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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Tabaco natural e orgânico causam os mesmos danos à saúde que o cigarro convencional

Engana-se quem acredita que somente os aditivos artificias, presentes no cigarro industrializado, são os responsáveis pela dependência e pelos danos à saúde causados pelo fumo. A concepção de que o tabaco orgânico e o natural não implicam prejuízos ao corpo é falsa, de acordo com a pneumologista do Centro de Medicina Torácica do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marina Dornfeld C.Castro.

A explicação é a presença de componentes tóxicos, que compõe usualmente todas as formas de fumo. “À semelhança do cigarro, essas alternativas possuem produtos tóxicos como metais pesados, alcatrão, monóxido de carbono e o tabaco, possibilitando a inalação de substâncias nocivas para os pulmões”, conta Marina.

Nem mesmo a possibilidade de dosar a quantidade do tabaco natural torna essas opções menos agressivas. Para a especialista, apesar desse controle, os prejuízos à saúde são praticamente os mesmos, o que a faz dar um alerta: “essa falsa sensação de controle pode até mesmo aumentar a propensão à experimentação ou encorajar a troca do cigarro industrializado pela versão natural, quando o ideal seria cessar o tabagismo”.

Como exemplo prático e popular do uso do fumo natural no Brasil, é possível mencionar o cigarro de palha, feito artesanalmente com fumo de corda picado ou fumo industrializado. O modo de preparo manual e rústico traz riscos à saúde pela inexistência de qualquer tipo de filtro, como lembra a pneumologista.

“A palha usada para enrolar o fumo não contém filtro e não permite a passagem de ar de dentro para fora do cigarro, tornando as tragadas mais intensas e concentradas. O consumo destas versões pode equivaler a três cigarros industrializados, elevando o risco de dependência e doenças”, salienta.

 

 

Hospital Edmundo Vasconcelos

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Gerações futuras correm risco: a alimentação do brasileiro está perdendo qualidade nutricional

 Em meio à pandemia do coronavírus, falou-se pouco sobre uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada no último dia 21 de agosto, que revelou dados sobre hábitos alimentares dos brasileiros.


Os resultados precisam ser cuidadosamente pensados, pois apontam que a alimentação do brasileiro perdeu qualidade nutricional. Em 10 anos, caiu o consumo de produtos in natura ou minimamente processados, como frutas e vegetais, enquanto aumentou a ingestão de alimentos processados e ultra processados, como pizzas, salgadinhos e adoçante. Em menor quantidade, está mantido o consumo do básico arroz, feijão e carne.

A pesquisa apontou também que o brasileiro manteve o hábito de adicionar açúcar em bebidas e alimentos e colocar sal em preparações prontas.

Outro dado alarmante é que os adolescentes brasileiros comem mais produtos de baixo valor nutricional do que adultos e idosos. Os jovens consomem quatro vezes mais biscoitos recheados do que adultos e 16 vezes mais do que idosos. Além disso, o consumo de salgados entre adolescentes é maior do que em adultos e quase o dobro do observado em idosos.

Essas informações foram levantadas entre 2017 e 2018 na Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada em 57,9 mil domicílios. Desse total, 20,1 mil pessoas responderam sobre consumo alimentar e, durante 24 horas, registraram todos os alimentos consumidos e suas respectivas quantidades.

No Instituto Melhores Dias é constante nossa busca por meios para uma melhor alimentação e hábitos mais saudáveis e sustentáveis de vida para os brasileiros. Infelizmente, o IBGE revela que o povo segue na contramão disso. É preciso rapidamente intensificar ações educacionais voltadas para uma alimentação saudável, que previnam a formação de uma geração de adultos obesos e com problemas nutricionais. Esse futuro indesejado lotará ainda mais os sistemas públicos de saúde, indiferentemente a causas excepcionais como o surto viral que nos acometeu nos últimos meses.

O Brasil tem os elementos para oferecer oportunidades alimentares mais saudáveis à população. É necessário haver motivação e incentivo a isso. Em nossos programas no IMD promovemos a construção de hortas escolares e domiciliares, falamos sobre o aproveitamento total dos alimentos e sobre os danos causados pelo ciclo de industrialização dos alimentos in natura. São informações que precisam ser amplificadas. Nossa população carece de maior atenção do Estado e organizações, como o nosso Instituto, precisam de apoio de empresas e fundações. É uma luta árdua que precisa ser brevemente travada.

 

Joyce Capelli - presidente do Instituto Melhores Dias

AGOSTO DOURADO: MITOS E VERDADES SOBRE A AMAMENTAÇÃO

Criogênesis desmistifica alguns dos principais questionamentos acerca do tema

 

Para ressaltar a importância do aleitamento materno, principalmente nos primeiros seis meses de vida do bebê, foi instituída a lei nº 13.435, de 12 de abril de 2017, que tornou o mês de agosto inteiramente dedicado ao tema, passando a ser conhecido como Agosto Dourado. 

