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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Estudo da NTT Data aponta que 80% dos colaboradores esperam que as empresas respeitem sua vida pessoal e seu tempo com a família, amigos e passatempos

Levantamento "Profissional do Futuro" coletou em percepções de mais de 3 mil profissionais de 10 países, entre eles o Brasil, para entender o que fará a diferença para o ambiente de trabalho daqui a cinco anos

 

A NTT Data, uma das maiores companhias de tecnologia do mundo, acaba de lançar o estudo "Profissional do Futuro". O trabalho buscou captar as expectativas dos colaboradores e líderes sobre o futuro do trabalho e traçou as competências, tanto de líderes como colaboradores, que eles devem ter em 2025 - capacidades vistas como diferenciais no futuro do trabalho.

O estudo, feito a partir de questionário com 3.249 profissionais e entrevistas com 34 líderes executivos de 10 países (entre eles o Brasil), mostrou que cerca de 80% dos colaboradores esperam que as empresas no futuro respeitem a vida pessoal e o tempo deles com a família, amigos e passatempos. E quase 97% dos entrevistados responderam que preferem trabalhar num formato diferente do tradicional, totalmente presencial. Menos de 1,5% dos entrevistados desejam o retorno do trabalho exclusivamente no escritório.

"O home office mostrou que é possível ser produtivo sem a necessidade de estar fisicamente presente no escritório, além de benefícios como o ganho de tempo com a família, fuga do trânsito, redução de custos, entre outros. Isso não significa que não exista quem sinta falta do convívio social, mas mostra que a flexibilidade virou um desejo profissional", diz Leylah Macluf, diretora de talento e transformação da NTT Data na América Latina.

Em relação às expectativas, quase metade dos colaboradores (47%) afirmaram ter um grau de preocupação médio sobre a dificuldade em manterem-se atualizados num mundo de constantes mudanças e sobre a possibilidade de não terem um emprego.

O trabalho identificou que as qualidades mais desejáveis dos colaboradores nos próximos cinco anos serão: capacidade de aprendizado, flexibilidade, boa comunicação e equilíbrio. Já para os líderes, os entrevistados esperam que eles sejam integradores, que conversem e escutem suas equipes, tenham a sensibilidade de entender as pessoas, trabalhem ao lado deles - e, além disso, sejam inspiradores.

"Os profissionais estão vivendo um momento desafiador sobretudo por conta da pandemia. Eles precisam ser os eternos aprendizes, ou seja desenvolver a capacidade de adaptação, flexibilidade e equilíbrio para lidar com as mudanças que estão ocorrendo. E os líderes devem ser sensíveis, que tenham a capacidade de perceber o que está acontecendo com sua equipe ou indivíduos e saibam lidar com essas situações.", diz Leylah.


Saúde mental e suporte para o desenvolvimento profissional

A saúde mental é apontada como um fator preocupante para a maior parte dos entrevistados. 44% possuem um alto grau de preocupação se a quantidade de trabalho irá afetar a saúde mental das pessoas. Outros 43% destacam uma preocupação média sobre o tema.

Os participantes da pesquisa apontam um desejo de contar com o suporte das empresas para seu desenvolvimento profissional. Pouco mais de 65% dos entrevistados esperam que a empresa do futuro daqui a cinco anos invista na sua educação e desenvolvimento.

Outro fator relevante destacado no estudo é uma política de benefícios por parte dos empregadores. Quase 45% esperam que a empresa do futuro daqui a cinco anos ofereça benefícios flexíveis como plano de saúde, alimentação, transporte, seguro de vida, creche, etc.


Características dos profissionais do futuro

52% dos entrevistados acreditam que será importante aprender constantemente. Metade aposta que a adaptabilidade também será fundamental. 44% acreditam que ter um perfil comunicativo e saber interagir, se expressar e relacionar será um diferencial. Outro dado importante aponta que 31% destacaram inteligência emocional como um fator relevante para o futuro, ou seja, entender que conflitos podem existir e saber lidar com eles em diferentes situações.

Sobre o perfil de um profissional de grande destaque daqui cinco anos, 81% dos entrevistados responderam que profissionais com criatividade e capacidade analítica terão um alto grau de importância para as empresas no futuro. 84% acreditam também que profissionais que tem visão de inovação, conseguem ir além do óbvio, têm mente aberta terão alto grau de sucesso.

