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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Dia de Combate a Hipertensão Arterial: especialista do HCor explica relação entre pressão alta e coronavírus


Médico reforça a importância de hipertensos e cardiopatas manterem o tratamento com uso de medicação diária


Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é comemorado neste domingo (26)


     No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, o HCor faz um alerta para os pacientes que convivem com a hipertensão e fazem parte do grupo considerado de maior risco para a infecção por Sars-CoV-2, o novo coronovaírus.

     O especialista Celso Amodeo, médico cardiologista e nefrologista do HCor, explica que pacientes com pressão alta, diabetes e insuficiência cardíaca não controlados estão mais suscetíveis a ter complicações relacionadas a Covi-19. “É muito importante que pacientes com as doenças controladas não suspendam, de forma alguma, o tratamento sem conversar antes com o médico”, destaca.

     O médico alerta para notícias recentes que associaram a possibilidade de alguns medicamentos para doenças crônicas como as cardiopatias e hipertensão facilitaram a entrada do coronavírus para dentro das células do corpo. Entretanto, não há, ainda, evidência científica publicada de que isso, de fato, ocorra em seres humanos. “Diante dessa controvérsia, após a análise criteriosa da literatura, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Europeia de Cardiologia e o Colégio Americano de Cardiologia orientam sobre a não suspensão dos medicamentos hipertensivos, entre outros, de uso diário pelos pacientes”, explica Amodeo.

     Pacientes que convivem com doenças crônicas sempre estiveram em maior risco de contraírem vírus que acometem os pulmões, como é o caso da influenza, que transmite a gripe. Comprometimentos na circulação também debilitam a “chegada” das células de defesa nos órgãos com infecção.

     Além dos hipertensos, chamamos atenção também dos pacientes que possuem obstruções nas artérias, insuficiência cardíaca e outros problemas do coração, além das pessoas que já tiveram AVC (derrame) e infarto.

     Segundo o especialista, a principal orientação para pacientes com pressão alta e portadores de doenças cardiovasculares é redobrar os cuidados com a higienização das mãos e a medida de isolamento social. Quem precisa sair de casa, deve fazer o uso de máscara, álcool gel e manter sempre a distância social.

     Estima-se que a hipertensão atinja cerca de um bilhão de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No país, 35% da população adulta convive com pressão alta e, segundo especialistas, deste total 50% dos pacientes não tem conhecimento do problema. A pressão alta é responsável por desencadear até 80% dos casos de derrame cerebral e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados no Brasil.

     O HCor listou os cuidados que os pacientes hipertensos devem redobrar durante a pandemia:


- Alimentação é aliada da prevenção

Mantenha suas defesas em alta com refeições equilibradas e ricas em alimentos naturais. Para consumir menos sal, sem abrir mão do sabor, é possível apostar em ervas aromáticas e especiarias, a fim de melhorar o paladar da refeição sem comprometer a saúde. Também é importante diminuir ao máximo o consumo de alimentos processados e industrializados (pães, queijos, enlatados e embutidos, cujo conservante principal é o sal), que chegam a constituir cerca de 75% do sal consumidos nas refeições diárias.


- Treino em casa

De maneira moderada, é indicado mexer o corpo, mesmo em casa, com exercícios aeróbicos, dança, subida de escadas e treinos de Yoga e funcional (com o peso do próprio corpo) com apoio de aplicativos e canais nas redes sociais.


- Saúde monitorada

É fundamental seguir o monitoramento da saúde cardíaca com exames. O HCor está preparado para receber pacientes e manter a normalidade das consultas e exames. O serviço de telemedicina também pode ser acionado para tirar dúvidas quanto ao tratamento e troca de receitas, por exemplo.



Câncer de testículo: como detectar precocemente?


 Abril é o mês da conscientização da doença, que afeta principalmente jovens; um tipo de câncer com alto índice de cura mesmo quando já há metástases


Abril é o mês da conscientização do câncer de testículo, doença que quando comparada aos ‘famosos’ cânceres de mama e próstata, tem muito menos exposição na mídia. Este tipo de tumor já teve em evidência quando atletas famosos como os jogadores de futebol Ederson, Magrão e Arjen Robben, além de Nenê Hilário, do basquete, e de Lance Armstrong, do ciclismo, diagnosticaram a doença.  De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença representa de 1% a 5% do total de casos de tumores em homens no Brasil. É o principal câncer sólido (com exceção das leucemias e linfomas) diagnosticado em homens entre 15 e 35 anos. “É um tumor raro e cercado de muitos tabus por acometer o órgão masculino. O que pouca gente fala e é o mais importante, é que o câncer de testículo tem altíssimas taxas de cura, mesmo quando já há metástases”, afirma Higor Mantovani, oncologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.

O câncer de testículo geralmente se apresenta como um nódulo (caroço) no órgão, que pode ou não doer, alterar a consistência e a cor do mesmo, e que quase sempre é percebido pelos homens quando eles tocam a parte genital. “Como alterações no testículo são facilmente perceptíveis, a doença é descoberta em estágios ainda iniciais, na maioria das vezes. Não incomumente, a parceira do paciente pode ser a responsável por notar tais alterações. O mais importante é reconhecer os sinais e sintomas mais frequentes da doença, assim como identificar homens com fatores de risco para o seu desenvolvimento. Dessa forma, é possível procurar auxílio médico no momento correto”, explica o médico.

