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quinta-feira, 15 de julho de 2021

7 mitos e verdades sobre clareamento dental

De acordo com a Sociedade Brasileira de Odontologia e Estética (SBOE), o Brasil é considerado o segundo país que mais realiza procedimento estético odontológico no mundo. Entre 2015 e 2019, a busca por procedimentos em odontologia estética triplicou. Dentre todos os procedimentos disponíveis pelo mercado, o clareamento dental é o mais requisitado. 

E, segundo a última pesquisa da Technavio, apoiada na extensa procura pelo procedimento durante a pandemia de covid-19, o mercado global de clareamento dental deve atingir um crescimento de 840 milhões de dólares nos próximos anos. As previsões são de um aumento anual de 4% durante 2020-2024. 

Apesar da alta demanda, o clareamento dental ainda gera uma série de dúvidas. Abaixo, você confere os principais mitos e verdades sobre o procedimento, segundo a Dra. Kamila Godoy, cirurgiã-dentista, membro da Associação Brasileira de Ortodontia, da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética e especialista em ortodontia e harmonização orofacial pelo Miami Anatomical Research Institute.

 

Clareamento dental danifica os dentes

Mito. O dente pode ficar mais sensível, mas não poroso ou enfraquecido de forma permanente. Os poros ou canalículos ficam abertos para que o gel clareador libere as moléculas de pigmento. Porém, o procedimento não corrói o esmalte do dente e essa sensibilidade tende a diminuir após o tratamento.

 

As restaurações mudam de cor

Mito. O que muda de cor é o dente natural. O material clareador não é capaz de alterar a cor das restaurações e próteses dentárias. Sendo assim, após o clareamento é necessário fazer a troca de restaurações e próteses que aparecem durante o sorriso.

 

Todo mundo pode fazer clareamento dental

Mito. O procedimento não é indicado para mulheres grávidas ou que estejam amamentando, pacientes com hipersensibilidade ao medicamento, indivíduos com doença periodontal e presença de muitas restaurações estéticas e/ou retrações gengivais. O clareamento também é contraindicado para crianças de até 12 anos.

 

Alguns alimentos são proibidos durante o tratamento

Verdade. Hoje, a ciência diz que não é preciso interromper o uso de café, por exemplo. Mas é importante tomar cuidado com alimentos ácidos ou com corantes intensos. Refrigerantes à base de cola, beterraba, chocolate e chá preto, se consumidos frequentemente, podem interferir na durabilidade do tom alcançado no procedimento. Por isso, mesmo após o tratamento, é indicado sempre tomar cuidado com o que é ingerido. É recomendado também evitar os cigarros, já que podem causar manchas nos dentes.

 

Cremes dentais funcionam como clareadores

Mito. Os cremes dentais possuem pouco agente clareador em sua fórmula e por isso não são capazes de exercer essa função. Porém, as pastas de dentes que são tidas como “branqueadoras” ou “clareadoras” possuem mais agentes abrasivos do que as comuns e podem retirar manchas superficiais que tornam o dente mais branco, às custas também de desgaste do esmalte dentário.

 

O clareamento em consultório é mais eficaz do que o feito em casa

Mito. O gel utilizado no consultório é mais concentrado, por isso, oferece um resultado mais rápido. Porém, quando o tratamento é feito em casa, o dente fica mais tempo em contato com o produto e acaba deixando-o mais branco por mais tempo. “O ideal é mesclar os dois procedimentos, realizando as sessões no consultório e usando a moldeira em casa. Entretanto, esse tratamento caseiro pode ser indicado apenas pelo cirurgião-dentista”, aconselha Kamila Godoy.

 

Bicarbonato de sódio clareia os dentes

Em partes. O bicarbonato é uma substância abrasiva e pode retirar manchas da superfície do dente, o que causa a leve impressão de clareamento. No entanto, o uso do produto deve ser feito apenas em consultório, quando indicado, pois pode danificar os dentes.

 

A alimentação como aliada para largar o cigarro

Adobe Stock
Nutricionista explica quais alimentos são benéficos e prejudiciais para aqueles que desejam dar o primeiro passo na hora de se livrar do vício


A população tem se conscientizado gradualmente sobre os malefícios do cigarro para a saúde. O hábito vem perdendo força no Brasil nos últimos anos - uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que, em 2018, apenas 9,3% da população fumava, contra 15,6% de 2006 -, mesmo assim, cerca de 22 milhões de pessoas ainda são fumantes.

Cientes dos prejuízos que a prática proporciona, como dentes amarelados, mau hálito, problemas pulmonares e diversos tipos de câncer, os fumantes têm se conscientizado sobre a questão e desejado, cada vez mais, se livrar do vício. Mas além dos famosos adesivos de nicotina junto da prática de exercícios físicos, uma alimentação balanceada se mostra como uma importante aliada nessa missão. Júlia Canabarro, nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, explica:

"Sabemos do poder de uma alimentação balanceada para a tão desejada qualidade de vida e, com isso, não devemos negligenciar sua eficácia na luta contra o tabagismo. Certos alimentos têm efeito inibidor na vontade de fumar, e adotá-los em sua dieta pode ser uma ótima maneira de largar o cigarro de forma gradativa, gerando, consequentemente, menos estresse, ansiedade e as famosas recaídas".