Além disso, 71% afirmam que capacidade analítica e senso crítico serão características importantes e 60% destacam que entender a importância da diversidade como impulsionadora da inovação precisa fazer parte dos skills do profissional de sucesso.


Domínio da tecnologia: fundamental, mas não diferencial competitivo

Para especialistas e executivos, o domínio tecnológico será fundamental - mas apenas como requisito de entrada no mercado de trabalho, não como um diferencial.

"O conhecimento sobre o uso da tecnologia não se sustenta sozinho. Ele precisa do lado humano que a crie, desenvolva e gerencie. Estamos falando de uma perspectiva humana sobre a tecnologia. A capacidade de criar, analisar, criticar virá do lado humano e não da máquina", destaca Leylah.

Três em quatro profissionais que responderam à pesquisa acreditam que o domínio da tecnologia e da robotização terá um alto grau de importância para as empresas no futuro. 70% acreditam que profissionais que dominam plataformas digitais e têm facilidade com tecnologia terão alto grau de sucesso no futuro.


Sentimentos: otimismo ou pessimismo sobre o futuro do trabalho?

Sentimentos opostos são naturais no atual contexto de mundo. Todas as pessoas estão passando por uma montanha russa de experiências e emoções. O estudo coletou a percepção das pessoas a respeito de seus sentimentos sobre o futuro do trabalho e 47% dos profissionais demonstraram um sentimento de otimismo. 28% destacaram um sentimento de esperança e 27% afirmaram ter confiança sobre esta questão.

Outro dado interessante do estudo foi o de 47% dos profissionais sentirem-se curiosos em relação ao futuro do trabalho. Naturalmente, esta curiosidade pode acarretar alguns sentimentos negativos como incerteza, apontada por 29% dos profissionais, ansiedade, destacada por 15% e também de preocupação, mencionada por 15%.


Imprevisibilidade traz preocupações

Esta Imprevisibilidade traz preocupações de nível médio para a maioria dos participantes. O estudo aponta que 48% dos entrevistados possuem um grau de preocupação média sobre a juventude ser mais valorizada que a experiência daqui cinco anos.

No entanto, para os especialistas e executivos entrevistados, o que fará a diferença serão a atitude e a capacidade do profissional estar preparado para lidar com novas situações e desafios.

Outro conflito que aparece com nível de preocupação médio é a relação humana x máquina, pois 41% dos entrevistados temem que a tecnologia possa substituir as pessoas em algumas funções.

"Esses pontos reforçam a importância de o profissional estar aberto e apto a aprender e reaprender o que for necessário, não somente para se manter atualizado, mas para estar preparado para as mudanças que poderão afetar o mercado de trabalho", afirma Leylah.


Brasil: uma opinião humana sobre o profissional do futuro

O recorte da visão brasileira sobre o profissional do futuro daqui a cinco anos é muito similar ao recorte global. No entanto, questões culturais e sociais, associadas às experiências vividas na pandemia, trazem uma maior importância para alguns fatores levantados na pesquisa.

O primeiro deles está relacionado aos formatos de trabalho. Cerca de 35% dos brasileiros gostariam de trabalhar de maneira totalmente remota, diferente da visão global, onde trabalhar totalmente remoto teve 25% das escolhas. A importância do home office pode estar associada a dois motivos: a conclusão que é possível ser produtivo fora do escritório e a dificuldade de locomoção em grandes cidades. "A consciência do ganho de tempo por não precisar enfrentar o trânsito, percebida durante a pandemia, é um fator que pode ter influenciado a opinião dos profissionais brasileiros", afirma a diretora de talento e transformação da NTT Data na América Latina.

Outra questão está relacionada ao bem-estar emocional. Quase metade dos colaboradores têm uma preocupação alta de que a quantidade de trabalho afetará a saúde mental das pessoas no futuro, e, exatamente por isso, 56% acreditam que os líderes precisam ter capacidade para identificar quando as pessoas de sua equipe não estão bem mental/emocionalmente e saber lidar com isso.

Sobre as caraterísticas do profissional do futuro daqui a cinco anos, o que chama a atenção em relação à opinião dos brasileiros é que 92% deles acreditam que a flexibilidade, a capacidade de adaptação e o aprendizado serão características muito valorizadas pelas empresas. Além disso, 68% dizem que quem entender a importância da diversidade como impulsionadora da inovação terá um alto grau de sucesso no mercado de trabalho do futuro.

