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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Entenda como é feito o Cálculo de Lucro Presumido e qual a sua funcionalidade

 Especialistas da Express CTB esclarecem dúvidas de como realizar o procedimento de maneira mais eficiente


Com todos os deveres fiscais existentes no funcionamento de uma empresa, surge a necessidade de contabilizar e recolher os tributos corretamente a partir de dados fidedignos. 

Para que esse recolhimento seja feito sem grandes erros durante os processos de contabilização é que existem os regimes tributários, cada um com suas especificidades e características. 

Dentre os regimes tributários existentes, está o lucro presumido, que possui uma alta taxa de escolha dentre os mais diversos tipos e portes empresariais. 

Entretanto, esse regime tributário representa um foco de dúvidas ainda muito recorrentes entre gestores e proprietários. 


O que é lucro presumido e qual sua funcionalidade? 

O lucro presumido é um regime tributário simplificado, cujo objetivo é definir a base de cálculo de impostos como: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). 

Sendo assim, a Receita Federal presume parte da porcentagem do faturamento total da empresa como lucro, e é a partir dessa porcentagem definida que os cálculos de imposto serão realizados, após cada apuração é preciso comprovar este recolhimento através de declarações enviadas a Receita Federal (EFD Contribuições, ECF, e a DCTF que informam de fato os pagamentos feitos). 

De acordo com João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade, “para adotar o lucro presumido como regime tributário há duas exigências principais, sendo elas: faturamento anual abaixo de R$ 78 milhões, acima disso é obrigatório optar pelo lucro real, e a não atuação em ramos específicos”. 

Além disso, é importante salientar que existem prazos definidos de acordo com o tipo de imposto a ser recolhido, sendo divididos em: 

– Trimestrais: Imposto de renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). 

– Mensais: Imposto Sobre Serviços (ISS), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). 


Presunção de lucro 

Essa presunção é definida e diferenciada de acordo com o tipo de atividade empresarial, e é a base de todo o cálculo do regime, além das variações de alíquotas e demais impostos. 

Para determinar o percentual tributário de faturamento da sua empresa, basta conferir na tabela a porcentagem utilizada para a respectiva atividade do seu negócio: 

Percentual tributário de faturamento

Atividades empresariais

1,6%

Revenda e comercialização de combustíveis e gás natural

8%

Transportes de cargas; Serviços hospitalares; Comercialização de produtos; Atividades imobiliárias; Atividades rurais; Industrializações encomendadas com fornecimento de material por terceiros e atividades não específicas que não sejam prestação de serviços.

16%

Serviços de transporte gerais exceto os de carga, e demais serviços no geral com receita bruta de até R$120.000 anualmente.

32%

Serviços profissionais como médicos, advogados e contadores; Intermediação de negócios; Administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis ou direitos; Serviços de construção civil; Serviços em geral, para os quais não haja exigência de percentual.

 

Além dos itens expostos acima, também é importante saber quais obrigações acessórias fazem parte do lucro presumido. 


Obrigações acessórias 

As obrigações acessórias são deveres que variam de acordo com o regime tributário adotado pela empresa, e como as principais do Lucro Presumido podemos citar: 

  • Emissão de notas fiscais de produtos e/ou serviços; 
  • SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social) e GFIP (Guia de Recolhimento de FGTS e de Informações à Previdência Social); 
  • ECD – Escrituração Contábil Digital; 
  • GIA – Guia de Informação e Apuração do ICMS; 
  • EFD PIS/COFINS – Escrituração Fiscal Digital PIS/COFINS; 
  • EFD ICMS/IPI – Escrituração Contábil Digital ICMS/IPI; 
  • DCTF – Declaração de Débitos Tributários Federais; 
  • ECF – Escrituração Contábil Fiscal; 
  • DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte; 
  • RAIS – Relação Anual de Informações Sociais. 
  • DES – Declaração Eletrônica de Serviços 
  • Livros comerciais e fiscais 

Agora que você já sabe o que é e conhece as principais características, os percentuais de presunção e as obrigações acessórias, é hora de entender o cálculo do lucro.

 

Como o cálculo é feito? 

Antes de aplicar o lucro presumido nos devidos impostos, é necessário seguir os seguintes passos: 

 

#01. Ter o faturamento trimestral 

Para isso, basta somar os valores de faturamento dos três meses em questão. 

Sendo assim, para exemplificar todos os processos a seguir, iremos criar exemplos de organizações fictícias.

Se a empresa fictícia Y teve faturamento de R$ 10.000 três meses consecutivos, seu faturamento trimestral será de R$ 30.000. 

 

#02. Saber qual o percentual tributário de acordo com a atividade exercida e aplicar sobre o faturamento 

Considerando que a empresa Y realize transportes de cargas, o percentual tributário aplicado na mesma será de 8%. 

Logo, aplica esse percentual sobre o faturamento a partir de uma regra de três simples, da seguinte forma: 

30,000 —– 100% 

X —— 8% 

30.000x 8 = 240.000 

240.000 / 100 = 2.400 

Assim, 8% de 30.000 é 2.400, esse será o lucro presumido e o consequente valor base a ser utilizado nas aplicações dos diferentes tipos de impostos. 

 

#03. Calcular o valor base encontrado de acordo com a alíquota de cada imposto como consta na legislação. 

Para esse tópico, precisaremos dividir a explicação de acordo com o tipo de imposto cobrado, pois cada um apresenta diferentes taxas de alíquota que serão descritas a seguir: 


Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) 

Para realizar o cálculo assertivo do imposto de renda, é necessário aplicar uma taxa que pode ser diferente de acordo com o lucro presumido 

Para empresas com lucro presumido até R$ 60.000,00 trimestral, a taxa é de 15%.

A partir do exemplo da nossa empresa fictícia, a taxa a ser aplicada será somente a de 15%, por ter um lucro presumido inferior ao limite, logo: 

2.400 —– 100 

X —– 15 

2.400 x 15 = 36.000 

36.000/100 = 360. 