Segundo a nutricionista, as primeiras semanas são cruciais, já que são nelas que se sente de forma mais intensa a abstinência da nicotina. Para estes momentos, ela indica o consumo de alimentos que proporcionam sensação de bem-estar e auxiliam na redução da ansiedade. As bananas são conhecidas por possuírem altos índices de vitamina B6, além de contar com o aminoácido triptofano, responsável pela produção de serotonina e a consequente diminuição do estresse. Chocolate, grão de bico, peixes e laticínios são outros bons exemplos.

O tomate, por sua vez, auxilia na missão graças a um fato curioso: ele e as plantas de tabaco são da mesma família, sendo conhecida também como o grupo de "solanáceas". Por isso, a fruta contém uma pequena quantidade de nicotina, que auxilia na redução do cigarro. Seu consumo é recomendado, principalmente, por meio de sucos - para uma maior absorção de nutrientes -, mas ele também pode ser consumido cru, em saladas e molhos.

Outra dica valiosa, como aponta a profissional, é investir em hábitos que possam substituir o antigo (de ter o cigarro à mão). Cenoura e aipo cortados em palitos são boas opções para os momentos em que o desejo de fumar aparece, tanto pela fixação oral que o cigarro proporciona, quanto pelo hábito de segurá-lo entre os dedos. Pode parecer simples, mas por replicar a mecânica corporal de fumar, o ato deve acalmar os nervos nos momentos mais cruciais. Chicletes sem açúcar também podem servir de "muleta" nestes momentos.

Por último, Júlia Canabarro explica que dois itens devem ser evitados ao máximo quando o abandono progressivo do cigarro estiver sendo feito: álcool e café. Ambas as bebidas estão diretamente ligadas ao costume de fumar e, por isso, podem ser "gatilhos" para os tabagistas que veem dificuldade em as desvencilhar do hábito. "Para sua substituição nos primeiros meses, o consumo de chás e, principalmente, água é muito indicado. Conhecida por ser um desintoxicante natural e acalmar o organismo, contar com uma garrafinha de água para levar durante o dia pode ser uma boa válvula de escape", explica a profissional.

"O tabagismo é uma doença séria e deve ser tratada como tal. Para aqueles que desejam parar de fumar, indico o acompanhamento médico e nutricional, além da prática de exercícios físicos. Esses profissionais da saúde têm o conhecimento para guiar seus pacientes durante a transição e os ajudar a evitar consequências que a falta de nicotina pode trazer, como o ganho de peso e o consumo compulsivo de comida. Não tenha medo: procurar ajuda é a parte mais difícil, mas quando feito, o abandono do cigarro só proporciona benefícios a curto, médio e longo prazo", finaliza.

 

Dietbox

https://dietbox.me  

 

As vacinas causam trombose? Conheça mitos e verdades sobre essa doença

Divulgação
Especialista em trombose desmistifica as maiores mentiras sobre o assunto e explica como se precaver


Nos últimos meses, a internet foi tomada de informações sobre a relação entre vacinas contra a COVID-19 e o desenvolvimento de trombose – inclusive com recomendações para o uso de anticoagulantes em pessoas que tomaram os imunizantes AstraZeneca e Janssen. A repercussão ganhou força após casos ocorridos na Europa e Estados Unidos em abril desse ano, e a morte de uma gestante no Rio de Janeiro um mês depois.  

Apesar de raros, os episódios associados às vacinas levantaram questões importantes sobre o que é a trombose, como ela se manifesta e como preveni-la.  Com cerca de 300 mil mortes associadas a essa condição todos os anos, a trombose pode ser facilmente identificada e evitada quando se tem em mãos as informações adequadas para distinguir seus mitos e suas verdades. 

As vacinas podem resultar em tromboses 

Verdade - Mas são casos muito raros. Uma trombose acontece quando um coágulo de sangue interrompe a circulação de uma veia ou artéria, comprometendo a irrigação e a função regular daquele órgão ou tecido. “As tromboses desencadeadas pelas vacinas ocorrem por um mecanismo chamado de imunomediado, isto é, decorrente de uma reação imunológica, que envolve as plaquetas, e que é chamada de trombocitopenia trombótica induzida por vacina, ou VITT *(sigla em inglês) – Vaccine-Induced Thrombotic Thrombocitopenia”, explica a Dra. Joyce Annichino, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp. “Há um aumento do risco de trombose, mas isso não deve ser uma contraindicação para a utilização dessas vacinas -  mesmo em pacientes que já tenham tido trombose”. 

Quem já teve uma trombose, tem mais risco de ter novamente 

Verdade – Sim, pois uma nova trombose, que chamamos de retrombose, é uma das complicações que podem ocorrer após um primeiro caso venoso. Dependendo do local onde a primeira trombose ocorreu, o coágulo (ou trombo) pode não se dissolver totalmente e favorecer uma nova interrupção de circulação.  

Mas é preciso dividir bem o que é trombose arterial e trombose venosa. A primeira ocorre em uma artéria e implica em um quadro mais grave. “Quando você obstrui uma artéria, ela estava levando sangue oxigenado. Se há uma obstrução total, o órgão ou tecido que deixou de ser irrigado, pode necrosar de forma muito rápida”, afirma a doutora. “Já a trombose venosa é diferente. Ela vai obstruir o vaso que traz o sangue que está voltando daquele órgão ou daquele membro para o coração. O mais comum é a trombose das pernas, e nesse caso, pode ocorrer uma inflamação local, inchaço e dor”. 

A trombose venosa, apesar de menos grave, apresenta o risco do desprendimento de um pedaço do trombo inicial e esse vir aos pulmões, o que acarretaria em uma embolia pulmonar, que pode ser fatal. Por isso, é sempre importante ter acompanhamento médico. 

