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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Limpeza correta de ambientes ajuda na prevenção de doenças comuns no inverno


Gripes e resfriados podem ser evitados seguindo alguns procedimentos simples. A Mary Help dá algumas dicas!


O inverno chegou e com ele doenças comuns da estação e que prejudicam, sobretudo, pessoas que já possuem histórico de problemas respiratórios e alergias. Assim, é importante realizar uma limpeza nos ambientes frequentados e de forma preventiva, evitando possíveis doenças nessa época do ano.

Estar em um ambiente limpo e com temperatura confortável é muito importante e diminui as chances das pessoas sofrerem com doenças como rinite, asma, sinusite, otite e pneumonia ou até mesmo gripes e resfriados”, declara José Roberto Campanelli, fundador e diretor da Mary help, pioneira no Brasil para seleção e intermediação de diaristas e mensalistas. A rede de franquias dá algumas dicas de limpeza no frio. Confira!
  1. Mantenha o ar em circulação - Manter o ar em circulação dentro da residência é também uma forma de limpeza, pois as impurezas suspensas no ar são “puxadas” para fora. Umidificadores podem ser úteis, principalmente em ambientes onde o ar esteja seco, evitando o acúmulo de poeira e outros resíduos ofensivos suspensos no ar.
  2. Mantenha as roupas limpas - O guarda-roupas costuma ser um local fechado, então é importante atentar-se ao cuidado e limpeza das peças. Após o uso das roupas, os tecidos devem ser lavados e, possivelmente, armazenados em embalagens fechadas a vácuo, pois tecidos como os de lã têm mais facilidade de alojar pelos e demais agentes causadores de doenças respiratórias e alergias.
  3. Utilize pano de microfibra ao invés de espanador - No momento em que for necessário a remoção de pó nos móveis, o ideal é usar um pano úmido de microfibra, ao invés do tradicional espanador. Assim, o pó é retirado com mais facilidade. Para quem possui animais de estimação em casa, a dica principal é a utilização de lençóis ou colchas para cobrir sofás e demais lugares onde os bichinhos costumam ficar. Assim, a remoção do pelo dos animais é mais fácil, evitando que o seu excesso permaneça no ambiente.
  4. Utilize produtos de limpeza com odor suave - Alguns produtos possuem cheiros fortes, a ponto de se tornarem um pouco desagradáveis. Para evitar problemas respiratórios e alergias no frio, busque produtos com cheiros mais leves para usá-los como limpeza de chão e alguns móveis.



Mary Help
Telefone: (17) 99141-1006


Meditação no isolamento pode amenizar ansiedade



Incluir a prática na rotina estimula a tranquilidade e a paciência  

             
A covid-19 trouxe inúmeras mudanças desde que chegou ao Brasil. Houve crescimento no desemprego, crianças e adolescentes seguem sem aulas presenciais, modelos de trabalho como o home office tem sido adotados pelas empresas e há um vírus circulando pelo país, fazendo com que as pessoas fiquem mais dentro de casa. Com esse cenário de incertezas, os casos de ansiedade aumentaram, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença, que afeta 18 milhões de brasileiros, pode ser minimizada com a prática da meditação e por meio de outras terapias.

“Um tema que ainda tem muito tabu, porque acredita-se que precisa estar vinculado a uma religião ou em uma posição muito complexa. Mas não, meditação é quando você aprende a aquietar a sua mente. É quando percebe que a vida está cursando em você através, simplesmente, do respirar”, comenta Junior Moura, astrólogo com mais de 20 anos de experiência. O profissional explica que focar na respiração abre espaço e expande esse contato com a meditação, pois traz atenção no momento presente, sem se prender ao passado e futuro, que levam à ansiedade.

Para os iniciantes, simplesmente sentar, fechar os olhos e silenciar a mente pode causar estranheza ou dificuldades em um primeiro momento, no entanto, com o tempo se torna mais fluído. Vale ressaltar que no início, dedicar apenas cinco minutos fazem com que o corpo e a mente comecem a integrar a nova prática. Também existem as meditações guiadas, disponíveis em aplicativos ou em canais do YouTube, que auxiliam os novos praticantes entrarem no estado meditativo. Além de amenizar os sinais da ansiedade e do estresse, meditar promove calma, concentração, paciência e bem-estar, e aumenta a produção de hormônios como a endorfina.

“Em um momento como esse, de tanta ansiedade e medo, encontrar mais equilíbrio é importante e eu acredito que a meditação pode ajudar. Encontre um momento do seu dia em que tenha bastante tranquilidade, sente na posição que se sentir confortável e traga a atenção para o seu respirar”, sugere Moura. O astrólogo explica que não necessariamente precisa estar em posições complexas para meditar, pode ser usado cadeiras, almofadas, tapetes e colchonetes, encontrando a postura ideal para cada um – o é recomendado manter a coluna ereta.

A ideia é que o praticante encontre um jeito pessoal de entrar em contato com o seu interior, amenizando os ruídos de fora e se presenteando com esse momento de introspecção e silêncio. “É bem interessante porque a sua mente sai do ambiente externo, sai também lá da frente e lá de trás, trazendo bastante presença, que é tão importante no momento que estamos vivendo. Encontre a sua forma de meditar, traga esse hábito para a sua vida que pode ser transformador e luminoso”, finaliza.





