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sexta-feira, 6 de março de 2015

Dia da Mulher e um alerta especial à saúde cardiovascular




Doenças cardíacas em mulheres são subestimadas, diz cardiologista
No próximo 8 de março, Dia Internacional da Mulher, muito além das merecidas comemorações, é preciso ficar atento aos alerta com a saúde feminina. São inúmeros os cuidados necessários e, entre os principais, as doenças cardiovasculares, principal causa de morte entre as mulheres. “A prevalência de infarto do miocárdio em mulheres aumentou na meia-idade, na faixa entre 35 a 54 anos. Um dos fatores de doenças cardiovasculares no sexo feminino é o tabagismo, muito prejudicial às mulheres”, explica o cardiologista Bruno Valdigem.
Estudo do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES)/EUA[1] demonstraram que, ao longo das últimas duas décadas, a prevalência de infarto do miocárdio em mulheres aumentou na meia-idade (35 a 54 anos). Um dos motivos está relacionado ao fato do público feminino subestimar os perigos das doenças cardiovasculares.
Além disso, o estudo supõe que a exposição a estrogênio endógeno durante o período fértil de vida atrasa a manifestação da doença aterosclerótica em mulheres. Antes da menopausa, a taxa de eventos de doenças coronarianas é baixa. “No entanto, mulheres com uma menopausa precoce (aproximadamente aos 40 anos) têm uma expectativa de vida de dois anos mais baixa em comparação a mulheres com uma menopausa tardia”, diz o doutor em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina.
O especialista alerta também que, embora as mulheres e homens compartilhem fatores de risco mais clássicos, o significado e a ponderação relativa desses fatores são diferentes. “Nas mais jovens, com menos que 50 anos, o tabagismo é muito prejudicial às mulheres, com um maior impacto negativo do número total de cigarros fumados por dia”. Fumar aumenta, relativamente mais, o risco de um primeiro infarto agudo do miocárdio em mulheres do que em homens. “Mas, independente de qualquer comparação, o tabagismo é ruim para ambos os sexos”, ressalta Valdigem.
Outros fatores também considerados de risco para a saúde cardiovascular, com um impacto maior para o público feminino, é o sedentarismo, a obesidade, a pressão alta e o diabetes.

Arritmias X Anticoncepcionais:
Algumas mulheres que já têm predisposição a alguma doença cardiovascular congênita também podem ter a frequência cardíaca com alteração se expostas ao uso de pílulas anticoncepcionais. A frequência cardíaca de repouso da mulher, que é a taxa de batimentos do coração por minuto, é maior que a do homem. Isso pode explicar, em parte, as diferenças na tolerância física e no exercício.. Há também diferentes variações da frequência cardíaca durante o ciclo menstrual, tendendo a menor frequência durante a fase folicular ou lútea do ciclo.
Para o cardiologista, o uso destes métodos contraceptivos, quando combinados ao tabagismo, pode elevar em até 30 vezes o risco de complicações mais graves no coração. “São complicações serias, tais como infarto, AVC e trombose. Por isso é importante que a  mulher converse com o seu ginecologista para que decidam juntos o melhor método a ser utilizado”.
É preciso conscientizar o público feminino, e os homens que fazem parte de sua vida, para os perigos das doenças cardiovasculares. “Mais que repassar informações de conscientização, reforçar a importância para a prevenção, através de hábitos saudáveis, prática de atividades físicas e da realização de exames periódicos com um cardiologista”, conclui o cardiologista.

Dr. Bruno Valdigem - doutor em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, tem título de especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Habilitado pelo departamento de estimulação cardíaca artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e membro atuante na Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). http://brunovaldigem.com.br -  https://www.facebook.com/dr.brunovaldigem?fref=ts - https://twitter.com/DrBrunoValdigem - https://www.youtube.com/channel/UC_vIfuhybs-gdKUt9psI1wQ

Homens com câncer homenageiam, em vídeos, mulheres em tratamento no Pérola Byington




