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segunda-feira, 11 de junho de 2018

O socialismo é contra você







O país tem uma parte capitalista (o setor privado) e uma parte socialista (o Estado). O Estado vive do que retira da sociedade. Se gasta mais do que arrecada, tem de fazer dívida. Se persiste, tem de aumentar impostos. Na crise, o setor privado (pessoas e empresas) aperta o cinto, reduz gastos e luta para não ir à falência. Já o governo segue inchando, não reduz gastos, seus servidores não perdem o emprego, e a saída é sempre a mesma: mais dívidas e mais impostos.

A Revolução Americana de 1776 foi a revolta do povo contra os impostos cobrados pela monarquia inglesa. Foi a luta pela independência dos EUA. Porém, os norte-americanos sabiam que não ter nenhum governo levaria ao caos, e que a função primária do governo é cuidar da defesa nacional e instituir um sistema judicial. Mas os “pais fundadores” da pátria tinham duas premissas: uma, o governo não deve depender de políticos e burocratas altruístas e angelicais (que não existem); outra, não tinham a intenção de permitir que o governo se tornasse um mecanismo para “roubar” os frutos do trabalho de um homem e dar a outro que não trabalhou para obtê-los.

A Constituição dos Estados Unidos foi elaborada para preservar as liberdades individuais e ter um governo com poderes limitadíssimos. A vida de um indivíduo pode ser vista em duas grandes partes: uma é o espectro de sua liberdade; outra é o espectro de suas ações comandadas por um aparato de coerção e controle, o governo. Os fundadores da nação norte-americana sabiam que quanto mais atribuições fossem dadas ao governo, maiores seriam os impostos, mais fortes seriam os controles sobre a vida das pessoas, e os poderes dos políticos e dos burocratas seriam crescentes. Cada vez mais a vida humana sairia do controle do indivíduo e passaria ao controle do Estado.

Em sua obra O Manifesto Comunista, Marx e Engels propunham a ditadura do proletariado – aquilo que chamavam de “socialismo” –, cuja construção dependeria de três coisas: eliminar o direito de propriedade privada (privar o homem dos frutos de seu trabalho); dissolver a unidade familiar (os filhos não pertenceriam mais aos pais, mas ao Estado); e destruir a religião (que para Marx era o “ópio do povo”). Com a queda do Muro de Berlim e a desintegração do império sanguinário soviético, os socialistas passaram a controlar a vida das pessoas por meio dos impostos, de excessivos poderes governamentais e da estatização de tudo que pudessem, desde o preço do ingresso que um bar cobra de homens e mulheres até que músicas podem ser tocadas no carnaval baiano.

O pai de Pítocles reclamava do excesso de gastos do filho, que vivia lhe pedindo sempre mais dinheiro, e recebeu do filósofo Epicuro o seguinte conselho: “Se queres enriquecer Pítocles, não lhe acrescentes riquezas, diminui-lhe os desejos”. É assim que devíamos agir contra a voracidade do governo, que insiste em crescer, confiscar sempre mais de nossa renda e controlar nossas vidas. A fibra de um povo é tão maior quanto menos ela depende do governo, que no fim das contas é um pai terrível.






José Pio Martins - economista e reitor da Universidade Positivo.


Competitividade: até que ponto ela é saudável para a empresa?


A competitividade é um tema recorrente na maioria das empresas. Normalmente, é ela que garante a alta produtividade e a motivação, engajando as pessoas na busca por resultados cada vez melhores. Segundo uma pesquisa recente feita pela Page Personnel, empresa global de recrutamento especializado em profissionais de suporte à gestão, 90,3% dos entrevistados afirmam que ser competitivo faz bem aos profissionais e às empresas.

Políticas internas que estimulam a competição costumam ser muito bem vistas por colaboradores que almejam maiores desafios na carreira. Planos de incentivo com comissionamento, remuneração meritocrática e fluxos entre áreas, são vistos como boas oportunidades de crescimento. A pesquisa mostra que 40,3% dos profissionais acreditam que a competitividade não é apenas importante, mas necessária para um melhor desenvolvimento profissional e para o sucesso da empresa para a qual trabalham.

No entanto, apesar de ser estimulante e extremamente saudável para o clima organizacional, é preciso muito cuidado com os limites. A linha é bastante tênue. Um ambiente hostil de trabalho, onde as pessoas são capazes de qualquer coisa para chegarem onde querem é nocivo em qualquer companhia. Isso sem contar nos danos causados aos profissionais, de forma individual, que podem inclusive adoecer.

