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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Fim de ano: festas e férias escolares aumentam em até 15% tentativas de invasão a residências


ADT alerta para evidências de que a casa está vazia
e lista recomendações para dificultar a ação de criminosos


Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), mais de 400 mil ocorrências de roubos foram registradas no estado de São Paulo até outubro deste ano. As invasões a residências corresponderam a 2,1% dos casos. 

O fim do ano, marcado por celebrações e férias escolares, registra um aumento de 15% no número de tentativas de assalto a residências nas grandes cidades. A informação é baseada no histórico de alarmes recebidos na central de atendimento da ADT, empresa de monitoramento de alarme.

“Neste período, muitas pessoas aproveitam para viajar e usufruir dos dias de folga. As ruas ficam menos movimentadas e muitas casas ficam vazias, criando oportunidades de invasões”, alerta Robert Wagner dos Santos, especialista em segurança da empresa. “Os alarmes recebidos em nossa central servem de alerta para que as pessoas tomem cuidados especiais nas próximas semanas”, afirma.

A empresa elaborou algumas dicas para quem não vai estar em casa durante essa época.


Evite mostrar que a casa está vazia

1.   Informe vizinhos de confiança sobre sua ausência e peça para que fiquem atentos a barulhos estranhos e veículos desconhecidos estacionados em frente à garagem. A Vizinhança Solidária é uma ação que pode ajudar na segurança de uma residência. Veja mais informações aqui;

2.   Seja discreto ao divulgar seus planos de viagem, inclusive nas redes sociais. A mesma cautela vale para a postagem de fotos, já que desconhecidos podem ver. Prefira postar após o retorno;

3.   Se possível, cancele entregas de serviços diários, como revistas e jornais, e solicite que alguém de confiança recolha eventuais correspondências;

4.   Mantenha as cortinas fechadas para dificultar a visualização do interior do imóvel;

5.   Desligar a campainha também deixará em dúvida quem possa tocá-la para saber se há alguém em casa;

6.   Programe o telefone fixo para o modo ‘siga-me’. Dessa forma, qualquer ligação para sua casa será transmitida, automaticamente, para o número que você escolher;

7.   Não deixe as luzes acesas e invista em sistemas automáticos de acionamento. Novas tecnologias de automação permitem programar o acionamento de luzes e até equipamentos para inibir criminosos;


Dificulte a ação dos criminosos

1.   Certifique-se de que todas as portas e janelas estão trancadas. Caso não tenha essa opção, use barras que dificultem sua abertura;

2.   Coloque correntes grossas e cadeados resistentes nos portões;

3.   Coloque cadeado no lugar do pino de emergência (usados quando não há energia no local) dos portões automáticos;

4.   Leve todas as chaves reservas, salvo aquelas deixadas com pessoas de confiança;

5.   Se algum carro ficar na garagem, leve as chaves e os documentos;

6.   Evite cofres e valores dentro da casa. Prefira deixar em empresas que armazenam esses itens, como bancos;

7.   Coloque senhas nos televisores mais modernos, computadores e videogames, e prefira suporte de televisores com opção de trava para dificultar sua retirada.

Para Santos, a contratação de monitoramento e alarme 24h também é uma opção na hora de viajar, pois o serviço reduz em até 94% a possibilidade de roubos. “A ADT possui uma solução que combina alarme monitorado, câmeras e interatividade. O sistema oferece tranquilidade durante as viagens porque detecta invasores, permite ver o que está acontecendo no local e, em caso de suspeitas, toma providências”, finaliza. Veja mais informações aqui.  



ADT


segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Doenças da pele: pacientes recebem avaliação e tratamentos gratuitos em BH




Ação Social marca a campanha ‘Dezembro Laranja’ em clínica da capital

O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, mas seus números são muito altos. Em geral, a população conhece as dicas básicas para a prevenção do câncer e outras doenças da pele. Porém, nem todo mundo segue as recomendações médicas e, muito menos, busca ajuda profissional quando algum sinal da doença aparece. 

