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sexta-feira, 10 de março de 2023

EUA registram 10,8 milhões de vagas abertas em janeiro

Os EUA encerraram janeiro de 2023 com 10,8 milhões de vagas de emprego abertas no país, segundo divulgou nesta quarta-feira (8) o Departamento de Trabalho americano. Trata-se de uma queda de 6,5% sobre o dado revisado do mês anterior (11,2 milhões).

Embora tenha caído, o indicador segue em níveis elevados, mostrando que a demanda por mão de obra continua forte nos EUA. O patamar acima dos 10 milhões, que tem sido uma constante nos últimos dois anos, beneficia principalmente os imigrantes, pois a mão de obra estrangeira é a principal forma que o país tem de expandir sua força de trabalho.

Atualmente, a taxa de desemprego nos EUA é de 3,4% – uma das menores dos últimos 54 anos. Com isso, a economia atingiu uma relação de 1,8 vaga disponível para cada uma das 5,7 milhões de pessoas desempregadas. Isto significa que, mesmo que todas elas fossem contratadas, ainda assim restariam 5,1 milhões de posições abertas nas empresas estadunidense.

“O brasileiro tem percebido esse fenômeno e inclusive temos visto recordes de green cards, vistos de trabalho e naturalizações entre cidadãos do Brasil. O fluxo imigratório está bastante aquecido, pois esse é um dos melhores momentos para o estrangeiro fazer esse movimento, já que os salários aqui na América estão altos e a competição por mão de obra, forte”, analisa Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration, consultoria imigratória sediada em Washington, D.C. e que atende cliente de mais de 30 países.

Os EUA registraram ainda 6,4 milhões de contratações e 5,9 milhões de demissões em janeiro. Esses números incluem trabalhadores que podem ter sido contratados e desligados mais de uma vez durante o período.

A maior quantidade de vagas abertas nos EUA foi registrada em março de 2022, quando havia 12 milhões de posições a serem preenchidas nas empresas do país. “Embora o indicador tenha caído em janeiro, não está longe da máxima histórica”, aponta Costa.


Setores em Alta

Em janeiro de 2023, os setores da economia americana que mais reduziram a quantidade de vagas abertas foram os de construção (-240 mil); acomodação e serviços de alimentação (-204 mil); e finanças e seguros (-100 mil).

Por outro lado, houve acréscimo de 94 mil vagas no setor de transporte e armazenagem e de 50 mil nas áreas de comércio atacadista e de de bens não duráveis.


Pedidos de demissão

Os EUA ainda vivem o fenômeno da “Grande Demissão” ou “Grande Renúncia”, em que números recordes de trabalhadores têm pedido para sair de seus empregos. Em janeiro de 2023, porém, foram 3,9 milhões de pedidos de demissão – a primeira vez nos últimos 20 meses que o dado ficou abaixo dos quatro milhões. “É cedo para indicar se há uma tendência de queda, mas é provável que as ondas de demissões nas empresas de tecnologia nos últimos meses tenha deixado o trabalhador mais receoso de trocar de emprego”, pondera o CEO da AG Immigration.


Vagas abertas nos EUA por setor – janeiro de 2023

  1. Serviços Profissionais e Empresariais – 2,182 milhões
  2. Saúde e Assistência Social – 1,894 milhão
  3. Acomodação e Serviços de Alimentação – 1,475 milhão
  4. Poder Público – 1,053 milhão
  5. Comércio Varejista – 870 mil
  6. Transporte, Armazenagem e Serviços Essenciais – 628 mil
  7. Bens Duráveis – 476 mil
  8. Finanças e Seguros – 345 mil
  9. Outros Serviços – 340 mil
  10. Bens Não Duráveis – 328 mil
  11. Comércio Atacadista – 315
  12. Construção – 248 mil
  13. Artes, Entretenimento e Recreação – 189 mil
  14. Serviços Educacionais – 187
  15. Informação – 141
  16. Imobiliário – 114
  17. Mineração e Silvicultura – 38 mil

 

AG Immigration
https://agimmigration.law/


Dia do consumidor: Especialista destaca a importância de conhecer o comportamento do cliente digital

Tendência do consumo pela internet faz com que os empreendedores busquem estabelecer relacionamento e engajar esse tipo específico de consumidor

 

As plataformas digitais de infoprodutos têm se mostrado uma tendência com presença cada vez mais significativa no mercado brasileiro e também bastante atrativa para empreendedores que desejam comercializar seus produtos e serviços por meio de uma plataforma virtual. Um estudo realizado pela empresa inglesa Retail X mostrou que as receitas das vendas on-line no Brasil durante o ano de 2022 cresceram em US$ 8,1 bilhões quando comparado com 2021. 

Esse dado demonstra que a tendência do comércio digital é aumentar cada vez mais, e em março, mais especificamente no dia 15, é celebrado o Dia do Consumidor, data importante para o mercado como um todo, que vê as compras aquecerem em todo o país, principalmente no âmbito digital.

No entanto, descontos durante a efeméride não são a única estratégia que os empreendedores devem utilizar para consolidar sua presença no mercado digital e alavancar as vendas. O foco do negócio deve estar sempre em entender as dores que os consumidores apresentam e de qual forma eles estão se comportando, é o que afirma Evelin Laura Soares Ferreira Alberto, Coordenadora de Qualidade e Melhoria contínua da eNotas, solução tecnológica da Hotmart Company que automatiza 100% do fluxo de emissão de NF-e em qualquer cidade do Brasil. 