Em casos extremos, a competitividade pode criar um ambiente sem limites, onde vale praticamente tudo para se conquistar as metas. Assim, a porta fica aberta para práticas ilícitas e corrupções de todas as espécies e dimensões. As fofocas ganham espaço e a famosa “puxação de tapete” também.

Um sinal de alerta de que a empresa está tendo mais prejuízos do que benefícios com as estratégias de competitividade é quando os relacionamentos entre as pessoas começa a dar sinais de deterioramento. Quando já não há clima para almoços prazerosos ou happy hours ao final do expediente, é sinal de que algo não vai muito bem.

Outro ponto importante é a rotatividade. Quando muitos profissionais pedem o desligamento da empresa, normalmente é porque a insatisfação com o clima está elevada. Nesses momentos, a área de recursos humanos precisa agir. Competitividade não pode ser confundida com rivalidade. Talvez, as políticas precisem ser revisadas.

Logicamente, há muitas empresas que adotam a competitividade excessiva como cultura. E, não há nada de errado nisso. No entanto, os processos seletivos precisam ter atenção a esse ponto. Pessoas mais colaborativas, tendem a encontrar dificuldades nesse tipo de ambiente. O recrutamento e seleção precisa estar alinhado ao perfil da companhia.

Acima de tudo, a empresa precisa definir suas estratégias e ser coerente com elas. De modo geral, é importante analisar sempre a sustentabilidade das empresas e das suas relações. Pressão extrema para superar metas pode corroer o clima organizacional. Trabalhar apenas a favor do individual pode comprometer os resultados coletivos.







Fernanda Andrade - Gerente de Hunting e Outplacement da NVH – Human Intelligence.

 

Um quarto das ações judiciais sobre liberdade de imprensa envolve propaganda política



A Justiça Eleitoral é responsável por 25% dos processos que envolvem liberdade de imprensa. A maioria dos casos – 68,7% – é de processos contra veículos de imprensa que tramitam na Justiça estadual.

As estatísticas fazem parte de um estudo do Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça (DPJ/CNJ) obtidas a partir de informações de processos existentes em cadastros  da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).

Os dados encaminhados pelas associações de jornalismo foram cruzados com a base de dados do CNJ, considerando tanto os processos em trâmite quanto os já solucionados. O estudo ficou restrito a 2.373 processos – estima-se que o recorte corresponda a apenas 4,5% do universo de casos existentes no País sobre o tema, que seriam, em cálculo aproximado, 300 mil ações.

Mais da metade dos pedidos refere-se a danos morais e a assuntos relacionadas ao direito eleitoral. As ações envolvendo questões eleitorais são geralmente propostas por candidatos ou partidos políticos questionando matérias que teriam prejudicado a  sua imagem junto ao eleitorado.

Difamação é o motivo mais frequente das ações, seguido por violação à legislação eleitoral. Como é possível a existência de mais de uma alegação em um mesmo processo, a soma dos quantitativos supera a do número total de ações analisadas na pesquisa: 


Para a pesquisa, foram excluídos os processos em que o meio de comunicação envolvido não esteja diretamente relacionado com o exercício da atividade jornalística, ou seja, o objetivo foi traçar um perfil dos processos sobre liberdade de imprensa, e não de expressão em mídias como Facebook ou Twitter.

O Grupo Globo, incluindo jornais, revistas e internet, é o veículo de imprensa mais acionado no Poder Judiciário, e a maioria dos processos versa sobre difamação e/ou calúnia.
 
 
A maior incidência de processos está no Estado do Rio de Janeiro, com o dobro da média nacional em casos por 100 mil habitantes. Além disso, os casos de liberdade de imprensa são quatro vezes maiores nas capitais do País que nas demais cidades. 

Os processos baixados foram resolvidos, em média, em um ano e quatro meses. Já os processos pendentes, ou seja, que ainda estão em tramitação, estão nesta situação, em média, há três anos e dois meses.

 

Na Justiça Eleitoral, os processos analisados tramitam com mais celeridade (média de um ano e dois meses), enquanto os mais morosos estão na Justiça Federal (média de quatro anos e sete meses). A pesquisa completa estará disponível neste Portal do CNJ.





Luiza Fariello
Agência CNJ de Notícias


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