Mais do que nutrir a criança, o ato de amamentar colabora para a prevenção de inúmeras doenças, graças a quantidade de anticorpos e proteínas presente no leite, contribui para o desenvolvimento cognitivo e sensorial, além de ser um dos momentos mais especiais e íntimos entre mãe e filho. 

Entretanto, mesmo sendo um assunto tão relevante, afirmações equivocadas podem surgir, prejudicando assim o processo da amamentação. Por isso, o Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis , selecionou algumas a fim de esclarecer essas questões. Confira:

 

Quem tem prótese de silicone ou fez redução mamária não pode amamentar?

MITO. Cirurgias desse tipo não impedem a mulher de amamentar, desde que as estruturas das mamas sejam preservadas. Por isso, é importante alertar o profissional responsável pelo procedimento que ainda existe o desejo de engravidar, dessa forma, ele pode avaliar a melhor técnica a ser utilizada.

 

Mesmo congelado, o leite materno manterá os mesmos nutrientes?

VERDADE. Se armazenado de forma correta, o alimento pode durar até 15 dias sem perder a qualidade nutricional e principais características.

 

É recomendado revezar os dois peitos a cada mamada?

MITO. Até alcançar a parte nutricional do leite, onde se encontra o açúcar e a gordura, responsáveis pelo ganho de peso, o recém-nascido pode levar alguns minutos, então, efetuar essa troca durante a amamentação, pode ser prejudicial, contribuindo para que ele sinta fome mais vezes, já que não foi nutrido corretamente.

 

Itens como a mamadeira podem atrapalhar o processo da amamentação?

VERDADE. Ao se alimentar diretamente no peito, é necessário que a criança faça um esforço maior para a sucção do leite, algo que não ocorre com a mamadeira devido ao posicionamento da língua. Essa facilidade, pode levar o bebê a rejeitar a primeira opção, ocasionando assim a diminuição da produção de leite.

 

É necessário higienizar os mamilos a cada mamada?

MITO. Essa limpeza não precisa ocorrer sempre, desde que a cada banho a mãe lave os seios com água e sabonete neutro.

 

O estresse pode contribuir para a diminuição do leite?

VERDADE. Durante a amamentação, a mulher produz em maior quantidade a prolactina, hormônio responsável pela produção do leite. Porém o alto nível de estresse, devido a noites mal dormidas ou outras interferências, eleva a liberação da adrenalina e, consequentemente, a diminuição do alimento.

 



Criogênesis

http://www.criogenesis.com.br


Seu filho faz xixi na cama? Descubra o que é mito e o que é verdade

 Especialista elencou 5 situações que geram dúvida e que podem 

atrapalhar o diagnóstico e tratamento da enurese

 

Lidar com as manhãs após noites de cama molhada pode ser uma condição que gera estresse e desconforto para as crianças, pais e cuidadores. O processo de desfralde se dá nos primeiros anos de vida, mas cada organismo é único e o alcance da maturidade do sistema urinário é algo individual. Porém, a partir dos cinco anos de idade, o ato de fazer xixi na cama pode ser um distúrbio, que requer acompanhamento médico e tratamento.

Os escapes noturnos são situações que permeiam todas as classes sociais e está presente no dia a dia de muitas famílias, por gerações. Por este motivo, há muitos conselhos que popularmente são passados e nem todos são verdadeiros. "É comum encontrar no consultório pais que não compreendem a enurese e acreditam que o filho faz xixi na cama por birra ou por preguiça de levantar", explica o médico especialista em urologia pediátrica Dr. Atila Rondon.

A fim de desmistificar o tema e começar a enxergar a enurese como um transtorno, que causa a perda involuntária de urina durante o sono e pode ser tratado, o doutor Atila Rondon elencou os principais mitos e verdades que mais acometem o dia a dia das famílias:


• Só o meu filho faz xixi na cama?

Mito! O escape noturno de crianças acima dos cinco anos de idade atinge cerca de 15% delas. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a enurese noturna pode existir até os 12 anos de idade. Esses casos somam 3%, possuindo o risco, inclusive, de permanecer até a vida adulta. Por este motivo, a partir do quinto ano de vida e apresentando episódios frequentes de xixi na cama, é recomendado que os pais busquem um especialista em urologia infantil, capacitado para traçar o diagnóstico correto e prescrever a melhor conduta para tratamento.


• Fiz xixi na cama até tarde, meu filho herdou isso de mim.

Verdade! A enurese pode ser uma condição genética. Se um dos pais fez xixi na cama após os cinco anos de idade, a chance de ter um filho com o mesmo transtorno é de 44%. Caso o pai e a mãe tenham sido enuréticos, as chances aumentam para 77%.


• Se eu acordar meu filho durante a noite, pode resolver.

Mito! Não existe um horário certo para as micções noturnas. Os escapes de xixi podem acontecer durante todas as fases do sono, caso a bexiga não seja completamente esvaziada antes de dormir. Por este motivo, acordar a criança durante a noite para que ela vá ao banheiro não vai resolver o problema. Ao contrário, prejudicará a qualidade do sono dos filhos e dos pais.