"Todas essas informações levantadas no estudo reforçam a visão de um futuro em que a sensibilidade humana será um diferencial, tanto para os profissionais, quanto para as empresas", diz Leylah.

 

De nada valerá o sucesso alcançado com as leis, se os números falharem

Com o advento da lei 11.232/2005 foi introduzido ao ordenamento processual a fase de liquidação de sentença. No processo trabalhista, tal momento se faz conforme exposto no art. 879 da CLT, que elucida: “sendo ilíquida a sentença, exequente, ordenar-se-á a sua liquidação”.

Imagine, caro leitor, o advogado que obteve inúmeros êxitos nas decisões homologadas aos autos e, no momento de liquidar, colocar em dúvida seu feito por um erro de cálculo e colocar a perder todo o esforço inserido no processo?

Alguns doutrinadores da seara laboral são consoantes que a liquidação de sentença compõe uma fase preparatória da execução, pois seus enunciados pertencem ao capítulo V da Execução. O Ilustre Doutrinador Renato Saraiva elenca em sua obra (Curso de Direito Processual do Trabalho) 5ª ed., p. 612, que “a doutrina mais moderna conceitua a liquidação de sentença como uma ação declaratória do valor de condenação, situada entre o processo de conhecimento e o processo executivo, prestigiando assim a sua autonomia”.

Entendo que a fase de liquidação não faz parte do processo executivo, mas sim o antecede, sendo uma fase autônoma que complementa o processo de conhecimento, com o objetivo de tonar líquido o título judicial. Está situada entre a sentença condenatória na demanda de conhecimento e a execução, portanto, é o momento no qual são quantificadas monetariamente a procedência dos pedidos envolvidos na reclamatória trabalhista. Nesta fase é proibido modificar os parâmetros da decisão cognitiva e até mesmo discutir matéria pertinente à causa principal. Trata-se de vedação imposta pelo art. 879, §1º da CLT, que tem por finalidade obstar a violação do princípio da coisa julgada.

Conclui-se, por simples palavras, que a função da liquidação é simplesmente obter a expressão monetária daquilo que foi decidido, ou seja, converter com exatidão 'letra' em 'número', daí porque o produto da liquidação deve ser sempre a fiel expressão da coisa julgada material.

Na liquidação de sentença, feita por cálculo, o valor pecuniário da obrigação será determinado por meio da realização de contas aritméticas, podendo ser realizado por contador da vara judiciária, por perito nomeado pelo juiz ou pelas partes, as quais se utilizam do auxílio de um calculista.

Nos cálculos de liquidação, embora o calculista tenha sempre em mente o princípio da inalterabilidade da sentença, não é correta a concepção de que a neutralidade técnica é imune à ideologia e os (pré)conceitos de seu elaborador. O cálculo judicial não é uma tarefa técnica simples decorrente da sentença.

O trabalho do calculista se antepõe a inúmeras opções conceituais, nem sempre facilmente perceptíveis, as quais são eleitas e tratadas com base na experiência, nas ideias, e nas opiniões de seu elaborador. Em muitas circunstâncias, o calculista não se limita a apenas realizar operações aritméticas, mas adota critérios técnicos e jurídicos bem mais complexos. A sentença, principalmente a trabalhista, em geral, é um sistema de múltiplos comandos, com uma complexidade que tende a gerar dúvidas no intérprete.

Portanto, revelo que o momento da liquidação exige a máxima atenção e preciosidade nos cálculos e valores a serem apresentados, pois um mero erro virá prejudicar a parte interessada, tendo em cheque seu esforço e mérito na reclamatória judicial.

Concluindo, com a complexibilidade dos cálculos de liquidação, a escolha dos critérios a serem seguidos são tarefas difíceis, onde se faz sempre necessária a figura do calculista, que além de lidar com a técnica da interpretação jurídica, possui o conhecimento técnico-contábil. Ressalto ainda que a apresentação dos cálculos, seja para o juiz, seja para as partes, deve ser a mais inteligível, exata e íntegra possível, com a preciosidade e objetividade de possibilitar a comunicação efetiva dos valores apresentados.

