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terça-feira, 2 de julho de 2024

SBGG alerta sobre dores crônicas em pessoas idosas: “Não é consequência do envelhecimento”

Entidade médica também reforça sobre os impactos negativos na qualidade de vida

 

No próximo dia 5 de julho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Dor Crônica. A data possui como objetivo reconhecer e apoiar as pessoas que sofrem com essa condição debilitante. 

De acordo com dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), subsidiado pelo Ministério da Saúde, até dezembro de 2023, cerca de 37% das pessoas com 50 anos ou mais convivem com dores crônicas. 

A dor, de maneira simplificada, pode ser classificada como aguda ou crônica. A aguda possui uma função protetora que sinaliza o cérebro sobre a presença de estímulos prejudiciais, por exemplo, queimaduras, cortes e quedas. Por sua vez, a crônica, que é considerada a própria doença, persiste após três meses ou além do tempo esperado de cura, tal como enxaqueca, fibromialgia, dor lombar e artrite. 

A geriatra e presidente da Comissão de Dor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Bianca Figueiredo de Barros, afirma que as dores crônicas afetam negativamente a qualidade de vida das pessoas idosas. As consequências podem causar insônia, isolamento social, depressão, ansiedade, polifarmácia, hospitalização e internação prolongada, e o aumento da demanda por serviços de saúde.

Ademais, a especialista reitera que apesar da idade ser um fator de risco, a dor não é consequência do envelhecimento: “Hábitos e atitudes corretas de vida podem contribuir para a prevenção de quadros crônicos, considerando a individualidade de cada paciente. Praticar exercícios físicos, controlar a obesidade, boa alimentação, cuidados com a postura e boa qualidade no sono são algumas atitudes que ajudam na prevenção de quadros dolorosos”. 

Por fim, a presidente da Comissão de Dor da SBGG ressalta a importância de ações do poder público, a fim de garantir que a pessoa idosa acometida de dor crônica receba atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Por meio da criação de políticas públicas haverá melhor educação e conscientização da sociedade sobre a dor crônica, ajudando a reduzir estigmas como a dor ser normal da idade. A dor crônica onera o serviço de saúde e, com ações adequadas, consequentemente, haverá redução de custos.” 

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG



Gestantes podem treinar? Especialista esclarece benefícios e cuidados

Além dos benefícios para as mamães e para a própria gestação, a atividade física durante esse período traz inúmeras vantagens para o bebê
 

A gravidez é uma fase de muitas expectativas e mudanças significativas no corpo de uma mulher. Neste período, uma dúvida comum entre as futuras mamães é se devem continuar – ou até mesmo começar – a praticar exercícios físicos. De acordo com Felipe Kutianski, especialista em fisiologia do exercício e fundador da plataforma de treinos Onbody, a resposta é um enfático “SIM”.

“Desde que sejam tomados os devidos cuidados e seguidas as orientações adequadas, a atividade física pode ser o melhor remédio para uma gestação saudável”, afirma. “Mulheres que mantêm uma rotina ativa têm menos chances de desenvolver diabetes gestacional, hipertensão e depressão pós-parto. Além disso, os exercícios ajudam a aliviar dores nas costas, melhoram a qualidade do sono e aumentam a disposição”, destaca.

Além dos benefícios para as mamães, a prática de exercícios físicos durante esse período traz inúmeras vantagens para o bebê. “Bebês de mães ativas tendem a nascer com peso adequado e apresentam menor risco de obesidade na infância, além de melhores índices de desenvolvimento neuromotor”, aponta o especialista.

Estudos recentes do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) que mulheres grávidas devem buscar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, o equivalente a 30 minutos por dia com uma frequência de cinco vezes na semana. “Atividades como caminhada rápida, natação, ciclismo estacionário, musculação, funcional, calistenia e até mesmo Crossfit são geralmente seguras, desde que supervisionadas por um profissional de educação física”, exemplifica.

No entanto, monitorar a pressão arterial e os batimentos cardíacos durante os exercícios na gravidez é fundamental. De acordo com a Sociedade Canadense de Ginecologia e Obstetras, é recomendado que as gestantes mantenham a frequência cardíaca máxima de 140 batimentos por minuto durante a atividade física. “Esse limite da frequência cardíaca pode ser ultrapassado, dependendo do nível de condicionamento físico individual e das recomendações médicas. O importante é que a gestante consiga baixar rápido os batimentos e faça uma recuperação de esforço também acelerada”, explica o especialista, fazendo referência aos estudos do ACOG. 

Quando executado da forma correta e sob orientação profissional, o exercício físico moderado pode ajudar ainda a manter a pressão arterial sob controle, o que é benéfico para prevenir complicações como a pré-eclâmpsia. “A prática regular de exercícios também aumenta a produção de endorfinas, hormônios que promovem a sensação de bem-estar e ajudam a combater o estresse”, complementa Felipe Kutianski.


Um em cada dois alérgicos diz sofrer crises com muita frequência, segundo estudo

Rinite (82%) e sinusite (65%) são recorrentes, segundo pesquisa encomendada pela Bayer

 

Nariz escorrendo, congestão nasal, coceira na garganta, no nariz e no ouvido são alguns dos sinais mais frequentes na lista dos alérgicos. Todos já passaram por isso ou viram alguém próximo com os sintomas – é o que aponta um novo estudo¹ encomendado pela marca Claritin, da multinacional alemã Bayer, sobre como os brasileiros lidam com a alergia. O recrutamento selecionou um time de pessoas que sofreram com alergia no último ano (100% dos entrevistados), mas o que mais supreende é que 76% deles passaram por um episódio no último mês. O dado vai em linha com outro fator: um em cada dois respondentes disse que crises alérgicas acontecem com muita frequência. 

Grande parte também acha que alergia não tem hora para aparecer (71%), que é uma doença (56%) e que não tem cura (57%). E, ainda, as crises acontecem com mais frequência que dor de cabeça (86%), gripe/resfriado (78%) e dores no corpo (74%). 