Junior Moura - astrólogo e alquimista com mais de 20 anos de experiência na área da espiritualidade. Realiza atendimentos presenciais e a distância em todo o mundo auxiliando diversas pessoas a descobrirem a própria consciência luminosa através da astrologia, numerologia, radiestesia, tarot, reiki e alquimia. Considera-se um profissional universalista, aplicando diversas filosofias em seu trabalho.



Consciência Lumynosa



Eu, construtor de mim



Como psicóloga e escritora, ao longo desses mais de vinte anos de carreira, tive e tenho tido a grande oportunidade de conversar e conhecer milhares de pessoas. Penso até que isso aconteceria mesmo que eu fosse veterinária, por exemplo, ou economista. Porque eu simplesmente amo sentar com alguém, formal ou informalmente, e desvendar esse ser humano na minha frente, pensar no mundo de possibilidades que a pessoa possui e imaginar todas as aventuras e desventuras vividas por essa rica alma que compartilha sua jornada comigo. Sou muito grata, inclusive, por esta oportunidade de me conectar com tantos que se dispõem a ter uma boa conversa comigo.

Tendo esse perfil falador e me dispondo a emprestar meus ouvidos numa escuta ativa, não é nada raro que alguém comece a falar, falar e falar comigo e quando menos percebemos as perguntas sobre ser humano e o funcionamento da mente começam a surgir. Percebo claramente a necessidade que a nossa espécie tem de se conhecer e desvendar quem realmente somos e qual é, afinal, o propósito de nossa existência.

Bem, embora eu tenha certeza que todo arcabouço filosófico existente ainda parece pouco para elaborar uma resposta potencialmente suficiente para a questão, eu diria que a minha carreira e minha vida me apresentou dois tipos de pessoas. Mas, por favor, não entendam essa divisão binária que coloco aqui como o resumo de tudo que define o ser humano. Minha intenção está longe disto. Eu compreendo e aceito as palavras de Edgar Morin quando afirma que o ser humano é complexo. Tentar reduzi-lo ou simplificá-lo, da forma que for, é um grande erro. Apenas, percebi a presença de dois comportamentos, antagônicos entre si, na maioria das pessoas que acompanhei ou simplesmente conversei.

Assim, para mim parecem existir “dois tipos” (para efeito apenas didático) de pessoas, por assim dizer: aquelas que são donas de suas vidas e existências tendo consciência de si, construindo seus caminhos e forjando um caráter amadurecido diante das adversidades, vivendo e fazendo a vida valer à pena de acordo com seus propósitos específicos; e aquelas que vivem desnorteadas, sem entender bem a existência, perambulando pela vida buscando, buscando, buscando, mas nada  - absolutamente - encontrando! São aqueles que têm um foco para o que está fora deles mesmos, para os outros, para o que não têm. São aqueles que esperam que a vida chegue no ponto ótimo, no momento do “agora vai”, mas que não estão a par da construção necessária para o dia ótimo acontecer.

Os primeiros são pessoas felizes com aquilo que possuem e com quem são. Porque são e têm exatamente aquilo que buscaram para si. Eles construíram suas histórias e seus caminhos. Estes, são donos de suas existências. Acordam todos os dias e planejam suas ações. Se querem fazer uma poupança pensam no que precisam para isso acontecer, e depois determinam o dia em que vão tornar esses pensamentos, uma realidade. Não são super-heróis, não. São, apenas, pessoas normais, com vidas normais, que experimentam frustrações e têm problemas normais para resolver. Porém, essas são pessoas congruentes e ativas que parecem conhecer o conceito de construção pessoal e viver de acordo com este. São aqueles e aquelas que arquitetam seu futuro, com fé, fazendo o que lhes é devido para que tudo aconteça conforme planejam. Eles se se constroem e reconstroem com mais facilidade que outros.

Diferentemente destes primeiros, as demais pessoas, os perambulos como gosto de dizer, são aqueles que vivem uma vida meio desnorteada, realmente perambulando de um lado para o outro, de um projeto para o outro, de uma vida para outra.  São aqueles que se tornam reféns de terceiros com facilidade, que se submetem a qualquer coisa, que tantas vezes abre mão de si (não por amor, ou pela boa convivência o que deve acontecer) sempre para que o outro o admire, goste dele ou apenas esteja com ele. Às vezes não possuem valores e princípios sólidos (muitos nem receberam dos seus pais/ cuidadores), não têm noção de suas potencialidades e, por vezes, de suas responsabilidades. Parecem pessoas, em maior ou menor grau, alienadas da existência, vivendo como eternas crianças dependentes emocionais, imaturas e sem o mínimo de resiliência necessária para enfrentar as adversidades. Geralmente, são pessoas que brincam com os anos. Não se dão conta de que a vida é uma construção e o que se constrói hoje será o que se terá para viver amanhã.  Os perambulos não acreditam em si mesmo, são vulneráveis e não têm confiança e amor por si. Ao contrário, precisam ser validados e quando isso não acontece, eles sucumbem. São, definitivamente, aquelas pessoas deslocadas no mundo, vulneráveis emocionais, exercendo, por vezes, uma vida funcional, mas ainda assim, perdidos em suas emoções e crenças.

