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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Insuficiência cardíaca: estudo brasileiro desenvolve molécula para ajudar quem sofre com a condição


Especialista explica quais as principais causas da patologia


O estilo de vida moderno e nossos hábitos nem sempre saudáveis podem acabar deixando o coração em apuros. Quando cansado e sobrecarregado, o órgão não consegue mais trabalhar corretamente e acaba não dando conta do recado: é o que acontece nos casos de insuficiência cardíaca, quando o coração não consegue mais bombear o sangue como deveria. Os últimos dados levantados pela Associação Americana do Coração mostraram que em 2014 eram 6,5 milhões de casos de insuficiência no país, com a previsão de que esses casos crescerão 46% até 2030, chegando a atingir cerca de 8 milhões de pessoas.

O que sabemos da insuficiência cardíaca é que geralmente ela também está associada a outras doenças cardiovasculares. Os sintomas são confusos e surgem logo após o coração começa a falhar, aparecendo aleatoriamente e devagar: falta de ar, dificuldade para respirar, palpitações, fadiga, fraqueza, desmaios, pulso irregular, tosse, perda de apetite e dificuldade em se concentrar.

Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, a insuficiência cardíaca é uma doença grave e causa grandes impactos na vida do paciente. “Quando a insuficiência é diagnosticada, é importante que o paciente esteja ciente da sua seriedade, já que é necessário readequar o seu estilo de vida ao tratamento da doença, pois não tem cura”, comenta o especialista.

Um recente estudo do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo desenvolveu uma molécula que pode aumentar a qualidade e a expectativa de vida de quem sofre com a insuficiência. A molécula foi testada em ratos que apresentavam a condição e, em apenas em seis semanas, a doença foi estabilizada e o quadro regrediu, aumentando a capacidade do coração se contrair. A melhora da contração do músculo cardíaco também foi apresentada quando a molécula foi testada em células cardíacas humanas.

Apesar da gravidade da doença, o cirurgião cardiovascular não recomenda que o paciente deixe de praticar atividades físicas. “Os exercícios são benéficos ao coração: relaxam os vasos e melhoram o fluxo sanguíneo, podendo ajudar as pessoas que sofrem com a doença. Desde que a consulta com o cardiologista esteja em dia, exercícios de baixo impacto são muito bem recomendados a esses pacientes, como a caminhada e o yoga”, incentiva o médico.

Para evitar a insuficiência cardíaca, é preciso tomar vários cuidados com o organismo em geral. “A prevenção da insuficiência é a mesma para todas as outras doenças cardiovasculares. É preciso focar em uma boa alimentação, acompanhado de exercícios físicos diários, e deixar de lado todos os hábitos prejudiciais à saúde. Os principais fatores de risco para as complicações cardíacas são o tabagismo, o sedentarismo, maus hábitos alimentares, hipertensão, alto colesterol e diabetes desregulada”, finaliza o cirurgião.







Dr. Élcio Pires Júnior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo e Pós Graduação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.


Pílula do dia seguinte: método não é abortivo, explica especialista


Distribuído gratuitamente na rede pública, o contraceptivo é a única maneira de evitar uma gravidez após uma relação sexual desprotegida


Na última segunda-feira, 3 de fevereiro, um projeto de lei protocolado pelo deputado Márcio Labre (PSL-RJ) chamou a atenção da imprensa e de profissionais de saúde de todo o país. O PL 261/2019 visava a proibição do comércio, propaganda, distribuição e implantação pela Rede Pública de Saúde de diversos métodos contraceptivos usados por mulheres, entre eles a pílula do dia seguinte e o DIU (Dispositivo Intrauterino).
Segundo o projeto, os métodos citados seriam abortivos, provocando 'a morte do ser humano já concebido', colocando em risco a vida das mulheres.
Após a grande repercussão da notícia, na quarta-feira, 6 de fevereiro, a assessoria de comunicação do deputado informou, em nota, que o congressista havia solicitado a retirada do projeto.
Na nota, o deputado afirma que o projeto foi protocolado por engano, pois o texto ainda não estava finalizado, mas que será apresentado futuramente, 'informando os efeitos dos medicamentos usados como contraceptivos que, na verdade, são micro abortivos'.
Para o ginecologista Dr. Thomaz Gollop, coordenador do Grupo de Estudos sobre Aborto (GEA), considerar a pílula do dia seguinte e os demais métodos contraceptivos citados no PL abortivos são um absoluto desconhecimento de como eles funcionam. A proibição de sua comercialização é ainda mais grave.
"Criar restrições ao acesso a métodos contraceptivos tira da mulher o direito de não engravidar, inclusive em casos de estupro, nos quais somente a pílula do dia seguinte pode evitar a gravidez."


A pílula do dia seguinte
O contraceptivo de emergência, ou pílula do dia seguinte, tem como mecanismo principal a alteração do muco cervical, tornando-o hostil à passagem do espermatozoide, bem como a alteração do endométrio. Em algumas mulheres, há também a inibição da ovulação, explica o especialista. 
"A pílula do dia seguinte só deve ser usada após uma relação sexual sem proteção, a fim de evitar uma gravidez indesejada", explica o especialista.
Vale destacar que, quanto mais cedo for tomada, maiores as chances de evitar a gravidez. O ideal é seja tomada em até 72 horas, mas sempre o mais próximo possível da relação sexual desprotegida.
 

Acidentes acontecem – Saiba o que fazer para proteger a visão no Carnaval


Especialista do Hospital CEMA explica quais
medidas devem ser adotadas para curtir a folia, sem prejudicar os olhos


Ninguém quer passar o carnaval doente. No entanto, existem certos descuidos que as pessoas que podem "azedar" a alegria dessa que é uma das festas mais importantes do Brasil. Alguns dos materiais mais comuns usados nessa data, como o glitter, espuma, purpurina, excesso de maquiagem e acessórios de procedência duvidosa podem provocar danos à visão. "O glitter é rico em materiais plásticos e tinturas, e pode apresentar baixíssimo grau de higiene. Já as espumas e excesso de maquiagem podem causar um processo irritativo e alérgico na região das pálpebras e globo ocular - quando em contato direto com a superfície da córnea – e infecções", explica a oftalmologista do Hospital CEMA, Rita de Cássia Lima Obeid.

Entre os problemas mais comuns estão a conjuntivite, alergias, irritações, e, em casos mais extremos, úlcera corneana e processos cicatriciais, que podem danificar a qualidade da visão. Usar maquiagens de terceiros também é contraindicado, pois há grandes chances de transmissão de infecções oculares. 

Assim como aqueles óculos de plástico, que compõem algumas fantasias. Eles não protegem contra os raios UVA e UVB e podem fazer muito mal aos olhos.
Em caso de acidentes leves, como deixar entrar glitter ou espuma nos olhos, a médica orienta: "Em situações desse porte, o que aconselhamos é a lavagem com água corrente em abundância, tanto das pálpebras, quanto da superfície ocular. E procurar um especialista para evitar ou tratar possíveis sequelas". 

Quem usa lentes de contato deve redobrar os cuidados: evitar a proximidade desses materiais com os olhos, além de lubrificar as lentes e jamais dormir com elas. No caso dos óculos de plástico, use apenas por breves momentos, não fique o tempo todo com eles. Com essas dicas, o Carnaval tem tudo para ser inesquecível, mas de um jeito bom.





Instituto CEMA


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