Gravações com mensagem de apoio serão exibidas a partir de sexta-feira, dia 6, nas recepções e setor de quimioterapia do Centro de Referência em Saúde da Mulher; ação celebra o Dia Internacional da Mulher
          Homens em tratamento de câncer no Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), gravaram vídeos de homenagem e apoio a mulheres atendidas no hospital estadual Pérola Byington. A ação celebra o Dia Internacional da Mulher (8 de março).
         Os dois serviços ficam na mesma avenida, a Brigadeiro Luís Antonio, região central da capital paulista, separados por cerca de dois quilômetros. As gravações serão exibidas a partir de sexta-feira, 6 de março, até o próximo dia 13, em televisores instalados nas recepções e setor de quimioterapia do Pérola.
         Com mensagens curtas, nove homens com idade média de 50 anos gravaram declarações de apoio às mulheres doentes que se tratam no hospital “vizinho”. Oito deles estão em tratamento contra o câncer de próstata e um, com câncer de bexiga. 
         Nos depoimentos, os pacientes reforçam que, assim como eles, as mulheres não devem ter medo de enfrentar o câncer.
         “Câncer urológico e ginecológico causam impactos íntimos e sociais parecidos para homens e mulheres. Curiosamente, a maioria dos homens só vai ao médico porque a mulher insiste. Os vídeos são uma justa homenagem”, enfatiza o urologista Claudio Murta, coordenador do Centro de Referência em Saúde do Homem.
         Nos casos de câncer de próstata, alguns homens podem sofrer com incontinência urinária e disfunção erétil. Já as mulheres podem ganhar peso, perder as mamas ou o cabelo - como consequências dos efeitos quimioterápicos.
         Os Hospitais “vizinhos” são referência nacional em saúde masculina e feminina. Mensalmente, os dois serviços atendem juntos no ambulatório 3.500 pacientes com câncer. Somente no Hospital Pérola Byington, todos os meses são cerca de 150 casos novos de mulheres com câncer.
         No Centro de Referência em Saúde do Homem os diagnósticos de câncer urológicos representam aproximadamente 20% do total de atendimentos.
         “Nossas pacientes agradecem a demonstração de carinho e a iniciativa de compartilhar sentimentos com mensagens de força, fé e apoio desses homens”, finaliza o diretor do Pérola Byington, Luiz Henrique Gebrim.


Exames periódicos femininos são diferentes em cada faixa etária; saiba quais são eles




Além dos exames de rotina, é fundamental investigar estilo de vida, hábitos alimentares, trabalho, tabagismo e obesidade
A prevenção é a melhor forma de manter a saúde em dia. No caso das mulheres, é comprovado historicamente que elas se cuidam mais e se preocupam mais em cuidar da própria saúde: aqui no Brasil, segundo o IBGE, elas vivem em média sete anos a mais do que os homens. Porém, essa vantagem depende de uma boa manutenção do organismo, com alimentação equilibrada, exercícios físicos e visitas periódicas ao médico para a realização de um check-up completo.
Independente da faixa etária, a consulta ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano, a partir da primeira menstruação e antes do início da vida sexual, e a realização de exames de glicemia, colesterol total e suas frações, triglicerídeos, ureia e creatinina (avaliação da função renal), TGO e TGP (avaliação da função hepática), hemograma e urina, são imprescindíveis. Mas há também uma gama de exames que devem ser realizados de acordo com a idade da mulher.
“É importante iniciar desde cedo a vigilância sobre doenças como o HPV, que está relacionado à incidência do câncer de colo de útero e de vulva, e sobre o câncer de mama. Isso porque quanto mais cedo eles foram detectados, maior a chance de cura. Com o passar dos anos, vamos somando outros exames”, orienta Dr. Jurandir Passos, ginecologista e obstetra do Alta Excelência Diagnóstica.
O especialista reforça que é fundamental investigar com atenção alguns antecedentes pessoais e familiares, estilo de vida, hábitos alimentares, trabalho, tabagismo e obesidade. “O check-up deve ser uma ferramenta individualizada de prevenção de doenças”, ressalta ele.
Confira a lista com os exames preventivos recomendados para o público feminino:
  • Aos 20 anos ou no início da atividade sexual: papanicolau, colposcopia, ultrassonografia pélvica ou transvaginal, ultrassonografia de mamas;
  • Acima dos 30 anos: somando-se aos procedimentos solicitados aos 20 anos, é indicada a realização de exames para avaliar a função tireoidiana TSH, T4 Livre, T3 e ultrassonografia de tireoide;
  • A partir dos 40 anos: mamografia anual, somados aos exames citados para as outras faixas etárias;
  • A partir dos 50 anos: quando a maioria das mulheres inicia o período da menopausa, o foco maior deve ser nos ossos e no coração. A realização de uma densitometria óssea logo após o início da menopausa se faz necessária. Dosagens hormonais e exames relacionados ao metabolismo do cálcio vão ajudar no acompanhamento e prevenção da osteoporose;
  • Mulheres com antecedentes de câncer de mama ou ovário na família devem iniciar o acompanhamento médico com antecedência. A época ideal depende da idade com que seu familiar teve a doença e também o tipo de câncer. O melhor a fazer é procurar o seu médico e explicar o histórico para dar início ao tratamento preventivo;
  • Antes da gravidez é importante realizar exames de sorologia para sífilis, HIV, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes simples tipo I e II, hepatites B e C. Caso não consiga engravidar durante um ano, procure o seu médico para realizar exames de fertilidade.

