Pesquisar no Blog

terça-feira, 24 de julho de 2018

Inverno: estação mais fria do ano provoca baixa nos níveis de vitamina D


Endocrinologista explica a importância de manter o equilíbrio desse pró-hormônio para a manutenção de uma boa saúde


Durante as estações mais frias do ano, verificamos maior incidência de deficiência de vitamina D em nosso meio. Há, evidentemente, um aumento do uso de roupas fechadas e diminuição da exposição corporal por raios UVB, o que compromete a absorção de vitamina D pela pele. Estima-se que no período de meados de maio até setembro, a deficiência de vitamina D (níveis < 20 ng/mL) na população paulista se eleve de 39% para 77%, segundo levantamento da Unifesp – Universidade Federal de São Paulo.
Os níveis baixos de vitamina D prejudicam as defesas do organismo e bom funcionamento do sistema endócrino, aumentam dos casos de resistência insulínica e diabetes tipo 1 e propensão de doenças ósseas, cardiovasculares, autoimunes e até alguns tipos de câncer, como mama , colón, e pâncreas. Dados mais recentes sugerem que níveis de 25OHVD > 40ng/mL parecem ter benefício na prevenção de câncer e esclerose múltipla. 
Para driblar essa situação, o médico endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein, especialista titular pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Frederico Maia selecionou algumas informações que te ajudarão a passar pela estação com o nível adequado de vitamina D, entenda:

Os principais sintomas da falta de vitamina D são genéricos, por isso, fique atento.

Após os 20 anos de idade o organismo vai perdendo, ano após ano, a capacidade de absorção de vitamina D. Os principais sintomas dessa ausência são: dor ou sensação de fraqueza osteomuscular, fadiga e cansaço, aliados a queda intensa de cabelo e unhas consideradas “fracas”. Se os sintomas forem persistentes, procure um médico e descubra o seu nível de vitamina D (25-OH-VD) no exame simples de sangue.



Toda faixa etária merece atenção!

De acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, na cidade de São Paulo, 85% dos idosos possuem valores inadequados de Vitamina D. Os jovens não ficam trás, apenas metade da população de jovens não necessita ajustar os níveis da vitamina no corpo. A tabela de níveis adequados de 25(OH)VD no sangue é:


   Deficiente
       Insuficiente 
Suficiente
    0 – 20 ng/ml
       20 a 29 ng/ml
Acima de 30 ng/ml
 





Existem fontes alternativas ao sol para consumir a vitamina D

Além da luz solar, existem algumas maneiras para suprir a vitamina D no organismo. Com a alimentação é possível equilibrar os níveis, desde que o consumo esteja adequado as necessidades diárias do organismo, conforme a faixa etária. Alguns alimentos como salmão, sardinha, atum, ovos e cogumelos são algumas das principais fontes do pró-hormônio. Em casos específicos, podem ser necessárias a reposição com suplementos de vitamina D em doses variadas conforme cada caso, e de acordo com a avaliação médica. Essa alternativa possui a vantagem da praticidade, mas é necessário que a dose suplementada seja recomendada por um médico.


Faixas etárias
População geral (UI)
População de risco (UI)
0 – 12 meses
400
400 – 1.000
1 – 8 anos
400
600 – 1.000
9 – 18 anos
600
600 – 1.000
19 – 70 anos
600
1.500 – 2.000
> 70 anos
800
1.500 – 2.000
Gestantes 14 – 18 anos
600
600 – 1.000
Gestantes > 18 anos
600
1.500 – 2.000
Lactantes 14 – 18 anos
600
600 – 1.000
Lactantes > 18 anos
600
1.500 – 2.000