Para Evelin, o comportamento do consumidor é algo que está em constante mudança, porém, a maioria das transformações apresentadas nesse aspecto faz com que o cliente se aproxime cada vez mais do âmbito digital. “As pessoas quando precisam comprar alguma coisa buscam se informar em ferramentas de pesquisa ou até mesmo redes sociais. Enquanto pesquisam, têm a possibilidade de abrir uma nova aba e colocar o produto no carrinho, então é algo muito dinâmico”, comenta a coordenadora.

Por conta do imediatismo do processo, é importante fazer com que a presença do negócio reverbere no ambiente digital, seja por meio de técnicas de SEO (do inglês otimização para motores de busca), ou por manter uma frequência regular nas redes sociais, estabelecendo um canal de comunicação ativo com o cliente.

“O cliente cada vez mais busca o sentimento de pertencimento durante a jornada de compra, por isso é essencial que os vendedores mantenham um canal de contato e que saibam a maneira correta de abordar e comunicar sua mensagem para o seu público. Dessa forma, é possível, por meio da fidelização, construir uma base consistente de clientes para o negócio”, diz.

Ao otimizar processos, os empreendedores também conseguem dedicar a maior parte de seus esforços para buscarem soluções que alavanquem as vendas, como, por exemplo, se dedicar mais ao atendimento e à melhoria e qualidade de seus produtos e serviços. 

A eNotas tem como propósito oferecer mais liberdade aos empreendedores e  companhias que querem focar exclusivamente em seus negócios enquanto a startup mineira cuida da emissão de suas notas fiscais. A empresa tem conquistado notoriedade no mercado com uma solução que integra o processo de emissão das NF-e com Prefeituras e Secretarias da Fazenda. 

 

eNotas


Pesquisa aponta que 82,1% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio no ambiente de trabalho

O levantamento foi feito pela Women in Growth, que conecta mulheres e tem com o objetivo fortalecer a voz feminina

 

Na tentativa de entender o quanto a figura da mulher evoluiu no mercado de trabalho, desde a criação do Dia Internacional da Mulher, em 1975, a Women in Growth, grupo que conecta mulheres e tem como objetivo fortalecer a voz feminina, criou uma pesquisa e entrevistou suas participantes para entender seu dia a dia e mostrar todas as dificuldades enfrentadas como: irregularidade de salários, preconceitos, assédios, entre outros.

A análise feita pelo grupo revelou que 82,1% das entrevistadas já sofreram algum tipo de assédio dentro do mundo corporativo; 97% destas conhecem alguma mulher que também foi assediada. A pesquisa também mostrou que 88,1% das participantes já sofreram preconceitos simplesmente por serem mulheres tendo sua capacidade de inteligência questionada. 

No levantamento foi questionado se as participantes sentiriam-se à vontade para denunciar um abuso ou assédio dentro de seu ambiente de trabalho, com elas ou com alguma com colegas. Somente 23,9% delas denunciariam qualquer tipo de abuso cometido por outras pessoas, as demais, 76,1% responderam que pensariam ou que não fariam nada além se calar. 

Uma das entrevistadas compartilhou sua história para que outras sintam-se à vontade para correr atrás de seus direitos. “Assim como a maioria das mulheres, já sofri inúmeros abusos no trabalho, desde os “socialmente mais aceitos” até os menos. Um caso recorrente era ter algum um homem falando mais alto do que eu, interrompendo assim, a minha fala. Pegando minha ideia e compartilhando com os demais como se de fato fosse ideia dele. Já escutei calada diversas vezes falas altas e agressivas em reuniões, principalmente, com os diretores da empresa, dizendo o quanto eu era incompetente em frente a certas funções. Um certo dia, comecei a gravar as reuniões onde a minha competência era pauta, assim, decidi não me calar mais uma vez e processar a empresa por assédio moral. Acredito que as mulheres não precisam mais se calar”. 

“Ao analisarmos a pesquisa, descobrimos que, 23,1% das mulheres que participaram da entrevista ganham menos que homens na mesma função, simplesmente por serem muheres”, desabafa Carolina Zaccaro, uma das fundadoras do Women in Growth. 

Quase 50 anos depois da criação do Dia Internacional da Mulher, elas ainda seguem em busca de respeito, igualdade e equidade mesmo diante de suas multifunções. “Nós somos mulheres, somos fortes e guerreiras, seguimos lutando diariamente para mostrar que somos capazes, que somos inteligentes, que podemos sim ocupar cargos de liderança, que podemos sim formar uma família, se esse for nosso sonho, e não deixaremos de ser uma profissional dedicada. Nós mulheres somos únicas e excepcionais", conclui Marina Andrioli, também fundadora do grupo.  

 

Women in Growth

 

O combate ao cyberbullying com socioemocional na escola

Para especialista, cidadania deve ser transposta para as relações digitais e socioemocional nas escolas é ferramenta cada vez mais necessária


O ambiente escolar é um espaço no qual se pode cultivar relações saudáveis de aprendizado e amizade. Porém, sempre foi repleto de armadilhas para a saúde mental, especialmente nas fases de mudança da infância para adolescência. Da pressão dos estudos ao bullying dos colegas ou até a imersão em realidades completamente novas, como a da vida virtual, é preciso estar atento ao que afeta os filhos e a educação socioemocional na escola é um aliado nessas horas. 

“Parece simples constatar que a vida digital é uma continuação da vida real, mas muitas vezes a cidadania e as boas práticas de convívio não são levadas para esse espaço”, afirma a diretora Socioemocional do Colégio Novo de Ribeirão Preto nas unidades Alto da Boa Vista e Alvorada. 