Uma trombose pode resultar em um derrame 

Verdade – O derrame nada mais é que uma diminuição da passagem de sangue na região do cérebro - causado, em sua maioria, por uma trombose arterial, mas também pode ser por trombose venosa. No caso da trombose arterial, a artéria é entupida por um trombo e o tecido cerebral que estava sendo irrigado passa por um processo de necrose. “Dependendo do tempo que o paciente demora para conseguir o tratamento, a redução do fluxo sanguíneo na região, potencialmente, prejudicaria a sua recuperação, podendo alterar a fala, ou ocasionar numa paralisia de algum membro ou total”, relata Annichino. 

A trombose não atinge pessoas atléticas e em boas condições físicas 

Mito – É evidente que quanto melhor o estado de saúde física de uma pessoa, menor o risco de ela ter alguma doença. Um atleta geralmente terá um bom perfil lipídico e terá menos chances de apresentar hipertensão, diabetes ou obesidade. No entanto, existem casos de trombose venosa que estão ligados a lesões esportivas. 

Foi o que aconteceu com a jogadora de tênis americana Serena Williams em 2010. Uma série de pequenas lesões foram responsáveis por carregar coágulos de sangue ao seu pulmão - o que, infelizmente, acabou levando-a a um caso sério de embolia pulmonar que a tirou das quadras por quase 12 meses. 

A Dra. Joyce conta que não é raro encontrar pacientes de trombose com esse perfil em seu consultório. “Muitas vezes, eles acham que foi uma trombose espontânea, sem fator de risco nenhum, mas quando a gente investiga com mais cuidado, descobre que ele teve uma lesão ou distensão, seguido de dor e inchaço – que pode ter ocasionado a um trauma no vaso, que levou à trombose venosa”. 

Somente pessoas de idade vão ter trombose 

Mito – A idade é, sim, um fator de risco para trombose, mas não é o único. Pessoas de todas as idades podem desenvolvê-la, apesar de hipóteses que afirmam que, a partir dos 70 anos, em algum momento, todas as pessoas terão esse tipo de experiência. 

Obesidade, diabetes, hipertensão e alto nível de colesterol podem contribuir para casos de trombose arterial em pessoas de qualquer idade. Já outros fatores que fazem parte da nossa vida cotidiana podem levar a tromboses venosas, como viagens aéreas com mais de seis horas, o uso de anticoncepcionais hormonais, gestações, lesões – como comentamos no item anterior -, câncer e a hereditariedade.  

Remédios de controle de natalidade podem contribuir para casos de trombose 

Verdade – Isso vale para anticoncepcionais hormonais que contêm estrogênio. “A paciente vai ter o aumento de alguns fatores de coagulação e a diminuição de anticoagulantes naturais. Tudo isso vai poder favorecer a trombose”, explica a médica.  

“O papel do ginecologista é muito importante porque a trombose venosa é a terceira causa de morbimortalidade no mundo - algo evitável se os médicos souberem fazer um bom histórico de suas pacientes e não as exporem a riscos desnecessários”, completa. 

Mulheres têm mais tromboses do que homens 

Mito – Homens têm mais casos de trombose, ainda que a diferença entre os sexos seja muito pequena. No entanto, o sexo feminino está, ao longo da vida, mais exposto a fatores de risco para trombose venosa, como a gestação e o uso de anticoncepcionais hormonais. 

“Eu recebo no meu consultório uma mulher que vai engravidar e que me conta que a família toda dela tem trombose. Eu posso fazer algumas avaliações e, dependendo do caso, até indicar o uso de um anticoagulante durante a gestação”, afirma Dra. Joyce. “Não é sempre, mas, às vezes, a gente pode atuar de uma forma bem proativa e evitar esse tipo de complicação que é a trombose venosa”. 

A maioria das tromboses ocorrem durante viagens aéreas ou rodoviárias 

Mito – As viagens não são o fator de risco mais importante para trombose. Durante as viagens aéreas com duração superior a 6 horas há maior risco, especialmente para pessoas altas ou baixas demais pela relação com os assentos dos aviões. O uso de medicamentos para dormir (que podem deixar o passageiro relaxado em uma posição inadequada) e a própria pressurização do avião também podem contribuir.   

Para prevenir, a médica indica: “Tome bastante líquido, evite excesso de álcool e, de vez em quando, dê uma caminhada, ou pelo menos movimente a perna mesmo sentado”. E completa informando que o risco não é tão alto quanto dizem. “A viagem aérea é um fator de risco, mas o anticoncepcional hormonal, por exemplo, apresenta um risco maior, assim como uma cirurgia sem profilaxia”. 

Eu posso perceber que estou tendo uma trombose e buscar ajuda 

Verdade – Sintomas como dores em pernas, coxas, braços e abdômen, formigamentos, inchaços, endurecimento e calor no local podem apontar para uma possível trombose venosa. O derrame (AVC), decorrente de uma trombose venosa, pode se manifestar através de dor de cabeça forte, náusea, vômito, ou até sinais de localização, como paralisia de um dos membros. 

O que é o melhor a se fazer para evitar o risco? 