Assim, o valor do IRPJ para a empresa Y será de R$ 360,00. 

Para as Empresas com lucro presumido superior a R$ 60.000,00 trimestral, será aplicada a alíquota de 15% e além disso um adicional de 10% sobre a diferença entre o lucro presumido trimestral e o limite de R$ 60.000 trimestral, logo teria que ser feito o seguinte cálculo:  

300.000 faturamento mensal 

300.000 x 3 = 900.000,00 faturamento trimestral 

Lucro Presumido: 900.000,00 x 8% = 72.000,00 

IR = 72.000,00 X 15% = 10.800,00  

Adicional IR = 72.000,00 – 60.000,00 (20.000 mensal x 3) = 12.000,00 x 10% = 1.200,00.  

VALOR TOTAL DE IRPJ A PAGAR: 10.800 + 1.200 = R$ 12.000,00  

 

Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) 

Para calcular o CSLL a alíquota é fixa, sendo de 9% sobre o lucro presumido. 

Assim sendo: 

2.400 —– 100 

X —— 9 

2.400x 9= 21.600 

21.600/100= R$ 216 a ser recolhido pela empresa Y. 

 

ISS, PIS e COFINS 

Como são impostos mensais, o cálculo deve ser feito de acordo com o faturamento mensal. 

A alíquota é diferente para cada um deles, sendo elas: 

ISS: De acordo com a alíquota definida pela legislação municipal, podendo variar de 2% a 5%, dependendo do serviço prestado, em cima do faturamento mensal. 

PIS: Alíquota definida de 0,65%. A empresa Y com um faturamento mensal de 10.000,00 deverá pagar um valor de R$ 65,00.  

COFINS: Alíquota definida de 3%. A empresa Y com um faturamento mensal de 10.000,00 deverá pagar um valor de R$ 300,00.  

“É importante salientar a importância da fidedignidade desses dados, prezando sempre pela honestidade de informações para que não haja fraudes e consequentes multas”, explica Esposito, que completa “Além disso, é imprescindível o papel de um contador experiente e qualificado, pois todos esses processos exigem grande responsabilidade e assertividade, além de uma rotina de preenchimento e registro de operações e movimentações financeiras”. 

 


Express CTB

www.expressctb.com.br

 

Busca das empresas por crédito bate recorde histórico com crescimento de 17,3% no primeiro semestre de 2021, revela Serasa Experia

Setor de serviços foi o principal responsável pela alavancagem do índice 

O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian registrou um aumento de 17,3% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020. Essa foi a maior alta desde 2008, ano em que a série histórica do índice teve início. O setor de Serviços impulsionou o cenário positivo com expansão de 18,4%, enquanto o Comércio cresceu 17,4% e as Indústrias 12,1%.


De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, existem dois cenários que podem explicar o aumento da busca por crédito. “Muitos empreendedores ainda estão precisando fortalecer o fluxo de caixa de suas empresas, por isso, o desconto de recebíveis tem sido uma solução frequente e aumentado a tomada de crédito. Outro fator que influencia os números positivos está ligado às linhas de crédito rurais, imobiliárias e de veículos, pois as empresas que estão mais estabilizadas financeiramente começaram a utilizar essas ferramentas a fim de expandir o próprio negócio”.

Na análise semestral por porte as micro e pequenas empresas ganharam destaque, com aumento de 17,8% na procura por crédito. Em sequência estão as grandes (6,3%) e médias (4,4%). Nas regiões brasileiras o comparativo também registra alta geral. Em sequência estão, Nordeste (20,8%), Norte (17,9%), Centro-Oeste (17,8%), Sul (16,5%) e Sudeste (16,4%).

 

Variação anual revela aumento de 23,2% em junho
O comparativo entre junho de 2021 e o mesmo mês do ano anterior registrou um crescimento de 23,2% na demanda das empresas por crédito. Também nessa análise foi o segmento de Serviços que mais cresceu (25,4%), seguido pelo de Comércio (22,5%) e Indústrias (15,4%).

Em relação ao porte das empresas as MPEs tiveram a maior expansão, de 23,6%. “O desempenho dos micro e pequenos negócios pode ter sido estimulado por uma nova medida do Banco Central que entrou em vigor no começo de junho. Desde então as empresas desse porte passaram a ter novos comandos regulatórios capazes de ampliar seu limite de crédito nas operações de recebíveis de cartões”, explica Rabi.

Clique aqui e veja a série histórica do indicador na íntegra.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Vale a pena terceirizar serviços contábeis?

 

A maioria das empresas utiliza serviços de contabilidade terceirizados. Especialista comenta sobre os prós e contras dessa forma de trabalho.

 

Uma pesquisa do Sebrae apontou que 72% das empresas utilizam serviços de contabilidade terceirizados. Foram analisadas 6.054 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Os dados são de 2016, mas a contadora e sócia da Contax Contabilidade e Planejamento Tributário, Debora Corrêa, acredita que o percentual deve ser até maior hoje em dia e explica os prós e os contras de se ter serviços contábeis terceirizados. 

A principal vantagem de quem contrata um escritório de contabilidade, conforme a especialista, é ter um time qualificado e sempre atualizado na área, à disposição da empresa e ter uma redução de custos com essa modalidade. “Isso é muito importante para quem está começando um negócio, mas também é o motivo que leva cada vez mais as grandes empresas a terceirizar os serviços contábeis. A contabilidade é uma área complexa, que exige muito conhecimento e atualização constante. É muito mais vantajoso ter um escritório terceirizado do que manter um profissional ou time interno para essa função”, explica Débora.  