A pandemia deixou algumas marcas invisíveis nos jovens, como fobia social, síndrome do pânico, dependência e supervalorização da vida digital. O ambiente virtual de aulas reforçou o impacto da cultura digital, dada por meio de grupos de WhatsApp e presença nas redes sociais da moda, o que no regresso ao presencial a escola terá de responder com uma nova postura. 

A psicoterapeuta aponta que o digital ganhou grande relevância no cotidiano, mas o anonimato ou o comportamento de grupo muitas vezes levam os usuários a não pensarem antes de escrever, nem sobre o efeito da violência verbal que causam ao outro. “No caso de adolescentes, que ainda estão firmando sua identidade, uma mensagem no TikTok pode acabar com a autoestima, imagine um viral iniciado pelos próprios colegas, que deveriam ser uma base de apoio desse jovem?”, diz Capuani.

O relacionamento virtual, repleto de filtros e informações sem comprovação científicada dadas por influencers, somam-se aos quadros de depressão, estresse, ansiedade, transtornos e abuso de drogas. “É preciso alimentar desde a infância o entendimento das emoções, o que as provoca e como lidar com elas. A família também é importante, pois a validação dos sentimentos do outro começa em casa e se estende para escola, e vice e versa”, conta a diretora.

O bullying digital é fator de risco, inclusive para o suicídio de jovens por levar a emoções como vergonha, insuficiência e desilusões amorosas. Preconceito em casa com esses temas atrapalha, pois faz o jovem se fechar e ficar ainda mais inseguro em perguntar ou compartilhar sua dor. 

“A porta tem que estar sempre aberta e o sentimento do outro precisa ser validado, sem julgamento. Tem coisas que eles ainda não sabem responder, e tudo bem. Mas a relação de confiança vai sendo estabelecida”, explica Capuani.

Os pais não precisam entender todas as tecnologias que os filhos usam, mas precisam saber o peso que elas têm na vida deles e nunca minimizar esse valor para poderem de fato se conectar com eles. 

“Ninguém gosta de ser criticado o tempo todo, de estar errado o tempo todo. Há formas de falar que não fazem a pessoa se sentir menor ou menos importante, e isso impacta na valorização que ela tem da própria vida”, diz Capuani.

Ao mesmo tempo, os alunos de hoje precisam de uma nova conduta social para essa vida digital que emerge e no qual a opinião negativa de desconhecidos afeta profundamente, inclusive para cobrar dessas mídias um controle maior dos ataques virtuais. “A cidadania digital, a causa e consequência, tudo isso precisa permear o ensino das crianças de hoje para evitar o sofrimento silencioso que vem cada vez mais pelo cyberbullying”, conclui a diretora.

Dados de 2019 do MS apontam que a cada 46 minutos uma pessoa tira a própria vida - a maioria é homem com idade entre 10 e 29 anos. Cerca de 96,8% desses casos de suicídio entre jovens estão ligados a algum transtorno mental, mas a notícia boa é que são um problema de saúde tratável - a OMS afirma que 90% dos suicídios podem ser evitados.

 

Sem etiqueta não existe entrega


A etiqueta é uma segurança, tanto para a empresa de transporte quanto para o destinatário


Compras pela internet aumentaram em 98% dentre os brasileiros desde o início da pandemia, de acordo com dados do estudo “O Comportamento do Consumidor Pós-Covid 2022”, feito pela agência Marco. O crescimento do e-commerce traz movimentação nas entregas de todo o país. E com isso, vem muitos pacotes atrasados, danificados ou perdidos. Já aconteceu om você?

O correio é responsável por quase 45% das entregas de todo o país. Haveria muitos problemas se a identificação usada pela instituição não fosse padronizada para ajudar tanto o entregador quanto quem recebe. A etiqueta do correio possui tamanhos específicos para categorias de produtos diferentes. Uma empresa que entende e facilita no processo de etiquetagem é um diferencial.

“Com a nossa consultoria colaborativa, todo o processo é focado na tranquilidade e economia dos clientes, para que eles possam se concentrar em produzir com mais rapidez”, explica Jeliane Motta, gestora do comercial e marketing da Automação Curitiba.

As etiquetas de envio são aquelas anexadas por fora das embalagens, que servem para o meio de transporte escolhido fazer a identificação correta das encomendas a serem entregues. Ajudam na identificação de caixas para transporte e demonstram as informações referentes aos produtos, lote, peso, codificação e cuidados de armazenamento.

A etiqueta é fundamental para que o cliente receba seu produto sem nenhum problema. Sem ela, não é possível fazer a entrega. A Automação Curitiba entende a necessidade da etiqueta e vai além proporcionando agilidade também. “O prazo de entrega normal de um comércio é de 7 dias úteis, mas entendemos a urgência do nosso cliente e entregamos em até 72 horas, podendo variar conforme a necessidade dele. Por exemplo, se não temos a quantidade do pedido total, garantimos o que ele precisa para curto-prazo, até que o restante seja entregue”, conta a diretora estratégica, Ivaneide Villaça.


Automação Curitiba Tudo em AIDC e suprimentos
https://www.automacaocuritiba.com.br/
R. Guilherme Ihlenfeldt, 788 - Tingui, Curitiba-PR


PEC 45: narrativa e realidad

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Essa proposta de reforma tributária promete a simplificação, a neutralidade, a equidade e a transparência do sistema, mas uma análise detalhada parece indicar que ela agravará as distorções existentes na tributação, que se constituem em obstáculos ao desenvolvimento do país

45/19 é apresentada como a reforma ideal do sistema tributário, que permitirá um crescimento “chinês” da economia, superior, inclusive, ao da época do “Milagre Econômico Brasileiro” da década de 1970.