“O ideal é evitar a exposição ao que está desencadeando uma resposta alérgica”, comenta Dr. Augusto Vieira, Líder Médico da divisão de Consumer Health da Bayer Brasil. Ele explica que a alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a substâncias que entram em contato com o organismo, seja pela via respiratória, cutânea ou ingestão. Quando o contato acontece, são produzidos anticorpos que identificam um alérgeno como prejudicial e a reação pode se manifestar de diversas maneiras: na pele, nos seios da face, nas vias aéreas ou até mesmo no sistema digestivo. 

Entre os gatilhos que levam a crises alérgicas, segundo o levantamento, pó (79%), mudança de temperatura (64%), mofo (63%) e ácaros (50%) são os mais comuns. Para evitá-las, os respondentes acreditam ser necessário manter uma boa hidratação com água (64%), deixar os cômodos da casa ventilados (62%) e limpar com frequência o ambiente (60%). Segundo dr. Vieira, “o médico alergologista, por meio de exames e testes, faz o processo de identificar que tipo de substância a pessoa é alérgica. Isso permite que o paciente evite o contato com esses materiais no futuro, prevenindo novas crises”. 

Rinite (82%) e sinusite (65%) são as alergias mais comuns, enquanto bronquite (17%) e asma (16%) as mais raras. Para o tratamento, dr. Augusto explica que os anti-histamínicos reduzem a coceira e a inflamação produzidas pela histamina, que é um mensageiro químico produzido pelas células que regulam a resposta imunológica e responsável por controlar as reações corporais. Os medicamentos podem ser tomados como pílulas, sprays nasais ou colírios. “Eles funcionam rapidamente, mas o ideal é tomar apenas quando necessário e sob orientação médica”, conclui. 

A loratadina é o princípio ativo mais conhecido pelos entrevistados (71%) e a maioria deles (65%) toma medicação assim que se iniciam os sintomas. Os efeitos colaterais são a principal preocupação na hora de escolher e tomar um medicamento antialérgico para 50% dos respondentes. Sentir sono após tomá-lo é a segunda preocupação, declarada por quase metade dos consumidores (47%). Ainda segundo Dr. Vieira, os anti-histamínicos orais, como loratadina, não deixam as pessoas sonolentas e agem no corpo por 24hrs após ingeridos.



Bayer



1 Metodologia pesquisa PROVOKERS: online com população internauta, 702 respondentes, homens (66%) e mulheres (34%), de 16 anos a 65 anos, das classes ABC, em janeiro de 2024. A amostra tem representatividade nacional e contempla as 5 regiões geográficas.


O Que Você Precisa Saber Sobre Doença Diverticular de Cólon: Fatores de Risco, Sintomas e Tratamento

Descubra Com O Dr. Ernesto Alarcon Por Que A Doença Diverticular De Cólon Está Se Tornando Mais Comum Em Mulheres E Como Fatores Como Idade, Dieta E Estilo De Vida Desempenham Um Papel Crucial.


A doença diverticular de cólon, também conhecida como diverticulose ou moléstia diverticular do cólon, é uma condição do trato gastrointestinal que afeta principalmente o cólon sigmóide, a parte final do intestino grosso. Esta condição envolve a formação de pequenas bolsas, chamadas divertículos, na parede do cólon. Vamos abordar alguns aspectos importantes sobre a doença diverticular de cólon:

A doença diverticular de cólon é mais prevalente em pessoas de meia-idade e idosas. Ela se torna mais comum à medida que envelhecemos, sendo rara em pessoas com menos de 40 anos. A idade média de diagnóstico geralmente está na faixa dos 60 anos. Acredita-se que o enfraquecimento da parede do cólon com o tempo seja um fator contribuinte para o desenvolvimento da diverticulose – Revela o Dr. Ernesto Alarcon, médico cirurgião, especialista em videolaparoscopia.

Historicamente, acredita-se que a doença diverticular era mais comum em homens do que em mulheres. No entanto, as últimas décadas mostraram uma mudança nesse padrão, com uma maior incidência em mulheres, especialmente na faixa etária mais avançada. As razões por trás dessa mudança não são totalmente claras, mas podem estar relacionadas a fatores como dieta, estilo de vida e genética.

As causas exatas da doença diverticular de cólon não são completamente compreendidas, mas vários fatores de risco foram identificados. Estes incluem:

  1. Envelhecimento: Como mencionado, o risco aumenta com a idade devido ao enfraquecimento natural da parede do cólon.
  2. Dieta: Uma dieta pobre em fibras e rica em alimentos processados pode aumentar o risco de desenvolver divertículos. A falta de fibras pode levar a fezes duras, o que aumenta a pressão dentro do cólon.
  3. Genética: A predisposição genética desempenha um papel em alguns casos.
  4. Estilo de Vida: Fatores como o sedentarismo e o tabagismo também podem aumentar o risco.

A maioria das pessoas com diverticulose não apresenta sintomas. No entanto, em alguns casos, os divertículos podem inflamar-se, resultando em uma condição chamada diverticulite. Os sintomas típicos da diverticulite incluem dor abdominal, febre, náuseas e mudanças nos hábitos intestinais – Complementa o Dr. Ernesto Alarcon.


Os fatores de risco incluem o envelhecimento, dieta pobre em fibras, genética e estilo de vida. É importante que qualquer pessoa que suspeite de problemas no cólon consulte um profissional de saúde para um diagnóstico adequado e orientação de tratamento.

O tratamento da doença diverticular depende da gravidade dos sintomas. Em casos leves, ajustes na dieta, como o aumento da ingestão de fibras, e o uso de analgésicos podem aliviar o desconforto. Em casos mais graves, pode ser necessário tratamento com antibióticos e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos. Em resumo, a doença diverticular de cólon é mais prevalente em pessoas de meia-idade e idosas, sendo agora mais comum em mulheres do que em homens. A compreensão desses fatores pode ajudar na prevenção e no tratamento eficaz dessa condição – Alerta o Dr. Ernesto Alarcon.



Dr. Ernesto Alarcon - Cirurgião Geral especialista em videolaparoscopia em SP. Cirurgias de hérnias, vesículas,vasectomia, entre outros.
https://drernestoalarcon.com.br
@drernestoalarcon


TDAH: a que se deve o aumento de diagnóstico em adultos?