A verdade é que, quando detectado precocemente, o câncer de pele tem 100% de chances de cura. Por isso a prevenção é tão importante, conforme afirma o médico dermatologista, Dr. Fábio Gontijo: “estar atento aos sinais que a pele nos dá, é o que vai garantir que o paciente perceba quando algo diferente surgir. Porém, somente um exame clínico ou uma biópsia são capazes de diagnosticar o câncer de pele.”


Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza, desde 2014, o ‘Dezembro Laranja’, ação que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele e que, em 2019, dá enfoque aos principais sinais da doença para o diagnóstico e tratamento precoces, na tentativa de conscientizar a população brasileira sobre a importância de cuidar da pele. 


ATENDIMENTO GRATUITO EM BH

Pensando na necessidade de atendimento dermatológico para a população carente, será realizada, na região centro-sul de BH, uma ação social com avaliação de pele gratuita, além da garantia do tratamento completo para cada paciente, desde a primeira consulta até a solução do problema
De acordo com Fábio, o projeto surgiu diante do grande número de diagnósticos de câncer de pele no Brasil e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção: “Na verdade, primeiro pensamos sobre a incidência alarmante de câncer de pele, que é o mais comum no país, e nos motivamos diante do fato de que, quando detectado precocemente, é uma doença com muitas chances de cura. As pessoas precisam saber desse dado, porque o que acontece é que a grande maioria tem medo de um diagnóstico assim.”
O atendimento gratuito será realizado no próximo dia 15/12, de 9h às 13h, na clínica Dr. Fábio Gontijo, que fica na Av. do Contorno, 4747 - 602/604 - Funcionários, Belo Horizonte.



Fonte: Dr. Fábio Gontijo, Médico Dermatologista, formado pela UFMG em 2009, Dermatologista Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologista (SBD), Especialista em Oncodermatologia pelo Hospital Albert Einstein, com MBA em Gestão em Saúde pela FGV. Contato: www.fabiogontijo.com.br ou @dr.fabio.gontijo no Instagram. 

Toxoplasmose: uma zoonose que exige atenção especial principalmente das gestantes



A toxoplasmose é uma doença silenciosa causada pelo parasita toxoplasma gondii e acontece pela ingestão de água ou alimentos contaminados, sendo uma das zoonoses mais comuns em todo o mundo1.  Os sintomas são inespecíficos, e muitas vezes são confundidos com os de uma gripe, dengue e podendo incluir dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos¹.

“Os sintomas no ser humano são inespecíficos, causando dor no corpo, mal-estar, dor de cabeça e dores musculares. Isso pode ser confundido com qualquer outra infecção e até mesmo com viroses”, explica o Professor Doutor Italmar Navarro, médico veterinário e professor com especialidade em Zoonoses e Saúde Pública da Universidade Estadual de Londrina.  

Durante a gestação, a prevenção e alerta ao contágio deve ser redobrada, já que muitas vezes a toxoplasmose é assintomática para a mãe, mas infectando o bebê, pode causar danos ao feto, como problemas de visão e de audição, retardo mental e até mesmo aborto1,2.

Segundo Navarro, além do cuidado com a mãe, se a criança nascer infectada, é necessário de imediato iniciar o tratamento com medicamentos específicos que reduzem 80% a 90% as chances de desenvolvimento de sequelas tardias durante a primeira infância. “Queremos incluir o exame específico para toxoplasmose no teste do pezinho, para que todo bebê seja avaliado. Também lutamos para que toda gestante faça o exame durante a gestação”.


A doença do gato - É preciso desmistificar a ideia de que os gatos são os vilões da toxoplasmose². Esta fama foi dada aos felinos pois os ovos do toxoplasma gondi podem estar presentes nas fezes, quando o gato está contaminado por ter ingerido carne crua ou um pequeno animal caçado por ele. Estes ovos eclodem no solo após serem enterrados pelo felino e acabam contaminando os alimentos, água e até outros animais herbívoros².

Para evitar o contágio dos felinos, é essencial que eles não sejam alimentados com carne crua e prestar atenção em seus hábitos de caça. Além disso, é preciso lavar bem as mãos após o manuseio de terra e areias usadas pelos gatos².