Essa narrativa, do crescimento extraordinário da economia em função da reforma, não encontra base na realidade, sendo mera projeção sem base que a sustente.

Basta analisar a proposta, que promete a “simplificação, a neutralidade, a equidade e a transparência do sistema tributário brasileiro” segundo seus autores. Ao contrário da projeção de crescimento, a proposta não se afigura adequada para contribuir com o crescimento da economia, sendo mais provável que resulte em recessão.

Como sempre, o problema mora nos detalhes, que vêm sendo ignorados por muitos que têm se manifestado a favor da PEC. Em que pese o mérito dos objetivos visados, uma análise detalhada da proposta parece indicar que ela agravará as distorções existentes na tributação, que se constituem em obstáculos ao desenvolvimento do país.

Cabe destacar que, de acordo com dados da Receita Federal, os encargos sobre a folha de pagamentos representam cerca de 26% da carga tributária, equivalente a 8,4% do PIB, e não poderiam deixar de ser considerados na discussão da reforma nessa fase, porque representam um tributo em “cascata” com repercussão diferenciada entre setores e empresas.

Começando pela simplificação, o período de transição para os contribuintes, de dez anos, com a manutenção dos impostos atuais, inclusive do ICMS, com todos os seus problemas, convivendo com o novo imposto, aumenta a burocracia, em vez de diminuir.

As empresas de serviços, que não têm grandes problemas com a escrituração do ISS, terão, mesmo depois da transição, forte aumento da burocracia.

Se o prazo de dez anos para a transição das empresas é longo numa economia em transformação tecnológica e acelerada informatização, o período de cinquenta anos, para os estados, é absolutamente irrealista.

Outro ponto a ser destacado é que a alíquota mencionada como necessária para manter a neutralidade, na casa dos 25%, se coloca entre as mais altas, na comparação com a do IVA dos principais países onde o sistema é adotado.

Acresce destacar que a proposta em questão promove o aumento do peso da tributação indireta na carga tributária, na direção contrária ao esperado.

Outro ponto que revela a inconsistência da unificação e da alíquota única é que, na medida em que o IPI integra o IBS, ao pagar esse tributo, a educação, a saúde e outros serviços estarão pagando uma parcela referente ao Imposto sobre Produtos Industrializados, o que parece ilógico.

A promessa de neutralidade da reforma, isto é, de não haver aumento da carga tributária, não é assegurada pelo texto, porque a autonomia de estados e municípios lhes assegura o direito de aumentar suas alíquotas.

Além disso, não existem dados suficientes para determinar as alíquotas, porque não se conhece o impacto das mudanças propostas sobre o sistema de preços, principal sinalizador do mercado. Como cada produto e cada serviço sofrerá alteração diferente da tributação, torna-se impossível avaliar o resultado das mudanças a priori.

Empresas que terão aumento de imposto poderão buscar compensar, enquanto aquelas que terão redução poderão procurar recuperar as margens, achatadas durante a pandemia. Como a cada ano da transição altera a proporção da tributação entre os impostos velhos e os novos, muitas empresas poderão antecipar o aumento esperado nos dez anos.

A instabilidade e incerteza sobre o comportamento dos preços durante a transição poderá afetar de forma negativa a atividade econômica, com reflexos negativos sobre o emprego.

Quanto à equidade, alíquota única para bens e serviços desconsidera que alguns segmentos, especialmente os que prestam serviços para as pessoas físicas, têm pouco, ou nenhum crédito para deduzir de valor adicionado e, portanto, a alíquota única se torna muito elevada, podendo inviabilizar muitas empresas ou setores. Pretender a equidade com a alíquota única, sem considerar o peso dos encargos sobre a folha, agrava as distorções se não consideradas.

A equidade entre os entes federados também não é garantida pela proposta porque, na medida em que os serviços aumentam sua participação na economia, também cresce a arrecadação do ISS dos municípios. Dessa forma, a unificação dos impostos prejudica as cidades que mais arrecadam o ISS, que perderão duplamente: com o menor crescimento de sua receita e com a mudança no critério de repartição dos Fundos, uma vez que a proposta aumenta a parcela baseada na população, em detrimento dos maiores arrecadadores do imposto sobre serviços.

Quanto à transparência, na medida em que decisões relevantes são dependentes da Lei Complementar, que não é conhecida, não se pode avaliar com clareza o impacto da PEC 45 sobre a economia, portanto a narrativa de crescimento elevado do PIB como resultado da proposta é apenas um exercício de projeções aleatórias.

Na verdade, é preciso destacar que os riscos das mudanças propostas para o setor Serviços, o maior empregador da economia, e o que mais emprega mão de obra não especializada, são relevantes e precisam ser considerados.

Cabe lembrar que se tornam mais graves se considerarmos que foi o setor mais afetado pela pandemia, o que deixou grande parte das empresas fragilizadas e endividadas, não sendo prudente uma mudança profunda neste momento.

Embora seja importante a realização da reforma tributária, é preciso primeiro equacionar a questão dos encargos sobre a folha de pagamentos, buscando uma solução para a desoneração da mão de obra que garanta a sustentabilidade da Previdência, cuja base atual vem erodindo por diversos fatores.

Também é necessário corrigir as distorções do ICMS e do ISS pela via infraconstitucional, pois unificar os impostos com os problemas atuais vai somar as dificuldades, ao invés de simplificar.

Discutidos esses dois pontos, pode-se pensar em uma reforma tributária moderna, totalmente informatizada, que reduza custos para o fisco e para os contribuintes e crie condições para a aceleração do crescimento.



