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terça-feira, 5 de junho de 2018

Hipertensão na gravidez: perigo para mãe e bebê


Mulheres que já sofrem com a doença devem redobrar os cuidados com a saúde nesse período, informando ao médico a sua condição para que ele recomende um tratamento adequado. Já aquelas que nunca tiveram o problema, podem desenvolver hipertensão arterial durante a gravidez.

O aumento da pressão compromete a saúde tanto da mãe quanto do feto e exige cuidados. “A hipertensão pode causar quadros de pré-eclâmpsia e eclampsia, que são próprias da gravidez, e aparecem após o quinto mês de gestação. Na pré-eclâmpsia, a pressão arterial materna aumenta e a mulher elimina proteínas pela urina ou apresenta lesão no rim, fígado, sistema de coagulação, pulmão ou cérebro”, explica Ricardo Cavalli, presidente da Comissão Nacional Especializada em Hipertensão na Gestação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

A doença pode evoluir para eclampsia e comprometer a vida da mãe e do bebê, pois ocasiona lesões em órgãos como rins, fígado e até no sistema nervoso central. Ela pode, ainda, causar convulsões e inchaços, além de antecipar o parto, fazendo com o bebê nascer prematuro.

As causas da hipertensão na gravidez são várias, entre elas estão problemas nos vasos sanguíneos, obesidade, alteração do colesterol ou das triglicérides e doença renal.

Os sintomas da hipertensão gestacional são dores de cabeça, inchaços, dificuldade para respirar, visão embaçada ou sensação de luzes piscando.

O tratamento é feito com medicamentos, mas é necessário que a gestante faça o controle da pressão arterial e se alimente de forma correta.

 “As mulheres obesas, diabéticas, com doenças renais, hipertensas antes da gravidez, grávidas de gêmeos e as que já tiveram eclampsia na gravidez anterior possuem um risco maior de desenvolver a doença. Por esse motivo, elas devem prestar mais atenção na saúde”, alerta o médico.

As mães que desenvolveram hipertensão gestacional podem deixar de ser hipertensas após o parto, pois a pressão arterial diminui com a eliminação da placenta. “É importante lembrar que a mulher deve ser avaliada por um médico porque do mesmo modo que a pressão pode voltar aos níveis normais, a hipertensão pode se tornar crônica. Além disso, elas correm o risco de apresentar mais problemas cardiovasculares e renais no futuro, então devem fazer exercícios físicos e manter uma dieta balanceada pelo resto da vida”, alerta Cavalli.

As mulheres que já sofreram com pré-eclâmpsia na gravidez têm risco maior de ter pressão alta na próxima gestação. “O que recomendamos é que ela use medicamentos preventivos (AAS e Cálcio) que irão diminuir as chances da doença acontecer novamente. Não elimina as chances, mas diminui”, lembra o médico.
“Para diminuir os óbitos devido à doença, é importante que as mães saibam o que é a hipertensão gestacional, como evitar e o que ela pode causar. Depois, é preciso orientar os médicos para tratar adequadamente a paciente e necessário ter um bom atendimento tanto no posto de saúde quanto no sistema hospitalar”, finaliza Cavalli.

Saúde Bucal na gravidez: Seconci-SP explica os principais cuidados neste período


Tratamento dentário deve ser mantido, especialmente entre o quarto e o sexto mês de gestação



A gestação é um período em que as mulheres redobram os cuidados com a saúde para evitar qualquer tipo de complicação. E é nesta fase também que muitas gestantes, por desconhecimento, interrompem ou evitam tratamentos dentais. 

De acordo com a dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Márcia Regina Seki, mesmo durante a gestação as mulheres precisam manter a saúde bucal, inclusive com a rotina de visita ao dentista. “Durante a gravidez é muito importante evitar foco de infecções ou alterações patológicas de gengivas e ossos, por isso, independentemente de estar nesta fase, é preciso tratar os problemas bucais”, comenta. 

A dentista explica que o ideal é que a mulher procure o dentista para uma avaliação antes da gestação, pois se for necessário algum tipo de tratamento, a paciente poderá realizá-lo sem nenhum risco ao bebê. 

Quando for necessário realizar algum procedimento odontológico durante a gravidez, o período mais indicado é entre o quarto e sexto mês de gestação. “No primeiro trimestre ocorre o desenvolvimento dos membros, como cabeça e órgão internos, e o feto está mais suscetível à ação de medicamentos que podem ser usados no tratamento mais delicado e a chance de ter complicações na gestação é maior”, ressalta a dentista do Seconci-SP. “É recomendável evitar também no último trimestre em virtude do risco de parto prematuro. No entanto, se a mulher sentir dor, deve procurar o dentista, independentemente do mês em que estiver a gestação”, completa.