Prevenção – Para combater a toxoplasmose, higiene e atenção à preparação dos alimentos são fundamentais. Frutas e hortaliças devem ser lavadas em água corrente, folha a folha para garantir que todo o alimento estará limpo. Carnes e embutidos devem ser consumidos cozidos ou assados; só beba água tratada, filtrada ou fervida e sempre lave as mãos e a superfície de preparação (tábuas e facas) após manusear carne crua.1,2

“Cuidado com as verduras, frutas e água. Lave muito bem e em água corrente limpa, folha por folha das hortaliças. A ação mecânica da água é a única forma que tem para remover esse parasita das hortaliças. Já a técnica de colocar de molho no cloro resolve muito bem para os vírus e para as bactérias, no parasita não tem ação nenhuma”, afirma Navarro.

A respeito das carnes, Navarro indica congelar a -18ºC por sete dias e lavar bem na hora de descongelar, pois o parasita se concentra no líquido descongelado.





Sanofi




Fonte
Dr. Italmar Teodorico Navarro - CRMV: 1028 - PR  -  médico veterinário e professor com especialidade em Zoonoses e Saúde Pública da Universidade Estadual de Londrina




Referências
  1. Portal Ministério da Saúde. Disponível em: <http://saude.gov.br/saude-de-a-z/toxoplasmose>. Acesso em Nov 2019
  2. REGINA MITSUKA BREGANÓ; FABIANA MARIA RUIZ LOPES; ITALMAR TEODORICO NAVARRO. Toxoplasmose Gestacional e Congênita: Manual de Vigilância em Saúde, Diagnóstico, Tratamento e Condutas. EDUEL, Londrina. 2010. ISBN 978-85-7216-519-8

Quais remédios levar em uma viagem com as crianças



A pediatra  Loretta Campos dá oito dicas de como organizar a farmácia

O fim de ano está chegando! E, claro, muitas pessoas irão viajar!!! A Dra. Loretta Campos dá dica de como organizar a farmácia para viagem com as crianças


💊 Antitérmicos e analgésicos (Dipirona, Paracetamol) - febre é temperatura maior ou igual à 37,8 graus. Não esqueça o TERMÔMETRO!!!

💊 Antibióticos: se for viajar para o exterior principalmente, não esqueça de pedir a receita para o seu pediatra. É melhor se prevenir!

💊 Antialérgicos: nunca viaje sem esse medicamento! Reações alérgicas acontecem sem avisar!!!

💊 Corticoides (Prelone, Predsin, por exemplo): em casos de asma ou alergia severa é sempre bom tê-los por perto.

💊 Medicamentos para enjoos (Dramin, Bromoprida, Vonau, por exemplo).

💊 Probióticos para o caso de diarreia.

💊  Antibiótico tópico para o ouvido no caso de dor no ouvido e colírio 
oftalmológico para conjuntivite. Principalmente se o local da viagem tem piscina.

💊  Hidratante corporal, protetor solar e labial, repelentes e solução nasal.





Dra. Loretta Campos - Pediatra e Consultora de Aleitamento Materno. Pediatra pela Universidade de São Paulo (USP), Consultora Internacional em Aleitamento Materno (IBCLC), Consultora do sono, Educadora Parental pela Discipline Positive Association e membro das Sociedades Goiana e Brasileira de Pediatria. A médica aborda temas sobre aleitamento materno com ênfase na área comportamental da criança e parentalidade positiva.
Instagram: @dralorettacampos
Facebook: @dralorettaoediatra

Trombose: causas, sintomas, tratamento e prevenção



O Dr. Matheus Mozini Cavichioli, médico vascular e endovascular do Centro Médico Consulta Aqui, fala sobre essa perigosa doença silenciosa.

Trombose é uma doença potencialmente grave causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas. Esse coágulo pode bloquear o fluxo de sangue e causar inchaço e dor na região. Quando ele se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia, pode ficar preso no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outras áreas, levando a problemas graves.