Marcel Solimeo - Economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo

Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/pec-45-narrativa-e-realidade

quinta-feira, 9 de março de 2023

Conheça 4 dicas de capacitação profissional para mulheres na tecnologia

 

A cada ano que passa, o mercado de tecnologia fica mais aquecido e o avanço de novas soluções com base nas necessidades humanas focadas em atendimento, entretenimento, saúde entre outros, só confirma que é necessário mais profissionais preparados para atuar nessas áreas com um olhar mais feminino. Quando falamos da participação das mulheres na tecnologia, falamos de incentivo e suporte para que elas possam se desenvolver e atuar em um mercado que sempre foi majoritariamente masculino. Hoje, isso tem mudado.


Em 2022, um levantamento realizado pela consultoria Catho, apontou que houve uma alta de 2,1 pontos percentuais de mulheres em cargos de tecnologia em comparação com o mesmo mês em 2021, nesse período as mulheres, que já representavam 21,5%, subiram para 23,6%.


O exemplo de mulheres ocupando cargos importantes é uma peça-chave para a inspiração de novas profissionais femininas. Anna Maria Silva é Project Manager Office do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia, responsável por implementar e garantir a manutenção dos padrões de Gerenciamento de Projetos e separou 4 dicas para impulsionar as chances de conquistar um crescimento e capacitação profissional na área de tecnologia.



Tenha um bom networking: Para se ter um direcionamento é necessário estar por dentro do que se passa dentro do mercado da tecnologia para visualizar quais setores se encaixam mais com seu perfil. O ideal é ter profissionais como referência, usar redes sociais como o LinkedIn para se manter atualizado e ficar por dentro de premiações e certificação do setor, observando as mulheres que mais se destacam. É importante também se conectar com pessoas com o mesmo propósito, por exemplo, e optar por uma formação acadêmica inclusiva para mulheres no segmento.



Fique de olho nas mentorias: Além de observar os profissionais, é importante escolher com responsabilidade os lugares que você deseja iniciar ou alavancar sua carreira. Mentorias são importantes para dar uma previsibilidade assertiva dos desafios profissionais que encontrará, e para uma melhor inspiração das novas profissionais, o ideal é que a liderança das empresas escolhidas seja femininas. Podemos citar como exemplo a Inovenow,  uma edtech especializada em educação empreendedora, que tem como objetivo democratizar conhecimentos de inovação e empreendedorismo no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Até o momento, a edtech realizou mais de três mil mentorias por meio de sua plataforma, que tem mais de 300 mentores cadastrados.



Seja influenciadora e pratique a empatia: Em um ambiente de trabalho vamos dividir experiências com pessoas que na maioria das vezes são diferentes e possuem dificuldades distintas. Ao identificar seus pontos fortes no trabalho, assuma a responsabilidade, seja uma fonte de suporte para seus colegas, tire dúvidas, separe um tempo para ajudar, procure ser o exemplo de profissional que admira, participe de eventos ativamente e faça sua parte para que ao lembrarem de você no ambiente de trabalho, visualizem uma pessoa sólida, com objetivos, empatia e com potencial para produzir o melhor. Faça isso sem deixar suas prioridades e momentos de lazer de lado, pratique o autocuidado!



Escolha com sabedoria seu local de trabalho: É de extrema importância evitar um problema antes que ele aconteça e para isso é preciso saber escolher um local que te ajude no desenvolvimento pessoal. Podemos tomar como base alguns aspectos a serem observados como a garantia da saúde e bem-estar de homens e mulheres no ambiente de trabalho, atenção à iniciativas e incentivo ao empreendedorismo feminino, exemplo de mulheres que iniciaram em menores cargos e hoje ocupam lideranças e promoção de pautas e comunidades contra as vantagens masculinas no mercado de trabalho.

 

Poupatempo faz entrega de 35 mil documentos de veículos na capital

Unidades de Cidade Ademar, Itaquera, Lapa, Santo Amaro e Sé participam de ação em parceria com o Detran.SP 

 

Cinco unidades do Poupatempo na capital participam da entrega de 35 mil Certificados de Registro de Veículos (CRV) a proprietários de veículos que ainda não retiraram a documentação. O serviço é feito em parceria com o Detran.SP e está disponível nos postos de Cidade Ademar, Itaquera, Lapa, Santo Amaro e Sé.  

A ação é direcionada a proprietários que solicitaram a emissão do CRV impresso (documento verde em papel-moeda) até o final de 2020 e não buscaram os documentos nas unidades de atendimento.  

A retirada do documento – conhecido popularmente como DUT –  é importante, pois o CRV é exigido para conclusão de processos de transferência de propriedade de veículos. A retirada exige agendamento obrigatório de data e horário no portal www.poupatempo.sp.gov.br, clicando em "Transporte e Veículos" e, em seguida, em “Retirada de CRV”. 

Por determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), os documentos de veículos emitidos a partir de janeiro de 2021 passaram a ser oferecidos exclusivamente em formato eletrônico.  

 

Veículos registrados antes de janeiro de 2021  

Todos os CRVs expedidos em papel-moeda, ou seja, até 31/12/2020, continuam válidos e deverão ser mantidos para uso em uma futura transferência de propriedade.  

 

Veículos registrados a partir de janeiro de 2021  

Donos de veículos registrados ou com documento emitido a partir de janeiro de 2021 podem solicitar, de maneira 100% online, a expedição da Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo Digital (ATPV-e). 

 

Serviço  

A retirada do CRV é feita nos postos Poupatempo de Cidade Ademar, Itaquera, Lapa, Santo Amaro e Sé, todos na capital. O atendimento é feito somente mediante agendamento pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br.