O primeiro e mais importante passo é se manter ativo fisicamente e conservar boas práticas de saúde. Para o caso de lesões em exercícios, é interessante que se preste atenção no local em busca de inchaços ou dores desproporcionais nos dias seguintes. E sempre que passar por um episódio que propicie o desenvolvimento de trombose venosa, conversar sobre o assunto com seu médico responsável. “Cirurgias, casos onde o paciente deverá ficar imobilizado, indicação de anticoncepcional com estrogênio, hospitalizações. Esses são alguns casos que vale levantar um questionamento ao médico quanto a esse risco”, finaliza Dra. Joyce.

Pandemia reduz em 69% cirurgias de hérnias abdominais realizadas pelo SUS no Brasil

O número de cirurgias de hérnias da parede abdominal realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil teve queda de 69% em ano de pandemia.


Entre 2020 e 2021 foram realizados 119,3 mil procedimentos cirúrgicos nesta área, sendo 36,4 mil em caráter de urgência, considerando todos os tipos de hérnias abdominais. Em 2019 o número de cirurgias chegou a 387,3 mil, sendo 45 mil urgências.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia, Christiano Claus, a queda se deve à suspensão de cirurgias eletivas e à sobrecarga do sistema de saúde, provocada pela COVID-19. "Com a escassez de leitos e até medicamentos para sedação causados pela pandemia, as cirurgias sem urgências médicas foram suspensas por governos de diversas cidades e estados, com o objetivo de garantir atendimento aos afetados pelo novo Coronavírus".

Uma cirurgia de hérnia abdominal caracteriza urgência em caso de estrangulamento. Marcelo Furtado, vice-presidente da sociedade, alerta que a doença pode levar à morte caso não seja tratada de forma adequada. "Nesse caso o conteúdo herniário - que geralmente é parte do intestino do paciente - fica estrangulado, comprometendo o fluxo sanguíneo e podendo levar a isquemia e gangrena. O paciente apresenta dor intensa e a cirurgia deve ser realizada o mais breve possível".

O encarceramento é outra complicação das hérnias abdominais. Acontece quando o abaulamento ou ‘bolinha da hérnia’ não desaparece espontaneamente e não pode ser reduzido mesmo após manipulação. Apesar de provocar dor não configura necessariamente uma emergência. Se houver encarceramento associado a obstrução do intestino, a cirurgia de emergência está indicada.

O diretor executivo da SBH, Dr. Gustavo Soares, lembra que em casos de sintomas os pacientes devem procurar um consultório médico. "Com o avanço da vacinação as cirurgias já foram retomadas em grande parte do país e os consultórios médicos e hospitais são locais preocupados e preparados na prevenção da transmissão da COVID-19", lembra.

Entre os sintomas das hérnias estão aumento de volume localizado principalmente quando durante exercícios e melhora dos sintomas com repouso, além de dor e desconforto local.

Dor intensa e aumento de volume mais acentuado no local da hérnia, obstrução do intestino, vômitos e estufamento abdominal são sintomas que indicam a necessidade de buscar um pronto atendimento.

Estima-se que sejam realizadas aproximadamente 600 mil operações para reparos de hérnias abdominais ao ano no Brasil, fora de época de pandemia, levando em consideração o sistema público e privado de saúde.


sbhernia.org.br

Médico responde às principais dúvidas sobre os riscos de infecções fúngicas em pacientes internados em UTIs

As internações hospitalares sempre são motivo de atenção para pacientes, médicos e familiares. Com a chegada da Covid-19, o assunto está cada vez mais em evidência, e novas preocupações começaram a surgir, como é o caso das infecções hospitalares, geralmente causadas por vírus, bactérias e fungos. As infecções causadas por fungos podem acometer principalmente os pacientes internados por tempo prolongado e com sistema imunológico debilitado. Nessas situações um diagnóstico tardio ou até mesmo a falta dele, chegam a levar muitos pacientes ao óbito.

O médico especialista Marcello Mihailenko Chaves Magri, infectologista do Hospital das Clínicas da FMUSP, responde às principais dúvidas sobre o assunto, confira:


Quais as principais infecções que podem ser adquiridas durante uma internação hospitalar?

R: Vários microrganismos podem ser transmitidos dentro do ambiente hospitalar, entre os quais, destacam-se as bactérias e os fungos. As infecções bacterianas e as fúngicas podem apresentar altas taxas de morbidade e mortalidade. Outro aspecto que merece destaque é que, muitas vezes, esses microrganismos podem apresentar diferentes padrões de sensibilidade aos antimicrobianos.



O que são infecções fúngicas?

R: Os fungos são organismos eucarióticos, unicelulares ou multicelulares que pertencem ao Reino Fungi. Se apresentam nas formas de leveduras, bolores ou ainda podem ser dimórficos (bolores na temperatura ambiente ou leveduras dentro do ser humano). Podem causar vários tipos de infecções nos seres humanos, desde infecções superficiais (unhas, pele, cabelos e etc…) até infecções invasivas, disseminadas.


Quais são as principais infecções fúngicas invasivas hospitalares e aquelas que acometem pacientes imunodeprimidos?

R: O principal fungo que causa infecções fúngicas invasivas hospitalares é a levedura do gênero Candida. Nos pacientes imunodeprimidos, especialmente nos pacientes neutropênicos, com câncer hematológico e transplantados de células tronco hematopiéticas, além de Candida, os fungos filamentosos (bolores) como os do gênero Aspergillus e Fusarium são responsáveis por alta taxas de letalidade. Nos pacientes com aids, em determinadas fases após o transplante de órgãos sólidos, entre as infecções fúngicas oportunistas, destacam-se a candidíase, a pneumocistose, a criptococose e a histoplasmose.