“As causas são multifatoriais, porém, de maneira geral a trombose ocorre pela imobilização ou repouso prolongado do membro, seja por trauma local ou por alterações no mecanismo de coagulação do paciente”, explica o Dr. Matheus Mozini Cavichioli, médico vascular e endovascular do Centro Médico Consulta Aqui.

Segundo dados da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, uma em cada quatro pessoas no mundo morre por condições causadas pela doença.
Os tipos e trombose são:

• Trombose venosa - o mais comum. Acontece quando o coágulo de sangue bloqueia uma veia. Estima-se que cerca de 180 mil novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano, sendo que ela também pode causar embolia pulmonar.

• Trombose arterial - ocorre quando o coágulo de sangue bloqueia uma artéria. Acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e infartos podem ser consequências de tromboses arteriais. Esse tipo costuma ser mais grave do que a venosa.

A boa notícia é que a trombose tem cura. “Quando diagnosticada e iniciado tratamento precoce, os resultados do tratamento são altamente eficazes”, esclarece o Dr. Matheus.

Devido ao repouso prolongado, principalmente das pernas, indivíduos que se submetem a longas viagens devem ficar atentos. Os sintomas mais comuns são dor, edema, vermelhidão e calor local. O exame diagnóstico mais utilizado para detectar a trombose é o Ultrassom Doppler. “Além das meias elásticas, quando indicadas, atividade física regular e alimentação saudável são formas de contribuir com a boa circulação do sangue nas pernas, evitando assim essa temida doença”, aconselha o Dr. Cavichioli.





Rua Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP
Central de atendimento(11) 3838 4669

Verão requer cuidados com a pele das crianças



Pediatra fala sobre os principais fatores de risco e dá dicas para proteger os pequenos de possíveis danos causados por sol, mosquitos e sudorese intensa


O verão está no auge e o calor está intenso em todo o País. Com ele, alguns problemas de pele começam a surgir, principalmente em crianças pequenas. Ao contrário da maioria dos adultos, as crianças ficam grande parte do seu tempo diário em ambientes externos e acabam se expondo de maneira importante aos raios solares. Por isso, a pediatra Cássia Amaral, docente de Medicina da Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de universidades Laureate, faz o alerta: “a exposição solar excessiva durante a infância é um fator particularmente significativo no risco futuro de desenvolvimento de câncer de pele”. “Existe uma clara relação entre a exposição solar ao longo dos anos e o desenvolvimento de carcinomas cutâneos”, enfatiza a especialista.

Entre as várias medidas de proteção à radiação solar, o uso de filtros solares previne o surgimento dos cânceres de pele. A recomendação é aplicar o filtro solar com fator de proteção mínimo número 15 durante os primeiros 18 anos de vida. “Essa fotoproteção é necessária diariamente”, enfatiza. Além disso, inclua na rotina da criança o uso de chapéus, óculos escuros e roupas adequadas, evitando a exposição solar exagerada. Também fuja do sol nos horários de maior índice de Raios Ultravioletas, entre 10h e 16h. Uma regra que pode auxiliar a identificar quando é preciso evitar o sol é a da sombra: o sol é mais danoso quanto menor é a sombra da criança em relação à sua altura.

Mas, atenção: bebês até seis meses não devem usar filtro solar e nem devem ser expostos diretamente ao sol, principalmente nos horários de maior risco. “Entre os seis meses e 2 anos é preferível o uso dos filtros físicos (também conhecidos como mineral), por serem menos alergênicos em relação aos filtros químicos. Caso opte por roupas com fator de proteção, Cássia indica optar por peças de cores escuras. “As cores escuras e as altas concentrações de corantes absorvem mais raios ultravioletas, não deixando ultrapassar para a pele. Cores escuras no mesmo tecido, como azul, vermelho e preto absorvem mais os raios ultravioletas do que as claras, como o branco, azul claro ou bege”.

A especialista ressalta ainda, tanto para as crianças, quanto para os adultos, a necessidade de aplicação dos filtros solares em áreas da pele não protegidas por roupa, antes da exposição ao sol, bem como a reaplicação a cada 4 horas, após suor excessivo ou mergulho.