 

Antes mais relacionado a crianças, transtorno pode ser descoberto mais tarde e pode ou não ter associação a outras comorbidades, como depressão ou ansiedade
 

A saúde mental vem recebendo cada vez mais atenção ao longo dos últimos anos e, com maior entendimento das questões, quebra de tabus e avanço em tecnologias, foram permitidos diagnósticos que, antes, não eram possíveis. Entre eles, está o Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH). Dentro de um período de 10 anos, os diagnósticos de TDAH aumentaram em 4,06%. ¹ 

O transtorno é de caráter neurobiológico e de razões genéticas, podendo trazer sintomas como a falta de atenção, inquietude e hiperatividade e, embora seja mais associado à infância, estima-se que 60% dos diagnosticados entrem na vida adulta com algum sintoma.² 

De acordo com o neurologista Mauro Muszkat, professor orientador em Mestrado e Doutorado no Programa de Educação e Saúde da Infância e Adolescência (UNIFESP Campus Guarulhos) e líder do Grupo de Pesquisa em Reabilitação e Ensino em Neurociência Educacional do CNPq, isso ocorre porque, na infância, os sintomas podem se manifestar de modo único, não sendo acompanhado de outros sinais e dificultando o diagnóstico. 

Por não ser tratado, o TDAH pode vir acompanhado de outras comorbidades, como depressão e transtornos de ansiedade, trazendo impactos ao trabalho e vida social desse paciente. A partir daí, a pessoa entende que há um prejuízo em razão do TDAH não identificado anteriormente e pode precisar tratar a comorbidade antes de tratar o desencadeador.

Os diagnósticos em adultos vêm sendo cada vez mais frequentes, com um aumento de até 123%, quando comparado ao aumento de diagnósticos em crianças de 5 a 11 anos (26,4%). “O diagnóstico em adultos vem aumentado devido à conscientização do impacto que o transtorno causa em seus pacientes.” 

Outro fator que chama a atenção é a associação do TDAH a demais transtornos psiquiátricos.¹ Estima-se que 70% das crianças com o transtorno apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades³, como depressão, ansiedade, tiques e transtorno opositivo desafiador⁴. 

“Os outros transtornos podem aparecer associadamente devido ao compartilhamento de ciclos neurais entre o TDAH e a regulação emocional. Quando não tratado, pode afetar áreas na vida do paciente, como o resultado e produtividade no trabalho, relações de amizade, profissionais, familiares e amorosas, assim como diminuir o desempenho nos estudos. Isso tudo causa baixa autoestima nos pacientes e os impactos podem desencadear transtornos de humor, como a depressão, transtornos de ansiedade e, para pessoas com tendências genéticas a outros problemas, como bipolaridade e borderline, pode ser o fator desencadeante”, alega Muszkat.

Existem tratamentos efetivos, que controlam os sintomas e possibilitam um cotidiano produtivo ao paciente. Recentemente, uma nova alternativa terapêutica chegou ao mercado, o Consiv (cloridrato de metilfenidato), da Adium, nas apresentações de 18, 36 e 54 mg4. 

O medicamento tem liberação prolongada e gradual, evitando picos e sustentando por mais tempo a disponibilidade no organismo. O comprimido em formato reduzido e biconvexo pode auxiliar na deglutição, possui tecnologia de liberação com duração de até 12 horas. O medicamento favorece as necessidades de concentração durante o dia atendendo ao período escolar, em crianças acima de 6 anos e adolescentes, ou na jornada de trabalho e estudo, para adultos, permitindo, ainda, um bom descanso à noite. 



Adium
www.adiumpharma.com



Referências:

¹ Link Acesso em 09/05/2024.

² Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde. Link. Acesso em 09/05/2024.

³ Clinical Psychopharmacology and Neuroscience. Prevalence and Comorbidities of Attention Deficit Hyperactivity Disorder Among Adults and Children/Adolescents. Disponível em Link. Acesso em 13/12/2023.

⁴ Ministério da Saúde. Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Disponível em Link. Acesso em 13/12/2023. ⁵ Consiv. Bula. Disponível em Link. Acesso em 13/12/2023.


Pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica levam até 13 meses para obter diagnóstico


  • Passados 10 anos do Desafio do Balde de Gelo, doença continua pouco conhecida pela população 
  • Diagnóstico precoce é fundamental para a qualidade de vida de pacientes 
  • Expectativa de vida média após os primeiros sintomas é de até 5 anos.  

 

Há exatos 10 anos, o mundo voltou suas atenções à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), devido ao Desafio do Balde de Gelo (que consistia em jogar um balde de água com gelo sobre a cabeça de alguém para chamar a atenção para a ELA e incentivar doações para pesquisas) que virou trend nas redes sociais. Naquele momento, a doença neurodegenerativa teve seu ápice de popularidade, gerando doações para pesquisas que resultaram na descoberta de um novo gene associado à patologia, dentre outros avanços em estudos. Passada a febre, contudo, a desinformação sobre a doença retornou e os desafios para acessar diagnósticos e tratamento voltaram à tona.

Atualmente, a busca por informações sobre a doença representa cerca de apenas 5% do que foi observado no pico do Desafio do Balde de Gelo, em 2014, segundo o Google Trends[1]. E o tempo médio do início dos sintomas até a confirmação diagnóstica segue em aproximadamente 10 a 13 meses[2]. A expectativa de vida média após o início dos sintomas é de três a cinco anos[3]. 

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença rara que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva[4,5]. Essa condição gera contínuo enfraquecimento muscular que progride para paralisia, em estágios mais avançados da doença. Ela acomete, principalmente, pessoas de 55 a 75 anos[6].

Os sintomas relacionados à alteração dos neurônios motores podem incluir: redução da agilidade, fraqueza, fadiga, câimbras, atrofia muscular, espasticidade, dificuldades de deglutição, afora outros[7]. Podem surgir ainda manifestações como alterações do sono, constipação, hiper salivação, espessamento de secreções mucosas, hipoventilação crônica e dor[8].

