Metropolitana e População Economicamente Ativa.
É mais significativa a presença de filhos entre as mulheres residentes no interior, entre as com idade igual ou superior a 25 anos, entre as menos privilegiadas quanto à escolaridade e classificação econômica.
Entre as mulheres que já foram ao ginecologista, a maioria, ou seja, aproximadamente seis de cada dez são atendidas por meio de serviços públicos gratuitos de saúde/ SUS, enquanto 20% recorrem a atendimento particular e outras 20% têm plano ou seguro saúde.
HÁBITOS
Quando questionadas sobre qual especialidade médica é a mais importante para saúde da mulher, cerca de oito a cada dez citam Ginecologia-Obstetrícia, de forma mais marcante por mulheres que usam atendimento particular ou convênio.
A especialidade é considerada a mais importante para a saúde da mulher em particular à medida em que aumentam o grau de escolaridade e a classificação econômica.
Dois porcento não têm frequência definida de consultas com o ginecologista, 5% nunca foram e 8% não costumam ir.
O hábito de ir ao ginecologista é mais comum entre as moradoras de Regiões Metropolitanas, da região Sudeste e cresce conforme aumentam a escolaridade e a posição na pirâmide econômica.
Por outro lado, as mulheres que nunca recorreram a esse especialista encontram-se mais entre as residentes em cidades do interior, entre as mais jovens e entre as integrantes das classes D/E.
Os atendimentos, particular e o via plano de saúde, são mais comuns conforme aumenta o grau de escolaridade e a classificação econômica, ao passo que o atendimento público está mais presente à medida que diminuem a escolaridade e classificação econômica.
Quando questionadas sobre qual especialidade médica é a mais importante para saúde da mulher, cerca de oito a cada dez citam Ginecologia-Obstetrícia, de forma mais marcante por mulheres que usam atendimento particular ou convênio.
A especialidade é considerada a mais importante para a saúde da mulher em particular à medida em que aumentam o grau de escolaridade e a classificação econômica.
Dois porcento não têm frequência definida de consultas com o ginecologista, 5% nunca foram e 8% não costumam ir.
O hábito de ir ao ginecologista é mais comum entre as moradoras de Regiões Metropolitanas, da região Sudeste e cresce conforme aumentam a escolaridade e a posição na pirâmide econômica.
Por outro lado, as mulheres que nunca recorreram a esse especialista encontram-se mais entre as residentes em cidades do interior, entre as mais jovens e entre as integrantes das classes D/E.
Os atendimentos, particular e o via plano de saúde, são mais comuns conforme aumenta o grau de escolaridade e a classificação econômica, ao passo que o atendimento público está mais presente à medida que diminuem a escolaridade e classificação econômica.
ACESSO
A média de idade da primeira consulta, entre as mulheres que já foram ao ginecologista, é de 20 anos e a necessidade de esclarecer um problema ginecológico, a gravidez ou suspeita dela e prevenção são algumas das razões de procura do especialista.
Já quando se toma o todo da amostra, somente 54% apontam prevenção como motivadora da primeira consulta.
A média etária da primeira consulta é maior entre as mulheres com baixa escolaridade (24 anos no Fundamental versus 18 anos no Médio e Superior), entre as mulheres mais velhas (ou seja, a média de idade vem caindo: de 26 anos entre as pessoas com 60 anos ou mais para 16 anos entre as com 16 a 24 anos) e entre as situadas na base da pirâmide econômica (classes D/E).
A ocorrência de um problema ginecológico é motivo de ida ao ginecologista especialmente entre as mulheres da região Nordeste, entre as moradoras em cidades do interior, entre as com escolaridade Fundamental e entre as integrantes das classes D/E. A suspeita de gravidez é motivo para a procura de um ginecologista principalmente entre as mulheres com baixa escolaridade (Fundamental).
Cerca de metade das mulheres vão ao ginecologista pela primeira vez por razões preventivas (primeira menstruação, check up, início da vida sexual, busca por acompanhamento contínuo, etc). Além disso, a menarca/início da puberdade é razão especialmente entre as meninas com escolaridade Médio e Superior e entre as integrantes das classes A/B e C.
Somente duas de cada dez brasileiras vão ao ginecologista-obstetra por iniciativa própria. Sete porcento (5,6 milhões) das brasileiras não vão a um ginecologista há cerca de 4 anos. Duas a cada dez foram há mais de um ano.