• Não preciso levar no médico, vai passar!

Mito. A enurese é multifatorial, ou seja, são inúmeras causas que podem resultar no ato de fazer xixi na cama durante o sono. Podem ter questões emocionais associadas, fatores genéticos ou problemas fisiológicos. O especialista deve ser procurado e o diagnóstico é feito após investigação e acompanhamento dos hábitos diários e noturnos do paciente. Em alguns casos, além de mudanças na rotina da criança e da família, o uso de medicação também se faz necessário. Portanto, é de extrema importância ter um acompanhamento profissional.


• Devo diminuir o consumo de líquidos à noite.

Verdade! É fundamental adequar a rotina da criança enurética. O consumo de líquidos deve ser feito todos os dias para a saúde e bem-estar dos pequenos. Porém, é de extrema importância, que 2 horas antes de dormir, o consumo de água e alimentos ricos em líquidos sejam reduzidos. Desta forma, a bexiga não fica tão cheia e é mais fácil controlar a necessidade de urinar até o dia seguinte, quando acordar.

 


http://www.semxixinacama.com.br


Casa da Esclerose Múltipla 2020 trará experiência digital com o tema “Liberdade para o Amanhã”

 

  • Convivendo com dificuldades - em sua maioria - imperceptíveis, estima-se que 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com a doença

 

Uma pesquisa recente da Merck, empresa líder em ciência e tecnologia, em parceria com a AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), avaliou os principais desafios e necessidades não atendidas por pessoas que convivem com esclerose múltipla e neurologistas ao longo da jornada de tratamento. Dentre os sintomas relatados, a pesquisa mostrou que 75% dos pacientes com esclerose múltipla sofrem com a fadiga como principal sintoma que afeta a sua qualidade de vida e 42% relataram também a o impacto da alteração de humor .

Os sintomas são muitas vezes imperceptíveis para quem não conhece a doença, o que torna ainda mais difícil a jornada do paciente na busca pela vida mais próxima ao normal possível. A Casa da Esclerose Múltipla, projeto imersivo em realidade virtual,tem o objetivo de trazer um olhar mais empático para a doença e também alertar sobre os principais sinais e sintomas. O projeto visa fomentar  o diagnóstico precoce, o que pode melhorar muito os efeitos do tratamento e qualidade de vida do paciente.

O projeto está em sua quarta edição e esse ano terá como tema “Liberdade para o Amanhã”, com experiência totalmente online por meio de uma plataforma interativa, na qual  será possível navegar pelos sintomas e dificuldades das pessoas que convivem com a Esclerose Múltipla.  O website será lançado em agosto, mês dedicado à conscientização da doença, e ficará disponível até o final do ano no endereço: www.casadaem.com.br.

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica autoimune, potencialmente incapacitante, apresentando maior incidência em adultos jovens. Estima-se que aproximadamente 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo têm EM¹. No Brasil, a estimativa é de 35 mil pacientes², e acredita-se que exista uma parcela de pessoas subdiagnosticada. “Vimos na pesquisa que os sintomas mais comuns não são facilmente percebidos por pessoas que não convivem com a doença, por isso projetos como a Casa da Esclerose Múltipla ajudam a quebrar estigmas e levar informação de qualidade para o público”, afirma Gustavo San Martin, fundador da AME.

Embora a fadiga e alteração de humor tenham sido muito relatadas, 37% dos pacientes apontam a dificuldade para se concentrar e a dor como sintomas que atrapalham a qualidade de vida, enquanto 34% também sinalizam as alterações motoras, como desequilíbrio e tendências a quedas e 35% se queixam de problemas cognitivos e de memória.

A pesquisa também ouviu médicos neurologistas com experiência no atendimento de pessoas com diagnóstico de EM a fim de identificar se as percepções sobre o impacto da doença na qualidade de vida e os desafios encontrados ao longo do tratamento são iguais. Uma grande proporção de médicos (67%) apontou que alterações motoras, como por exemplo a dificuldade para caminhar, é um grande desafio enfrentado pelos pacientes. Porém, somente 34% dos pacientes concordaram com essa afirmação.


Tratamento

Quanto ao tratamento e sobre os maiores desafios que os pacientes enfrentam em relação a isso, a maioria (57%) respondeu que expressa preocupação por eventos adversos e complicações futuras e 37% apontaram que os custos adicionais ao tratamento, relacionados aos exames necessários para monitoramento da doença, assim como custo de outros medicamentos complementares, são grandes desafios ao longo da jornada de tratamento.

O objetivo dos tratamentos para EM é conter a atividade e doença e prevenir acúmulo de incapacidades. Quanto antes o tratamento adequado for iniciado, maiores as chances de se prevenir a manifestação de alguns dos principais sintomas, que incluem a fadiga, dificuldades para andar, alteração na sensibilidade (como formigamento e dormência), confusão mental, perda gradativa de visão, entre outros sintomas¹.