Posso dizer que sou parte do grupo dos que constroem suas jornadas. E não apenas por experiencia própria (pois é maravilhoso poder pensar que que sou alguém importante, um instrumento de transformação de vidas, entre tantas outras coisas), mas por ver inúmeros casos de sofrimento diante da perambulação na vida, eu acredito que é mais saudável (e veja, não estou dizendo que seja mais fácil) ser parte do primeiro grupo de pessoas.

Eu gosto, e acredito, muito de uma frase de Platão que diz: “a primeira e maior vitória (do ser humano) é a conquista de si mesmo”! Quão preciosas e fortes são essas palavras. Uma poesia para meus ouvidos. Conquistar a si mesmo está relacionado ao processo de construção de si. É uma arquitetura pessoal! Simbolicamente falando, acredito que nada poderia completar mais as palavras de Platão que a obra escultural de Bobby Carlyle, chamada “Self made man” (expressão usada para traduzir um empreendedor, mas que literalmente significa o homem que se faz, que se constrói). Eu acredito que se apropriar da existência é possível e é demasiadamente importante. Passar pela vida, é deixar um legado, algo construído. Mas, o que deixar quando nem mesmo a própria existência fez sentido?

O apanhado que faço disso tudo, é que nós devemos lutar pela nossa existência. Devemos colocar o foco dentro de nós, no autoconhecimento, para podermos ter atitudes condizentes com uma vida proposital, uma vida que faz diferença no mundo, não importando o tamanho desse legado.

Mas, para se arquitetar, é preciso ter fé pelo caminho. Fé em si mesmo, fé na vida e principalmente fé em Deus. Tem um verso bíblico que diz: “porque se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte, passa daqui para lá, e há de passar; e nada vos será impossível” (Mateus 17:20).

O homem que se lapida parece resoluto, cheio de determinação em sua construção, não? Parece fazer parte do primeiro grupo de pessoas, as que enfrentam as lapidadas da vida (por vezes dadas por nós mesmos como a escultura sugere), não acha? E você? A qual grupo pertence? Você tem construído sua vida ou sido refém do tempo e da estagnação?

Tudo que espero e desejo é que este texto te leve a uma reflexão que culmine na descoberta de seus potenciais, qualidades, arestas a lapidar... e que você lapide com vontade! De modo que tenha a grande vitória de conquistar a si mesmo!




Silvia Queiroz - Psicóloga Clínica, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Mestre em Teologia, Coach e Analista DISC pela SLAC, Escritora, Palestrante e Membro Toastmasters Internacional. www.silviaqueiroz.com.br 

Mulher, mãe e executiva: como lidar com o home office em tempo integral


As executivas Vanessa D'Angelo e Caroline Raimundo pontuam os desafios de se adaptar ao novo normal enquanto tentam balancear a vida pessoal e profissional durante a pandemia de Covid-19


O período de distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus proporcionou mudanças no estilo de vida da maioria dos executivos em todo o mundo, que precisaram se adaptar a uma nova forma de trabalhar e liderar, agora, exclusivamente, à distância. Para as mulheres e mães, esta adaptação se mostrou ainda mais desafiadora, já que o novo normal também contempla o fechamento das escolas e os filhos em casa em tempo integral.

Vanessa D’Angelo, Head de Marketing para a América Latina na LogMeIn, já estava acostumada ao trabalho remoto pelo menos duas vezes por semana antes da pandemia e, apesar disso, pontua que nas primeiras semanas de adaptação ao home office somado ao distanciamento social foi muito difícil separar o trabalho dos cuidados com a casa e relacionamento com a família. A executiva é casada e mãe de duas adolescentes e, em família, depois de uma conversa séria sobre o momento desafiador, decidiram dividir as tarefas para que a rotina de todos pudesse seguir da melhor forma possível.

Com crianças mais velhas, lidar com a educação das filhas à distância também não foi um grande problema para Vanessa, já que além da idade e facilidade com a tecnologia, as adolescentes também já haviam sido capacitadas por sua escola para utilizar o notebook anteriormente nas aulas presenciais. Porém, essa não é a realidade da maioria das mães. Caroline Raimundo, Gerente de Marketing na Acer do Brasil, é mãe de crianças de 5 e 7 anos, em fase de alfabetização e que precisam de auxílio em tempo integral com as aulas online. Para a executiva, conciliar a rotina de liderança remotamente, com os cuidados com a casa e os filhos é, sem dúvidas, um grande aprendizado. “Transformei a mesa da cozinha em um grande coworking onde eu e meu filhos passamos parte do dia juntos, eu trabalhando e eles estudando. E, sempre que há dúvidas nas tarefas da escola, levantam a mão e eu vou ajudá-los”, destaca Caroline.

Não é de hoje que o trabalho remoto se popularizou entre diversas áreas e empresas. Nos últimos anos, com a chegada dos nativos digitais ao mercado, a prática se tornou requisito essencial para inúmeras vagas, principalmente em empresas com atuação global. Apesar disso, no Brasil, ainda era visto por muitos como um tabu.