Cinco passos para definir sua meta e alcançar seus objetivos

Treinador comportamental explica o que é preciso fazer para não perder tempo


Alcançar o sucesso é algo almejado por muitos, mas a falta de metas bem definidas pode atrapalhar essa conquista.  

De acordo com Júnior Marabá, psicanalista e treinador comportamental com especialização internacional em performance, não ter uma meta é como entrar em um táxi e falar para o taxista seguir. “Ele vai começar a andar é como se você dissesse: “Continue, vou decidir”. E ele continuará, acabará o combustível do táxi, os seus recursos financeiros, e você, provavelmente, não chegará a lugar algum. E, acredite, existem muitas pessoas no táxi da vida seguindo sem saber para onde vão”, exemplifica.

O especialista sugere cinco passos importantes para a criação de uma meta bem definida. São eles:


1º) PENSAR: É o primeiro passo. “Tire um tempo para você e reflita sobre o que você deseja para sua vida. Lembre-se dos pilares emocional, amoroso, físico e financeiro e estabeleça metas a curto, médio e longo prazo, principalmente levando em consideração aquilo que te satisfaz, que faz os seus olhos brilharem”, explica.


2º) SONHAR: De acordo com Marabá, quando sonhamos, o cérebro cria uma perspectiva de futuro. “Especialistas chamam de ensaios mentais o ato de fecharmos os olhos de cinco a sete minutos e pensarmos. Nesse momento, você vive o seu sonho como se fosse real e gera dopamina no organismo, que nada mais é que o hormônio da persistência. Ela tem o poder de te deixar mais aguerrido, com mais vontade de lutar. Por isso, o ato de sonhar “acordado” criará toda uma perspectiva de futuro dentro de você que fará toda diferença”, aconselha.


3º) PLANEJAR:A sugestão é descrever detalhadamente em uma folha de papel o seu sonho, assim como uma data específica para que cada um aconteça. “Imagine que você tem uma viagem programada há um bom tempo e você compra a passagem. Naquele momento, começa a sensação de nervoso e o seu cérebro entende que aquilo já começou a acontecer. Com isso, percebe-se a importância neurológica desse processo”, afirma.


4º) AGIR: O especialista explica que a atitude desencadeia a ação, ainda que pensemos que não estamos 100% prontos. “A verdade é que nunca estaremos completamente prontos para nada, por isso precisamos ter a consciência de que feito é melhor que perfeito. A perfeição, afinal de contas, passa pelo processo de qualificação, de forma que a ação é um fator extremamente importante para se chegar à meta”, diz.


5º) FOCAR: O mundo atual oferece diversas formas de distrações que, perigosamente, podem nos distanciar da meta. De acordo com Marabá, as pessoas que têm foco tendem a conseguir realizar os seus objetivos mais do que as outras. “ Às vezes gastamos muito tempo nas redes sociais e com coisas banais que nos tiram do foco. No final, ainda dizemos que não temos tempo para ler um livro, fazer um curso, e etc. Mas se a sua prioridade for crescer, com certeza terá que dispor de tempo para isso”, conclui. 



Júnior Marabá - Psicanalista, Treinador Comportamental com Especialização internacional em Performance. Um diferencial de seu trabalho é a espiritualidade, através da qual conecta diferentes conceitos e fontes, como Bioenergética, Física quântica, Movimentos sistêmicos, Auto Hipnose, PNL, entre outros. A metodologia do especialista baseia-se em “Se Encontrar, Se Valorizar e Prosperar”, desenvolvendo a performance e o equilíbrio entre 5 pilares: Físico, Relacionamento, Financeiro e principalmente Emocional e Espiritual.
http://www.juniormaraba.com.br
@JuniorMarabaOficial


Dicas para mulheres viajarem sozinhas pelo Oriente Médio

 

Excursy elaborou dicas práticas de segurança para quem quer viajar para destinos exóticos 



Cada vez mais as mulheres estão independentes e ganhando o mundo. Isso também acontece no quesito viagens. Pensando nisso, a Excursy, agência de viagens online especializada em oferecer pacotes para Israel, Egito, Emirados Árabes, Grécia, Jordânia, Turquia, Líbano, Marrocos e Irã, criou dicas para as mulheres que querem viajar sozinhas sempre prezando pelo bem-estar e a segurança dos passageiros.

 

"Somos especialistas em destinos para o Oriente Médio porque conhecemos cada pedacinho de cada destino para proporcionar uma experiência única e especial aos nossos clientes, então fazemos um acompanhamento completo desde o início passando do planejamento, até ao acompanhamento final na chegada ao Brasil com guias próprios ", comenta Anna Carolina Caro, diretora executiva da Excursy. 

 

 

Na foto, Anna Carolina Caro, diretora da Excursy em viagem pela Turquia

Mas apesar da segurança ser um tema que sempre vem à mente quando se pretende viajar ao Oriente Médio, é possível visitar os destinos com tranquilidade mesmo sozinha, se você seguir algumas orientações importantes. Por esse motivo, Anna Carolina dá dicas de segurança baseada em sua ampla experiência:

 

Tranquilidade 


Em países como Egito, Turquia, Marrocos e outros os turistas são tratados de forma diferente do resto da população e a polícia está especialmente atenta. Existe um tipo especial de polícia, a polícia turística, que se encarrega especificamente de assegurar que os viajantes estão constantemente seguros. Mas é essencial que o turista tenha um respaldo de guias bem preparados e treinados para auxiliar em tudo. "A Excursy possui um serviço exclusivo de atendimento ao cliente que vai desde a preparação da viagem até o acompanhamento em tempo integral para garantir a segurança do cliente. O ideal é que a mulher que queira ir sozinha conte com o apoio desses guias", comenta Anna Carolina. 