A mucormicose é uma infecção fúngica invasiva, rara, causada por fungos filamentosos que, no Brasil, acometem mais frequentemente os pacientes diabéticos descompensados.


Quais são os principais sintomas das infecções fúngicas invasivas? Quais efeitos estas infecções causam no corpo?

R: Os sinais e sintomas das infecções fúngicas invasivas dependem de fatores do hospedeiro e do fungo. Por exemplo, a criptococose, mais frequentemente causa uma meningite/meningoencefalite subaguda ou crônica com ou sem acometimento pulmonar. Pode causar febre, cefaléia, vômitos e dor na nuca. A aspergilose pulmonar invasiva pode causar febre, queda do estado geral, tosse, falta de ar, escarro com sangue e nos exames radiológicos de pulmão lesões pulmonares importantes. A mucormicose pode causar mais frequentemente uma rinossinusite grave podendo, se não diagnosticada precocemente, acometer a órbita e o cérebro. Já a candidemia, que é a infecção por fungos do gênero Cândida, no sangue se manifesta por quadros febris em pacientes internados nos hospitais, especialmente após procedimentos cirúrgicos abdominais e internação prolongada em terapia intensiva.


Qual o tipo mais grave de infecção fúngica? E o mais comum?

R: Todas as infecções fúngicas invasivas se não diagnosticadas e tratadas podem levar o paciente ao óbito. Alguns exemplos importantes são:


Candidemia: pode se apresentar com febre e evoluir para sepse e choque séptico se não tratada.

Aspergilose: é causada pelo fungo Aspergillus, presente no ar. No caso de aspergilose invasiva, apresentação mais agressiva da infecção, o fungo se espalha rapidamente pelos pulmões e, por vezes, atinge até cérebro, coração, fígado ou rins pela corrente sanguínea.

Mucormicose: também podem causar infecções agressivas nos pulmões. Entretanto, outras manifestações possíveis são infecções na face pelos seios nasais, no cérebro, nos olhos e no aparelho gastrointestinal. Em casos avançados, a doença pode ainda atingir múltiplos órgãos. Por conta disso, a mortalidade pela doença pode evoluir de 30 a 80%, dependendo da infecção e do nível de imunocomprometimento do paciente.

Neurocriptococose: é uma infecção fúngica extremamente grave especialmente nos pacientes com aids, acometendo o Sistema Nervoso Central, sangue, pulmões, pele entre outros órgãos.

Histoplasmose disseminada: essa infecção ocorre mais frequentemente nos pacientes imunodeprimidos, especialmente nos pacientes com aids. É extremamente grave e fatal nesses pacientes. Pode causar quadros clínicos muito semelhantes à tuberculose disseminada. Pode causar doenças nos pulmões, fígado, baço, pele, cérebro, medula óssea e etc.


Estas infecções costumam ser confundidas com outro tipo de diagnóstico? Quais?

R: As infecções fúngicas invasivas, dependendo do fungo e do hospedeiro, podem apresentar quadros semelhantes às infecções por bactérias, micobactérias e outros fungos, tumores ou doenças reumatológicas.



Qual é o sinal de alerta para o risco de uma infecção fúngica invasiva?

R: Existem micoses que são endêmicas em determinadas regiões, ou seja, muitas pessoas daquela região poderão se infectar, embora uma minoria desenvolve a doença. Existem vários fatores de risco que aumentam a chance de um indivíduo adquirir uma infecção fúngica invasiva. Destacam-se os pacientes imunodeprimidos e os pacientes hospitalizados, especialmente em terapia intensiva.



Como podemos evitá-las?

R: Para as infecções fúngicas invasivas adquiridas no ambiente hospitalar existem várias estratégias propostas pelas comissões de controle de infecção hospitalar para reduzir as taxas de infecção de corrente sanguínea, campanha de lavagem das mãos, pneumonia relacionada à ventilação mecânica entre outras. Algumas situações específicas em pacientes imunodeprimidos está indicada profilaxia com antifúngicos para evitar essas infecções.



Existe tratamento?

R: Os protocolos de tratamento existentes hoje compreendem medicamentos antifúngicos e até mesmo a remoção cirúrgica dos fungos, quando necessário. No caso da aspergilose, por exemplo, a terapia de primeira linha recomendada é voriconazol ou isavuconazol, porém estudos comprovam que o isavuconazol apresenta algumas vantagens farmacológicas que permitem o uso também por pacientes criticamente enfermos no ambiente de UTI com insuficiência renal e diálise. Existem situações onde os fungos podem ser resistentes ou o uso de antifúngicos prévios podem selecionar cepas resistentes. Nessas situações, a anfotericina lipossomal pode salvar o paciente com uma candidemia persistente, por exemplo, em uso de equinocandina.



O paciente com COVID-19 está mais suscetível a pegar este tipo de infecção?

R: Os pacientes com as formas moderadas e graves da COVID-19 podem evoluir com quadros inflamatórios importantes, fenômenos tromboembólicos, alterações nas barreiras mucosas do trato digestório e lesões pulmonares que levam o paciente a necessitar de oxigênio ou até ventilação mecânica e corticoide. Esses fatores podem contribuir para um aumento do risco para desenvolver essas infecções. As infecções fúngicas possuem uma incidência relevante, sobretudo, em pacientes cujo sistema imunológico perdeu a efetividade no combate a doenças, em virtude de outras condições clínicas, como é o caso de pacientes graves da Covid-19. Figuram também nessa lista pacientes com aids, transplantados, pessoas que passaram por cirurgias complexas, pacientes oncológicos submetidos a longos períodos de tratamento com quimioterapia e aqueles submetidos a várias linhas de antibioticoterapia e corticóides em ambiente de UTI.