Picadas de insetos

As principais alergias que aparecem no verão são decorrentes de picadas de insetos, que se proliferam nesta época. Eles aparecem, normalmente no nascer e no pôr-do-sol. Por isso, deixe as janelas fechadas nesses horários ou use telas de proteção. O ar condicionado ajuda a espantar os mosquitos, assim como o vento do ventilador. É possível ainda usar repelentes elétricos, com liberação de inseticidas. “Eles são uteis e impedem a entrada dos insetos no ambiente. Mas, cuidado para que as crianças não retirem o produto da tomada”, alerta.

Se não for possível usar roupas com mangas longas e calças compridas com tecidos mais grossos por conta do calor, os repelentes tópicos podem ser usados por maiores de seis meses, “mas nunca durante o sono ou por períodos mais prolongados”, enfatiza. “Também não passe o produto nas mãozinhas das crianças, pois eles podem leva-lo à boca”, completa. Acima de 2 anos, os que contém DEET são os mais utilizados.

Outra alternativa é utilizar roupas tratadas com repelentes ou aplicar produtos que contenham permetrina O,5% nos tecidos. Evite roupas escuras e não use perfumes, pois atraem insetos.


Suor

Muitas crianças, devido a sudorese intensa, podem ficar com a pele irritada. O ideal é deixar o ambiente sempre bem arejado e evitar roupas sintéticas. “Ao verificar a pele da criança irritada, devemos lavá-la com água corrente, evitando sabonetes antissépticos. Se houver prurido, procure um médico”, conclui.






Cassia Amaral - Pediatra e docente do curso de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi.

Laureate International Universities

Verão aumenta a síndrome do olho vermelho



Síndrome cresce 20% e pode estar relacionada a diversas doenças. Entenda.


O olho é o órgão que mais sofre no verão por conta das mudanças de hábitos, oscilações do tempo e maior proliferação de bactérias no ar. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier os prontuários do hospital mostram que a síndrome do olho vermelho aumenta 20% durante a estação. Olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada são os sintomas.

O especialista afirma que podem sinalizar conjuntivite, alergia, olho seco ou ceratite. “Cada uma dessas alterações tem tratamento específico, mas nos meses mais quentes do ano 4 em cada 10 pacientes já chegam aos consultórios usando colírio por conta própria e por isso colocam a visão em risco”, alerta.


Conjuntivite

A água do mar e das piscinas são os maiores vilões entre crianças porque elas costumam abrir os olhos debaixo d’água. “No mar este hábito facilita a contaminação por micro-organismos”, afirma. Isso porque, o sal aumenta a perda da lágrima que protege a superfície do olho e fica suspensa na superfície pela córnea, membrana bem fininha de 5 milésimos de milímetros. Já nas piscinas, ressalta,  não é só o cloro que deixa os olhos vermelhos. Até as mais bem tratadas contêm bactérias que causam conjuntivite porque geralmente estão cheias de urina, muco de nariz, suor, maquiagem e protetor solar.

O oftalmologista afirma que o excesso de filtro solar ao redor dos olhos somado ao suor facilita a penetração nos olhos de crianças e adultos. Resultado: O verão também aumenta os casos de conjuntivite tóxica, uma reação alérgica pelo contato da mucosa ocular com as substâncias do protetor.


Tratamentos

Queiroz Neto afirma que a secreção varia conforme o tipo de conjuntivite.  "Na bacteriana é purulenta e ao primeiro sinal devem ser aplicadas compressas mornas mais colírio antibiótico, orienta. “Na viral a secreção é viscosa e deve ser tratada com compressas frias associadas a colírio antiinflamatório não hormonal nos casos mais leves ou corticóide nos mais severos”, pontua. Já na conjuntivite tóxica ou alérgica, o oftalmologista afirma que a secreção é aquosa e as compressas frias aliviam o desconforto. Os casos de irritação ocular leve podem ser tratados com colírio adstringente e os mais severos com colírio antialérgico ou corticoide, conforme a avaliação do oftalmologista.