 


Marcelo Arantes - especialista em cálculo judicial e sócio da Arantes e Serenini Cálculos Trabalhistas www.ascalculos.com.br


Neurocientista aponta como a volta às salas de aula é necessária para o desenvolvimento socioemocional dos alunos

A volta às aulas presenciais depois de tantos meses em casa com certeza precisará de certa preparação vinda dos professores. Alunos estudando durante tanto tempo à distância, alguns de maneira correta e outros nem tanto, aprendem de forma diferente e o desnivelamento quando voltam à escola é inevitável.

Ao falar nessa volta e no desnivelamento muitas questões estão envolvidas. Para a Dra Thais Faria, o acesso à tecnologia é algo que precisa ser lembrado. "Algumas crianças não têm acesso nenhum, o que dificultou muito o aprendizado durante todo esse tempo. Além disso, o apoio familiar também deve ser considerado. Existem famílias envolvidas no processo e ajudam muito esses alunos, porém também existem as que não ajudam, o que dificulta ainda mais quando esse aluno volta para a escola", explica.

Em pesquisa divulgada recentemente pelo The New York Times, países como Estados Unidos e Canadá já têm dados sobre o assunto. Algumas pesquisas apontam para a falta de professores e a evasão dos profissionais depois nessa volta às salas de aula. Professores estressados e despreparados são o cenário em muitos países, não é uma coisa que acontece somente no Brasil.

De acordo com a neurocientista, toda responsabilidade desse desnivelamento e a parte socioemocional desses alunos voltam para os professores. "Tudo foi colocado em seus ombros e cabe a eles então administrar para garantir ensino de qualidade para todos. Atividades inclusivas e pensadas para cada necessidade podem ser aliadas nesse processo", destaca Thais.

Durante esse tempo de isolamento muitos alunos criaram dificuldade na parte social, um grande problema que requer também um gerenciamento do professor. Segundo Thais, fora do ambiente escolar os alunos perderam o convívio social, o que influenciou diretamente em seus comportamentos. "Eles ficaram muito tempo no ensino online e fora do seu ambiente social, o que gerou uma dificuldade enorme no convívio. Nesse sentido, é necessário um suporte da escola para ajudá-los a fechar essas lacunas que levam à dificuldades no convívio e principalmente no aprendizado. Acredito que a única maneira de fechar essa lacuna seja entender onde está esse aluno, em termos de currículo educacional, e onde ele precisa chegar", afirma.

Thais explica que esse desnivelamento precisa ser resolvido ainda com os professores. Nesse sentido, a escola deve colaborar criando elementos que ajudem esses profissionais nesse desafio tão novo para todos. "É a escola quem deve balancear esse lado acadêmico e o socioemocional dos alunos. Os professores precisam dessa colaboração da instituição para terem tempo de preparação de planejamentos para cada dificuldade dos seus alunos. É necessário tempo de observação para não se trabalhar com achismos. Os alunos precisam de atividades pensadas de acordo com suas necessidades, para que haja estímulo de aprendizado diante das dificuldades que cada um deles apresenta", concluiu a neurocientista.


Dra Thais Faria - neurocientista, mestre em educação e pós doutoranda em Neurociência Educacional. Em sua especialização, Thaís adaptou a metodologia da neurociência da medicina para a educação. Professora Ensino Superior e diretora do Instituto Thais Faria Coelho, já formou mais de 30 turmas em seu curso de pós-graduação. https://instagram.com/thaisneurociencia?utm_medium=copy_link

 

Período de trabalho rural pode antecipar e até aumentar o valor da aposentadoria


Décadas atrás, era comum famílias morarem e trabalharem na zona rural. Mas, o que muitos não sabem é que este período pode antecipar a aposentadoria e até aumentar a renda do benefício. Aliás, quanto maior tiver sido este tempo de trabalho rural, maior a renda da aposentadoria. Sendo assim, o período rural pode ser utilizado tanto para somar tempo e garantir uma aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade, como também para incrementar a renda. 

O período de trabalho na zona rural pode ser computado desde a infância, havendo, inclusive, decisões judiciais favoráveis, no sentido de computar este período a partir dos 8 anos de idade, trabalhados conjuntamente com sua família, em condições de mútua dependência e colaboração, que seja indispensável para o sustento da casa.  