FEMAMA esclarece as 10 principais dúvidas sobre o câncer de mama




Tipo mais comum entre a população feminina pode ter um bom prognóstico se diagnosticado com antecedência e tratado com atenção

No Dia Internacional da Mulher, a FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de apoio à Saúde da Mama – responde as 10 principais dúvidas sobre câncer de mama.
Segundo dados do Ministério da Saúde, até o fim deste ano, cerca de 57 mil mulheres serão diagnosticadas com a doença. “Embora as chances de cura sejam animadoras, o câncer de mama ainda mata. São, em média, 12,1 mortes para cada 100 mil habitantes, vítimas, especialmente, de diagnósticos tardios, quando o câncer já está em estágio avançado e em fase metastática”, afirma a presidente voluntária da FEMAMA e mastologista, Dra. Maira Caleffi.

Tutorial sobre o câncer de mama
O câncer de mama surge silencioso e ainda causa muitas dúvidas nas mulheres. Para esclarecê-las, a FEMAMA respondeu as 10 perguntas mais recorrentes sobre o tema para que todas possam entender um pouco mais e lidar melhor com o assunto.

10 - Silicone pode causar câncer de mama?
Não. A prótese de silicone não provoca o câncer de mama. A recomendação é que a mulher que têm implantes faça acompanhamento com um mastologista (médico especialista em mama), já que a prótese pode dificultar o diagnóstico da doença por meio da mamografia, pois pode dificultar a visualização de tumores. Mesmo assim, mulheres com próteses também devem fazer a mamografia a partir dos 40 anos.

9 – Descobri que tenho câncer de mama, mas não tenho plano de saúde. Meu tratamento recebe a mesma atenção que o da rede particular?
Além de ter direito a um tratamento adequado e de qualidade na rede pública, a paciente deve exigir que seja iniciado rapidamente.
No Brasil, uma conquista importante foi a Lei nº 12.732/13, que garante ao paciente com câncer começar o tratamento no SUS em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico da doença. Apesar deste avanço, ainda existem tratamentos disponíveis apenas para quem tem planos de saúde. A situação mais grave é a de pacientes com câncer de mama avançado, que não têm acesso na rede pública a nenhum dos tratamentos mais modernos, que oferecem menos efeitos colaterais, maior qualidade de vida e mais tempo sem que a doença progrida. Estes medicamentos estão disponíveis apenas para quem tem planos de saúde. Uma das lutas da FEMAMA é pela igualdade de direitos para todas as brasileiras, sejam elas usuárias de planos de saúde ou do sistema público.

8 – Se eu não tiver plano de saúde e precisar retirar a mama em função do câncer, é possível reconstruí-la?
Sim. A Lei nº 12.802/13 determina a reconstrução mamária imediata na rede pública após realização da mastectomia, sempre que houver condições técnicas e vontade da paciente.

7 - Antes dos 40 anos, quais exames são aconselhados?
A partir desta idade, a realização anual da mamografia é fundamental para que a doença seja diagnosticada precocemente. Antes, as mulheres devem solicitar ao ginecologista ou ao mastologista a realização do exame clínico das mamas, que é um exame de toque, e fazer exames complementares caso o médico os solicite.

6 - Caroços na mama significam que tenho câncer?
Um caroço na mama não necessariamente significa câncer. Grande parte dos nódulos mamários encontrados são cistos e adenomas benignos e não estão relacionados com a doença. De qualquer forma, uma alteração no seio é motivo suficiente para que a mulher procure seu médico rapidamente, pois, se o diagnóstico mostrar que existe um tumor maligno, quanto mais cedo ele for descoberto, menos agressivo e dispendioso será o tratamento e maiores serão as chances de cura.