O especialista ressalta que só é exigida receita médica na compra de colírio antibiótico, mas adverte que a interrupção abrupta do uso de corticóide pode causar efeito rebote, ou seja, agravar a inflamação. Já a aplicação prolongada pode induzir à catarata e ao glaucoma. “O uso indiscriminado de colírio adstringente predispõe ao olho vermelho crônico”, adverte.


Olho seco e ceratite

O oftalmologista afirma que no verão os maiores vilões entre adultos são: dormir com lente de contato, abusar do ar condicionado e viagens aéreas longas. Isso porque, estas três variáveis ressecam a lágrima e podem tornar a oxigenação da córnea insuficiente.

A córnea, explica,  é uma espécie de lente natural fixa na frente do olho que foca a luz e protege o olho, absorvendo o oxigênio diretamente do ar, não da corrente sanguínea como as demais estruturas do nosso corpo. A má oxigenação predispõe à inflamação ou ceratite,   contaminação por bactérias e à formação de úlceras que podem cegar. A produção da lágrima é menor à noite. Por isso, para manter a integridade da córnea  Queiroz Neto recomenda nunca dormir com lentes de contato mesmo as indicadas para uso noturno. Outras recomendações do médico são não exagerar na exposição ao ar condicionado e retirar as lentes de contato antes do embarque nas viagens aéreas com mais de três horas de voo, já que o ar é mais rarefeito nas cabines,  e instilar lágrima artificial durante a viagem.

Para garantir a boa lubrificação dos olhos a principal recomendação dietética do especialista são as fontes de ômega 3, presente na semente de linhaça, nozes, sardinha, salmão e bacalhau. Os casos mais severos de olho seco, ressalta, têm respondido muito bem às aplicações de luz pulsada que evitam a evaporação da lágrima estimulando a produção da camada oleosa. Geralmente em 3 sessões a produção  lacrimal volta ao normal, conclui.

Transtorno factício e simulação: causas, sintomas e exemplos na ficção



Dados recentes divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 23 milhões de brasileiros, ou seja, 12% da população, apresentam os sintomas de transtornos mentais. Ainda de acordo com a pesquisa, ao menos 5 milhões, 3% dos cidadãos, sofrem com transtornos mentais graves e persistentes.

Grave, o transtorno factício consiste em um quadro patológico no qual o paciente simula ou provoca, intencionalmente, qualquer tipo de sinal ou sintoma físico ou psicológico, sem que exista uma vantagem óbvia para tal atitude, exceto pela obtenção de atenção e cuidados médicos.

“O que diferencia o transtorno factício da simulação é o fato de, nesta, a motivação para assumir o papel de doente sempre inclui algum tipo de incentivo ou recompensa externa, como obter aposentadoria ou benefícios de órgãos de assistência social, ou evitar a punição por algum crime ou ato ilegal cometido. Diferentemente do primeiro, a simulação não constitui um transtorno mental”, explica o Dr. Elie Cheniaux, psiquiatra, membro licenciado da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro, professor de pós-graduação em Psiquiatria e Saúde Mental da UFRJ, e co-autor do livro “Cinema e Loucura: conhecendo os transtornos mentais através dos filmes”.

O transtorno factício é, muitas vezes, denominado síndrome de Münchhausen. O nome é uma referência ao Barão Hieronymus Karl Freiher Von Münchhausen (1720-1797), oficial da cavalaria russa que ficou conhecido em seu tempo por contar histórias exageradas e fantasiosas sobre as aventuras militares das quais participou.

Pessoas que recebem esse diagnóstico apresentam uma verdadeira compulsão a assumir o papel de um enfermo sem que haja qualquer incentivo externo para tal atitude. Os atos são intencionais e premeditados, e os sintomas podem manifestar-se por meio de mentira, caso em que o paciente simplesmente inventa determinadas queixas. Pode ocorrer, também, a produção deliberada de sinais clínicos a partir do consumo oral ou injetável de substâncias tóxicas ou infectadas e de lesões autoinfligidas (cortando-se de propósito com uma faca, por exemplo).