A Merck lançou recentemente no Brasil o MAVENCLAD® (cladribina oral), medicamento com abordagem inovadora para o tratamento da EM. Os estudos clínicos mostram a eficácia em seu uso por 20 dias nos primeiros dois anos sem a necessidade de tratamento adicional nos próximos dois anos, evitando que o paciente precise utilizar a medicação diariamente por períodos prolongados.


Metodologia

A pesquisa foi aplicada nacionalmente. Foram ouvidos 391 pacientes, 82% mulheres, 26% homens e 4% sem identificação. Dos pacientes que participaram, a grande maioria tinha entre 18 e 34 anos. 33% tinham de 18 a 24 anos e 34% de 25 a 34 anos.

52 médicos participaram da pesquisa, sendo que 54% têm mais de 10 anos de experiência no atendimento e acompanhamento de pacientes com EM.



Serviço

Casa da Esclerose Múltipla 2020

Acesso: www.casadaem.com.br

 

A importância da telemedicina na geriatria e gerontologia

 Como tirar o máximo proveito dos cuidados de saúde à distância


A covid-19, doença causadora de uma pandemia mundial, levou a um boom no uso e desenvolvimento da telemedicina.

Essa mudança aconteceu de forma inesperadamente rápida, deixando muitas pessoas em dúvida se a telemedicina é realmente tão boa quanto o atendimento presencial.

Telemedicina é o uso de tecnologias assistenciais como smartphones, microcomputadores, tablets, internet e dispositivos de captação de sinais vitais para prestar assistência à saúde. Quando bem feito, pode ser tão eficiente quanto o atendimento presencial. Portanto, a telemedicina envolve o ensino, pesquisa e assistência!

Porém, como muitos pacientes e profissionais de saúde estão utilizando a telemedicina pela primeira vez, inevitavelmente haverá uma curva de aprendizado até que todos se adaptem a esse novo método.

Então, como um paciente ou o profissional de

 saúde podem garantir que estejam utilizando a telemedicina de maneira correta?

Essa é uma questão que envolve o uso adequado da tecnologia disponível para serviços corretos, a situação médica do paciente, bem como a avaliação da real necessidade dos riscos de ir ou não a um consultório ou hospital para o atendimento presencial.


Os recursos de telemedicina

Existem dois formatos principais de telemedicina: o síncrono e o assíncrono. Saber quando usar cada um deles, e ter a tecnologia certa à disposição, é fundamental para o uso responsável da telemedicina.


Telemedicina síncrona: é uma interação bidirecional, em tempo real, geralmente por vídeo e, em situações especiais, por áudio. O atendimento pode ser complementado por informações textuais e imagens usando smartphone, tablet ou computador. É mais adequado utilizar videoconferências do que telefonemas (somente áudios). Apesar da impossibilidade de tarefas que exigem a presença física do paciente, o vídeo oferece uma avaliação de boa qualidade.

Muitas das limitações da videoconferência podem ser complementadas por meio do monitoramento remoto de pacientes ou telemonitoramento

Os pacientes podem usar dispositivos ou aparelhos em casa para obtenção e envio de dados objetivos de sinais vitais aos profissionais de saúde. Existem dispositivos para medir pressão arterial, temperatura, ritmos cardíacos, peso, glicemia, saturação de oxigênio, ECG, e muitos outros aspectos que complementam o exame físico.

Esses dispositivos são ótimos para obter dados confiáveis para acompanhamento contínuo das condições clínicas dos pacientes.

Pesquisas mostram que as abordagens de monitoramento remoto são muito eficazes quando combinadas com atendimentos presenciais, principalmente nos cuidados de doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial.


Telemedicina assíncrona: Pacientes e profissionais da saúde podem usar as tecnologias Assistenciais para envio de dados (exames, sinais vitais e sintomas) e respostas (laudo, conduta ou prescrições médicas).

Nem sempre, os profissionais e os pacientes possuem recursos tecnológicos ou prática para usar videoconferência, bem como equipamentos de monitoramento remoto online, necessitando em diversas vezes de treinamento prévio. Mas mesmo com toda as tecnologias assistenciais disponíveis, isso não significa que todos os problemas possam ser resolvidos.


Avaliação e cuidados de seguimento ou follow up

Geralmente, a telemedicina é adequada para pacientes com doenças crônicas tratadas na geriatria e gerontologia. Em diversas situações, principalmente quando o médico já conhece previamente o paciente, pode ser utilizada para teleatendimento com teleorientação.

Se o paciente precisar de mais cuidados, ele pode ser encaminhado para um serviço, após um teleatendimento de pré-avaliação (teletriagem referenciada).