A redução de custos é outro benefício importante que a terceirização dos serviços contábeis traz, especialmente com a redução de encargos trabalhistas, como impostos sobre folha de pagamento, despesas gerais, licença médica, férias, treinamentos, entre outros. A redução é expressiva também em períodos de baixa demanda, principalmente em pequenas empresas, onde os serviços contábeis podem ser necessários apenas em tarefas pontuais.  

Mas, Débora explica que a contabilidade hoje em dia é muito mais do que apenas emitir guias e recolher impostos. Um bom escritório atua como consultor para o cliente e oferece serviços completos, como planejamento tributário e análises sobre os resultados da empresa através dos resultados de seus balanços. 

A terceirização da folha de pagamento cresceu muito nos últimos tempos, explica Debora, pois além da complexidade da legislação trabalhista, a edição de muitas medidas provisórias e o aumento das obrigações trabalhistas, fizeram com que as empresas terceirizarem esse segmento, mantendo internamente apenas o gestor de recursos humanos, pela necessidade de proximidade tanto com a gerência quanto com os funcionários, dada a natureza da função.

 

Cuidados necessários 

Para que as vantagens da terceirização contábil se concretizem, é preciso atenção a alguns pontos. “O primeiro passo é analisar a reputação da empresa que está sendo contratada. Avalie o tempo que ela está no mercado e os clientes que atende, por exemplo. Empresas com mais experiência normalmente estão mais bem preparadas para atender de forma ágil, qualificada e precisa”, destaca Débora. 

A profissional também recomenda que se analise os serviços que podem ser disponibilizados pelo escritório de contabilidade, uma vez que a área é bastante abrangente. “Avalie que serviços são necessários pelo seu negócio e se a empresa de contabilidade está apta a atender nas diferentes áreas contábeis, como fiscal, financeira, tributária e trabalhista, bem como, se a área necessita de algum conhecimento específico”, comenta Débora.

 

Riscos 

A contabilidade é uma área de extrema relevância em qualquer empresa que deseja crescer de forma ética e legal. Apesar de inúmeros benefícios, a terceirização dos serviços contábeis pode também trazer riscos. “Se a contratação é feita sem critérios, pode haver prejuízos, dentre eles, multas pela omissão de declarações ou mesmo pagamento maior de tributos pela falta do planejamento tributário adequado”, ressalta Débora.  

É preciso acompanhar se os processos estão sendo feitos dentro dos prazos e se as obrigações legais estão sendo cumpridas. Por isso, uma dica da especialista para evitar riscos e prejuízos é formalizar um contrato de prestação de serviços detalhando bem as obrigações e os serviços que o escritório de contabilidade irá prestar.


70% dos brasileiros adultos foram expostos a um golpe de suporte técnico, de acordo com estudo da Microsoft

  • A Microsoft conduziu em 2021 uma nova pesquisa, em 16 países, para analisar golpes de suporte técnico e seu impacto sobre os consumidores.
  • Em nível mundial, menos consumidores foram expostos a golpes de suporte técnico em comparação com a pesquisa de 2018.
  • No Brasil, 29% dos consumidores foram vítimas de fraude e 7% tiveram perdas monetárias.
  • Os millenials brasileiros confiam mais do que outras gerações, o que significa que tendem a ser as maiores vítimas das fraudes.

 

Os golpes de suporte técnico são um problema global que afeta pessoas de todas as idades. Tudo começou com ligações telefônicas, nas quais os golpistas se passavam por funcionários da Microsoft, notificando as pessoas, de forma fraudulenta, que elas eram vítimas de malware ou outros ataques prejudiciais. Isso então se transformou em falsos "pop-ups", aparecendo nas telas das pessoas, tentando convencê-las mais uma vez que algo estava errado com seus computadores, de forma que os golpistas pudessem cobrar para "consertar" falsos problemas. Hoje, os golpistas estão adeptos à tecnologia em constante evolução e ao uso de táticas e estratégias mais sofisticadas para enganar os usuários online.

Mensalmente, Microsoft recebe aproximadamente 6.500 reclamações de pessoas que foram vítimas de golpes de suporte técnico. Houve uma redução em comparação à média de 13.000 reportes por mês em anos anteriores. No entanto, os golpistas não apenas tiram vantagem da marca Microsoft, mas também fingem pertencer a outras empresas de tecnologia e prestadores de serviços de renome. Para abordar esse problema globalmente, a Microsoft contratou YouGov para realizar uma nova pesquisa em 2021 em 16 países[1] e analisou os golpes de suporte técnico e o seu impacto nos consumidores. Essa é uma continuação de pesquisas semelhantes realizadas pela Microsoft em 2018 e 2016.


No Brasil

  • 70% dos adultos brasileiros estiveram expostos a um golpe de suporte técnico, 3 pontos a mais que em 2018 (67%). Apesar disso, os golpes que envolvem e-mails não solicitados diminuíram de 43% para 37%.
  • Houve um aumento de 5 pontos no número de pessoas que dão continuidade ao golpe (29%), o que também corresponde a um ligeiro aumento nas pessoas que perdem dinheiro (de 5% para 7%).
  • É menos provável que os consumidores confiem em contatos não solicitados e consideram cada vez menos provável que uma empresa entre em contato com eles dessa forma.
  • Os millenials confiam mais que outras gerações, que significa que também é mais provável que deem continuidade a um provável golpe.
  • Acredita-se que as agências de proteção ao consumidor sejam as responsáveis por ajudar a proteger os consumidores dos golpes de suporte técnico.


Globalmente

Os resultados da pesquisa 2021 revelam que, globalmente, menos consumidores estiveram expostos a golpes de suporte técnico em comparação com a pesquisa 2018. Os resultados do estudo também relevam que as pessoas geralmente são mais céticas em relação as ligações de suporte técnico ou pop-ups, o que ajuda a evitar que sejam vítimas deste tipo de golpe. Entretanto, as pessoas que deram continuidade à interação de golpe tinham mais probabilidades de perder dinheiro com os golpistas do que os verificados na pesquisa anterior.

