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quarta-feira, 25 de abril de 2018

Ácido ou alcalino, pH da vagina pode determinar sexo do bebê


 Ginecologista e obstetra Domingos Mantelli explica como funciona


Você sabia que as características internas do corpo da mulher podem favorecer um determinado tipo de espermatozoide? Segundo o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, um pH ácido é mais propício para a concepção de meninas, enquanto o pH alcalino favorece a de meninos. Isso também acontece devido à resistência dos espermatozoides que carregam o cromossomo X.

De acordo com Mantelli, no livro “Como escolher o sexo do seu bebê”, do Dr. Landrum Shettles, há um estudo sobre a possibilidade de escolher o sexo do bebê de forma natural. “Dr. Landrum dedicou anos de pesquisas científicas e chegou à conclusão que, se seguirem suas recomendações à risca, a chance, que é de 50%, pode subir para até 87%. As pesquisas são baseadas no peso dos espermatozoides que carregam o cromossomo X (que vai gerar uma menina) e Y (que vai gerar um menino). Os espermatozoides "Y" são menores, mais leves, mais rápidos, menos resistentes, preferem um pH alcalino e vivem em torno de 24h após a ejaculação. Já os "X" são maiores, mais pesados, mais lentos, mais resistentes, preferem um pH mais ácido e vivem em média de 48 a 72h após a ejaculação’, comenta Mantelli. 

A conclusão é que podemos lançar mão de alguns métodos citados pelo médico para ajudar a realizar a escolha do casal, porém é preciso reforçar que essa é uma pesquisa baseada em probabilidades, e não conta com 100% de garantia. O médico recomenda que a mulher, antes de engravidar, tenha consultas ginecológicas, faça exames e deixe seu organismo pronto para uma futura concepção.




Domingos Mantelli - Ginecologista e obstetra, com formação em neurolinguística e atuação na área de medicina psicossomática. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA), com residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.

Mobilidade durante o trabalho de parto alivia dores das contrações


Fisioterapia Pélvica Funcional desempenha um papel importante contra o sofrimento fetal


A mobilidade da mãe durante o trabalho de parto é um dos métodos mais eficazes para lidar com a dor das contrações. Estudos têm demonstrado que as mulheres que permanecem a maior parte do tempo em posições verticais (sentado, de pé ou caminhando) experimentaram contrações menos dolorosas.

Muitas das mães começam o processo de parto enquanto ainda está em casa.

Para aliviar a dor, elas podem mudar de postura, caminhar, balançar os quadris de um lado para outro, ou ainda se agachar. A movimentação vai auxiliar o bebê que está descendo em direção ao canal de parto e precisa da ajuda da gravidade para “encaixar" na pelve em uma posição ideal. 

Segundo a fisioterapeuta Thalita Freitas, especializada em Saúde da Mulher e obstetrícia (HC-FMUSP), da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, a mobilidade materna durante o trabalho de parto e as posições adotadas no momento do nascimento, desempenham um papel importante no nível de conforto da mãe, e também tem influência em quão rápido e eficaz o trabalho de parto irá progredir. “O posicionamento correto da mãe pode acelerar o trabalho de parto em 50% e reduzir o desconforto das contrações, pois favorece a descida do bebê, diminuindo a pressão em áreas específicas e o esforço muscular desnecessário. A maioria das posições pode ser aplicada na sala de parto com ou sem o uso de acessórios, como uma bola terapêutica, além disso o leito pode ser adaptado à uma posição que facilite a saída do bebê”, explica. 

A posição mais utilizada na hora da retirada do bebê (período expulsivo) é com a mulher deitada de barriga para cima e embora essa posição permita à equipe o acesso mais fácil à região pélvica, ela é prejudicial por muitas razões. “A principal é que o canal por onde o bebê tem que passar fica até 30% menor, além disso, o canal do nascimento é efetivamente colocado em uma orientação de subida, forçando a mãe a empurrar contra a gravidade para expulsar o bebê, dificultando a passagem”, diz Thalita.