Houve aumento de casos de infecções fúngicas após o início da pandemia de Covid-19?

R: As infecções fúngicas invasivas mais relatadas desde o início da pandemia de COVID-19 são candidíase invasiva, aspergilose e mucormicose. Desde 2020 vários países têm dado destaque a essas infecções, como, por exemplo, Aspergilose na Europa e México e mucormicose na Índia.


Recentemente, vimos notícias sobre a Mucormicose na Índia. Ele está de alguma maneira atrelado à cepa indiana da Covid-19? Existe chances desse tipo de fungo se desenvolver no Brasil também?

R: A mucormicose ganhou interesse mundial com o crescimento de casos de Covid-19 na Índia, onde cerca de 15 mil casos de mucormicose foram documentados recentemente. É uma micose invasiva envolvendo fungos filamentosos hialinos da ordem Mucorales (Rhizopus sp, Mucor sp, Rhizomucor sp, Lichtheimia sp, entre outros), que a imprensa vem denominando erroneamente como micose por "fungos negros". A princípio não há nenhuma evidência que a cepa indiana esteja relacionada aos casos de mucormicose. É Importante pontuar que não é esperado que a mucormicose aqui no Brasil assuma a mesma proporção que a observada na Índia. Antes do advento da Covid-19, a Índia já registrava altas taxas de incidência de mucormicose. O elevado número de casos de mucormicose em pacientes com Covid-19 na Índia pode estar relacionado, entre outros fatores, com a elevada incidência de diabetes na população desse país (muitos sem diagnóstico e tratamento), favorecendo o surto de mucormicose nos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em uso de elevadas doses de corticóides para tratamento da Covid-19.


Cresemba®

Isavuconazol

 

AmBisome® (anfotericina B):

 

United Medical

Perda auditiva pode ser prevenida

Mais de 900 milhões de pessoas poderão desenvolver surdez até 2050, segundo a OMS


A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns nos dias atuais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgados em 2020, mostram que mais de 10 milhões de pessoas tem algum problema relacionado a surdez, ou seja, 5% da população é surda. Entre essas pessoas, 2,7 milhões não ouvem nada.

A surdez pode ser parcial ou total e ainda ser desenvolvida ao longo dos anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou informações de que 900 milhões de pessoas no mundo poderão desenvolver surdez até 2050.

A otorrinolaringologista credenciada da Paraná Clínicas, Karin Seidel (CRM PR- 31875/RQE-22185), alerta que alguns fatores comportamentais podem levar à surdez. “Uso demasiado de fone de ouvido com volume alto do som, utilização de hastes flexíveis ou outros objetos dentro do ouvido que podem provocar lesões e infecções, além de utilização de medicamentos tóxicos para os ouvidos, podem causar a perda auditiva parcial ou até mesmo levar a surdez”, destaca a profissional.

Traumas acústicos como explosão, tiros, shows musicais; exposição prolongada a ruídos sem a proteção auricular; e barotrauma, que são as mudanças brusca da pressão atmosférica: tanto em mergulhos, quando em voos de avião, por exemplo, são fatores ambientais que também pode comprometer a audição.

De acordo com a médica, existem outros fatores que podem levar a surdez e ainda existem aqueles que podem ser hereditários. “Doenças como Meningite, Sarampo, Rubéola, Caxumba e Metabólicas podem causar surdez. Há também os casos de hereditariedade, em que a investigação do histórico familiar é primordial assim como o acompanhamento com um otorrinolaringologista”, enfatizou.

Karin Seidel ainda dá algumas dicas de como é possível evitar a surdez.

- Evitar exposição a som de alta intensidade.

- Uso de EPI (equipamento de proteção individual) de forma correta.

- Não usar nenhum objeto dentro dos condutos auditivos.

- Em caso de alteração da audição, procurar imediatamente um otorrinolaringologista pois existem algumas alterações que podem ser revertidas ou mesmo paralisadas.

 


Paraná Clínicas

 www.paranaclinicas.com.br


Covid-19 x otorrino: 10 mitos e verdades sobre os danos que a doença pode causar ao olfato e paladar

Especialista do Hospital Paulista destaca que, ao contrário do que se imagina, é possível recuperar olfato mesmo após muito tempo da perda

 

Apesar de a pandemia já perdurar por quase dois anos, a Covid-19 ainda é uma doença relativamente nova, que, diariamente, desafia a ciência e a medicina com questões que surgem cada vez que aparece uma nova variante do vírus.

Para ajudar a sanar algumas dúvidas sobre os problemas que a doença pode causar ao olfato, paladar e sistema respiratório, o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, respondeu a algumas questões que ajudam a desvendar mitos e verdades sobre a Covid-19, associados a doenças tratáveis na especialidade de Otorrinolaringologia.


1 - Há alguns dias eu não sinto gosto e nem cheiro de nada. Estou com Coronavírus?

Mito. No atual momento, a possibilidade não deve ser descartada, porém a dificuldade em sentir cheiros não é uma exclusividade da Covid-19. É comum que, em doenças como H1N1, rinites, pólipos e desvios de septo, as pessoas apresentem a falta de olfato como um de seus sintomas. "Para se ter um diagnóstico correto, é indicado que, ao apresentar este ou mais sintomas, o paciente procure um hospital", orienta o especialista.