A dentista salienta que, tomando estes cuidados, não existem motivos para que a mulher não trate os problemas que eventualmente possam ocorrer nos dentes. “A cárie é uma doença transmissível e qualquer infecção bucal pode cair na corrente sanguínea da gestante, podendo afetar a criança. Por isso, não se pode negligenciar estes cuidados”. 

Quando procurar o dentista para realizar qualquer procedimento é importante que a mulher informe que está gravida, e o profissional solicitará ao médico que acompanha a gestação uma autorização por escrito apontando a medicação e tipo de anestésico que deverão ser utilizados.

A especialista comenta ainda que, devido ao alto índice de progesterona produzido pelo corpo da mulher neste período, podem ocorrer alterações das fibras gengivais, o que pode facilitar o acesso de bactérias e provocar a inflamação da gengiva, a chamada gengivite. 

Isso é facilmente evitado por meio de uma higiene bucal adequada, que considere o uso da escova e fio dental. “Nesta fase, é recomendável realizar esta limpeza no mínimo cinco vezes ao dia ou sempre após as refeições”, recomenda a dentista. 

Outra dúvida muito comum das mulheres nesta fase diz respeito à questão do cálcio, pois muitas mães acreditam que a criança, quando está se desenvolvendo no útero, retira cálcio dos dentes da gestante, enfraquecendo-os, o que não é verdade. O cálcio que o bebê recebe vem da alimentação da gestante e, quando há carência, o corpo da mulher o retira dos seus ossos. Por esta razão, a dentista comenta que é tão importante a gestante manter uma dieta equilibrada, rica em cálcio, proteínas, vitaminas, fósforo e ferro, além do acompanhamento pré-natal.

Além disso, é preciso evitar alimentos ricos em açúcares, como refrigerantes e bolachas recheadas. “É muito importante também que a mulher evite o consumo de bebidas alcoólicas, o fumo e o uso de drogas, pois são substâncias que afetam diretamente o bebê”, explica a dentista. 

A especialista do Seconci-SP ressalta ainda a importância da amamentação natural, pois isso ajuda no desenvolvimento da musculatura e dos ossos da face do bebê. “E para evitar a transmissão de bactérias para os bebês que são muito sensíveis nesta fase da vida, não é recomendável beijar o neném na boca ou soprar sobre as papinhas”, conclui. 




Dores e sensibilidade dentária. Por que são mais comuns no inverno?


O Conselho Regional de Odontologia explica o motivo e apresenta alguns cuidados para não sofrer na temporada mais gelada do ano

Há quem adore o inverno, mas para quem sofre de sensibilidade dentária, o período não é nada agradável. As baixas temperaturas aumentam a sensação de incômodo e ainda podem causar dores mais intensas. 

A boca mantém uma temperatura constante de 36º a 37º graus e a mudança térmica desta época do ano pode provocar alterações na cavidade bucal, aumentando o desconforto em decorrência da sensibilidade. 

Segundo Mario Sergio Giorgi, presidente da Câmara Técnica de Dentística do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), para conter a sensibilidade dentária durante o frio é muito importante que o paciente procure o cirurgião-dentista, pois somente depois de um diagnóstico realizado pelo profissional é que será possível conhecer o tratamento indicado.

Quem sofre com a sensibilidade também deve tomar outros cuidados. Na hora da escovação é importante que não se aplique muita força, evitando um trauma (retração) gengival. Proteger a dentina exposta, com materiais curativos ou restauradores e usar géis dentais específicos são procedimentos realizados pelos cirurgiões dentistas para minimizar o problema.

Além da sensibilidade dentária, o frio pode aumentar a intensidade da dor em decorrência de outros problemas bucais como a cárie, que leva a exposição da dentina. Os pequenos canais que ligam a dentina a polpa dental levam estímulos de contrastes térmicos (quente e frio) chegando até o nervo, assim causando dor.
Outro fator que pode contribuir para um incomodo nos dentes superiores é a sinusite. A inflamação ataca os seios paranasais e atinge o seio maxilar – região onde estão as raízes dos dentes molares e pré-molares, levando a um desconforto.

Esta dor é muito parecida com a de dente comum, mas distinta, pois não é causada por problemas bucais. Por isso, o diagnóstico é fundamental para adequar o tratamento, sendo imprescindível consultar o cirurgião-dentista com regularidade.






Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)


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