Os resultados mais interessantes da pesquisa referem-se à quantidade de consumidores que sofreram golpes de suporte técnico e a demografia dos consumidores que deram continuidade a interações fraudulentas.

Alguns aspectos relevantes incluem:

  • Três em cada cinco consumidores se depararam com um golpe de suporte técnico nos últimos 12 meses.
  • Um em cada seis consumidores foi induzido a continuar com o golpe, levando as vítimas a perderem centenas de dólares para os golpistas.
  • Os millenials (pessoas de 24 a 37 anos) e a geração Z (18 a 23 anos) apresentam maior exposição aos golpes de suporte técnico.
  • Um em cada 10 millenials e um em cada 10 Gen Zers que se depararam com um golpe, foram enganados e perderam dinheiro.
  • Entre aqueles que deram continuidade a um golpe, o gancho mais comum durante a interação foram problemas com o computador (30%), seguido por senhas comprometidas (23%) e uso fraudulento de cartões de crédito, débito e departamentais (18%).


Novas gerações participam de atividades online mais arriscadas

Globalmente, aqueles que perderam dinheiro relataram maior participação em atividades arriscadas online e superestimaram suas habilidades em relação ao uso de computadores e da Internet. Semelhante aos resultados de 2018, observamos os jovens sendo vítimas de golpes de suporte técnico com mais frequência, especialmente a Geração Z e a Geração Y, bem como os homens. Isto também está relacionado a uma maior participação do que as gerações anteriores em atividades online de risco, como o uso de sites de torrent e a troca de endereços de e-mail para conteúdo.

As informações financeiras confidenciais continuam em risco: enquanto os golpistas geralmente solicitavam que os consumidores baixassem software ou acessassem um site (30% das vítimas que o fizeram relataram problemas posteriores nos seus PCs), a proporção de consumidores aos quais foi solicitado um documento de identificação emitido pelo governo (por exemplo, o número do CPF) aumentou desde 2018 e 16% foram incentivados a acessar seu banco durante a sessão fraudulenta. Não é surpresa que tenha aumentado o número de consumidores que informam o uso fraudulento de seus cartões de crédito e débito, o que explica o aumento de perdas de dinheiro.


Os perpetradores ameaçam os consumidores por meio de estruturas sofisticadas

“Devido à pandemia, o uso de ferramentas digitais tem sido de vital importância para todas as empresas e indivíduos e foi um fator determinante na capacidade de adaptação às novas condições de trabalho remoto e a digitalização de uma grande gama de serviços. Vivemos em constante evolução tecnológica e a fraude de suporte técnico não é exceção. Não enfrentamos mais apenas ligações fraudulentas, mas também uma infraestrutura mais sofisticada que aproveita os vendedores parceiros para implantar pop-ups de aparência legítima para os consumidores, levando-os a se comunicarem com call centers fraudulentos”, comentou Victoria Beckman, líder da Unidade de Crimes Digitais (DCU) para as Américas na Microsoft. “Também vemos golpistas usando e-mail, a otimização de motores de busca e táticas de engenharia social para atrair as vítimas. Estas táticas têm servido para expandir um modelo de negócios facilmente replicável, com os perpetradores compartilhando recursos, incluindo encaminhamentos para call centers, clientes em potencial e processadores de pagamentos”, finalizou.

Depois de se conectar com as vítimas em potencial, os golpistas também roubam informações pessoais e financeiras. As vítimas pagaram pelo menos $200 (USD) em média e muitas pessoas enfrentaram repetidas interações com golpes. Algumas dessas pessoas infelizmente até perderam milhares de dólares para um suporte técnico falso, buscando consertar problemas de computador inexistentes [[2]]. Alguns golpistas até instalaram malware em seus computadores "clientes", permitindo-lhes manter o acesso aos computadores mesmo depois que as vítimas acreditaram que suas sessões de acesso remoto haviam terminado.


E o que a Microsoft está fazendo para combater os golpes?

A Unidade de Crimes Digitais (DCU – Digital Crimes Unit) da Microsoft está trabalhando para ajudar a combater o problema e estabelecendo parcerias com agências responsáveis pela aplicação da lei, fortalecendo sua tecnologia proprietária e educando os consumidores. A Microsoft tem lutado contra os golpes de suporte técnico desde 2014, quando desferimos nosso primeiro grande golpe contra os golpistas online com um processo civil em um tribunal federal dos EUA. Desde então, a Microsoft entrou com suas próprias ações civis e apoiou as autoridades policiais na tomada de medidas legais contra golpistas nos EUA, Ásia e Europa.

A DCU trabalha para combater os golpes de suporte técnico investigando redes de fraude de suporte técnico e encaminhando os casos para aplicação das leis da forma apropriada, fortalecendo produtos e serviços para melhor proteger os consumidores de diversas táticas fraudulentas e educando os consumidores sobre este tipo de fraude por meio de orientação e recursos sobre como identificá-las, evitá-las e denunciá-las.

Esperamos que a publicação dessas descobertas ajude a aumentar a conscientização e educar os consumidores sobre como se protegerem de golpes de suporte técnico. Saiba mais sobre como se proteger dos golpes de suporte técnico aqui.

 


Microsoft

 

A Microsoft encomendou a YouGov Plc. para realizar a pesquisa em 2021. O tamanho total da amostra é de 16.254 adultos em 16 países (pouco mais de 1.000 por país). O trabalho de campo foi realizado entre 12 de abril de 2021 e 7 de maio de 2021. A pesquisa foi realizada por meio de painéis online do YouGov e os números foram ponderados e são representativos dentro de cada país para adultos maiores de 18 anos. Os países incluem Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Finlândia, França, Alemanha, Índia, Japão, México, Holanda, Cingapura, Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos; os países em negrito são novos em 2021. O YouGov não foi contratado para os estudos de 2016 e 2018, portanto, todas as comparações anuais são baseadas nos dados fornecidos. 