2 - As chances de desenvolver quadros respiratórios graves são maiores para idosos que contraem a infecção pelo Coronavírus?

Verdade. Por fazerem parte do grupo de risco à doença, os idosos têm maior probabilidade de apresentar quadros mais graves. Por esse motivo, a imunização contra o vírus é imprescindível para estas pessoas, que tendem a ter a saúde mais vulnerável nesta fase da vida. No entanto, não podemos deixar de mencionar que, desde o surgimento da doença, cada vez mais pessoas jovens têm tido o quadro agravado pela doença e até perdido suas vidas para o vírus.


3 - Perdi meu olfato e paladar há mais de 15 dias. Não vou mais recuperá-los?

Mito. Ninguém pode afirmar que o olfato não pode ser recuperado. Atualmente, existem tratamentos intensos capazes de devolver o olfato em até 6 meses. A recuperação pode ser feita em até dois anos após a percepção do dano.

Segundo o médico, apenas 1,4 % dos casos são irreversíveis


4 - Fazer gargarejo com vinagre ou água salgada ajuda na prevenção?

Mito. A forma de prevenir a doença é evitando o contato com o nariz, a boca e os olhos. Por esse motivo, as mãos também devem estar sempre higienizadas. Um estudo de 2015 da Universidade de Medicina da Austrália apontou que, por hora, uma pessoa toca no rosto cerca de 23 vezes e 44% destes contatos envolvem membranas mucosas presentes nos órgãos. O uso correto da máscara também evita o contato e a transmissão do vírus.


5 - Usar descongestionantes nasais pode ajudar a recuperar o olfato?

Mito. Descongestionantes nasais melhoram a recuperação do olfato de forma parcial. O uso indiscriminado destes medicamentos, por um período superior a 7 ou 10 dias, pode provocar lesões na mucosa, gerando dependência e riscos cardiovasculares, como taquicardia e angina.


6 - Pessoas que sofrem de "ites" têm mais chance de contrair o Coronavírus?

Verdade. Pacientes que têm algum tipo obstrução nasal, coceira e coriza tendem a levar as mãos ao nariz muito mais vezes, provocando maior contato com o vírus. Isso acontece por ser um reflexo involuntário.


7 - Peguei Covid-19, não sinto gosto e cheiro de nada. Posso tratar sozinho as sequelas?

Mito. Caso a perda de olfato seja de 15 dias ou mais, ela deve ser tratada com medicações específicas, capazes de evitar sequelas mais graves. Procure um otorrinolaringologista.


8 - A máscara é prejudicial para quem sofre de "ites"?

Mito. A máscara não tem capacidade de piorar a rinite. O que acontece é que pessoas em crise de rinite podem ter dificuldades para usar a máscara. Por isso, a doença deve ser acompanhada por um especialista, para que seja tratada ou ao menos controlada.


9 - Espirro é um sintoma de Covid? Devo segurá-lo perto de uma pessoa para evitar disseminar a doença?

Mito. Os espirros não necessariamente representam a existência da Covid-19, eles estão presentes em gripes, resfriados e alergias, causadas por diversos motivos. Segurar o espirro também não é recomendado. A melhor forma de evitar a disseminação do vírus é utilizando máscaras.


10 - O ibuprofeno pode ser utilizado no alívio dos sintomas da gripe causada pelo Coronavírus?

Mito. O anti-inflamatório ibuprofeno está em investigação e, no momento, não é recomendado. "Além disso, a automedicação deve ser terminantemente evitada. Seja para a Covid-19 ou quaisquer outras patologias. O indicado, sempre que apresentar um sintoma que possa estar relacionado à alguma doença, é procurar um médico para análise e orientação correta dos medicamentos, de acordo com o que estiver sentindo", finaliza o otorrinolaringologista.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Conheça as possíveis causas de obstrução intestinal

Uma obstrução intestinal trata-se do impedimento do trânsito normal dos gases e das secreções intestinais. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo e professor de cirurgia da Universidade Positivo, elas podem ter diferentes causas.

"No intestino delgado as duas principais são as aderências - que geralmente estão associadas à cirurgias prévias - e as hérnias da parede abdominal. A obstrução também pode ocorrer no intestino grosso e nesse caso a principal causa é um tumor ou uma neoplasia", explicou.

Existe a obstrução total e a obstrução parcial de intestino, chamada de suboclusão. "Nos casos das totais invariavelmente ocorre um bloqueio completo da possibilidade do trânsito intestinal, exigindo cirurgia. Nos casos de obstrução parcial, o paciente pode ter uma solução sem necessidade de operar".

Entre os principais sintomas estão dores abdominais (cólicas), estufamento abdominal, parada da eliminação de gases e fezes e a presença de vômitos que se tornam cada vez mais intensos e frequentes.

A tomografia de abdome é a melhor forma de diagnóstico. "Muitas vezes é capaz de dar o diagnóstico preciso e também da causa da obstrução, como uma hérnia, aderência ou tumor", afirma o especialista.

Para aliviar os sintomas do paciente geralmente é esvaziado o estômago com o uso de uma sonda, com o objetivo de reduzir os vômitos. "Além disso, é importante manter o jejum, fazer reposição hidroeletrolítica endovenosa e o uso de antibióticos para evitar infecções".

A partir da realização do exame que se define a necessidade ou não da cirurgia e a complexidade do caso. "O principal cuidado é evitar para que a obstrução evolua para uma isquemia, que pode levar a uma piora significativa do caso", alerta o cirurgião.