5 - O autoexame ainda é válido? Ele substitui a mamografia?
O autoexame não substitui a mamografia ou o exame clínico (de toque) realizado pelo médico. Ele serve apenas para o autoconhecimento, para que a mulher procure rapidamente um especialista, caso identifique alterações suspeitas em suas mamas. Trata-se de uma ação complementar. Independente da realização do autoexame, as mulheres devem fazer a mamografia anualmente a partir dos 40 anos. Antes disso, devem realizar o exame clínico das mamas pelo ginecologista ou mastologista e, caso necessário, outros exames que o profissional solicite. A mamografia ainda é a principal forma de diagnóstico precoce, o que permite maiores chances de cura.

4 - O que causa o câncer de mama? Ele tem cura?
O câncer de mama é resultado de mutação genética que pode ser herdada - o que costuma ocorrer em famílias com muitos casos da doença, quando o portador da mutação a transfere para a geração seguinte - ou espontânea, que pode acontecer em uma célula do corpo ao longo da vida e ocasionar a doença.
No caso de mutações espontâneas, muito mais frequentes, não se sabe com precisão se elas ocorrem devido ao estilo de vida, alterações químicas no corpo da mulher ou à exposição a toxinas no ambiente, por exemplo.
Nenhuma mulher está imune ao câncer de mama, mas a doença tem 95% de chances de cura quando diagnosticada precocemente.

3 - O que eu faço para me prevenir do câncer de mama?
O mais importante é manter hábitos saudáveis para eliminar os fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer de mama e realizar o diagnóstico precoce, realizando os exames periodicamente. Esta é uma forma válida de praticar o autocuidado.
Quanto mais peso e idade, mais chances a paciente tem de desenvolver câncer nas mamas. A cada aumento de cinco pontos no IMC (Índice de Massa Corporal), por exemplo, aumenta em 33% o risco da doença. Outro aspecto muito importante é que o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, tabagismo, sedentarismo, são fatores que podem aumentar a possibilidade da ocorrência da doença.
É fundamental criar hábitos saudáveis no dia a dia para que se possa evitar um grande problema no futuro. São atitudes simples, como inserir na alimentação mais verduras, legumes e frutas. Esses três grupos de alimentos, por exemplo, contém substâncias que combatem os radicais livres, moléculas que são formadas naturalmente pelo organismo e que podem agredir o DNA das células.
É importante salientar que mesmo assim as mulheres ainda estão sujeitas a desenvolver a doença, por isso, a realização regular de exames deve estar entre as boas práticas para se reduzir o risco de mortalidade.

2 – Existem sintomas que indiquem que estou com câncer de mama?
O câncer da mama inicial geralmente é assintomático, ou seja, a mulher não percebe nenhum sintoma ou sinal. Este tipo de câncer é normalmente descoberto em exames (mamografia, ultrassom ou ressonância magnética). Quando o câncer de mama apresenta sintomas é porque já existe um tumor normalmente com mais de um centímetro. Algumas alterações físicas nas mamas podem ser indícios, como a presença de nódulos, retração de pele, mudança no formato, na textura ou no tamanho do seio, vermelhidão e calor na região, inversão do mamilo ou saída de secreção.

1 – Caso alguém da minha família tenha tido câncer de mama, qual a probabilidade de eu também ter? Existe um exame que detecte esse risco?
Cerca de 90% das mulheres que desenvolvem esse tumor não têm parentes próximos com o mesmo problema. Somente em 10% dos casos o câncer de mama é hereditário, mas considera-se alto o risco de câncer de mama quando um ou mais parentes em primeiro grau tiveram a doença, em especial se aparecer antes da menopausa. Nesse caso, a indicação é iniciar a avaliação dez anos antes da idade em que o câncer de mama surgiu no familiar. Pode, inclusive, ser indicado o teste genético, em busca de mutações que predisponham ao câncer.
O exame para avaliar a disposição genética da mulher em desenvolver o câncer de mama é o que busca a existência de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam muito as chances de se desenvolver o câncer de mama e de ovário. A Femama é proponente de projetos de Lei para incluir o exame no SUS, hoje disponível para pacientes com plano de saúde.

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