Mesmo
diante a pandemia do novo Coronavírus, especialista enfatiza a importância de
manter a rotina do acompanhamento médico, imunização infantil e demais cuidados
que garantem a saúde e desenvolvimento das crianças
São nos primeiros anos de vida da criança que os
pais, principalmente os de primeira viagem, se deparam com muitos aprendizados.
Nessa fase, surgem algumas enfermidades típicas da infância e as preocupações e
inseguranças se acumulam aos primeiros sinais de doenças como catapora,
inflamações e crises alérgicas com as mudanças de estação. Agora, mesmo diante
dos desafios da pandemia e as medidas de isolamento social, é importante manter
o acompanhamento médico e evitar outras doenças que requerem apenas um cartão
de vacina em dia.
Quando estão dentro do útero, os bebês recebem
proteção de anticorpos maternos e não estão em contato com nenhum tipo de vírus
e bactérias e, por isso, seu organismo desconhece esses agentes. Mas durante os
seis meses seguintes após deixar esse abrigo e ter contato externo, se tornam
vulneráveis a qualquer micro-organismo. Diante dessa exposição contínua, para
alguns desses corpos indesejáveis não há escapatória. Mesmo sem contatos
sociais e seguindo todas as medidas de segurança estabelecidas na pandemia,
nenhuma criança estará livre de passar por dores de garganta, inflamações nos
ouvidos, diarreias, gripes e resfriados, até o organismo reagir e produzir
imunidade, sendo por estímulo de vacinas ou pelo contato dos com as próprias
doenças.
Segundo o infectologista Daniel Wagner, do
Hospital da Criança, da Rede D’Or São Luiz, dentre as infecções mais comuns
observadas na infância, podemos destacar as doenças respiratórias e as
diarreicas, que podem ser causadas por vírus, bactérias e fungos. "Em
geral, crianças pequenas apresentam hábitos que facilitam a disseminação de enfermidades,
tais como levar as mãos e objetos à boca, contato interpessoal muito próximo,
falta da prática de lavar as mãos e de outros hábitos higiênicos, por isso,
necessitam de cuidados constantes", explica o especialista.
Para isso, mesmo em isolamento social, os pais e
demais responsáveis devem redobrar os cuidados para encarar esse período mais
frágil. "Sempre lavar as mãos principalmente antes de preparar ou ingerir
alimentos, após ir ao banheiro e utilizar o álcool em gel. Para as doenças
respiratórias, além disso, também é evitar locais fechados em períodos frios
e/ou chuvosos", enfatiza o infectologista. A alimentação, começando desde
a amamentação, também contribui para o fortalecimento dos pequenos. "O
mais importante é evitar o desmame precoce, pois manter o aleitamento materno
aumenta a resistência das crianças contra as diarreias e demais problemas.
Evitar ingerir alimentos com higiene e preparo duvidosos, crus ou
malcozidos", completa.
Porém, para outros casos, a forma mais eficiente de combate são as vacinas. "As
vacinas são o meio mais seguro e eficaz de nos protegermos contra certas
doenças infecciosas e são obtidas a partir de partículas do próprio agente
agressor, sempre na forma atenuada (enfraquecida) ou inativada (morta). Quando
o organismo é atacado, o sistema de defesa desencadeia uma reação para impedir
a ação desses agentes estranhos", ressalta Wagner.
A saúde não pode parar
A Rede D’Or São Luiz está seguindo as mais atuais
recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), e implementou protocolos
rígidos em todas unidades para receber os pacientes, bem como todos os seus
colaboradores, para mantê-los em segurança, seja qual for a necessidade médica.
Todas os hospitais possuem fluxos completamente independentes para pacientes
com suspeita de covid-19, assim como para os pacientes sem sintomas gripais,
desde a entrada e triagem nos prontos-socorros até consultas no Centros
Médicos, internações, UTI (Unidade de Terapia Intensiva), maternidades e
Centros Cirúrgicos.
Muitas das unidades possuem Centros Médicos com
ambientes ampliados para estabelecer fluxos exclusivos para cada tipo de
paciente em todas as áreas, bem como cada um dos profissionais está treinado e
preparado para orientações que garantem uma experiência rápida e segura dentro
das instalações, com consultas espaçadas para evitar aglomerações e contato
entre pacientes.
Nas dependências internas, todas as medidas de
proteção são tomadas desde a sua entrada na internação até o pós-operatório.
Para a realização de cirurgias o acesso ao Centro Cirúrgico desde os elevadores
e corredores, assim como salas, equipamentos exclusivos e alas de internação,
também seguem fluxos separados. Nas cirurgias eletivas, a preparação do
paciente nos exames pré-operatórios segue o padrão com áreas de coletas
diferentes para suspeitos e não-suspeitos. Já nas cirurgias de urgências,
devido ao caráter emergencial, todos passam por uma tomografia de tórax a fim
de investigar sintomas da Covid-19.