Se ele não precisar de mais cuidados, a telemedicina economizou muito tempo e evitou aborrecimentos desnecessários para o paciente. Essa situação é particularmente importante se o paciente mora em local com maior dificuldade para se deslocar até um serviço ou se o momento não é favorável ao deslocamento, como à noite, chuva, frio, congestionamento etc.

As pesquisas demonstram que o uso da telemedicina para ocorrências clínicas comuns de pouca consequência, como ferimentos leves, cefaleia, entre outros problemas, permitem um nível de qualidade de atendimento e resultados semelhantes aos presenciais, quando feitos de forma bem estruturada.

E, finalmente, para situações obviamente ameaçadoras à vida, como sangramento intenso, dor no peito, falta de ar e sinais de alerta de acidente vascular cerebral por exemplo, os pacientes devem procurar prontamente hospitais e prontos-socorros.


Equilibrando riscos

Com a tecnologia correta e em situações certas, a telemedicina é uma ferramenta eficaz. Mas, a avaliação de quando deve ser utilizada também deve levar em consideração o risco de se obter cuidados de saúde à distância

Como geriatras e gerontólogos temos que nos apresentar abertos às novas tecnologias, e às novas possibilidades que estes tempos nos trazem, buscando sempre aprimorar cada vez mais para alcançarmos a excelência, assim como ocorreu desde a invenção do estetoscópio (um exemplo distanciamento do contato físico no exame físico) até os dias atuais.

 

 


Chao Lung Wen - professor Associado da USP com Livre Docência em Telemedicina e Chefe da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da FMUSP e, Líder do Grupo de Pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/ MCTI.

 

Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Olfato e Coronavírus: o que mais precisa ser esclarecido?

A otorrinolaringologista Milena Costa comenta sobre a possibilidade de uma perda mais permanente do olfato em decorrência do Covid-19

Todas as descobertas sobre o coronavírus são muito novas. Com a pandemia e o avanço do vírus alguns outros sintomas associados a essa patologia começaram a ser identificados. Entre eles está a perda de paladar e olfato (anosmia).

Segundo a otorrinolaringologista Milena Costa, a anosmia ocorre devido às alterações que acontecem na região do nariz quando esta área é atacada por um vírus, por exemplo. “No nariz existe um epitélio específico para o cheiro – o olfatório -, no qual existem células responsáveis por captar o odor e levar informações para o cérebro. Nos casos de infecções de via aérea, como as virais, podem acontecer dois mecanismos: o primeiro é uma obstrução da região olfatória causada por edema (inchaço) ou secreção por exemplo, que faz com que o odor não chegue até as células. O segundo mecanismo, mais provável nos casos de COVID-19, é uma lesão direta da célula nervosa ou de suas células de sustentação, impedindo assim que o impulso nervoso seja levado ao sistema nervoso central. ”

Apesar de ser comum algumas infecções virais relacionadas as vias aéreas - como a gripe – estarem associadas à perda de olfato, estudos divulgados nos últimos dias, apontam que em uma parcela pequena de pacientes que tiveram coronavírus e o olfato também foi afetado ainda não recuperaram nem parcialmente a capacidade de sentir cheiros. “As infecções das vias aéreas em geral causam a perda aguda e transitória do olfato e o coronavírus estava demonstrando o mesmo. Mas estamos constatando que é muito mais frequente do que se imaginava. A perda de olfato é realmente uma coisa muito comum no Covid-19,” afirma a médica.

Milena diz que apesar da maior parcela dos pacientes que foram infectados também apresentaram a perda de olfato como um dos sintomas se recuperarem relativamente rápido, ainda há uma quantidade significativa de pessoas que estão sofrendo com uma perda mais permanente dessa função. “Diversos pacientes não estão melhorando, não tem o seu olfato de volta. A muita procura na clínica por conta disso,” afirma.


Treinamento olfatório

Ainda de acordo com as mesmas pesquisas recentes, na maioria das vezes as ‘sequelas’ não são permanentes, e por não ser uma situação definitiva algumas medidas podem ser tomadas para estimular as células olfativas à ‘trabalharem’ e voltarem a desempenhar suas funções com mais destreza.

Entre as opções para contornar essa situação pós-perda está o treinamento olfatório. “O treinamento na fase aguda vai promover um estímulo adequado das células do olfato que por conta da infecção pelo vírus estão inflamadas, ” destaca a especialista que ainda completa: “É um exercício até para a pessoa conseguir quantificar como está a perda, se está evoluindo bem ou não. Digamos que é uma musculação do olfato. ”

Na prática, esse treinamento consiste que em cheirar uma pequena porção de cada um dos produtos (café, cravo, mel, vinagre de vinho tinto, menta, essência de baunilha e suco de tangerina – que pode ser o concentrado) por 10 segundos, com intervalo de 15 segundos entre eles. “Duas vezes ao dia por pelo menos três meses, podendo se estender por mais tempo se necessário”. Inclusive, é um treinamento que pode ser feito em casa, desde que sob orientação e acompanhamento médico.