Eletrodomésticos barulhentos? Cuidado! Eles podem afetar sua audição


Com a vida cada vez mais tecnológica, manter diversos aparelhos elétricos e eletrônicos ligados em casa, ao mesmo tempo, é cada vez mais comum. É a TV, a caixinha de som, o videogame, o liquidificador, o secador de cabelos, a máquina de lavar, a furadeira – todos em uso por mães, pais e filhos no cotidiano de inúmeros lares. E em meio a esse cenário, até para conversar é preciso aumentar o volume da voz para se fazer entender. Assim, as famílias vão convivendo com o barulho no cotidiano sem perceberem o mal que tudo isso causa aos ouvidos. 
É preciso ficar atento à mudança de tom de voz e também à emissão de ruído dos eletrônicos. Se algum aparelho é barulhento ao extremo ou está velho e começou a emitir um som mais alto do que antes é melhor trocá-lo. Tanto ruído pode ocasionar danos auditivos em todos que os convivem no ambiente, em grau maior ou menor, dependendo da disposição genética de cada um. Uma dica: caso algum amigo ou familiar diga que você está falando muito alto, isso pode ser um alerta quanto aos hábitos ruins que você tem e que precisam mudar.
Barulhos presentes no dia a dia podem ser traduzidos em decibéis. Uma conversa normal entre duas pessoas varia de 45 a 55 decibéis; o aspirador de pó emite ruídos de 70 a 85 decibéis; o liquidificador, dependendo da marca, vai de 85 a 93 decibéis; e, no caso do secador de cabelo, o ruído pode chegar a 90 decibéis. Já o barulho de uma furadeira pode chegar a 100 decibéis.
“A exposição contínua a ruídos superiores a 80 decibéis pode causar perda progressiva da audição. Os primeiros sintomas em geral são a dificuldade de ouvir e de manter uma boa conversação. Infelizmente é comum que o indivíduo só procure tratamento quando a perda auditiva já está mais grave. Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo e os efeitos podem não ser logo notados. Permanecer em ambientes barulhentos com frequência pode levar, com o tempo, à perda irreversível da audição”, alerta a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
Habituados com o barulho em casa, os brasileiros também estão sendo afetados pelos ruídos das ruas, causados por obras, trânsito e carros de som. Em vários bairros, medições apontam cenários de até 110 decibéis, quando o nível máximo de ruído permitido é de 55 decibéis no período diurno e de 50 decibéis à noite. Se exposto a ruídos desta intensidade durante quatro horas diárias, o indivíduo poderá ter sua acuidade auditiva afetada e os primeiros sintomas podem ser um zumbido nos ouvidos. Por causa de tanto barulho nas ruas e em casa, é cada vez mais comum a perda precoce de audição entre adultos e até mesmo jovens, principalmente pela prática de ouvir música em volume alto no fone de ouvido. 
Para reverter esse quadro, inúmeros hábitos devem ser mudados. Evitar o ambiente barulhento dentro de casa, controlando principalmente o volume da TV e do aparelho de som; prestar atenção quanto ao volume da música nos fones de ouvido; não ouvir música alta dentro do carro; e educar os filhos para que evitem se manter em lugares barulhentos durante muito tempo, a fim de que possam manter uma boa audição até a velhice, quando naturalmente as células ciliadas do ouvido começam a morrer, gerando dificuldades para ouvir.
Caso haja suspeitas de que a sua audição já não é a mesma de antes, procure um otorrinolaringologista. Por meio de exames, o médico vai diagnosticar o grau e o tipo de perda auditiva. Geralmente é recomendado o uso de aparelho auditivo. “A tecnologia presente nos aparelhos atuais tornou possível devolver ao indivíduo uma audição bem próxima à realidade. E o que é melhor, usando próteses minúsculas ou até mesmo intra-auriculares, que mantêm a discrição e elegância tão necessárias para que homens e mulheres se sintam seguros para frequentar ambientes de trabalho, festas e reuniões com amigos”, conclui a fonoaudióloga. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 466 milhões de pessoas têm problemas auditivos hoje no mundo. Há cinco anos, eram 360 milhões. O alerta é para evitar que o distúrbio venha a afetar 900 milhões de pessoas em 2050, caso medidas de prevenção não sejam adotadas.


Posts mais acessados