De acordo com ambas as executivas, diante de todos os desafios do momento atual, a principal cobrança ainda vem delas mesmas. “Eu tinha receio de falar que estava ocupada fazendo uma tarefa de casa e não podia fazer algo do trabalho naquele momento”, conta Vanessa D’Angelo. Caroline Raimundo, que ainda não tinha a rotina de trabalhar em casa com frequência antes da pandemia, também pontua o quanto é delicado impor limites aos colegas de trabalho durante o home office em tempo integral: “aprendi a ter horário para conectar e para desconectar, e entendi que não é errado focar em outras atividades da vida pessoal e buscar maior equilíbrio durante este momento. Quando sabemos o momento de colocar e cumprir os horários, todos entendem e te seguem como exemplo”.

Apesar das dificuldades, após um período de adaptação, a situação também trouxe muitos benefícios à rotina de negócios das executivas, que se dizem muito mais focadas, criativas e produtivas enquanto trabalham de casa. No quesito família, os benefícios também são inúmeros. “Com a correria do dia a dia, eu nunca tinha conseguido passar tanto tempo com minhas filhas e isso me fez descobrir novas características nelas que em outro momento talvez eu não teria oportunidade, e essa experiência não tem preço”, pontua Vanessa.

A forma como as empresas estão lidando com a nova rotina também pode influenciar bastante na qualidade de vida dos funcionários. De acordo com Caroline, “a Acer vê o bem-estar dos funcionários como a sua maior prioridade neste momento, o que tranquiliza e incentiva suas equipes a continuar prestando serviço de qualidade e com segurança de suas casas”. A LogMeIn também está priorizando o bem-estar do seu time e para isso criou benefícios para auxiliar os funcionários na aquisição de itens para seus escritórios em casa e decretou, mensalmente, um feriado institucional para incentivar suas equipes de todo o mundo a passar mais tempo de qualidade e em família durante a pandemia de Covid-19.

Para outras mães e executivas que também estão batalhando para equilibrar as tarefas do trabalho e a vida pessoal, as executivas dão dicas simples e práticas que estão as ajudando bastante nos últimos três meses:

  • Criar regras – independente das obrigações e agendas do trabalho e de casa, é importante impor regras para si mesma, para a família e para os colegas de trabalho. Seja criando um horário fixo para cada atividade diariamente; ou deixando claro para a família e os e colegas de trabalho em que momentos você não está disponível, criar uma rotina é fundamental.

  • Não ter medo de dizer “não” – a família e os colegas de trabalho precisam estar cientes que haverá momentos em que você não estará disponível para o trabalho e/ou socialização.

  • Separar um tempo para si mesma – seja fazer exercícios, ler, assistir filmes ou até mesmo um novo curso-online, é preciso lembrar de separar diariamente momentos para relaxar com atividades prazerosas e relaxantes para você, já que o momento atual tende a causar mais ansiedade e estresse.

Depressão na Terceira Idade



Um Mal que Não Pode Ser Ignorado


A depressão é uma doença muito prevalente e cada vez mais frequente. Atinge pessoas de todas as idades, crianças, adultos e idosos. Houve um aumento em nossa expectativa de vida e é comum que os idosos morem sozinhos e passem a maior parte do seu tempo sós.

Por isso, os idosos são também atingidos por transtornos de humor, como a depressão e, precisamos estar atentos a isto.


As causas

Na terceira idade são variados os fatores que podem desencadear a depressão, entre fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Desde vivenciar o luto da vida profissional, a diminuição das atividades físicas, a perda do companheiro, amigos e familiares, a solidão característica do momento de vida, o frequente afastamento dos filhos e familiares,  a proximidade da morte e o medo que ela traz.

Recentemente, o Brasil perdeu o ator Flávio Migliaccio, de 85 anos. O suicídio foi confirmado pelo filho, Marcelo, que confirmou que o pai estava passando por um período de depressão desde o ano passado.

“Este acontecimento levou-me a refletir sobre a saúde mental e o emocional dos nossos idosos neste momento” – comentou a psiquiatra , psicoterapeuta e analista junguiana,  Dra. Aline Machado Oliveira, que explica: “ O idoso deprimido poderá não se queixar de tristeza e perda de prazer na vida. E sim reclamar de dores físicas, dificuldade para dormir e se alimentar, poderá ficar mau humorado e isolar-se dos familiares".

E são nestes pequenos sinais, que os cuidadores e pessoas que convivem com os idosos devem se ater.


Enfrentando a Depressão em Tempos de Covid19

Neste período de isolamento social é muito importante que estejamos atentos uns aos outros, principalmente aos mais velhos. Os idosos têm mais dificuldade para entender o que está acontecendo. É comum se comportarem como crianças, muitas vezes são teimosos e não aceitam ser contrariados.

Não podemos deixá-los sozinhos neste momento de angústia e incerteza, no qual todos nós nos encontramos apreensivos pela epidemia da COVID-19.”- diz a Dra. Aline Machado Oliveira.

Dê atenção aos idosos da sua família, principalmente àqueles que moram sozinhos. Converse com eles diariamente, ofereça ajuda, ofereça companhia. Devemos proteger uns aos outros da COVID-19, mas não nos percamos para a depressão.”