De acordo com o Dr. Higor, muitos homens (jovens, como se espera para a faixa etária alvo desta doença) veem o exame do testículo como um tabu ou motivo de vergonha e, por isso, hesitam em procurar auxílio médico no início dos sintomas, o que acaba atrasando a detecção precoce de um possível tumor.  “Vale lembrar que outras doenças benignas também podem acometer o testículo (orquite, epididimite, hidrocele, torção testicular, outras). Sendo assim, o exame do testículo por um profissional médico e a realização de exames complementares (ultrassom, exames de sangue específicos e até tomografias) certamente vão auxiliar no diagnóstico exato para cada individuo. Conversar, discutir, quebrar tabus e (o mais importante) estimular a busca pelo diagnóstico precoce são práticas que tendem a aumentar ainda mais a chance de cura desse tipo de câncer”, alerta. 


Fatores de riscos

Existem algumas condições de saúde que são sabidamente fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de testículo. É o caso da criptorquidia, popularmente conhecida como testículo que não desceu ou testículo mal posicionado. “A criptorquidia é definida pela ausência ou a não localização do testículo na bolsa escrotal. Nesta condição, o testículo que durante o desenvolvimento fetal é gerado e se localiza dentro do abdome pode se apresentar no trajeto de descida até o escroto, mais comumente na região inguinal, ou até mesmo na dentro da cavidade abdominal. Para alguns homens portadores desta condição, faz-se necessária a monitorização deste testículo mal posicionado e, eventualmente, a abordagem cirúrgica para correção ou retirada do mesmo”, explica Dr. Higor.

Segundo o oncologista, estudos sugerem que homens com criptorquidia têm 3% mais chance de desenvolver câncer de testículo do que aqueles sem esta condição. “Mas a literatura sugere um risco maior de câncer testicular para pacientes com familiares com histórico da neoplasia em questão. Filhos e parentes próximos como irmãos e primos de primeiro grau de indivíduos portadores de câncer de testículo parecem ter um risco maior (2 a 5 vezes maior) de desenvolver a doença”, afirma.

O médico alerta: indivíduos que tem um histórico familiar de câncer testicular ou criptorquidia, é importante manter um seguimento regular de saúde com um médico para monitorar possíveis alterações suspeitas. “O diagnostico precoce possibilita o adequado tratamento e aumenta ainda mais a chance de cura”, finaliza o especialista. 






Higor Mantovani - formado em Oncologia Clínica pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. É mestrando na área de Oncologia Clínica pela UNICAMP. É membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Higor faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Instituto Radium de Campinas, no Hospital Santa Tereza, Santa Casa de Valinhos e do Hospital Madre Theodora.



Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia
 www.sonhe.med.br  e nas Redes Sociais @gruposonhe


Cardiopatas são mais vulneráveis à contaminação pelo coronavírus


Doença é gatilho para outras comorbidades, como arteriosclerose, diabetes e obesidade


Embora pertença a uma família de vírus conhecida pela ciência desde a década de 60, o novo coronavírus traz, ainda, muitas perguntas para serem respondidas, principalmente sobre os métodos eficazes de tratamento. O que se sabe, até agora, é que há grupos de riscos, especialmente pessoas com problemas cardiovasculares, que são, normalmente, aquelas com idade acima dos 60 anos.

Pesquisas recentes do Colégio Americano de Cardiologia revelam que 40% dos pacientes dos hospitalizados com resultado positivo para essa infecção por coronavírus apresentavam alguma patologia cardiovascular ou cerebrovascular prévia. Além disso, 6,7% deles manifestaram arritmia e 7,2%, uma lesão no miocárdio. De acordo com o cirurgião vascular Francisco Simi, a cardiopatia é uma doença comprometedora para o paciente.

“O sistema imológico do cardiopata é bastante sensível e é comum apresentar quadros constantes de inflamações crônicas, o que pode agravar o adoecimento. A predisposição deles para qualquer doença é muito alta, principalmente em casos clínicos virais. Por isso, pessoas com problemas cardiovasculares precisam, neste momento, praticar o isolamento social”, orienta.

Simi lembra também que a cardiopatia acarreta outras comorbidades, como a arteriosclerose, diabetes e obesidade. As secreções constantes desses pacientes também potencializam a porta de entrada para o coronavírus. “Em cardiopatas, as secreções da orofaringe são mais presentes e pode levar o vírus com mais rapidez para os pulmões. É nesse órgão que o vírus vai atuar prejudicando a respiração”, explica Simi.


CUIDADOS CONSTANTES

Os cuidados que os cardiopatas devem ter são os mesmos necessários para evitar a contaminação. Porém, devem ser redobrados. “Isolamento social é o principal. A higiene das mãos várias vezes ao dia e o uso de máscaras também são cuidados importantes. As máscaras caseiras são uma opção para quem não dispõe de outras e a lavagem adequada delas, com água e sabão, deve ser feita sempre”, orienta o médico.


IMUNIDADE

Com a quarentena, muitas pessoas estão isoladas dentro de casa, deixando inclusive de tomar sol. A vitamina D é um importante nutriente que age no equilíbrio do corpo, como na absorção do cálcio e fósforo, fortificando os ossos, músculos e, inclusive, os dentes.  

“O sol é uma das fontes mais simples para absorvermos essa vitamina. Ela ajuda bastante na imunidade, por isso, mesmo na quarentena, é importante expor o corpo aos raios solares, de forma moderada. Uma caminhada pelo quintal ou sentar-se na sacada por alguns minutos, evitando as horas mais quentes do dia, contribui muito para que o nosso corpo produza esse nutriente”, reforça Simi. A vitamina D também está presente, em maior concentração, nos peixes de água salgada, carne vermelha, ovos, manteiga e leite.



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