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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Verão exige cuidado especial para pessoas pessoas portadoras de albinismo


Condição genética inibe a produção de melanina, o pigmento que dá cor a alguns órgãos e nos protege da radiação do sol


Apesar de não haver estatísticas oficiais no brasil, o albinismo é motivo de preocupação para médicos geneticistas e de outras especialidades relacionadas, como a dermatologia. Segundo o médico geneticista e diretor de relacionamento da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Diogo Soares, diversos genes podem estar envolvidos nas causas da doença, sendo que cada um destes fornece instruções específicas para a produção de várias proteínas envolvidas na produção de melanina.

- A melanina é produzida por células chamadas melanócitos, que são encontrados na pele, no cabelo e nos olhos, devido a mutação genética, pode ocorrer a ausência total ou uma diminuição significativa na quantidade de melanina produzida pelo corpo, levando aos sinais e sintomas clássicos do albinismo - afirmou.

Mesmo cobrindo o corpo com roupas, a pele é muito mais sensível que a de uma pessoa sem essa alteração genética, por isso, os cuidados precisam ser redobrados. Se isso for feito desde a infância, chegarão à idade adulta sem danos na pele. A prevenção é a chave de tudo quando se fala em albinismo. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Clarissa Prati, é indispensável que sejam adotados cuidados especiais.

- O albinismo é uma doença geneticamente determinada que implica em uma alteração na melanina que é o pigmento que protege as células da pele, dos olhos e dos cabelos das ações das irradiações ultravioleta. Exatamente por isso, o paciente com albinismo deve ter um cuidado extremo, usando medidas físicas como camisetas, chapéu, óculos de sol e fotoprotetores e evitando ao máximo os horários que a radiação ultravioleta é mais incidente que é das 10h às 16h. Além disso, os pacientes devem ficar atentos às alterações na sua pele como sinais, pintas ou pequenas lesões que sangram e não cicatrizam porque o número de casos de câncer ao longo da vida entre estes pacientes pode ser muito grande e, em geral, são agressivos - disse.

É importante que consultas dermatológicas sejam feitas periodicamente, assim, todas as recomendações podem ser feitas de forma consistente, a pele examinada e as dúvidas esclarecidas. É também importante a consulta com médico geneticista para aconselhamento genético.





Marcelo Matusiak



As causas mais frequentes das alergias crônicas


Sabe aquela alergia que já parece de estimação, que você trata, trata e que continua aparecendo? Pois as causas dela podem ser bem mais profundas do que você imagina. E só curando essas causas é que ela tende a desaparecer.



Viver sem alergia é um sonho, certo? Errado! Segundo o fisioterapeuta com foco em saúde integrativa Sergio Bastos Jr, é possível viver com menos reações alérgicas e até zerar a doença, e essa realidade está mais perto do seu alcance do que você imagina. “Geralmente, as causas das alergias crônicas estão muito mais relacionadas ao histórico emocional da pessoa do que a um processo clínico. E encontrar essas causas, e ajudar a eliminá-las, pode ser a melhor forma de levar a uma realidade saudável”, explica Sergio.

Segundo ele, as alergias, no geral, estão ligadas a conflitos de separação, ao medo de se separar de quem é importante para você. Entretanto, alergias em diferentes partes do corpo e com diferentes sintomas podem ter diferentes causas: “para entender de onde vem a alergia, é preciso trilhar o caminho do conflito, entender qual é a causa primordial e a quem ou a que situações ela está conectada. Aí, sim, é possível gerar um tratamento que tenda a fazer os sintomas desaparecerem. Muitas vezes, por completo”, enfatiza.

Sergio revela que casos específicos de alergias podem ter causas diferentes, embora sempre conectadas ao conflito de separação:

Rinite – relacionada à ideia de farejar o perigo;

Brônquios – vontade de gritar e espantar o perigo;

Pulmão – muito relacionada ao medo da morte;

Dermatite – relaciona a contato-separação de alguém com que tenho contato físico e me separei ou quero me separar, mas não tenho coragem. Geralmente, a dermatite, nesse último caso, aparece onde eu tenho mais contato com a pessoa.

“Para entendermos a complexidade das conexões da alergia, podemos citar exemplos de pessoas que têm rinite em um determinado local, por exemplo, a casa dos pais, mas não têm em outros locais que, em um primeiro momento, poderiam ser acusados de grandes causadores de alegrias. Uma casa com poeira, por exemplo, tapetes, cortinas, que poderiam causar uma rinite fortíssima, mas onde isso não acontece. Podemos presumir que a causa não está ali, mas na casa dos pais. O problema não são os ácaros, mas, sim, o conflito”, explica o fisioterapeuta.

E é preciso entender, em casos como esses, se o medo é da separação dos próprios pais, de ser separado, de ser julgado, e de, portanto, ser considerado diferente (o que seria uma separação). “As possibilidades são muitas e, ao mesmo tempo, únicas, porque conectadas com a realidade da pessoa. Por isso, o tratamento precisa ser personalizado, especial e pode, sim, reverter até os casos mais graves de alergias”, finaliza Sergio.