Posições de nascimento ineficazes podem comprimir os vasos sanguíneos principais, que interferem na circulação e reduzem a pressão sanguínea materna. Esse processo reduz a chegada de oxigênio e diminui a frequência cardíaca do bebê, contribuindo para outras formas de sofrimento fetal.

Com orientação adequada muitas posições podem ser implementadas, e mesmo com anestesia peridural é possível alterar a postura da parturiente, gerando maior conforto para ela, sem comprometer o trabalho da equipe de assistência.

 


Thalita Freitas - Fisioterapeuta especializada em Saúde da Mulher, atuante na clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, na área de reabilitação dos músculos do assoalho pélvico e obstetrícia. Foi supervisora do curso de Pós-graduação em Fisioterapia na Saúde da Mulher HC-FMUSP (2015) e coordenadora do curso de Pós-graduação em fisioterapia, no módulo de Uroginecologia, na Faculdade de Medicina da USP (2014). Site: http://www.athalifisioterapia.com

Mudanças emocionais e físicas: entenda o que acontece com a mulher durante a gestação


 O obstetra da Pro Matre Paulista, Alberto d'Auria, dá dicas para compreender e vivenciar essa fase da forma mais tranquila possível


No começo da gravidez, a produção de hormônios no corpo da mulher aumenta 20 vezes mais, o que altera o seu jeito de pensar, a sua forma de enxergar o mundo e de ver a si mesma. A partir disso, ela passa a ser menos egoísta e começa a viver exclusivamente pelo novo ser que está gerando. Segundo o doutor Alberto d’Auria, obstetra da maternidade Pro Matre Paulista, nesta passagem de mulher para gestante, nasce um sentimento de preservação da espécie, em que a mãe pensa mais em proteger o seu bebê do que se proteger.

“Este aumento na produção de hormônios causa modificações no corpo feminino e mudanças no comportamento emocional. Com isso, ela é capaz de dar a vida pelo filho e não dá importância a mais nada além daquilo. Essa avalanche de hormônios vem para mudar a mente e o corpo dela, além de prepara-la fisicamente para a gestação, nutrindo órgãos e, futuramente, auxiliando na amamentação”, comenta o especialista.

De acordo com o profissional, durante a gestação, há aumento na produção de estrógeno, testosterona, progesterona, hormônios sexuais, cortisol, FSH, hormônio foliculotrófico ou folículo-estimulante, entre outros. “A mulher sente-se mais completa e apresenta uma força descomunal. Ela se enxerga como o epicentro do universo, pois está gerando um ser vivo. A segurança gerada por ela não tem comparação com outras sensações e isso pode ser visto pela importância que ela dá para ela mesma e a falta de interesse que oferece para os outros”, ressalta o doutor d’Auria.

Confira abaixo algumas dicas do especialista para vivenciar este período da forma mais tranquila possível e como lidar com estas mudanças:

  • Mudanças de humor são completamente naturais nesta fase, portanto, a grávida não deve se culpar por estar triste ou zangada momentaneamente, por exemplo. Tentar conversar com o parceiro(a), amigos ou com o obstetra é fundamental. É preciso compartilhar a gravidez e manter a calma, pois as transformações são passageiras. Porém, se for o caso, não hesite em procurar ajuda de um psicólogo ou psicanalista;

  • A gestante pode optar por atividades para aliviar a tensão, como caminhadas, atividades físicas leves, meditação, ioga, natação, entre outras. Tudo isso com orientação do obstetra, claro;

  • Tentar não se estressar. Releve brigas bobas e pense no bem-estar do bebê: quanto mais tranquila a gestante se mantiver, mais saudável o seu filho será;

  • As mudanças físicas acompanhadas de inchaço também são naturais e podem impedir a mulher praticar certas atividades. Portanto, não se culpe e saiba que isso é temporário.

  • Aumentar a ingestão de água e investir em uma alimentação saudável também são itens fundamentais para o bem-estar emocional e físico da gestante.




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