Milena afirma que muitas vezes as pessoas acreditam que estimular o olfato é cheirar algo forte, como um perfume, mas essas essências, na verdade, podem ser até irritativas. “Então, o correto é treinar com aromas específicos para estimular corretamente cada célula do olfato.

 



Dra. Milena Costa - Médica otorrinolaringologista formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, com residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e fellowship de pesquisa em Rinologia pela Stanford University, na Califórnia.


Doenças gastrointestinais: o que há por trás de sintomas comuns

Especialista alerta sobre sintomas comuns que podem estar associados a doenças gastrointestinais graves 
Crédito: Pexels


Receio de buscar atendimento médico e automedicação têm colocado a vida de pacientes em risco


Náuseas, diarreia, dores e desconforto abdominal, sintomas comumente tratados com automedicação ou receitas caseiras, podem, na verdade, estar relacionados a doenças graves. Foi o caso da assistente de atendimento Franciele Oliveira da Paz Silva, de 38 anos, que, em março deste ano, começou a sentir dores no estômago. Achando que se tratava de uma gastrite e com receio de buscar um pronto atendimento devido ao surgimento dos primeiros casos de COVID-19 em Curitiba (PR), a atendente preferiu recorrer a antiácidos e diversos remédios que amigos e parentes indicaram.

“Por duas semanas senti dores no estômago e tentei diversos remédios, até que a dor aumentou tanto que eu mal podia andar. Foi quando procurei atendimento médico, fui diagnosticada com colecistite aguda e imediatamente encaminhada para um hospital”, relata Franciele. No mesmo dia, ela passou por uma cirurgia que comumente demoraria 30 minutos, mas que, no seu caso, durou cerca de duas horas: a inflamação causada por cálculos na vesícula biliar tinha se agravado, necessitando de maior tempo de cirurgia e não foi possível retirar completamente a vesícula pelo quadro inflamatório grave que havia se instalado. “O cirurgião me alertou que, devido à gravidade a que meu quadro chegou, seria necessário acompanhamento e eventualmente nova cirurgia”, relata. Após 15 dias com dreno e um mês após a cirurgia, ela passou por novo procedimento, desta vez uma endoscopia (colangiografia endoscópica retrógrada), para retirada de cálculos residuais.

“É comum sentirmos azia, náuseas, diarreia, causadas por mudanças na alimentação, hábitos e até mesmo estresse. No entanto, os mesmos sintomas podem estar relacionados a doenças mais graves como colecistite e pancreatite”, relata o cirurgião e coordenador do serviço de cirurgias de emergência do Hospital Marcelino Champagnat, Wagner Sobottka. A colecistite é uma inflamação ou infecção causada pela obstrução do ducto que transporta a bile vinda da vesícula biliar. Já a pancreatite aguda é uma inflamação súbita do pâncreas, geralmente causada também por cálculos biliares, porém mais grave e com maior risco de complicações e de morte, se não tratada em tempo.

Principal causa de cirurgias abdominais de emergência, a apendicite aguda geralmente é causada por um fecalito, pequena pedra formada por fezes, que obstrui o apêndice e causa infecção. A demora no tratamento da doença pode causar quadro severo de infecção, podendo, inclusive, evoluir para sepse e morte. Os sintomas geralmente iniciam com uma dor na parte superior do abdômen, que depois migra para o umbigo e para o lado inferior direito.

Apesar dos sintomas comuns, alguns cuidados podem ser tomados. Pacientes com pedra na vesícula devem seguir as recomendações médicas e buscar atendimento ao sentirem dores. Pessoas com histórico familiar de câncer em região abdominal devem fazer exames mais frequentes e pessoas acima de 50 anos, realizar endoscopia e colonoscopia periodicamente. “É importante evitar a automedicação, pois pode mascarar sintomas de doenças mais graves. Tendo sintomas, mesmo leves, e não melhorando em algumas horas, é necessário buscar o médico de confiança ou serviço de emergência, mesmo sem apresentar febre”, recomenda Wagner.

 



Hospital Marcelino Champagnat

 

Avon Celebra Mês do Aleitamento Materno com a Campanha #AMAMENTAÇÃOSEMCENSURA

A marca se aliou à influenciadora Titi Muller para estimular conversas que possam desmistificar e quebrar tabus atribuídos ao ato de amamentar


No Brasil, o “Agosto Dourado” ou “Mês do Aleitamento Materno” é comemorado desde 2017, ano em que a data foi instituída por lei no país. A celebração surgiu dos esforços da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) com a criação da “Semana do Aleitamento Materno”, que busca aumentar a divulgação sobre a importância da amamentação na vida das crianças. Atualmente, a semana já é praticada em torno de 120 países.

A Avon, que há mais de 130 anos trabalha a favor das mulheres, e entende a importância e a singularidade desse momento, já possui internamente alguns programas que buscam auxiliar esse processo, como a licença maternidade estendida, o programa Bem Nascer e o Berçário e Creche interna para seus funcionários, iniciativas que possibilitam às mães que optaram por amamentar depois dos seis meses de vida da criança dar continuidade a esse momento. A empresa também obteve reconhecimento do Ministério da Saúde por estimular as colaboradoras a seguirem amamentando regularmente, mesmo durante o expediente, com toda a infraestrutura necessária.