O que podemos fazer para evitar e prevenir a depressão em nossos idosos? A psiquiatra e psicoterapeuta dra. Aline Machado Oliveira dá algumas dicas:
  • É fundamental manter-se ocupado nessa idade para manter a boa saúde mental e emocional;  
  • Reunir-se com amigos;
  • Fazer novas amizades;
  • Praticar exercícios segundo a orientação profissional;
  • Meditar, ler, aprender coisas novas e se beneficiar de qualquer atividade que estimule o cérebro e traga prazer em viver.
A internet facilita o relacionamento de amigos e familiares à distância, bem como novos aprendizados.
Para finalizar, a dra. Aline Machado Oliveira nos alerta: “Em caso de tristeza, angústia, ansiedade, insônia, pensamentos negativos, pessimismo, desejo de fugir ou morrer, isolacionismo, irritabilidade, falta ou excesso de apetite, dificuldade para dormir ou excesso de sono, não espere: procure ajuda profissional”.





Dra Aline Machado Oliveira - médica psiquiatra e especialista em Psicologia Clínica Junguiana e Analista Junguiana em formação pelo Instituo Junguiano do  Rio Grande do Sul. Membro da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul e da Associação Brasileira de Psiquiatria,e atua há mais de 9 anos com psiquiatria clínica e psicoterapia.
Atendimentos presenciais na cidade de Lajeado -RS. Online para todo o Brasil.
instagram: @fala_psiquiatra


Como o estresse pode impactar a saúde do corpo?

Conheça os efeitos que o estresse pode causar na pele, cabelos e outras partes do organismo


O aumento da preocupação com a saúde e as incertezas trazidas pela pandemia do novo coronavírus podem ter efeitos negativos em todo o organismo. O estresse gerado em situações desafiadoras, como a que vivemos agora, tem consequências não só na cabeça, mas em diversas outras partes do corpo. 

O farmacêutico Adriano Ribeiro, da rede de farmácias Extrafarma, lista abaixo os principais efeitos do estresse na saúde e como combatê-los.


Pele

A pele é o maior órgão do corpo humano e um dos primeiros a mostrar os sinais do estresse no organismo. Entre os problemas mais comuns estão o aparecimento de problemas como eczema e psoríase, geralmente causados pelo aumento nos níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse que provoca uma resposta inflamatória do organismo. Vermelhidão, coceira e descamação da pele são alguns dos sintomas do eczema. A psoríase também causa manchas vermelhas e coceira, além de ressecamento.

O cortisol também pode causar o agravamento da acne em indivíduos que tenham predisposição a esse problema. “Pomadas, cremes e loções específicos para cada situação ajudam a amenizar a inflamação e tratar a pele. O recomendável é consultar um dermatologista ou procurar a ajuda de um farmacêutico para escolher o produto mais indicado”, afirma Ribeiro.


Cabelos

O estresse pode levar ao aumento da oleosidade dos cabelos e desencadear problemas como a dermatite seborreica, uma doença crônica que pode afetar tanto o couro cabeludo quanto a pele.

A dermatite seborreica se manifesta por meio de lesões avermelhadas, coceira e descamação da pele e é mais comumente observada no couro cabeludo, barba, região da sobrancelha e atrás das orelhas. No couro cabeludo, a descamação da pele causa o aparecimento da caspa.

“Além de controlar o estresse, o uso de shampoos e loções específicos para a dermatite seborreica ajudam a amenizar o problema”, indica o farmacêutico.

Enquanto algumas pessoas notam aumento de oleosidade nos cabelos, o estresse também pode levar ao ressecamento dos fios, aumentar a quantidade de fios grisalhos em pessoas que têm essa predisposição, provocar o afinamento dos fios, deixando os cabelos mais ralos, e até mesmo causar sua queda.

“Cada organismo responde de um jeito diferente ao estresse, por isso é muito importante buscar a orientação de um especialista antes de realizar qualquer tratamento”, reforça Ribeiro.


Estômago

Quando sentido por períodos prolongados ou de forma muito aguda, o estresse tem a capacidade de mudar o nível de acidez do estômago, o que pode causar azia, má digestão, gastrite e, em casos mais graves, a formação de úlceras.
“Em momentos de estresse, é comum descuidar da alimentação, o que pode agravar os problemas digestivos e intensificar sintomas como dor, queimação ou azia. Por isso, além de buscar ajuda médica para tratar o estômago, é preciso manter uma dieta equilibrada para que o órgão se recupere”, diz Ribeiro.


Músculos

Um dos principais sintomas do estresse é a tensão muscular, que se manifesta principalmente na região do pescoço, ombros e costas. O estresse pode causar torcicolos, dores lombares e, em casos em que é mais acentuado, até mesmo dores de cabeça, desencadeadas pela tensão nos músculos das costas e pescoço.

Exercícios de alongamento específicos para essas regiões do corpo diminuem a tensão e as dores musculares. Além disso, mexer o corpo regularmente ajuda a aliviar o estresse.

“Além de afetar diversas partes do corpo, o estresse prejudica o sistema imunológico. No momento atual, é de extrema importância preservar a imunidade do organismo, o que torna essencial buscar formas de combatê-lo”, conclui o farmacêutico.