Síndrome de Münchhausen por procuração

Em uma forma especial de síndrome de Münchhausen, denominada Münchhausen por procuração, o indivíduo produz sinais clínicos em outra pessoa, a qual está sob seus cuidados, podendo acontecer em mães ou outras pessoas responsáveis por uma criança. A síndrome caracteriza-se pela invenção ou produção intencional de alterações clínicas na criança, fazendo com que ela seja considerada doente. Mais uma vez, esse comportamento tem como única motivação a obtenção de atenção médica. A síndrome de Münchhausen por procuração é uma forma de abuso infantil e, com frequência, envolve a ocorrência de outras formas de abuso, na ausência de qualquer violência explícita. “Paradoxalmente, a pessoa responsável demonstra uma grande preocupação com a saúde da criança que, com o passar do tempo, pode participar desse processo patológico e, até mesmo, sofrer, ela própria, da síndrome de Münchhausen”, define Chaniaux.


O transtorno factício e a simulação no cinema

Há filmes que ilustram bem o perfil de uma pessoa com factício ou simulação. É o caso de “Os Excêntricos Tenenbaums”. Royal Tenenbaum, personagem de Gene Hackman, é um pai desnaturado. Separou-se de sua esposa Etheline, vivida por Angelica Huston, deixando-a sozinha com os três filhos pequenos. Durante anos, não demonstrou o menor interesse pela família, chegando a roubar dinheiro do filho Chas, personagem de Ben Stiller, entre outros comportamentos não muito nobres. Naturalmente, Etheline e os filhos não queriam vê-lo de maneira alguma.

No entanto, a situação muda quando Royal é expulso do hotel onde mora, por não poder mais pagar a conta, e, não tendo para onde ir, tenta voltar para sua família. Como estratégia para conseguir ser aceito de volta pela ex-esposa e filhos, mente, dizendo estar com câncer e que lhe restam apenas seis semanas de vida. Para atestar a veracidade de sua história, faz com que um falso médico confirme sua doença e leva aparelhos hospitalares para sua antiga casa. “Esse seria um típico caso de simulação se a única motivação para a mentira fosse ter um lugar para morar. Entretanto, como aos poucos o filme revela, o que Royal realmente almejava era recuperar o amor de sua família, caracterizando, assim, um transtorno factício”, explica Elie Cheniaux.

Outro exemplo está no filme “Refém do Silêncio”. Protagonizado por Michael Douglas, Nathan Conrad é um psiquiatra que atende ao chamado de um colega para examinar a jovem Elisabeth Burrows, personagem de Brittany Murphy, internada em um hospital psiquiátrico. Nos últimos 10 anos, ela havia sido internada 20 vezes, tendo recebido 20 diagnósticos diferentes. O motivo da internação atual era agressividade: havia ferido um homem com uma lâmina.

Nathan a encontra sentada em seu leito, praticamente imóvel, recusando-se a falar. Ele ergue o braço da paciente para testar se ela apresenta um sinal típico da esquizofrenia catatônica: a flexibilidade cerácea. Como o braço não se mantém na posição em que o colocou, Nathan detecta a ausência desse sinal clínico. No entanto, quando ele está indo embora, Elizabeth começa a falar e, em seguida, canta, joga-se no leito e faz movimentos estranhos com as mãos.

Na história de Elizabeth há a informação de que ela presenciara o assassinato do pai, empurrado por criminosos na linha do trem do metrô quando ela tinha 8 anos de idade. Nathan conclui que o único diagnóstico correto seria o de transtorno de estresse pós-traumático. “Contudo, somos forçados a discordar dele. Além da ocorrência de um evento traumático e do episódio de explosão colérica que motivou a internação da paciente, ela não apresentava outros sintomas característicos desse transtorno. Mais para o final do filme, fica claro que Elizabeth simulava diversos sintomas psicopatológicos com o objetivo de ser repetidamente hospitalizada e, assim, esconder-se dos assassinos do pai, que de fato estavam atrás dela. Dessa forma, como existiam motivos externos para assumir um papel de doente, o diagnóstico adequado para Elizabeth seria o de simulação”, esclarece Cheniaux.


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