“A esclerose lateral amiotrófica é uma doença muito devastadora e com evolução rápida, gerando inúmeros impactos pessoais, familiares e sociais. Quando os primeiros sintomas surgem, se estima que mais de 80% dos neurônios motores já tenham sido degenerados. A informação é o principal caminho para o diagnóstico precoce e início de tratamentos para melhor qualidade de vida do paciente”, aponta a diretora médica da Biogen, Tatiana Branco.

O diagnóstico precoce da doença contribui para melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos. Ainda sem cura, a ELA carece de tratamentos medicamentosos para controle de sua evolução ou atenuação de sintomas. Deste modo, as terapias focam na atenção multidisciplinar que amplie a qualidade de vida e sobrevida dos pacientes[2].

Nos últimos anos, observamos avanços significativos em pesquisas sobre ELA. Entretanto, ainda temos um longo caminho em direção a soluções que promovam controle e cura da doença. Nosso papel de estímulo ao desenvolvimento científico, disseminação de informações corretas e acolhimento de pacientes e famílias é fundamental para mudarmos essa realidade. E, num futuro que esperamos breve, não termos tantas interrupções de histórias, potências e vidas”, comenta Silvia Tortorella, diretora executiva do Instituto Paulo Gontijo.

Segundo os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, do Ministério da Saúde, a principal causa de morte por ELA é a insuficiência respiratória[2]. A fraqueza muscular acomete a musculatura respiratória, tendo como consequência a ventilação inadequada dos pulmões[9].

Em função de possível redução de marcha e equilíbrio, o paciente com ELA pode necessitar do apoio de cadeiras de rodas para melhora postural, prevenção de quedas e maior autonomia[2]. A perda da comunicação efetiva, contudo, é considerado um dos aspectos de maior impacto na vida da pessoa com ELA, refletindo em esferas emocionais, sociais e familiares – com consequente piora da sua qualidade de vida e sobrevida[2].




Biogen
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Referências
[1] Google Trends. Google. Disponível em < https://trends.google.com.br/trends/explore?date=2014-06-05%202024-06-06&geo=BR&q=esclerose%20lateral%20amiotr%C3%B3fica&hl=pt-BR> Acesso em 05 jun. 2024.
[2] BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Lateral Amiotrófica. Disponível em <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2020/portaria_conjunta_pcdt_ela.pdf>.Acesso em 05 jun. 2024.
[3] Riviere M, Meininger V, Zeisser P, Munsat T. An analysis of extended survival in patients with amyotrophic lateral sclerosis treated with riluzole. Arch Neurol 1998;55(4):526–8.
[4] BRASIL. Ministério da Saúde. Dia Nacional de Luta Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Disponível em < https://bvsms.saude.gov.br/21-6-dia-nacional-de-luta-contra-a-esclerose-lateral-amiotrofica-ela-2/#:~:text=A%20Esclerose%20Lateral%20Amiotr%C3%B3fica%20(ELA)%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a%20que%20afeta,e%20acarreta%20paralisia%20motora%20irrevers%C3%ADvel>. Acesso em 24 jun. 2024
[5] BRASIL. Ministério da Saúde. Esclerose lateral amiotrófica: doença rara, crônica, degenerativa e ainda sem cura. Disponível em < https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/esclerose-lateral-amiotrofica-doenca-rara-cronica-degenerativa-e-ainda-sem-cura>. Acesso em 24 jun. 2024
[6] Phukan J, Hardiman O. The management of amyotrophic lateral sclerosis. J Neurol 2009;256(2):176–86.
[7] Kiernan MC, Vucic S, Cheah BC, et al. Amyotrophic lateral sclerosis. Lancet 2011;377(9769):942–55


Osteoporose pode trazer complicações sérias para a saúde dos homens


Com estigma de ser mais resistente às consultas médicas
 periódicas, a ala masculina em geral tem diagnóstico
 tardio da osteoporose
 Freepik

Com estigma de ser mais resistente às consultas médicas periódicas, a ala masculina em geral tem diagnóstico tardio da doença, o que acaba por comprometer o tratamento, alerta Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico

 

A osteoporose figura no hall das chamadas doenças silenciosas e assintomáticas. Caracterizada pela redução da massa óssea, acarreta aumento da suscetibilidade a fraturas, associadas também à dor crônica, depressão, perda da independência e deformidade, além de problemas de saúde pública.

 

O Ministério da Saúde estima que entre 10 e 15 milhões de pessoas convivem com a enfermidade no Brasil e apenas 20% sabem ter a doença, que provoca 200 mil mortes por ano no país. No mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a doença causa 9 milhões de fraturas por ano, principalmente, no quadril, punho e na coluna. Destas ocorrências, cerca de 300 mil levam pacientes à morte.

 

Conhecida por afetar mulheres na fase pós-menopausa, em função da queda nos níveis de hormônio que protegem o esqueleto, a osteoporose pode, no entanto, trazer complicações mais sérias para a saúde dos homens. Isso porque, em geral, como não fazem visitas regulares ao médico, eles tendem a descobrir a doença de maneira tardia quando ela já encontra-se em estágio avançado.

 

“A osteoporose é uma doença metabólica que provoca perda da massa óssea, deterioração da microarquitetura do tecido ósseo e aumento da suscetibilidade a fraturas. Com o aumento da fragilidade dos ossos, podem ocorrer fraturas após traumas mínimos, como, por exemplo, quedas da própria altura ou mesmo sem nenhum trauma aparente. Por isso, muitas pessoas só sabem que têm osteoporose após sofrerem uma fratura por fragilidade”, explica o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero.

 

No homem, a osteoporose pode ser dividida em três categorias: a do tipo involucional, relacionada ao envelhecimento, que ocorre em homens com mais de 60 anos; a idiopática, que acomete homens jovens ou adultos de meia idade, antes dos 60 anos, por problemas genéticos ou hábitos de vida desfavoráveis; e a secundária, definida quando há uma causa subjacente associada à perda de massa óssea, como doenças, medicamentos e consumo excessivo de álcool e cigarros. A deficiência de vitamina D também deve ser considerada em todos os casos.