A colaboradora Aline Catucci, Head de Comunicação de Vendas, conta um pouco sobre a importância de manter a conexão com seu filho ao retornar sua rotina na Avon:

“Passados sete meses, estava na hora de voltar ao trabalho e os sentimentos de privilégio e gratidão reinaram em meu coração. Não houve nenhum tipo de sofrimento, pois o Leo estaria comigo a dois andares de distância, apenas. Comecei a amar o ritual de chegar na Avon, estacionar o carro e levá-lo até a creche, vê-lo se desenvolver com os amigos e aprender coisas novas, enquanto eu me reconectava com a ‘Aline’ adormecida e que estava com saudades da rotina. Quando o relógio marcava às 15h, não importava o que eu estivesse fazendo, ou se estava em reunião, me levantava e sem nenhuma vergonha dizia: ‘já volto, vou descer para dar de mamar’. Minha gestora e meus colegas sempre retribuíam com um sorriso no rosto. Isso se chama respeito. E como eu gostaria que todas as mulheres tivessem a oportunidade que eu tive. Na sala de amamentação, as conversas com as mamães e as novas descobertas dos nossos bebês recarregavam a minha bateria e enchiam meu coração de amor para continuar trabalhando. Foi o ano em que eu mais produzi e rendi profissionalmente. Essa é uma habilidade nossa, como mães, conseguir administrar nosso tempo e nossas prioridades.”

Com o objetivo de gerar conversas sobre o assunto e estimular a amamentação irrestrita, a Avon lança a campanha #AmamentaçãoSemCensura em parceria com Titi Müller. A influenciadora compartilhará, por meio de um manifesto, feito por ela mesma, sua experiência com a maternidade real e a amamentação, além de fatos e tabus que o ato ainda enfrenta. O conteúdo abordará o assunto de forma leve e não romantizado. Ciente de que a informação é o melhor caminho para dar fim a estigmas associados ao aleitamento, a Avon reuniu cinco curiosidades sobre esse ato de amor:

  1. Amamentar durante um ano equivale em média a 1.800 horas. Trabalhar 8 horas por dia no mesmo período equivale a 1.920 horas.*
  2. A amamentação vai além de nutrir o bebê, é também colo e aconchego. Em determinados momentos, o bebê busca o peito como forma de carinho, pois esse ato auxilia no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. **
  3. Amamentar é transmitir segurança para a criança. Durante a vacina, o processo ajuda a diminuir a dor e desconforto que a situação pode causar. O leite materno contém endorfina, substância que auxilia na diminuição da dor e reforça a eficiência da vacina.***
  4. Durante a decolagem e pouso do avião, a amamentação ajuda a diminuir o risco de dor de ouvido ou qualquer outro incômodo.****
  5. Amamentação é rede de apoio. Sem isso, o processo se torna ainda mais difícil. É uma escolha diária da mãe, um processo de doação e conexão com o filho.*****

Com essas ações, a Avon espera colaborar com a conscientização sobre o aleitamento materno e reforçar a importância da rede de apoio na vida de quem amamenta, seja pelos profissionais da saúde, colegas de trabalho, familiares, amigos ou de o seu/sua companheiro/a. A marca segue com seu trabalho interno pela equidade de gênero e reafirma que o protagonismo feminino está enraizado na cultura, nos valores e na essência dos negócios da empresa. Acompanhe os outros conteúdos sobre amamentação no perfil @avonbrasil.

Aproveite para conhecer em primeira mão o manifesto que a influenciadora Tite preparou especialmente para a campanha da Avon:


“Amamentação é entrega.

Total e absoluta.

É dividir meu corpo.

Corpo esse que para nós mulheres, nunca foi 100% nosso.

Um corpo que sempre foi sexualizado, e que agora é compartilhado.

Amamentação ainda constrange.

É a exposição do corpo feminino para além do prazer do homem.

Para além do patriarcado.

É um processo que pode ser muito doloroso.

Mas que não precisa ser.

A gente não fala sobre a amamentação real.

Sobre a maternidade real.

Se a gente falasse, seria menos solitário.

Para mim, para elas. Para todas nós.

Tenho para mim que a amamentação é um momento preso no tempo e espaço.

Só eu e você. Que honra conseguir. Eu sei que não é fácil. Que nem tudo a gente controla.

A verdade é que na maternidade a gente não controla nada.

A gente tem medo. Eu tenho medo.

Me culpo, me questiono.

Hoje eu vejo o mundo acontecer lá fora, enquanto meu tempo tá em suspensão.

Enquanto somos só nós três aqui, dentro de casa.

A gente se olha nos olhos e eu não sei o que vai acontecer.