É bastante provável que muita gente tente se aproveitar dos turistas e ganhar o máximo de dinheiro possível. "Atente-se a ir em lugares indicados pelo seu guia e esteja sempre próximo do grupo. Também é comum que lhe peçam dinheiro na rua. No entanto, lembre-se de que roubar tem penas bastante pesadas, então fique tranquila. Evite andar completamente sozinha, fique próxima de grupos de turistas", explica Anna Carolina. 

 

Hotéis e lugares turísticos mais movimentados costumam ter rigorosos procedimentos de segurança. No entanto, vale a pena adotar precauções adicionais, como no que diz respeito ao uso de objetos de valor, por exemplo.

 

Mais dicas práticas que facilitam muito a vida de quem viaja ao Oriente Médio

 

·  É proibido fotografar áreas e equipamentos militares.


·  Mulheres devem se vestir de forma discreta, principalmente se estiverem desacompanhadas, evitando roupas muito curtas e ou decotadas.


·  As viagens de aventura e o turismo a lugares remotos estão desaconselhados.


·  Procure fazer as viagens acompanhado de guias, permaneça nos locais de maior afluência de turistas e não desvie seu trajeto para fora das rotas turísticas tradicionais.


·  Se for necessário, utilize hospitais privados e evite o sistema público de saúde.



·  Combine o preço do táxi antes e vá vendo o caminho pelo google maps. 


·  Evite andar sozinha e em becos escuros: " É só evitar estar sozinha tarde da noite num lugar escuro, vazio e sombrio que é 99,9% de chance de que você não vai correr nenhum perigo durante a viagem. Se planeje pra jantar em restaurantes em lugares movimentados e cujo caminho de volta ao hotel seja tranquilo e próximo se estiver andando", Anna Carolina. 

 

Onde trocar o dinheiro

 

A Excursy sempre orienta que as passageiras tenham moeda local ou cartão pré-pago com a moeda local. "Embora não seja difícil pagar diretamente com euros, dólares ou libras inglesas, os estabelecimentos fazem o câmbio favorável para eles. Por isso, a melhor maneira de pagar é com dinheiro local. 

 

Ainda no Brasil, precisa trocar os reais por uma divisa estrangeira que seja aceita como moeda de troca  nesses países (euro, dólares ou libras inglesas, por exemplo). Somente assim é que se poderá obter moeda local quando chegar ao país, seja no aeroporto, casas de câmbio, bancos, hotéis e até mesmo barcos. Os cartões internacionais também permitem sacar dinheiro na moeda local, mas é melhor consultar o seu banco sobre a comissão e taxas aplicadas por sacar dinheiro em moeda estrangeira", finaliza Anna Carolina Caro, da Excursy. 

 

 

Excursy

https://excursy.net/

 

71% das mulheres são a principal fonte de renda de seus lares

Levantamento da Provu traça o perfil financeiro das mulheres de sua base e identifica suas prioridades

 

O mês de março celebra o Dia Internacional das Mulheres (8), data de reflexão sobre a luta feminina por equidade de direitos e a importância de discussões de gênero em todo o mundo. Diante deste cenário, a Provu, fintech de crédito pessoal e meios de pagamento fez um levantamento para traçar um recorte sobre como as mulheres têm se relacionado com as finanças. 

 

Apesar de, por muito tempo, o papel de provedor financeiro tenha sido desempenhado tradicionalmente pela figura masculina, essa é uma constatação que não se sustenta mais, de acordo com o estudo: 71% das mulheres que utilizam a plataforma de crédito da fintech afirmam ser a principal fonte de renda de suas casas.  

 

De acordo com o levantamento, além de identificar uma parcela alta de mulheres assumindo as despesas da casa, foi possível perceber que há uma preocupação genuína em fugir da inadimplência: quando perguntadas sobre prioridades financeiras, 72,6% das entrevistadas focam em manter as contas em dia; 10,3% trabalham para evitar dívidas; 6,9% buscam aumentar a renda; 6,5% caminham para a independência financeira; e apenas 3,7% buscam investir ou juntar dinheiro.

 

“Apesar das dificuldades ainda enfrentadas pelas mulheres, percebemos que seu papel com dinheiro é de altíssima responsabilidade, já que uma fatia muito grande cuida das contas de casa. A busca da independência financeira é o primeiro passo para que ela se torne provedora da casa e, depois, consiga administrar as finanças para poupar e pensar no futuro financeiro de sua família. Ainda há muito caminho a ser percorrido, que ultrapassa a análise comportamental da mulher em relação ao dinheiro, como questões sociais, empregabilidade, maternidade, jornadas de trabalho, por exemplo. Então, saber lidar com o dinheiro é uma variável importantíssima para considerar o avanço da luta da mulher por um lugar de equidade na sociedade” diz Cristiana Nunes, Gerente de Política de Crédito da Provu.


 

Como as mulheres têm lidado com o dinheiro

 

Ao serem perguntadas sobre como se organizam financeiramente, 73,2% disseram anotar todos os gastos e entradas de dinheiro em cadernos ou planilhas; 13,5% fazem uso de aplicativos para gerir suas finanças; e apenas 6,8% disseram não se organizar financeiramente. 

 

Em relação a investimento, 69,9% das mulheres afirmaram que não o fazem, e entre as que responderam que investem seus recursos, poupança aparece como alternativa mais usada (43,8%), seguida de CDB - Certificado de Depósito Bancário (17,4%) e Fundos de Renda Fixa (11,9%).