 

 

Fratura do quadril é a consequência mais dramática da osteoporose

 

Segundo um estudo global da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, estima-se que o Brasil terá quase quatro vezes mais incidentes de fratura do quadril até 2050, com a situação mais preocupante entre os homens. Uma das descobertas inéditas do trabalho é que a disparada de fraturas no quadril pelo mundo deve ser maior entre os homens nos próximos 30 anos, apesar de a osteoporose ser mais comum em mulheres. Atualmente, no Brasil, há cerca de 121.700 fraturas de quadril por ano, número que deve aumentar para 160.000 fraturas anuais em 2050.

 

De acordo com estudos realizados pela Federação Internacional da Osteoporose, os elevados custos do tratamento da fratura de quadril no Brasil causam sobrecarga ao sistema saúde e serão particularmente afetados pelo crescente aumento da população idosa no mundo.

 

 

Prevenção é a palavra-chave

 

O diagnóstico da perda de massa óssea deve ser feito por meio do exame de densitometria óssea. A determinação da densidade mineral óssea (DMO) é um preditor importante de fraturas. Estudos mostram que a diminuição de cada desvio padrão na DMO do quadril está associada a um aumento no risco relativo de fratura de quadril de 2,6 vezes.

 

“Além do exame, a prevenção passa pela abstenção de fatores nocivos, como o consumo excessivo de álcool e fumo. O tecido ósseo, por ser dinâmico e sofrer modificações ao longo da vida, necessita de ingestão calórica adequada, particularmente proteínas, cálcio e vitamina D, bem como da prática de exercícios de carga”, ressalta o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico.

 

Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico – SBTO

 

Vírus típicos de Inverno: um deles é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que pode causar complicações graves em idosos 1-5

 

Frequentemente associado a infecções respiratórias em bebês, o VSR também é preocupante em adultos mais velhos, principalmente em pessoas com condições crônicas de saúde. 4,5

Nessa época do ano, durante o inverno, há um aumento de circulação de vários vírus, como o VSR, e também de bactérias que tem transmissão respiratória. Dados epidemiológicos nacionais mostram que mais de 50% das infecções respiratórias das últimas semanas foram causadas pelo VSR. 1-3,6

Sociedades médicas recomendam a vacinação contra o VSR em pessoas com 60 anos ou mais, principalmente os que estão em grupo de risco como uma das formas de prevenção contra o VSR, devido a possibilidade de complicações graves. 8

 

O inverno é uma época de temperaturas mais baixas e, devido ao frio, as pessoas tendem a ficar em locais fechados, sem ventilação adequada e muitas vezes em aglomerações, favorecendo, assim, o aumento da circulação de vírus e bactérias. Porém, um vírus que merece atenção devido a alta incidência nessa estação e é pouco falado, principalmente entre a população adulta e idosa, é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). 1,2 

Muito conhecido por pais de crianças pequenas por ser um dos principais vírus associados à bronquiolite, o VSR também pode ser grave para a população acima de 60 anos, principalmente naqueles que possuem condições crônicas de saúde, também chamadas de comorbidades, e que podem apresentar quadros mais graves da doença, como pneumonia e até o óbito. 4,5 

De acordo com o site InfoGripe, que monitora dados de notificação de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, tendo como fonte dados do sistema Sivep-gripe da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, desde o início do ano até a semana 24 (encerrada em 15/06/2024 - momento que antecede o inverno), 44,9% dos casos reportados de SRAG em 2024 foram VSR. O relatório trouxe também dados das semanas 21 a 24, período de maior circulação do vírus neste ano, chegando a 51,0% dos casos de SRAG terem como agente identificado o VSR. 7* 

Segundo a Dra. Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), infectologista e líder médica de vacinas da GSK, esses dados mostram que o VSR co-circula com diversos outros vírus respiratórios, mas pode impactar mais do que Influenza e SARS-COV-2, por isso, é importante ter cuidado nessa época do ano. “A população conhece o VSR por causa da bronquiolite em bebês, mas os adultos raramente são testados e, como os sintomas podem ser confundidos com um resfriado, como coriza, tosse, febre e mal-estar, o VSR acaba sendo pouco conhecido e é subdiagnosticado. No entanto, a letalidade em idosos no Brasil, segundo dados de vigilância epidemiológica, é maior do que em crianças, chegando a ser até 20 vezes maior em adultos com 60 anos ou mais”, explica e complementa: 

“Com o passar dos anos, conforme vamos envelhecendo, o nosso sistema imunológico normalmente vai enfraquecendo e, com isso, temos mais dificuldades em combater infecções. E, em indivíduos adultos e idosos que possuem comorbidades, esse risco é ainda maior, podendo levar até a morte. Pesquisas mostram que mais de 78% dos adultos mais velhos possuem alguma condição crônica de saúde”, afirma a infectologista. 

As condições crônicas de saúde que levam ao maior risco de hospitalização podem incluir diabetes, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma e Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). 4,8,9 Para dar a dimensão da gravidade, estudos mostram que os que possuem Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) podem ter até 13 vezes mais probabilidade de serem hospitalizados devido a complicações do VSR. Portadores de asma podem ter até 3,6 vezes mais possibilidade de hospitalizações; e diabetes podem ter até 6,4 vezes mais. Já com os portadores de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), há a possibilidade de até 7,6 vezes mais riscos de serem hospitalizados. 8 

Nos Estados Unidos, anualmente, segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o VSR leva a aproximadamente de 60 a 160 mil hospitalizações e de 6 a 10 mil óbitos, em adultos com 65 anos ou mais. 4 No Brasil, entre 2020 e 2022 foram notificados mais de 30 mil casos da doença, com uma taxa de letalidade de 20,77% em 2022 em adultos de 60 anos ou mais. 10

 

Formas de transmissão

Assim como a gripe e a COVID-19, o Vírus Sincicial Respiratório pode ser facilmente transmitido através de gotículas expelidas ao tossir, espirrar, contatos próximos, como beijo, ou por superfícies contaminadas. Pessoas infectadas geralmente transmitem o vírus por até oito dias e, além disso, podem propagá-lo um ou dois dias antes de começarem a apresentar os primeiros sinais da doença. No entanto, alguns indivíduos, especialmente aqueles com sistema imunológico enfraquecido, podem continuar disseminando o vírus mesmo depois de cessarem os sintomas, por até quatro semanas. 11,12 

“Vale alertar ainda que crianças pequenas são frequentemente expostas e infectadas pelo VSR, principalmente em ambientes como creches, escolas, parquinhos e festinhas, e poderão transmitir o vírus aos adultos mais velhos, como os avós”, conta Dra. Lessandra.