Qual vai ser o mundo que você vai encontrar. É difícil.

Mas é um privilégio ter tanta vida acontecendo dentro da nossa casa.”




Sobre a Avon

A Avon, parte do grupo Natura &Co, é uma das maiores empresas de venda direta do mundo, presente em aproximadamente 50 países. No Brasil desde 1958, concentra no País a sua maior operação e força de vendas – mais de 1 milhão de revendedoras. Focada em construir vidas mais bonitas para todos, a Avon é mais que uma empresa de beleza: é um movimento global pelo empoderamento feminino, com seu modelo de negócios fundado na geração de oportunidades para as mulheres e na ampliação de suas habilidades empreendedoras. Seu portfólio diverso inclui produtos de beleza inovadores e de alta tecnologia, com marcas reconhecidas mundialmente como Avon True, Color Trend, Mark, Renew, Advance Techniques, Avon Care e Avon Naturals. Além disso, seu catálogo oferece peças de vestuário, como a linha de lingerie Avon Signature, e itens para a casa, como Innovaware. Para obter mais informações sobre a Avon, visite o site: www.avoncompany.com

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Fontes de Pesquisa:

*https://www.instagram.com/p/CAJU8TXBazk/ 

**https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf

*** http://www.vipimune.com.br/a-amamentacao-diminui-a-dor-do-bebe-durante-a-vacinacao/

**** https://www.vix.com/pt/maes-e-bebes/541792/amamentar-no-aviao-pode-ajudar-a-prevenir-dor-de-ouvido-no-bebe-entenda-o-motivo

***** https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Amamentacao/noticia/2019/08/rede-de-apoio-e-o-mundo-conspirando-favor-da-amamentacao.html


Sua empresa está preparada para enfrentar crises?


De acordo com economistas de diferentes áreas de atuação, a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus é a mais grave já enfrentada por governos, famílias e empresas em todo o mundo. Até o momento, o impacto sofrido pela cadeia produtiva e as consequências para o emprego e o consumo são mais amplos e intensos do que os enfrentados na crise de 2008. Para que possamos ter uma ideia, em 2008, o PIB do Brasil cresceu mais de 5%. A previsão é de que em 2020 tenhamos uma queda de mais de 5%.  

Meu objetivo aqui não é ser pessimista. Meu desejo, assim como o da maioria dos brasileiros, é de que nosso país retome o crescimento, possa se recuperar economicamente o mais breve possível e que não enfrentemos tão cedo outra crise, seja ela política, econômica, de saúde, etc. O fato, porém, é que o Brasil já passou por oito recessões desde a década de 1980 e, infelizmente, é possível que enfrentemos algumas outras crises no futuro, incluindo outras pandemias, segundo profissionais da área de saúde. Por conta disso, pergunto: a sua empresa está preparada para enfrentar crises?  

Sei que o momento é complicado. Os empresários e empreendedores estão tentando equilibrar uma série de pratos, como o pagamento de funcionários e de fornecedores, aluguel do ponto comercial, impostos, além de precisar investir em itens de higiene e segurança, conforme orientações dos governos e órgãos de saúde, prestar atenção aos horários de funcionamento permitidos, ser criativo para chamar a atenção do consumidor e conseguir comercializar seus produtos ou serviços. No entanto, em paralelo, é preciso não só planejar os próximos passos do negócio, mas estruturar um plano para enfrentamento de crises futuras. É importante ter um Plano de Continuidade de Negócios.  

O conteúdo e os componentes de um plano como esse vão variar de uma empresa para outra e podem ter níveis de detalhamento de acordo com a complexidade técnica e cultura de cada negócio. É interessante que todos os departamentos da companhia sejam avaliados e “cobertos” com medidas preventivas. Para isso, é importante avaliar os pontos fortes e fracos da empresa e, com base nessa análise, estabelecer os riscos possíveis. Depois, é hora de avaliar de que maneira essas ameaças podem impactar a empresa e, por fim, estabelecer um planejamento estratégico com orientações sobre as medidas que precisam ser adotadas para a retomada das operações. Também é válido ter um Plano de Contingência previamente estabelecido. Ele será utilizado caso todas as medidas preventivas falhem.  

Ter todos esses cenário traçados e pensar nas consequências obviamente não vão, por si só, livrar as empresas ou fazer com que elas passem ilesas por crises. Porém, podem ajudar a minimizar os impactos para o negócio. Nenhum de nós jamais imaginou passar quase metade do ano de portas fechadas, com autorização para que apenas o essencial funcionasse nas cidades. Isso não impediu que essa se tornasse uma realidade no mundo inteiro e que, somente no Brasil, mais de 700 mil empresas deixassem de existir. Agora que já temos essa experiência, por que não adotar medidas que possam resguardar empresas e empregos especialmente entre as PMEs? 

 

 


Haroldo Matsumoto - especialista em gestão de negócios e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar com atuação entre empresas de diversos portes e setores da economia. 


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