2 Conforme mostrado em relatórios de clientes para a Microsoft.

 

Escolha pela vida


Neste momento, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de países com maior número de infecções por covid-19. Também estamos em segundo lugar no ranking de mortes em decorrência da doença. Mesmo com alguns grupos prioritários já imunizados, os índices de novos casos seguem altos - e a melhor forma para conter o avanço da pandemia é por meio da vacinação em massa. Quanto mais rápido formos capazes de vacinar a população, mais significativa será a redução de todos esses números alarmantes. Para acelerar esse processo, temos hoje disponíveis quatro tipos de imunizantes. No entanto, o que poderia ser considerado positivo (o que realmente é), infelizmente tem feito com que pessoas sem motivos justificáveis definam por qual vacina querem ser imunizadas. E será que de fato há razões válidas para escolher a vacina para covid-19? 

As vacinas atualmente disponíveis no Brasil – Coronavac, Oxford-Astrazeneca, Pfizer e Janssen – apresentam eficácia mínima comprovada por meio de estudos científicos de 50,3%, 67%, 95% e 66%, respectivamente, para evitar o adoecimento contra as formas moderadas e graves da covid-19. Assim, todas elas cumprem esse papel. Estudos realizados em Serrana-SP em que toda a população adulta foi imunizada pela Coronavac, mostram que os casos sintomáticos de covid-19 caíram 80%, as internações 86%, e as mortes 95%, após a segunda dose da vacina.

E o que dizer dos idosos e dos profissionais de saúde? A grande maioria foi imunizada primeiramente com a Coronavac. Houve uma redução do número de internamentos e de mortes por meio da vacina de origem chinesa em todo o território brasileiro. O mesmo podemos dizer em relação à Oxford-Astrazeneca. Outro estudo populacional em andamento, agora na cidade de Botucatu-SP, também viu uma redução em 81% de novos casos de infecção pela covid-19 após cinco semanas da vacinação em 82% dos adultos com a primeira dose. As vacinas da Pfizer e Janssen têm mostrado, em Israel e nos Estados Unidos, respectivamente, uma redução expressiva de novos casos de infecção, de taxa de hospitalização e de letalidade após 60% da população adulta vacinada com a primeira e/ou segunda dose.  

Há que se atentar aos órgãos reguladores de saúde internacionais, como o da Austrália e o dos EUA, que apontam que alguns grupos teriam razões válidas para escolher a vacina. São eles: pessoas com história de trombose do seio venoso cerebral; trombocitopenia induzida por heparina; trombose venosa esplâncnica idiopática (mesentérica, portal e esplênica); pacientes com Síndrome antifosfolipídica com trombose; e gestantes.                                                                   

Isso porque nesses grupos tem sido relatada associação da Síndrome da Trombose com trombocitopenia após a vacinação com a vacina da Janssen e da Oxford-Astrazeneca. Portanto, para essas pessoas, a indicação tem sido pela vacinação com o imunizante da Pfizer e com a Coronavac, vacinas em que não tem sido vista a relação com essa síndrome, que é uma doença rara que envolve coágulos sanguíneos (trombose) em qualquer parte do corpo, porém mais comumente no cérebro e no abdome, com baixa contagem de plaquetas (trombocitopenia). Isso geralmente ocorre até 40 dias após a vacinação e é mais frequente em indivíduos abaixo de 60 anos, sendo mais apresentado em mulheres. O mecanismo que causa essa síndrome não é totalmente compreendido, mas parece semelhante à trombocitopenia induzida por heparina, uma reação rara ao tratamento com esse anticoagulante.

Não há evidências de que pessoas com histórico anterior de outros tipos de coágulos sanguíneos tenham risco aumentado dessa síndrome. A taxa geral de coágulos sanguíneos não aumentou em países que usaram extensivamente a vacina AstraZeneca ou a Janssen.

Outro grupo da população também merece atenção - o dos cidadãos com alto risco social (moradores de rua, usuários de drogas, entre outros). Para essas pessoas, a imunização completa deveria ser com uma vacina com apenas uma dose, como a Janssen. Isso porque a vulnerabilidade social leva a uma dificuldade de aplicar a 2ª dose.

Assim, cada pessoa deve fazer uma escolha consciente, baseada em fatos verídicos e na ciência, lembrando que a escolha tem impacto coletivo e não apenas individual. A vacina protege, sim, vidas, mas a vacinação é que salva. Somente com a vacinação do maior número de brasileiros é que será possível voltar à normalidade. Por isso, escolha por vacinar, escolha pela vacina disponível, escolha pela vida.

 

Viviane de Macedo - infectologista, doutora em Ciências e professora de Doenças Infecciosas e Parasitárias do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP).


Serviço de telemedicina evolui e linha de 'consultórios inteligentes' deve chegar em breve ao Brasil

Imagine uma linha de ‘consultórios inteligentes’, sem a presença física de profissionais da saúde, mas equipados com a última tecnologia em conectividade e telemetria à distância. A partir de uma série de dispositivos agregados, o próprio paciente consegue fazer e enviar diversos exames ao seu médico, em qualquer lugar que ele esteja do planeta. 

Apesar de parecer coisa de um filme de ficção científica, a novidade está prestes a desembarcar no Brasil. Com o nome de ‘Diagnóstica’, o novo serviço é um lançamento da DOC24, healthtech líder em expansão, que fornece serviços de telemedicina baseados em inovação tecnológica a serviço da saúde.

 

A linha de consultórios inteligentes possui dois modelos, diferentes no tamanho e na sua proposta de atendimento. 

 

A Estação Diagnóstica é uma cabine de teleconsulta equipada com uma plataforma com a última tecnologia em conectividade e telemetria à distância. Os dispositivos integrados enviam os dados do usuário imediatamente para a nuvem e, com procedimentos facilitados pela Internet das Coisas (IoT), permite monitorar o paciente e realizar um check-up médico remoto e em tempo real. É ideal para lugares com grande concentração de pessoas, como grandes fábricas e aeroportos.

