Endocrinologista
explica a importância de manter o equilíbrio desse pró-hormônio para a
manutenção de uma boa saúde
Durante as estações mais frias do ano,
verificamos maior incidência de deficiência de vitamina D em nosso meio. Há,
evidentemente, um aumento do uso de roupas fechadas e diminuição da exposição
corporal por raios UVB, o que compromete a absorção de vitamina D pela pele.
Estima-se que no período de meados de maio até setembro, a deficiência de
vitamina D (níveis < 20 ng/mL) na população paulista se eleve de 39% para
77%, segundo levantamento da Unifesp – Universidade Federal de São Paulo.
Os níveis baixos de vitamina D prejudicam
as defesas do organismo e bom funcionamento do sistema endócrino, aumentam dos
casos de resistência insulínica e diabetes tipo 1 e propensão de doenças ósseas, cardiovasculares,
autoimunes e até alguns tipos de câncer, como mama , colón, e pâncreas. Dados
mais recentes sugerem que níveis de 25OHVD > 40ng/mL parecem ter benefício
na prevenção de câncer e esclerose múltipla.
Para driblar essa situação, o médico endocrinologista do
Hospital Israelita Albert Einstein, especialista titular pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Frederico Maia selecionou algumas
informações que te ajudarão a passar pela estação com o nível adequado de
vitamina D, entenda:
Os principais sintomas da
falta de vitamina D são genéricos, por isso, fique atento.
Após os 20 anos de idade o
organismo vai perdendo, ano após ano, a capacidade de absorção de vitamina D. Os principais sintomas dessa ausência são: dor ou
sensação de fraqueza osteomuscular, fadiga e cansaço, aliados a queda intensa
de cabelo e unhas consideradas “fracas”. Se os sintomas forem persistentes,
procure um médico e descubra o seu nível de vitamina D (25-OH-VD) no exame
simples de sangue.
Toda faixa
etária merece atenção!
De acordo com
estudo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, na cidade de
São Paulo, 85% dos idosos possuem valores inadequados de Vitamina D. Os jovens não ficam trás, apenas metade da
população de jovens não necessita ajustar os níveis da vitamina no corpo. A
tabela de níveis adequados de 25(OH)VD no sangue é:
Deficiente
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Insuficiente
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Suficiente
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0 – 20 ng/ml
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20 a 29 ng/ml
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Acima
de 30 ng/ml
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Existem fontes alternativas
ao sol para consumir a vitamina D
Além da luz solar, existem
algumas maneiras para suprir a vitamina D no organismo. Com a alimentação é
possível equilibrar os níveis, desde que o consumo esteja adequado as
necessidades diárias do organismo, conforme a faixa etária. Alguns alimentos
como salmão, sardinha, atum, ovos e cogumelos são algumas das principais fontes
do pró-hormônio. Em casos específicos, podem ser necessárias a reposição com
suplementos de vitamina D em doses variadas conforme cada caso, e de acordo com
a avaliação médica. Essa alternativa possui a vantagem da praticidade, mas é
necessário que a dose suplementada seja recomendada por um médico.
Faixas etárias
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População
geral (UI)
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População
de risco (UI)
|
0 – 12 meses
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400
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400 –
1.000
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1 – 8 anos
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400
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600 –
1.000
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9 – 18 anos
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600
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600 –
1.000
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19 – 70 anos
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600
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1.500
– 2.000
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> 70 anos
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800
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1.500
– 2.000
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Gestantes 14 – 18 anos
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600
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600 –
1.000
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Gestantes > 18 anos
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600
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1.500
– 2.000
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Lactantes 14 – 18 anos
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600
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600 –
1.000
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Lactantes > 18 anos
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600
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1.500
– 2.000
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