Biointegral Saúde



Cirurgia refrativa é mais segura que lente


 Metanálise indica que o uso de lente de contato expõe a mais contaminações que a cirurgia. No calor o risco da lente aumenta.


O brasileiro não gosta de usar óculos de grau, principalmente as mulheres. Prova disso é que elas predominam na parcela da população que usa lente de contato. Muitas pessoas fazem esta opção por acreditarem que é maior o risco da cirurgia refrativa para corrigir definitivamente a miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Ledo engano. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o maior risco da cirurgia refrativa é a contaminação da córnea que acontece em 0,24% dos casos no mundo todo.  Uma metanálise feita nos EUA mostra que o uso de lente de contato por um anos causa três vezes mais contaminação que a cirurgia e sobe para 7 vezes em cinco anos. 


Fatores de risco

“Os prontuários do hospital mostram que 20% dos usuários de lente já tiveram alguma ceratite, inflamação da córnea.  A recorrência das inflamações, aumenta o risco de levar ao transplante e até à perda da visão”, adverte Queiroz Neto. As principais causas da ceratite elencadas pelo oftalmologista são a má higiene, não retirar para dormir, contato com água., usar além do prazo de validade e reações alérgicas às soluções de limpeza.

Entre estes riscos, adverte, um dos maiores é dormir com lente, hábito que aumenta de 10 a 20 vezes o risco de contrair úlcera. Isso porque, durante a noite a produção da lágrima é menor e aumenta o atrito com a superfície da córnea,  explica. Outro é o contato com água da torneira, mar ou piscina, especialmente no verão. “A água é o maior veículos de transmissão de infecção crônica por acanthamoeba, parasita de difícil controle que recentemente causou um surto de ceratite no Reino Unido”, salienta. 


Como prevenir contaminações

Para manter a saúde da córnea usando lente de contato as dicas do médico são:  

● Lavar e secar bem as mãos antes de manusear as lentes  ●Usar solução higienizadora para limpar e enxaguar as lentes e o estojo  ● Evitar soro fisiológico e água na limpeza Retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no cabelo ● Colocar as lentes sempre antes da maquiagem ●  Guardar o estojo em ambiente seco e limpo  ● Respeitar o prazo de validade ● Nunca dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno.  ● Interromper o uso a qualquer desconforto ocular e procurar o oftalmologista ● Retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas  ●Não entre no mar ou piscina usando lente.


Como é feita a cirurgia refrativa

Queiroz Neto afirma que a cirurgia refrativa corrige graus baixos e moderado de miopia, hipermetropia e astigmatismo remodelando a córnea. A técnica mais utilizada é o Lazik em que o cirurgião levanta um flap da camada externa da córnea com um microcerátomo, lâmina de alta precisão,  para aplicar o laser que corrige o grau. 

Dependendo da avaliação pré-cirúrgica é indicado o PRK que consiste na aplicação do laser após a raspagem de células da camada externa da córnea, o epitélio. O oftalmologista afirma que embora a recuperação seja mais lenta,  esta técnica permite realizar o procedimento em córneas mais finas. 
Em pessoas que exercem atividades de alta precisão pode ser indicada a correção personalizada que corrige pequenas imperfeições da córnea com um equipamento de frente de ondas para na sequência aplica o lazer que corrigir o vício refrativo. 

A última inovação tecnológica em refrativa é o Intralase.  Nesta técnica o médico afirma que o corte e a correção do grau são feitas com um laser de femtosegundo que torna o procedimento mais preciso e seguro. Segundo Queiroz Neto a escolha da técnica é feita pelo cirurgião conforme a espessura da córnea e estilo de vida 

Os altos graus, comenta, podem ser eliminados com o implante de uma lente sem retirada do cristalino que corrige até 20 graus de miopia, 10 de hipermetropia e 6 de astigmatismo. Esta técnica, observa, também pode ser indicada para quem tem olho seco, córnea fina ou ceratocone.

O cirurgião ressalta que todos os procedimentos são ambulatoriais e feitos com anestesia tópica. A recuperação é rápida e na maioria dos casos as atividades podem ser retomadas no dia seguinte. AO contrário do que muitos imaginam o custo é bem menor que manter a constante troca de óculos ou lentes.


Indicações e contraindicações

O médico destaca que a cirurgia refrativa só é indicada para quem tem entre 21 anos e 45 anos. No caso do implante de lente para correção de altos vícios refrativos a espessura da córnea e o olho seco não representam contraindicações, mas nas demais técnicas impedem a cirurgia. O médico destaca  que outras contraindicações são: gravidez que torna o grau instável, córnea mais fina que 400 micras, instabilidade de grau, ceratocone, glaucoma, catarata e doenças que dificultem a cicatrização como plaquetopenia, lúpus, diabetes ou AIDS.



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