 

Já o Multi Diagnóstica funciona através de uma tela tátil com diversos dispositivos agregados, que permite ao usuário realizar check-ups médicos e consultas com um médico online. É uma solução perfeita para centros de saúde, clínicas, hospitais ou asilos que necessitem potencializar e estender o alcance dos cuidados médicos e sanitários através uma plataforma de telemedicina. 

 

“Acreditamos que a ‘Diagnóstica’ é a evolução da telemedicina. Conectamos médicos e pacientes em uma plataforma com equipamentos de última geração, que permite realizar exames de forma segura, ágil e imediata, através de dispositivos integrados e com uso da tecnologia da Internet das Coisas (IoT) na área médica”, explica Fernando Ferrari, diretor-geral da DOC24 no Brasil.

 

Entre os instrumentos médicos que a linha de consultórios inteligentes oferece estão sensor de temperatura, estetoscópio, dermatoscópio, pulsioxímetro, otoscópio, tensiômetro e glucômetro. A Estação Diagnóstica oferece ainda balança e sensor de altura, enquanto a Multi Dignóstica pode contar com eletrocardiógrafo digital e ecógrafo.

 

“Esse conjunto de aparelhos permite realizar diferentes exames médicos, que tanto podem ser enviados diretamente para um profissional para atendimento online, quanto podem ser armazenados em nuvem para um histórico clínico futuro”, garante Fernando.

 


DOC24

http://www.doc24.com.br


O setor do turismo ainda vai sofrer bastante até o final da pandemia?

Segmento teve 59% a menos de faturamento em relação a uma semana normal em pesquisa realizada pelo SEBRAE com a FGV

 

O turismo ainda é o setor mais afetado durante a pandemia por conta da proibição da circulação de pessoas. Na 10ª pesquisa “O Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios” realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) em parceria com a Faculdade Getúlio Vargas (FGV) de forma online do dia 25/02/2021 ao dia 01/03/2021¹, mostrou que o setor do turismo segue isolado como o mais impactado durante todo o período de Covid-19 no Brasil até o momento.

São 59% a menos do faturamento do segmento em relação a uma semana normal. Hotéis e agências de viagens estão sentindo este aperto financeiro há algum tempo já que, assim como qualquer outro segmento, elas estão baseadas em fluxo de caixa. É preciso entrar mais dinheiro do que sair para não dar prejuízo, mas o cenário não é esse faz tempo. E para isso, algumas ações estão sendo feitas pelas empresas para tentar reverter, ainda que minimamente, esse quadro.

Essas promoções podem ser encontradas principalmente na internet em parcerias entre os hotéis e sites facilitadores de reservas. Muitos estão oferecendo viagens a preços bem mais baixos que o normal, mas o passeio fica marcado para o ano de 2022, com três opções de datas a serem indicadas pelo turista e depois definidas pelo próprio site. Rodrigo Cabernite, CEO da fintech GYRA+, apontou que trazer esse fluxo de caixa futuro para hoje é altamente válido, mas acha difícil as empresas conseguirem resolver todo o problema dessa forma: “Agora é o momento que aqueles que eram mais resilientes financeiramente conseguiram chegar até esse ponto mais difícil da crise. Os mais fracos ou já quebraram, ou se reinventaram. Os que chegaram neste ponto tem um último dever a cumprir para chegar naquela tão sonhada luz no fim do túnel. É preciso fazer um exercício administrativo de ficar em forma financeiramente, de cortar os custos, de conseguir deixar todos os seus equipamentos (quartos e instalações) prontos para a próxima temporada e conseguir esse fôlego até o final do ano”, disse.

E é aí que entra a questão do crédito. Visto como a melhor alternativa para conseguir segurar a crise até o verão de 2021 para 2022 (período em que muitos especialistas consideram ser a temporada de retorno deste setor), se as empresas conseguirem se financiar agora, contando que essa próxima temporada vai ser bem melhor do que a última, esse tipo de exercício pode funcionar bem.

Cabernite contou que na GYRA+, fintech que faz esse tipo de empréstimo, existe uma tática voltada especificamente para instituições do setor que recorrem à concessão de crédito. “As empresas chegam aqui em um cenário não muito positivo, já que elas sofreram bastante. O que nós temos feito nesse segmento é dar empréstimos não muito grandes para ajudar a estancar um pouco e dar um fôlego para os próximos meses. Mas como nós não estávamos tão seguros em relação a reabertura, estava tudo bem devagar. Agora que nós estamos mais confiantes, nós estamos com linhas de crédito extremamente interessante para o segmento. Eu acredito que a partir de julho, com alguns parceiros desse segmento, nós vamos conseguir chegar em uma grande massa de hotéis e pousadas para financiar essa última ponte até a reabertura do mercado”, garante.

Alguns locais no Brasil estão observando um crescimento, mesmo que tímido, da demanda já. É o caso de localizações no interior de São Paulo e na região serrana do Rio de Janeiro, por exemplo. Compostos principalmente por excursionistas idosos – pelo fato de formar uma população de maioria vacinada – os hotéis estão entendendo que a retomada está próxima. Daqui a pouco serão as pessoas de 40 a 60 anos, que é uma massa grande do turismo a ser a próxima leva. E aí se espera uma uniformidade na demanda, já que os locais de turismo mais tradicional, como o Nordeste, por exemplo, que tem muitas localizações que precisam pegar mais de um transporte para chegar ao local, ainda está muito abaixo do normal.