Extrafarma
https://www.extrafarma.com.br/lojas/


Julho sem férias: profissionais indicam brincadeiras em casa para reduzir ansiedade de jovens e crianças


Para ajudar na concentração e também nas emoções,
a orientação é a inclusão de atividades lúdicas na rotina Créditos: Divulgação
Futebol de pedrinhas, amarelinha maluca e pebolim na caixa fazem parte de cartilha com opções de jogos e brinquedos feitos com materiais recicláveis


Julho é o mês marcado pelas férias escolares, período em que as crianças e adolescentes aproveitam para se divertir, brincar com os amigos e relaxar após meses estudando. Pelo menos era assim até a chegada da pandemia da Covid-19. Porém, neste ano, com as regras de isolamento social, a rotina de estudos e o calendário escolar foram mais um desafio. Com um cronograma de aulas online e um novo formato de ensino, a ansiedade e também a dificuldade de manter a concentração no conteúdo ficam maiores com o passar dos meses. 

De acordo com a psicóloga Denise Sozzi, a alta demanda de atividades, somada ao novo formato de aulas, exige novas habilidades e um controle emocional maior por parte de crianças e jovens, o que pode desencadear o aumento do estresse. “Temos notado que nossos jovens têm dificuldade de manter a rotina de antes da pandemia. Com todas as atividades feitas em casa e todos dividindo os mesmos ambientes e, às vezes, os mesmos eletrônicos, mais ansiedade e desgaste podem ser gerados, por isso, é necessário mais organização da família”, diz a psicóloga.

Para ajudar na concentração e também nas emoções durante esse período, a orientação do coordenador pedagógico do Instituto Futebol de Rua, Eber Dartora, é a inclusão de atividades educativas, porém dinâmicas e lúdicas na rotina, aliando o aprendizado ao lazer e descanso da mente. “Temos orientado as famílias e as crianças a tomarem medidas simples, mas muito eficazes nesse momento, como reservar um tempo para estudo, preferencialmente na parte da manhã, mas jamais esquecer de possibilitar momentos para brincar e se divertir. São essas atitudes simples que contribuem significativamente no processo de aprendizado e na garantia da saúde emocional das crianças e adolescentes”, explica. 

O Instituto Futebol de Rua, que atende jovens e crianças em situação de vulnerabilidade social em todo o Brasil, preparou uma cartilha com diversas atividades para serem realizadas em casa durante o isolamento social, aliando habilidades educativas à descontração. Futebol de pedrinhas, amarelinha maluca e pebolim na caixa estão entre as opções de jogos e brinquedos que podem ser confeccionados com materiais recicláveis e na companhia dos familiares.

Para a assistente social Karine Lima, a cartilha “oferece possibilidades de interação entre a família de forma leve e possível em isolamento social. São materiais simples e de fácil acesso, que podem gerar momentos de diversão e relaxamento”.  

A participação e o apoio dos pais também são essenciais nesse processo para que as crianças se sintam mais motivadas com as atividades escolares e diminuam o índice de estresse e ansiedade. “O controle emocional da criança começa com o controle emocional dos pais. Essa é uma excelente forma de ajudar seus filhos, manter a calma com eles e com as intercorrências da vida. Algumas coisas não temos controle porque não dependem de nós. Outra forma de ajudar os jovens é na conversa com a escola para ver a melhor forma de entregar o material escolar”, aponta a psicóloga Denise. 

A cartilha também oferece dicas de atividades pedagógicas que podem ser trabalhadas com as crianças para contribuir com a formação humana: cultura da paz, gênero, cuidados de trânsito, educação financeira, combate ao racismo e reforço de valores como honestidade, amor próprio, responsabilidade, empatia e tolerância às diferenças. 

O material completo com as atividades e brincadeiras para estimular a criatividade e diversão das crianças durante as férias em casa está disponível no site https://www.futebolderua.org/cartilha-de-atividades.


Dia do Amigo: entenda como a amizade pode ajudar no combate à depressão


Coordenador da Anhanguera dá dicas de como auxiliar um amigo com sintomas de depressão durante o isolamento social

As mudanças de hábito provocadas pelo surgimento da covid-19 têm impactado não só na saúde física da população, mas também na saúde mental. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) , divulgado antes da pandemia, revelou que a depressão é um problema crescente no país e já atinge 11,5 milhões dos brasileiros. Além disso, o levantamento mostrou que, no Brasil, mais de 18 milhões de pessoas sofrem de distúrbios relacionados à ansiedade.
O coordenador da Anhanguera de Niterói, Douglas Bianchi, explica que a pandemia tem colaborado para desencadear problemas emocionais, já que esse momento tem gerado um excesso de informações, despertado insegurança, incerteza e medo - pelo desconhecido e de ser contaminado e também pelo exigido isolamento social. Não à toa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus , afirmou em maio deste ano que o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas já era extremamente preocupante .

A importância da amizade

Douglas explica que o momento que estamos vivendo torna ainda mais importante a proximidade com aqueles que gostamos. "Diante do perigo, o organismo aciona o nosso sistema de luta ou fuga e liberamos o cortisol - conhecido como hormônio do estresse. No caso do coronavírus, entretanto, não temos para onde fugir. Todo esse cenário contribui muito para o aumento dos casos de depressão e também de ansiedade e estresse pós-traumático. Por isso, contar com os amigos nessa fase pode ajudar a lidar com o momento, que é atípico para todos, e ainda reduzir as chances de depressão", afirma.
O Dia do Amigo, comemorado em 20 de julho, é mais uma oportunidade para celebrar e também reforçar os laços de amizade. Ter amigos traz benefícios tanto para a saúde mental como física, pois vínculos afetivos despertam as emoções positivas, promovendo bem-estar. "Alguns estudos mostram, por exemplo, que essas emoções influenciam nos batimentos cardíacos. Um estudo da Universidade Columbia, nos EUA, mostrou que pessoas que tem amigos são normalmente mais felizes, entusiasmados e satisfeitos com a vida", completa.