 

Prevenção

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a vacinação é uma das formas de prevenção contra o VSR. 7 Além disso, algumas outras medidas podem ajudar a prevenir o contágio e transmissão, como lavar as mãos frequentemente; evitar tocar no rosto, nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; evitar contato próximo com pessoas doentes; limpar e desinfetar superfícies que são tocadas com frequência; e evitar sair de casa quando estiver doente. 11 

“Mesmo após a recuperação da infecção, o VSR pode trazer impactos a longo prazo em alguns idosos, como diminuição da independência, das atividades sociais, da produtividade, alteração do sono. Além disso, ações como respirar, comer, tomar banho e caminhar podem se tornar desafiadoras. Por isso, é muito importante que as pessoas, principalmente os idosos, conheçam mais sobre a doença, seus riscos, formas de prevenção e procure um médico caso tenham sintomas respiratórios”, finaliza Dra. Lessandra. 

7* N (Numero de testes postivos para algum vírus respiratório) = 38.361 

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 



GSK

Para mais informações, visite.



Referências:
PREFEITURA DE SÃO PAULO. Doenças típicas de inverno. Disponível em: <link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Alerta para doenças respiratórias no outono. Disponível em: <link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
FIOCRUZ. InfoGripe: crescem internações e óbitos por influenza e VSR. Disponível em: <link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Respiratory Syncytial Virus Infection (RSV). RSV in older adults and adults with chronic medical conditions. Disponível em: <link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vírus sincicial respiratório (VSR). Disponível em: <link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). InfoGripe. Resumo do Boletim InfoGripe -- Semana Epidemiológica (SE) 24 2024. Disponível em: <link>. Acesso em: 20 de junho de 2024.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Pneumologia. Guia de Imunização SBIm/SBPT (2024/2025). Disponível em: <link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
Branche AR, Saiman L, Walsh EE, et al. Incidence of respiratory syncytial virus infection among hospitalized adults, 2017–2020. ClinInfect Dis. 2022;74(6):1004-1011. doi:10.1093/cid/ciab595
Colosia AD, Yang J, Hillson E, et al. The epidemiology of medically attended respiratory syncytial virus in older adults in the United States: a systematic review. PLoS One. 2017;12(8):e0182321.doi:10.1371/journal.pone.0182321
DE VERAS, Bruna Medeiros Gonçalves et al. CASOS GRAVES DE VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO EM ANOS DE PANDEMIA: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA DA BASE DE DADOS DO SIVEP-GRIPE NO BRASIL (2020-2022). The Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 27, p. 103129, 2023.
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Respiratory Syncytial Virus Infection (RSV). How RSV Spreads. Disponível em: <link> Acesso em: 18 de junho de 2024.
MAYO CLINIC. Respiratory syncytial virus (RSV). Symptoms and causes. Disponível em: <link> Acesso em: 18 de junho de 2024.


DEPRESSÃO E ANSIEDADE AFETAM DIRETAMENTE O TRATO INTESTINAL

 

Quadros mais graves dessas condições podem desencadear doenças gastrointestinais

 

Conhecido como segundo cérebro, o intestino é o único órgão que não depende do sistema nervoso central para ditar o que ele deve fazer. Com o seu próprio sistema nervoso, ele tem cerca de 500 milhões de neurônios e funciona de forma independente. Mas, apesar de não precisar responder ao cérebro, ambos os órgãos trocam informações a todo momento. 

A nossa saúde mental e o nosso sistema digestivo estão interligados, revelando uma relação complexa que vai além do óbvio. Problemas emocionais podem manifestar-se fisicamente, impactando diretamente o aparelho digestivo de maneiras variadas e muitas vezes surpreendentes. 

Segundo Dr. Lucas Nacif, médico cirurgião gastrointestinal, pessoas que sofrem com a ansiedade podem desenvolver sintomas como, dor abdominal, diarreia ou constipação, náuseas ou vômito e distensão abdominal. A melancolia profunda, por exemplo, pode desencadear sintomas como diarreia crônica. "Em estados de tristeza intensa ou depressão, observamos que o funcionamento do intestino é afetado. Os neurotransmissores associados ao humor, conhecido como serotonina têm o papel na regulação intestinal, podendo resultar em alterações na motilidade e na absorção do intestino" - explica Nacif. 

O neurotransmissor central na interação entre o cérebro e o intestino é a serotonina, que desempenha um papel crucial nos sistemas digestivo e o nervoso. Essa substância tem suas múltiplas funções no organismo, como a regulação do sono, do apetite e do humor, além de influenciar os movimentos intestinais. Aproximadamente 95% da serotonina corporal é sintetizada por células específicas do intestino e por neurônios do sistema nervoso entérico, associado ao trato gastrointestinal. 

A serotonina presente no intestino desempenha um papel importante na regulação do trânsito intestinal, na absorção de nutrientes e na proteção contra infecções. Sendo assim, pessoas com alguns transtornos mentais, como ansiedade e depressão, têm uma menor quantidade de bactérias produtoras de serotonina e automaticamente uma maior quantidade de bactérias produtoras de citocinas pró-inflamatórias. 

O estresse crônico também é conhecido por desencadear sintomas físicos como dores de estômago. "Quando uma pessoa está constantemente sob pressão emocional, o corpo libera hormônios do estresse que podem causar inflamação e aumentar a sensibilidade do trato gastrointestinal", esclarece o Dr. Nacif. "Isso pode levar a condições como gastrite, úlceras ou até síndrome do intestino irritável". 