“Já tem alguns segmentos do turismo que estão indo bem, nós estamos de olho, mas nós acreditamos que o turismo como um todo consiga crescer, obviamente para essa próxima temporada, mas principalmente para o verão de 2022 para 2023. Ali que vai ser o momento de toda a demanda reprimida se soltar. Quem chegar lá bem, vai ter muito retorno. É legal até de pensar em ampliar a capacidade das instalações porque virá muita demanda pela frente”, finalizou Cabernite.  

 

 


1 - https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2021/03/Impacto-coronav%C3%ADrus-nas-MPE-10%C2%AAedicao_DIRETORIA-v4.pdf


A despeito da lei, sete estados brasileiros não registram dados sobre a violência contra a população LGBTQIA+ no Brasil

 Penalista afirma que faltam verbas federais destinadas a projetos na área de estatística e mapeamento criminal


O Brasil é considerado o país que mais agride e mata homossexuais e pessoas trans no mundo. Dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública - divulgado no último dia 15 de julho- reiteram esta notoriedade, mostrando crescimento superior a 20% no número de notificações de estupros (88) contra pessoas LGBTQIA+ em 2020, por exemplo.

O Anuário também chama atenção para o contexto de subnotificação de casos de violência contra essa população no Brasil: dados focados nessa comunidade inexistem em sete estados da federação - Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Ceará, Rondônia e Rio Grande do Sul - segundo o levantamento, que mapeia o crime no país.

"Já existem diversas legislações que obrigam os estados a colherem os dados estatísticos de segurança pública, mas alguns alegam não fazê-lo por falta de verbas", diz o advogado e especialista em Direito Penal Matheus Falivene, acrescentando que "o caminho correto seria a destinação de verbas federais para projetos na área de estatística e mapeamento criminal".

Diante desta realidade, Falivene concorda que o Supremo Tribunal Federal acertou ao aprovar a criminalização da homofobia e da transfobia em 2019, passando a tipificá-las como racismo - um crime hediondo, inafiançável e com pena de dois a cinco anos de prisão para o agressor. "Porém, para que haja maior segurança jurídica, o correto seria que o Congresso Nacional alterasse a Lei de Racismo para que efetivamente punisse as condutas consideradas homofóbicas ou transfóbicas", defende o especialista. Para condutas mais graves como estupro e homicídio, "não é necessária a criação de novos tipos penais", diz Falivene, que também é professor na pós-graduação da PUC-Campinas.

O advogado orienta as pessoas da população LGBTQIA+ que se sentirem agredidas a procurar os canais de denúncia do Ministério dos Direitos Humanos - o Disque 100 -, aplicativos, a Polícia Militar e a Polícia Civil, por meio da delegacia mais próxima. A orientação do especialista para o cidadão que observa um ato de homofobia é a mesma: denunciar o crime imediatamente às instâncias citadas.

Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 80 pessoas trans foram assassinadas no Brasil no primeiro semestre de 2021. A expectativa de vida das mulheres trans no país é de apenas 35 anos.


 

Fonte: Matheus Falivene é advogado nas áreas de Direito Penal e Direito Penal Econômico. Doutor e Metre em Direito Penal, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Especialização em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra/Portugal. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Professor na pós-graduação da PUC-Campinas.


Equilíbrio entre carreira e vida pessoal! Iniciando a conversa


Existem muitas abordagens e propostas que vão desde dicas sucintas até estudos profundos de muitos anos, com teorias, teses e dissertações, que buscam trazer conhecimento para as pessoas que possuem este desafio.

O ambiente atual é realmente muito desafiador, e foi agravado durante a pandemia. Convivemos cada vez mais, com doenças associadas ao estresse, sobrecarga física e emocional, e que não são necessariamente novas, como a depressão, a dependência química, a síndrome do pânico, ansiedade e mais recentemente burnout. Muitas destas doenças são atribuídas parcialmente a problemas de desequilíbrio que impactam negativamente a qualidade de vida.

As demandas da sociedade tanto na vida pessoal e social quanto na profissional, vem evoluindo e para muitas pessoas gerando mais pressão, cobranças, expectativas, frustrações, exposições e comparações.

Estamos em um ambiente de redes sociais, smartphones, internet, "haters", "stories", apps, que como soluções derivadas da tecnologia podem servir para o bem; mas quando não utilizadas adequadamente, podem agravar muito o problema de desequilíbrio, tanto no lado pessoal quanto no profissional.

Gostaria de propor um pouco de reflexão, para gerarmos autoconhecimento e ajudarmos com ferramentas, técnicas e dicas no desenvolvimento de um planejamento, de objetivos e metas e de uma rotina que permita um equilíbrio entre estes dois aspectos da vida humana moderna/atual.

Reconheço que existem muitas possibilidades e caminhos para a busca do equilíbrio mencionado, e não pretendo apresentar algo que seja melhor ou pior do que outras abordagens, que existem sobre tema.

Buscarei entregar um conteúdo de valor, distribuído em alguns artigos, que possam trazer alguma contribuição para a busca por um equilíbrio e por uma vida mais saudável.

A ideia inicial que proponho é a de promover a discussão de ideias, conceitos e perspectivas sobre o desafio de equilibrar a vida pessoal e a carreira profissional.

Podemos ter uma sequência que aborde com um pouco mais de profundidade, que cada pessoa é diferente das outras e, portanto, um elemento básico para se construir uma rotina de atividades equilibrada, passa por autoconhecimento.

Precisamos de motivação, sonhos e principalmente de objetivos e metas que nos permitam olhar para frente, e ter uma razão para empenhar esforços e energia em busca de algo. Isso será o tema de uma terceira parte desta série de artigos.

Na conclusão, podemos discutir a definição e a vivência de uma rotina que viabilize a priorização do que é mais importante para a pessoa, com alguma produtividade nas suas ações e este equilíbrio tão desejado por profissionais.
Seguem alguns pontos de vista sobre o tema, para sua reflexão.



Perspectivas Vida Pessoal x Carreira Profissional:

Quero iniciar perguntando: por que você está aqui?