Como ajudar

Reconhecer os sintomas iniciais da depressão é essencial para conseguir ajudar quem passa pelo problema. Entre os principais sinais de alerta estão: irritabilidade, desinteresse, falta de motivação e apatia, desespero, sentimento de vazio, pessimismo, sensação de culpa, de inutilidade e de fracasso, além de baixa  autoestima . Falta de ânimo ou energia incapacitante também estão nessa lista. "A pessoa deve ficar atenta se não se sentir capaz de se arrumar, pentear o cabelo, tomar banho; ou executar pequenas atividades domésticas e de home office, por exemplo. Além disso, ter pensamentos obsessivos, falta ou excesso de sono e apetite, interpretação distorcida e negativa da realidade, dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento também indicam que algo pode estar errado", explica Douglas.
O apoio de amigos e familiares faz muita diferença para quem está deprimido ou com sintomas iniciais dessa doença. Por isso, o coordenador da Anhanguera elenca algumas dicas para aqueles que querem contribuir de alguma forma:
• Ouça mais e fale menos;

• Mantenha contato constante, mostre que está "presente" ou peça a alguém próximo;

• Tenha empatia e não faça julgamentos. Evite dar sermão, condenar ou banalizar;

• Não cobre grandes mudanças de hábitos, pois isso desperta ansiedade. Respeite os limites do amigo;

• Use a tecnologia a seu favor. Com ela, é possível reduzir o isolamento através de atividades em rede, como jogos e vídeo chamadas, além de ser um meio para leitura, estudos, psicoterapia on-line e um guia para exercícios físicos, o que ajuda a manter a mente ocupada e corpo em movimento;

• Incentive a consulta com um profissional. Quando os sintomas se tornam graves a ponto de atrapalhar as relações interpessoais de estudo ou trabalho, além das funções vitais, como sono e apetite, está na hora de buscar auxílio de um especialista.

Criatividade em tempos de pandemia: as Festas Itinerantes


O tempo da festa tem sido celebrado ao longo da História como tempo de utopias.

A FESTA, o que é a festa? O termo latino festus, era aplicado à celebração e ao culto dos “falsos deuses” e suas representações. Como expressão teatral de uma organização social, a festa é um fato político, religioso e simbólico. Traz a importante função de introjetar valores e normas da vida coletiva, sentimentos e conhecimentos comunitários.

A festa dentro da festa deve ser estudada, seja pela forma autoritária com que a recebemos pela transposição de valores ibero-europeus, pela cultura indígena e crioula em nosso país em priscas eras de nossa história. Eram tempos imemoráveis... relata Mary del Priori, em Histórias da Gente Brasileira- Colônia, v. 1 ).


Tempos de fantasias, de sonhos, celebrações, transformados em tempos de negação de um presente medíocre ameaçador e sufocante.... Um exercício de liberdade humana! Um reencontro do homem consigo mesmo o angustia e deprime.

Mas, o tempo da festa eclipsa o calendário da rotina e do trabalho dos homens, substituindo-o por um tempo de criatividade, ora afirmando a perenidade das instituições de poder... Sem deter o tempo, nem contradize-lo, mas sim articulando-o, a festa termina por dar à vida diária sua armadura habitual. Complexas são as relações e representações que fazemos de nossa existência.

Jogo de espelhos, em uma festa “sem zombar, zombam de muitos”.  Tempo invertido, de zombarias e disfarces. aquele da Festa Itinerante. Criador de brechas de resistência.
Espaço de múltiplas trocas de olhares, risos e euforias. Em cada casa um significado peculiar, com vida própria. Distribuição de comida e bebida a animam, a música, o ritmo, permitem momentos de integração, partes de um todo comemorativo. As regras começam a ser abandonadas...

O Controle sobre a Festa: tentativa de ordenar o inordenável. Leis e regras procuram esvaziar a função catártica da festa. Luz, silencio, câmeras e vigilância- antídoto contra as transgressões? mas as festas não apenas ensejam reunião de pessoas, como ressaltam a necessidade de comunicação e socialização. Não são apenas uma válvula de escape, mas um grito desafiador. Circulando de festa em festa, a Festa Itinerante se torna um espaço de revolta ritualizada, de dar um fim à tristeza, de esquecimento.
Uma rajada de bom senso nos é trazida por Rodrigo Karpat. 

Embora o controle da festa tente ordenar o inordernável, como muito bem colocou a Professora Maria Celeste, considerando que a festa tem como característica primordial celebração, precisamos lembrar que atualmente, por vivermos em grandes centros urbanos precisamos levar em conta o aumento natural e constante da população , que encontram como saída a construções de conglomerados de residências, denominados condomínios, é neste prisma que a festa com “limite” se faz necessário.

Porém, em tempo de pandemia, a máxima é a não realização de confraternizações e consequentemente nos deparamos com a diminuição dos problemas de convívio que delas surgem, o que em contradição a alegria, traz o tom cinza e melancólico a nossas vidas. O ser humano é social por natureza, tende a procurar o seu bando, a sua turma, a sua família.