Dr. Christiano Claus - cirurgião do aparelho digestivo

christianoclaus.com.br


15 DE JULHO - DIA DO HOMEM

 População masculina tem maior número de casos de câncer da pele, hanseníase e sífilis, aponta Sociedade Brasileira de Dermatologia


Os homens são as principais vítimas de câncer da pele no Brasil. Essa é a conclusão de um levantamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgado nesta quinta-feira (15), Dia do Homem. No período analisado, de 2010 a 2019, do total de óbitos decorrentes de complicações dessa doença, 57,5% (20.959) ocorreram na população masculina. Entre as mulheres foram 42,5% (15.517 mortes). Os dados analisados são os fornecidos pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS) - ambos do Ministério da Saúde.

Clique aqui para visualizar os números sobre mortalidade por câncer de pele.

O trabalho revela outra situação preocupante no que se refere à saúde da população masculina: a prevenção ao câncer de pele não tem muita repercussão dentro deste segmento. Um exemplo é o que revelam números de exames realizados na rede pública para diagnóstico do câncer de pele. No período de janeiro de 2012 a abril de 2021, do total de pacientes que fizeram exames para diagnosticar a doença, somente 28% (567.940) eram do sexo masculino, em oposição a 45% (914.090) de mulheres.

"O câncer de pele é um exemplo dos problemas de saúde no campo da dermatologia que são mais prevalentes entre os homens. Mas há outros, como a sífilis e a hanseníase. Todas essas são doenças com prevalência maior dentro da população masculina. Infelizmente, esse grupo ainda tem resistência em buscar orientação e ajuda nos consultórios médicos", afirma Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD.

Clique aqui para visualizar os números sobre exames diagnósticos para câncer de pele.


Carcinomas - O crescimento descontrolado das células que compõem a pele provoca o câncer de pele, que tem diferentes tipos. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Porém, mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele, devido à alta possibilidade de provocar metástase.

Segundo Heitor Gonçalves, os homens desenvolvem mais chances de desenvolver o câncer da pele por conta de hábitos que o colocam em risco. "O homem sai muito mais de casa para trabalhar e para lazer. Assim, acaba se expondo muito mais ao sol, principalmente na zona rural", destacou o vice-presidente. No entanto, esse não é o único problema de saúde relacionado à assistência dermatológica envolvendo a população masculina.


Sífilis - Números analisados pela SBD revelam que entre janeiro de 2010 e junho de 2020 um total de 468.759 homens foram diagnosticados com sífilis no Brasil. Segundo as informações do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, até o ano passado, a quantidade de homens contaminados era quase duas vezes maior do que de mulheres.

Em 2020, do total de casos de sífilis diagnosticados 62,6% eram na população masculina e 37,4% na feminina. "Essa doença é mais comum no homem, provavelmente, porque são indivíduos que adotam um comportamento de risco do ponto de vista sexual. Isso aumenta a possibilidade de adquirir a infecção pelo treponema, que é o causador da sífilis", explica Heitor Gonçalves.


Hanseníase - As bases analisadas pela SBD ainda revelam que a população masculina também se destaca nas estatísticas de hanseníase. No Brasil, os homens representam 55% do total de casos novos detectados na última década. Os números são informados pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

O vice-presidente da SBD reitera que "a hanseníase acomete mais o homem no mundo todo. Não há nenhuma diferença imunológica, genética e hormonal que justifique esse fenômeno. Acredita-se que esta alta incidência decorre de fatores como o homem ter que sair mais de casa para trabalhar e sua maior exposição em aglomerações, o que facilita contágio desta doença. Por exemplo, isso ocorre nos meios de transporte urbanos".

Para prevenção dessas doenças, Gonçalves é enfático em afirmar que a mudança de hábitos é essencial. "Neste sentido, o homem deve evitar comportamento de risco. No campo sexual, deve ter o hábito de usar o preservativo. Quando o assunto é câncer de pele a grande estratégia é usar o filtro solar logo ao acordar, aliado à redução da exposição sol, sobretudo no período de 9h às 15h".


Queixas - Mas câncer de pele, sífilis e hanseníase não são os únicos problemas dermatológicos que afetam os homens. Os especialistas também citam outros problemas que costumam levar homens aos consultórios. Segundo Fabiane Mulinari Brenner, coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD, um dos principais motivos que leva a população masculina ao médico é a necessidade de tratar alopecias.

"Esse quadro se divide em dois tipos: cicatriciais e não cicatriciais. As mais comuns são a androgenética, conhecida popularmente como calvície, e areata. Além dos eflúvios telógenos, que são períodos temporários de queda e rarefação", explica a especialista. Ela destacou ainda que há manifestações que têm origem genética, autoimune ou decorrentes de episódios de estresse, por remédios ou outras doenças, como a covid-19.

No entanto, afirmou Fabiane Brenner, em geral, o tratamento para a alopecia é longo. "Por isso, é importante o paciente ir a um dermatologista, para que o médico o acompanhe", frisou.

Além disso, todo paciente, independemente da alopecia, deve manter cuidados rotineiros para ter cabelos saudáveis. "Entre as medidas, estão: usar xampu adequado ao tipo de cabelo; passar condicionador somente nas pontas do cabelo, evitar tratamentos químicos, como alisamento e tintura; cortar o cabelo de forma frequente; desembaraçar os fios no banho e adotar pentes de dentes largos na hora de arrumar o cabelo", disse.


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