Acredita que há um conflito entre vida pessoal e profissional?

Entende que são duas vidas separadas que precisam estar em equilíbrio? Por quê?

Sente que atualmente a sua rotina diária está desequilibrada e isto está causando prejuízos?

Ou está em busca de mais produtividade?

Não? É felicidade, sucesso e qualidade de vida? É possível isto?

São muitas as perguntas que podem levar as pessoas a buscar conteúdo que ajude a equilibrar, o que em primeiro momento, parece ser um desafio ou problema, ou seja, conciliar uma vida pessoal com uma carreira profissional cheia de realizações e sucesso.

Recomendo uma visão integrada, que deve considerar a vida como uma só, com suas muitas dimensões, especialmente no lado pessoal, a exemplo da familiar, da individual, da social, da religiosa e da saúde / bem-estar.

Não devemos desassociar a vida pessoal da vida profissional. Acredito que a vida é uma só e que tanto a perspectiva pessoal quanto a profissional estão integradas, mesmo que em desequilíbrio.

Não vejo como possível, uma pessoa isolar totalmente a sua vida profissional das questões pessoais e o contrário, mesmo que alguns cheguem a quase abrir mão de viver uma destas, por exemplo não tendo carreira profissional "formal" ou então se dedicando absurdamente apenas a questões profissionais e deixando de lado aspectos individuais, sociais, familiares, etc.

Assim podemos dizer que cada pessoa tem uma vida só, que não volta atrás no tempo, que é finita e dinâmica, composta de vários momentos, fases, etapas, e de várias dimensões.

Não há fórmula que se aplique a todas as pessoas, para obtenção de felicidade, sucesso, e equilíbrio, basicamente porque as pessoas são diferentes, possuem cultura, educação, personalidade, etc. que fazem com que sejam únicas.

É importante que cada pessoa conheça a si mesma, conheça opções e alternativas para abordar a sua vida e escolha / decida como deseja conquistar seus sonhos e objetivos, que podem representar a felicidade, o equilíbrio, o sucesso e até mesmo a tão falada, qualidade de vida, mas isto será diferente para cada um e não se poderá isolar as dimensões de uma vida única.

O principal ativo do ser humano, sobre o qual buscamos equilíbrio é o nosso tempo, portanto a gestão do tempo que alocamos para as ações e para as dimensões da vida, tanto do ponto de vista de quantidade, mas principalmente de qualidade, é o fator chave para se alcançar os objetivos, bem como o equilíbrio desejado.

O principal conceito que temos de assumir é: o controle e a função de protagonistas sobre nossas decisões e ações. O autoconhecimento nos ajuda a entender quem somos, nossos valores, motivações e necessidades e até o nosso propósito de vida.

Devemos evitar o papel de vítimas ou terceirizar a responsabilidade sobre nossa situação, para outras pessoas ou entidades. Ter uma atitude de controle sobre a própria vida, a própria agenda e um pensamento sistêmico que entende as relações de causas e consequências na nossa vida, ajuda na construção de uma jornada, que é tão importante quanto o destino final.

Cada individuo é diferente dos demais, portanto sua definição de sucesso e felicidade, seus objetivos e o seu equilíbrio entre o pessoal e o profissional, será único. Esse deve ser construído com o tempo, entendendo-se que não será perene / estático, ou seja, é na média que se obtém o equilíbrio, reconhecendo que são necessários esforços, sacrifícios e "trocas" em determinados momentos, levando a alguns desequilíbrios em um período / temporários; que uma vez conscientes, podem ser compensados e assim o equilíbrio se atinge em um escopo / período maior, mas sempre individual.

Após compartilhar essas ideias centrais neste primeiro artigo da série, devo ir mais fundo nos temas mencionados nos seguintes, propondo discussões, mas sem fórmulas mágicas ou radicais. A ideia é apoiar o indivíduo na sua busca por equilíbrio, com alguma estrutura e objetividade.




Elber Mazaro - advisor na Wintepe, consultor, palestrante e professor de MBA.


Pequenas indústrias sentem mais dificuldade no acesso a crédito

Sondagem das Micro e Pequenas Empresas revela que três de cada dez empreendedores do setor consideram as exigências dos bancos altas


Apesar da percepção de melhoria de acesso a crédito, entre os donos de pequenos negócios do setor da indústria, ter crescido quase dois pontos percentuais em junho, quando comparado com o mês anterior, esse segmento continua sendo o que tem a pior avaliação sobre acesso a empréstimos. De acordo com a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), quase 33% dos donos de micro e pequenas indústria consideram o grau de exigência para concessão ou renovação de empréstimos bancários alto, 57,3% moderado e apenas 10% acreditam que é baixo.

“Mesmo com o aumento do acesso a crédito que temos constatado de um ano para cá, os empresários ainda consideram que os bancos são muito exigentes para emprestar dinheiro e, por isso, é tão importante o desenvolvimento de políticas públicas que facilitem o uso de garantias, como é o caso do Pronampe, que voltou a vigorar neste mês”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ele acredita que, com a nova rodada do programa, é possível que essa percepção melhore nos próximos meses.

Os empreendedores do setor de Serviços, apesar de serem um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus e com grande parte do faturamento reduzido, veem o acesso a crédito de uma forma mais positiva. Para 25,6% deles as exigências são altas e o percentual de empresários que consideram baixas cresceu 5,6 pontos percentuais, passando de 9%, em maio, para 14,6% em junho. Para 59,8%, as exigências são normais. “O grau de dificuldade fácil, entre os empreendedores do Comércio, também teve queda de 9,4 pontos percentuais, o que é um sinal de alerta de que o segmento precisa maior atenção da política de crédito”, observa Melles.

Apesar disso, para outros 75,7% dos negócios do comércio, as exigências são normais, o que provavelmente está associado ao uso mais tradicional do uso de montantes menores e para capital de giro.


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