As brasileiras que foram a um ginecologista há mais de 4 anos atrás estão especialmente entre as menos escolarizadas e entre as residentes em cidades do interior. Em sentido oposto as que procuraram um especialista há mais de 1 a 6 meses encontram-se entre as mulheres mais escolarizadas, entre as integrantes da População Economicamente Ativa e entre as componentes das classes A/B.
Entre as mulheres que não costumam ir ou nunca foram ao ginecologista, as razões alegadas são todas muito preocupantes: quase um terço argumenta que não precisa ir, pois está saudável (31%) e outra parcela (22%) diz que não considera importante ou necessário ir ao ginecologista. Além de alegarem que têm vergonha, têm medo de detectar problemas, que não têm dinheiro para pagar consulta, que não gostam e que a mãe nunca levou.
Perguntadas se há médicos ginecologistas de fácil acesso na região onde moram, aproximadamente quatro de cada dez sinalizam que o acesso ao especialista é restrito.
As mulheres que residem no interior declaram ter maior facilidade de acesso a médicos ginecologistas, quando comparado às mulheres que residem nas Regiões Metropolitanas. A facilidade no acesso também aumenta de acordo com a melhor posição na classificação econômica e renda familiar.
A média de idade da primeira consulta, entre as mulheres que já foram ao ginecologista, é de 20 anos e a necessidade de esclarecer um problema ginecológico, a gravidez ou suspeita dela e prevenção são algumas das razões de procura do especialista.
Já quando se toma o todo da amostra, somente 54% apontam prevenção como motivadora da primeira consulta.
A média etária da primeira consulta é maior entre as mulheres com baixa escolaridade (24 anos no Fundamental versus 18 anos no Médio e Superior), entre as mulheres mais velhas (ou seja, a média de idade vem caindo: de 26 anos entre as pessoas com 60 anos ou mais para 16 anos entre as com 16 a 24 anos) e entre as situadas na base da pirâmide econômica (classes D/E).
A ocorrência de um problema ginecológico é motivo de ida ao ginecologista especialmente entre as mulheres da região Nordeste, entre as moradoras em cidades do interior, entre as com escolaridade Fundamental e entre as integrantes das classes D/E. A suspeita de gravidez é motivo para a procura de um ginecologista principalmente entre as mulheres com baixa escolaridade (Fundamental).
Cerca de metade das mulheres vão ao ginecologista pela primeira vez por razões preventivas (primeira menstruação, check up, início da vida sexual, busca por acompanhamento contínuo, etc). Além disso, a menarca/início da puberdade é razão especialmente entre as meninas com escolaridade Médio e Superior e entre as integrantes das classes A/B e C.
Somente duas de cada dez brasileiras vão ao ginecologista-obstetra por iniciativa própria. Sete porcento (5,6 milhões) das brasileiras não vão a um ginecologista há cerca de 4 anos. Duas a cada dez foram há mais de um ano.
As brasileiras que foram a um ginecologista há mais de 4 anos atrás estão especialmente entre as menos escolarizadas e entre as residentes em cidades do interior. Em sentido oposto as que procuraram um especialista há mais de 1 a 6 meses encontram-se entre as mulheres mais escolarizadas, entre as integrantes da População Economicamente Ativa e entre as componentes das classes A/B.
Entre as mulheres que não costumam ir ou nunca foram ao ginecologista, as razões alegadas são todas muito preocupantes: quase um terço argumenta que não precisa ir, pois está saudável (31%) e outra parcela (22%) diz que não considera importante ou necessário ir ao ginecologista. Além de alegarem que têm vergonha, têm medo de detectar problemas, que não têm dinheiro para pagar consulta, que não gostam e que a mãe nunca levou.
Perguntadas se há médicos ginecologistas de fácil acesso na região onde moram, aproximadamente quatro de cada dez sinalizam que o acesso ao especialista é restrito.
As mulheres que residem no interior declaram ter maior facilidade de acesso a médicos ginecologistas, quando comparado às mulheres que residem nas Regiões Metropolitanas. A facilidade no acesso também aumenta de acordo com a melhor posição na classificação econômica e renda familiar.
MÉDICO-PACIENTE
De modo geral, praticamente todas as brasileiras acham importante o ginecologista: dar acolhimento, realizar exames clínicos, dar atenção, aconselhar, passar confiança e fornecer informações clara e suficientes. Ou seja, são itens primordiais num relacionamento médico-paciente.
E aproximadamente nove de cada dez declaram-se satisfeitas com estes atributos no atendimento recebido pelo atual ou último ginecologista. A satisfação é tendencialmente mais significativa entre as mulheres que utilizam atendimento particular ou convênio.