Dr. Lucas Nacif explica que para ter uma melhora na microbiota intestinal é necessário ter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o uso indiscriminado de antibióticos, pois os antibióticos podem matar bactérias boas e ruins, levando ao desequilíbrio da microbiota e o principal, ter uma redução no estresse. Ao tratar problemas digestivos relacionados a questões emocionais, é essencial abordar não apenas os sintomas físicos, mas também as causas emocionais que estão em oculto", destaca o especialista. Isso pode incluir terapias, técnicas de relaxamento e mudanças no estilo de vida que ajudem a reduzir o estresse.

 

Lucas Nacif - Especialista em cirurgia geral, e do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreática e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes. Para saber mais, visite: www.lucasnacif.com eLink


Como a automedicação pode afetar o funcionamento dos rins

Medicamentos utilizados de maneira indiscriminada prejudicam a saúde renal a longo prazo, e podem ocasionar a doença renal crônica 

 

A automedicação é uma prática muito comum na sociedade, mas pouco se discute o que ela pode representar à saúde renal. Os rins desempenham um papel fundamental na filtragem e eliminação de substâncias nocivas do nosso corpo, no entanto, diversos medicamentos disponíveis sem prescrição médica podem sobrecarregar ou até mesmo danificar esses órgãos essenciais. 

“O uso de antibióticos, por exemplo, pode levar à nefrotoxicidade, um dano aos rins causado por substâncias químicas. Alguns anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, utilizados para aliviar dores comuns e rotineiras, podem reduzir o fluxo sanguíneo renal e comprometer a função dos rins a longo prazo”, explica Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita Tratamento Renal. Além dos antibióticos, outros tipos de medicamentos, como analgésicos e diuréticos, também podem afetar a saúde renal. 

O nefrologista chama atenção para o fato de que a automedicação não considera as especificidades de cada paciente, como: histórico médico, condições preexistentes e alergias. 

É importante destacar que os rins têm uma capacidade limitada de processar substâncias químicas, como os medicamentos. A exposição prolongada a certos produtos pode resultar em danos irreversíveis, comprometendo a função renal e aumentando o risco de doença renal crônica (DRC). 

A busca por orientação médica adequada antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso é fundamental não só para preservar a saúde dos rins, mas manter o pleno funcionamento de todo o organismo.

 

DaVita Tratamento Renal 


Como o estresse e a saúde mental pode afetar o nosso intestino


O diagnóstico de Doença Inflamatória Intestinal (DII) tem apresentado um aumento significativo nos últimos anos. Estima-se que entre 6 a 8 milhões de pessoas ao redor do mundo convivam com essa condição. As duas formas principais de DII são a Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa.  Na colite ulcerativa, a inflamação começa no reto e se espalha de forma contínua pelo cólon e se concentra nele. Já a doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato digestivo, desde a boca até o ânus, incluindo o intestino delgado, o intestino grosso e outras áreas. 

Manter um intestino saudável pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento dessas doenças. Segundo Victor Chedid, M.D., gastroenterologista e especialista em DII da Mayo Clinic em Rochester, é essencial entender as características da Doença Inflamatória Intestinal e manter hábitos que auxiliam na saúde intestinal como forma de prevenção . Confira alguns fatos sobre a doença. 



O estresse e a saúde mental têm um impacto significativo na Doença Inflamatória Intestinal (DII)

O eixo intestino-cérebro é um dos mais importantes para o corpo humano e por isso há uma relação direta entre o que acontece no trato digestivo e nossas emoções. É essencial no caso da DII controlar o estresse, pois já existem evidências que altos níveis podem agravar a inflamação intestinal, intensificando os sintomas da DII.

Para o tratamento da Doença Inflamatória é aconselhável além de um acompanhamento por psicólogos e terapeutas que podem oferecer tratamentos que incluem técnicas comportamentais e respiratórias, ajudando os pacientes a lidar melhor com os sintomas, também uma boa rede de apoio ao paciente que pode ter sua saúde mental prejudicada pelo estigma da doença.


Doença Inflamatória Intestinal pode ser confundida com outras doenças

A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma condição crônica que afeta o trato digestivo, caracterizada por inflamação persistente. Esta inflamação pode ser desencadeada por predisposição genética ou exposições ambientais que ativam células inflamatórias que atacam o intestino.

Os pacientes com DII apresentam uma variedade de sintomas, incluindo diarreia e dor abdominal, que podem levar a um diagnóstico equivocado de Síndrome do Intestino Irritável (SII). No entanto, essas condições são distintas. Enquanto a DII é marcada por inflamação crônica do trato digestivo, a SII, mais comum em jovens, não envolve inflamação. Assim, sintomas como sangue nas fezes, febre e manifestações extraintestinais, como inflamação nos olhos, artrite, inflamação na coluna e erupções cutâneas, não estão presentes na Síndrome do Intestino Irritável. Além disso, a Doença de Crohn, um tipo de DII, pode ser confundida com apendicite, devido à dor intensa na parte final do intestino delgado, próxima ao apêndice, frequentemente acompanhada de febre. Devido à semelhança dos sintomas, é sempre necessário realizar uma colonoscopia para um diagnóstico preciso.



Exercícios físicos e uma dieta equilibrada são essenciais para a saúde do intestino e na prevenção de doenças intestinais 

Embora não haja uma dieta específica que previna a DII, manter uma dieta balanceada é crucial para preservar a saúde intestinal e prevenir doenças inflamatórias. Isso inclui consumir entre 30 e 40 gramas de fibras por dia, além de antioxidantes, encontrados em vegetais, frutas, grãos integrais, leguminosas, oleaginosas, sementes e azeite. É importante também evitar alimentos ultraprocessados, prejudiciais ao organismo.

A ingestão adequada de água, cerca de 2 litros por dia, também  é fundamental para evitar a constipação e garantir o funcionamento adequado dos órgãos. A hidratação é ainda mais crucial em climas quentes, onde a desidratação pode ser um risco maior. Além da alimentação, a prática regular de exercícios físicos tem um impacto positivo na saúde intestinal. O exercício estimula o sistema circulatório, aumenta os movimentos intestinais e ajuda a manter os níveis de inflamação mais baixos. Embora a atividade física não elimine completamente o risco de doenças, ela contribui significativamente para a prevenção e para a manutenção do bem-estar geral.