 

O levantamento ainda aponta que 65,5% das mulheres não possuem uma reserva financeira para emergências, e quando questionadas sobre o motivo de não ter, 63% disseram que já tiveram, mas precisaram utilizar, e 34,8% não têm sobra na renda mensal para guardar dinheiro.

 

Mais da metade das mulheres (57,7%) revelaram já ter pedido crédito, e a principal motivação foi para quitar dívidas (47,2%), seguido de investir em uma empresa já existente (14,5%) e reforma da casa (8,5%).

 

Sobre o perfil das mulheres que responderam à pesquisa, a maioria tem entre 25 e 44 anos, mora na região Sudeste (44%), possui ensino médio completo (31,8%) e trabalha com carteira assinada (56,4%).

 

Provu


Mulher é força, dedicação e competência


A sensibilidade que guia, o cuidado que acolhe, os dons que servem. Mulheres exalam força e coragem em um mundo ainda marcado pelo machismo e desigualdade de gênero. Sem levar em conta o preconceito e desrespeito, lutam bravamente e de maneira diária para conquistar espaços, superar limites e ir adiante do que ainda não se descobriu. 

E assim, com dedicação, esmero e zelo, cumprem as missões diárias com destaque e destemor. Essa é a mulher. Forte e aguerrida que se destaca pelo primor e competência em todas as funções e atividades que se propõe a desempenhar e a realizar na vida. 

A poetisa Cora Coralina, uma das principais escritoras brasileiras, versejou que “a verdadeira coragem é ir atrás de seu sonho mesmo quando todos dizem que ele é impossível.” 

E as mulheres fazem isso: lutam, trabalham e se reinventam para alcançar sonhos, mesmo enfrentando muitas adversidades em suas jornadas. 

Segundo o “relógio da população do Brasil” mantido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações - em consulta realizada no dia 07-03-2023 às 21h58 - mais da metade da população brasileira (50.8%) é feminina e as mulheres, segundo a pesquisa Women in Business, da Grant Thornton, ocupam 38% dos cargos de liderança em nosso país. De acordo com o estudo, a proporção de mulheres líderes cresceu 11% nos últimos 10 anos. 

No campo jurídico as mulheres, mesmo enfrentando alguns preconceitos, têm conseguido conquistar e ampliar espaços através do trabalho ao longo dos anos. 

Pelos números mais recentes divulgados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), existem 1.310.512 de advogados em todo o país, sendo que desses advogados a maioria são mulheres, contando com 667.606 advogadas e 642.906 advogados. 

Como a história registra, as primeiras faculdades de Direito surgiram em São Paulo e em Olinda no ano de 1828 e apenas em 1898, ou seja, 70 anos depois, a primeira mulher, Myrthes de Gomes Campos, se formou em Ciências Jurídicas e só ingressou no Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) em 1906. 

Simbolizando o movimento de luta e resistência feminina, em 2017 a OAB-PI reconheceu Esperança Garcia como a primeira advogada do estado do Piauí e, recentemente, no dia 25-11-2022, o Conselho Pleno da OAB Nacional a reconheceu como a primeira advogada brasileira por ela ter escrito uma carta/petição, em 1770, dirigida ao governador da província denunciando maus-tratos a si, a suas companheiras e a seus filhos. 

Histórias como as de Myrtes Campos e de Esperança Garcia são fontes de inspiração não apenas para as advogadas, para as profissionais do Direito mas, sobretudo, para todas as mulheres que carregam sonhos e buscam materializá-los em conquistas. 

Assim, seja no tribunal, nos fóruns, nos ambientes forenses, nas relações pessoais, no mundo do trabalho ou em qualquer outro lugar ou cenário, não há mais lugar para falas, atitudes, comportamentos, preconceitos e/ou qualquer forma de discriminação que tentem afastar ou diminuir uma mulher no exercício de suas funções. É urgente mais oportunidades e políticas públicas que valorizem a importante contribuição feminina e que reconheçam os espaços conquistados pela mulher pela própria força, dedicação e competência. 

Esse é um papel que cabe a todos da sociedade. Por isso, não só durante o mês de março, as mulheres, ao lados dos homens, são protagonistas na Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) e estão no comando da diretoria nacional e na grande maioria das regionais da Associação em todo o Brasil. 

Na Abracrim, todas as associadas e integrantes da comissão nacional da Abracrim Mulher se destacam pelo desenvolvimento do trabalho de excelência na defesa das prerrogativas da mulher advogada e recebem, em aplausos e reconhecimento, o nosso apoio, força e incentivo para que elas desenvolvam, cada vez mais, projetos e atividades que ampliam os seus espaços no âmbito institucional e que fortalecem o exercício da advocacia criminal. 

São ações como essas, entre tantas outras já realizadas em valorização e respeito ao papel da mulher, que se propõem a incentivar a liderança feminina. São também passos importantes, que antecedem muitos outros que virão à frente. É um exemplo, para que outras instituições, organizações e espaços de poder reconheçam a força e a capacidade da mulher. 

Encerro a presente mensagem em homanagem a todas as mulheres invocando, mais uma vez, a poesia de Cora Coralina: “eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.” 

Que esse novo tempo seja de novos caminhos; de novos desafios e de novas conquistas na vida das mulheres guerreiras que lutam e que, mesmo diante das intempéries, jamais desistem dos seus projetos, metas e sonhos. 

Essa a minha homenagem e os parabéns a todas as mulheres de luta, de sonhos e de realizações neste Dia Internacional da Mulher!

 

Sheyner Yàsbeck Asfóra - presidente nacional da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim)


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