Atualmente 62% das brasileiras têm parceiro(a) sexual, 74% tiveram filhos, 22% estão na menopausa e 2% estão grávidas. Nessas situações o acompanhamento médico está presente principalmente na gravidez atual (100%), e na parceria sexual (81%). Porém, na menopausa apenas 64% declaram ter acompanhamento médico.
O acompanhamento durante a atividade sexual está mais presente entre as mulheres com melhores grau de escolaridade, renda familiar e classificação econômica. Por outro lado, não ir ao ginecologista durante a menopausa é mais forte entre as mulheres com menor escolaridade e entre as integrantes das classes D/E.
É mais significativa a presença de filhos entre as mulheres residentes no interior, entre as com idade igual ou superior a 25 anos, entre as menos privilegiadas quanto à escolaridade e classificação econômica.
Nove de cada dez brasileiras declaram que, numa situação hipotética de parto, se sentiriam seguras com a assistência de seu ginecologista/obstetra. Essa proporção de segurança cairia para cinco em cada dez caso o acompanhamento fosse realizado por um ginecologista plantonista ou por uma doula, e para quatro em cada dez caso fosse efetuado por uma enfermeira ou parteira.
A segurança dada pelo próprio médico ginecologista seria maior entre as mulheres com escolaridade e classificação econômica mais elevadas. Por outro lado, a segurança oferecida via parteira, enfermeira ou doula seria mais expressiva entre as mulheres com escolaridade e classificação econômica mais baixas.
Aproximadamente sete de cada dez brasileiras afirmam que a decisão sobre a interrupção da gravidez é uma questão pessoal que cabe somente à mulher decidir, enquanto 25% defendem que é uma questão a ser decidida pelas leis da sociedade.
Entre as mulheres que já foram ao ginecologista, oito de cada dez declaram-se satisfeitas com o relacionamento com seu atual ou último ginecologista, principalmente as que utilizam atendimento particular ou convênio médico. A média geral de satisfação é igual a 4,2, em uma escala que vai de 1 a 5.
De modo geral, praticamente todas as brasileiras acham importante o ginecologista: dar acolhimento, realizar exames clínicos, dar atenção, aconselhar, passar confiança e fornecer informações clara e suficientes. Ou seja, são itens primordiais num relacionamento médico-paciente.
E aproximadamente nove de cada dez declaram-se satisfeitas com estes atributos no atendimento recebido pelo atual ou último ginecologista. A satisfação é tendencialmente mais significativa entre as mulheres que utilizam atendimento particular ou convênio.
Atualmente 62% das brasileiras têm parceiro(a) sexual, 74% tiveram filhos, 22% estão na menopausa e 2% estão grávidas. Nessas situações o acompanhamento médico está presente principalmente na gravidez atual (100%), e na parceria sexual (81%). Porém, na menopausa apenas 64% declaram ter acompanhamento médico.
O acompanhamento durante a atividade sexual está mais presente entre as mulheres com melhores grau de escolaridade, renda familiar e classificação econômica. Por outro lado, não ir ao ginecologista durante a menopausa é mais forte entre as mulheres com menor escolaridade e entre as integrantes das classes D/E.
É mais significativa a presença de filhos entre as mulheres residentes no interior, entre as com idade igual ou superior a 25 anos, entre as menos privilegiadas quanto à escolaridade e classificação econômica.
Nove de cada dez brasileiras declaram que, numa situação hipotética de parto, se sentiriam seguras com a assistência de seu ginecologista/obstetra. Essa proporção de segurança cairia para cinco em cada dez caso o acompanhamento fosse realizado por um ginecologista plantonista ou por uma doula, e para quatro em cada dez caso fosse efetuado por uma enfermeira ou parteira.
A segurança dada pelo próprio médico ginecologista seria maior entre as mulheres com escolaridade e classificação econômica mais elevadas. Por outro lado, a segurança oferecida via parteira, enfermeira ou doula seria mais expressiva entre as mulheres com escolaridade e classificação econômica mais baixas.
Aproximadamente sete de cada dez brasileiras afirmam que a decisão sobre a interrupção da gravidez é uma questão pessoal que cabe somente à mulher decidir, enquanto 25% defendem que é uma questão a ser decidida pelas leis da sociedade.
Entre as mulheres que já foram ao ginecologista, oito de cada dez declaram-se satisfeitas com o relacionamento com seu atual ou último ginecologista, principalmente as que utilizam atendimento particular ou convênio médico. A média geral de satisfação é igual a 4,2, em uma escala que vai de 1 a 5.