Em nosso país ocorre a maior festa do mundo, com certeza o sorriso do brasileiro é reflexo da alegria contagiante do carnaval, a maior desordem que se tem relato no mundo todo. É sabido que em cidades como Salvador, Olinda, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, a desordem se torna o grito de ordem, e os condomínios periféricos a estas grandes festas precisam entram na dança pelas suas sacadas, áreas comuns e até mesmo dentro de seus quartos, quando o movimento de desordem, como em uma inversão de valores,  se torna momentaneamente a nova ordem, então a falta de regra virá a regra.

Porém, um temporal chamado Covid-19, apagou as luzes, tornando a vida de todos cinza, a páscoa se foi, os aniversários, viagens, os churrascos e tudo mais que pudesse ter aglomeração passou em branco e tudo isso foi imposto em um estado de exceção por lei, pelos decretos estaduais, municipais e federais que impuseram corretamente a ordem de não aglomeração e de imposição de distanciamento social.

No entanto, em meio ao distanciamento social, a flexibilização da quarentena, mesmo em momento ainda delicado, surge e mesmo que de forma tímida, as festas itinerantes, transformam o tom cinza e vermelho, em azul, amarelo, rosa e em todas as cores que pudermos imaginar. Como em um desenho infantil que perdeu a cor de repente, e que pode ser retomada magicamente através de festas itinerantes, que passam rapidamente e deixam a alegria no ar.

E em pleno São João, que comemora o nascimento de João Batista, que traz alegria a todas cidades brasileiras com quermesses, fogueiras, barracas do beijo, dos doces, do quentão, foi adaptada em tempo de Covid, para que pudesse continuar a levar alegria a milhares de lares que enfrentam problemas de convívio, perda de emprego, instabilidade emocional e outros.

No âmbito condominial com muita cautela e segurança, as festas juninas itinerantes podem ser realizadas e mudar um pouco a perspectiva no condomínio. Porém, precisamos verificar preliminarmente se no município e estado em que o evento será realizado não tem decreto em vigência proibindo aglomeração. Se houver o jeito será partir para o ambiente virtual.

Para que sejam viabilizadas as festas itinerantes o síndico ou um grupo de moradores lançam a ideia, e sendo a vontade da maioria, o condomínio monta uma comissão para dar início a organização, que deverá contar com a supervisão do síndico e a adoção de todas medidas de segurança, tais como suspensão da barraca do beijo e de brincadeiras de contato por exemplo. Deverá ocorrer de forma mais amena, mas sem perder a alegria do momento. Até a quadrilha deve ser suspensa e substituída por um cantor em um veículo itinerante ou no centro do prédio para que e as pessoas acompanhem das janelas e sacadas.

Para dar início a organização da confraternização é importante avaliar preliminarmente junto com os condôminos a aprovação ou não de festa. Isso pode ser feito por uma pesquisa simples no ambiente virtual.

O síndico tem autonomia para realizar decidir seguir em frente com a proposta, ainda mais se for tradição no condomínio, mas se não for a vontade da maioria, em função deste momento, a ideia deverá ser suspensa.

Caso a festa seja aprovada pela maioria, os horários devem ser restritos e o evento deverá ser mais parecida com uma celebração em família do que com um grande evento.
Imperioso destacar que se deve respeitar as regras de distanciamento social, colocação de totem de álcool gel e a limpeza deve ser reforçada. Uma boa sugestão também é distribuir cartilhas de procedimento. E, por ora, sem convidados de fora do condomínio. E, claro, o evento deve ser em local arejado, ao ar livre.

O orçamento para a confraternização deve ser levando em conta uma vez que estamos em um momento de poupar recursos, assim deve-se ter mente que o objetivo é trazer um pouco de alegria para os nossos condomínios e não exagerar na medida. É momento de solidariedade, confraternizar, nada de eventos profissionais e sim de encontro caseiro, alegre, mas respeitando distanciamento social, regras de segurança.

O prédio investe dentro de um orçamento aprovado em assembleia ou se destina uma verba para isso.

Porém, se as regras acordadas não forem respeitadas o síndico deve agir. O caminho para evitar problemas é organizar bem, dentro das normas de segurança, respeitando os decretos em vigência e orientar sempre a todos para que tudo ocorra de forma alegre e sem atritos.

A festa deve ocorrer respeitando as normas restritivas ou de abrandamento social em cada local e evitando aglomerações, e mesmo que a festa ocorra dentro do planejado no condomínio nada impede que qualquer um que se sinta prejudicado requeira alguma ação de forma judicial visando impedir a realização da festa itinerante dentro do condomínio.  Porém, a palavra de ordem é, festejar para atrair coisas boas, sorrir e deixar a alma feliz.





Maria Celeste Cordeiro Leite dos Santos - Professora do Departamento de Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Livre-Docente em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Pós-Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.


Rodrigo Karpat - Advogado militante na área cível há mais de 15 anos, Dr. Rodrigo Karpat é sócio no escritório Karpat Sociedade de Advogados, Coordenador de Direito Condominial na Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB-SP e referência em direito imobiliário e questões condominiais. É frequentemente solicitado entre os meios jornalísticos e ministra palestras por todo o Brasil.


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