DII pode ter relação com doenças autoimunes

As doenças autoimunes estão frequentemente associadas ao desenvolvimento de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). Pacientes com DII frequentemente têm predisposição genética para inflamação e podem também apresentar diagnósticos de doenças autoimunes, como lúpus, psoríase ou artrite reumatoide.

Atualmente, algumas pesquisas iniciais sugerem que doenças como artrite reumatoide e lúpus podem ter origem em alterações na microbiota intestinal, assim como a DII. Embora essas pesquisas sejam recentes, no futuro,  acredita-se que tratamentos para doenças autoimunes podem envolver a modulação da microbiota e o controle dessas inflamações.



Não há cura para a Doença Inflamatória Intestinal, mas é possível controlá-la

Embora a DII não tenha cura, existem diversos tratamentos que ajudam os pacientes a alcançar a remissão. É importante identificar a forma específica e o grau da DII. Os tratamentos incluem medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores, produtos biológicos, antibióticos e cirurgias. É fundamental uma abordagem multidisciplinar, envolvendo gastroenterologistas, farmacêuticos, nutricionistas e psicólogos.

"Prestar atenção a todos esses fatores é essencial para manter a sua saúde intestinal", explica o Dr. Chedid. O Dr. Chedid também ressalta que as famílias podem desempenhar um papel crucial em ajudar os seus entes queridos a lidar com a DII, pois sintomas como diarreia podem afetar a autoestima e o bem-estar dos pacientes. "Isso significa estar presente para quando eles precisarem, reconhecendo que nem sempre eles serão eles mesmos em todos os momentos", explica o Dr. Chedid. "Haverá momentos em que eles se sentirão para baixo, estarão com dor ou não irão comer o que você cozinhou. Não se ofenda. Você só precisa estar presente para eles", finaliza. 

 

Mayo Clinic


Desafios e estratégias para engajar a Geração Z no trabalho

Recentemente, temos visto muitas notícias sobre a Geração Z no mercado de trabalho, mas uma delas tem me chamado bastante atenção, relacionada à falta de ambição dessa geração para liderar. Historicamente, sempre existiu uma prerrogativa básica quando se fala em trabalho, que por muitos anos esteve no imaginário dos profissionais: o desejo de ascender a cargos C-Level.

Com o mercado de trabalho em constante transformação, os profissionais têm sido impactados e precisam aprender quase que diariamente a lidar com as inovações tecnológicas que afetam o dia a dia, inclusive no cenário da Indústria 4.0, do 5G e da tão falada Inteligência Artificial. Tudo isso deveria impulsionar ainda mais, pelo menos em teoria, o desejo de liderar dos jovens profissionais. Por isso, para nós, que trabalhamos com gestão de pessoas, é curioso identificar o desinteresse das novas gerações em assumir postos de comando. Essa nova tendência é conhecida como "quiet ambition" ou, em tradução livre, "ambição silenciosa".

Diversas pesquisas confirmam esse desinteresse. Uma delas, da CoderPad, plataforma de contratação de desenvolvedores, revelou que 36% dos profissionais entrevistados não têm intenção de assumir responsabilidades gerenciais. Outra, da consultoria global Korn Ferry, entrevistou 800 analistas de mercado e descobriu que 67% acreditam que os líderes atuais não estão preparados para os desafios futuros, incluindo a liderança de profissionais que pertencem às novas gerações.

Mais do que falar sobre os desafios da liderança, quero refletir sobre a dificuldade que é manter a Geração Z engajada em outros temas imprescindíveis para o desenvolvimento das empresas e, principalmente, alertar sobre como é possível criar um ambiente harmonioso e próspero, em que as gerações convivam bem entre si e alcancem os resultados que as empresas necessitam.

Conhecida como a primeira geração nativa digital, os profissionais da Geração Z já nasceram em um cenário repleto de informações e com fácil acesso a elas. Essa característica intensificou a impaciência natural da juventude, exigindo maior orientação e foco desses indivíduos.

Liderar a Geração Z em grandes empresas envolve superar desafios relacionados à inquietude desses jovens, que contrasta com os processos e burocracias tradicionais e por muitas vezes lentos das grandes organizações. A diferença entre as expectativas dos jovens e a realidade corporativa muitas vezes resulta em frustração. Para minimizá-la e obter o melhor desses profissionais, é essencial um acompanhamento constante, com metas objetivas e uma comunicação clara.

Quando as expectativas não são atendidas, é vital abordar as causas da frustração abertamente. Conversas honestas sobre o que pode ser melhorado ajudam a ajustar expectativas e a promover o engajamento e comprometimento. Outra dica importante para que os líderes possam lidar com as características dessa geração é reservar um tempo semanal para fornecer feedback e orientação. Esses momentos não apenas ajudam a alinhar expectativas, mas também garantem que os jovens profissionais estejam no caminho certo para alcançar seus objetivos.

Os integrantes da Geração Z são multitarefa e estão acostumados a lidar com várias atividades simultaneamente. Para mantê-los engajados, é importante identificar atividades desafiadoras e definir metas claras e prazos específicos. Ao combinar tarefas variadas com objetivos bem delineados, os líderes podem evitar a desmotivação decorrente de rotinas monótonas.

Outro ponto importante é reconhecer que a Geração Z é fortemente motivada por questões de Diversidade, Inclusão e Conscientização Social e Ambiental, associadas às práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance). Assim, é recomendável engajar os jovens profissionais em atividades relacionadas a esses temas e destacar o impacto real de suas contribuições, o que pode aumentar significativamente a motivação e o comprometimento. É essencial permitir a liberdade de criação dentro dos parâmetros organizacionais, mostrando como suas ações influenciam positivamente a empresa e a sociedade.

Por fim, os líderes precisam entender que o relacionamento com essa geração deve ser uma via de mão dupla. Enquanto os gestores ajustam suas abordagens para melhor engajar os jovens, esses profissionais devem estar abertos a compreender a dinâmica corporativa, e isso pode ser expresso claramente a eles. Uma postura flexível e adaptável de ambos os lados é crucial para o sucesso organizacional.

 

Marcelo Souza - CEO do Grupo Soulan e Country Manager da Thomas International Brasil



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