As mudanças nos critérios da lei para o enquadramento nesta categoria levaram a uma diminuição na modalidade, com a exigência de que pelo menos metade da renda do produtor tenha origem rural. 

São produtores que antes se enquadravam nos critérios da lei, com a mão de obra da família correspondendo a mais da metade do total no estabelecimento. Com a redução do número de pessoas, o produtor tem que contratar pessoas, mesmo que temporárias, e tendo que buscar atividade fora, já que essa nova realidade faz com que eles não se enquadrem nos critérios da lei. 

A aposentadoria por idade híbrida ou mista é uma modalidade de benefício que permite a soma de tempo urbano e rural para que o segurado preencha os requisitos e se aposente. Neste caso, o segurado pode ter acesso ao benefício tanto pelo tempo de trabalho urbano quanto rural. 

A criação dessa modalidade de benefício pela Lei 11.718/2008 trouxe uma solução para vários segurados, os quais, por boa parte de sua vida, exerceram atividade rural. Todavia, antes de completar a idade para aposentadoria por idade rural, acabavam por migrar para zona urbana, mas se viam desprotegidos, sem direito ao benefício rural e nem ao urbano, já que não chegavam a completar o tempo mínimo exigido na cidade. 

Algumas discussões foram levantadas em relação a esse benefício, entre elas, se era necessário que o segurado retornasse à zona rural para ter direito ao benefício, bem como se qualquer período rural poderia ser utilizado e se seria exigido um tempo mínimo para cada tipo de atividade (urbana e rural). 

A Ação Civil Pública, nº 5038261-15.2015.4.04.7100/RS, determinou ao INSS garantir o direito à aposentadoria híbrida ou mista, independente de qual tenha sido a última atividade exercida, se urbana ou rural, e independente de contribuições relativas ao tempo de atividade como rural. 

O STJ se pronunciou a respeito do tema e definiu que não importa se a pessoa exerceu atividade urbana ou rural por último, bem como que não é exigido tempo mínimo em cada tipo de trabalho (rural ou urbano). Assim, qualquer período pode ser reconhecido e utilizado, basta que o segurado complete o tempo. 

Antes da reforma, os requisitos da aposentadoria por idade híbrida eram os mesmos da aposentadoria por idade urbana, ou seja, 180 meses de carência, e a idade mínima de 60 anos de idade para as mulheres e de 65 anos de idade para os homens. Aquelas pessoas que completaram esses requisitos antes da reforma possuem direito adquirido à aplicação dessas regras. Por fim, para aqueles que completaram ou completarem os requisitos após a reforma, serão aplicadas as regras da aposentadoria voluntária, trazidas pela EC 103/2019.

 


Carla Benedetti - sócia da Benedetti Advocacia, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário do Estratégia Concursos.


Mês da Educação: veja cinco momentos em que os bots ajudaram os alunos durante a pandemia

Eles são ferramentas digitais para automatizar a comunicação e auxiliar o atendimento em diversas funções pré-determinadas. Durante as aulas à distância, os bots vêm ajudando os estudantes a tirarem dúvidas, falarem com as instituições de ensino em horários não comerciais e até recebendo análises de desempenho escolar 


Outubro é um mês muito relevante para a educação: além de se celebrar o Dia dos Professores, o período também é dedicado para um olhar especial ao ensino como um todo, uma vez que docentes e alunos ganham destaque. Professores e estudantes foram um dos grupos mais afetados pela Covid-19 pela necessidade de se fazer educação à distância.  

Neste contexto, a forma de ensinar ganhou mais destaque: a capacidade de interação com os alunos, a proximidade para que os estudantes não se sentissem sozinhos e a disponibilidade em sanar suas dúvidas durante os últimos 18 meses foram fatores que mostraram a toda a sociedade o papel central que a categoria teve – e tem - para que a educação não parasse em momento algum.  

Diante de um novo panorama, em que a tecnologia passou a fazer parte da rotina de estudantes e professores, a educação acolheu a entrada de novas tecnologias para a metodologia de ensino. Abaixo, a Botmaker, plataforma conversacional que possibilita responder rápido e bem em todos os canais de comunicação digital, lista cinco momentos em que os chatbots, ferramentas digitais para comunicação automatizada, foram - e seguem sendo - de significativa relevância para o ensino durante a pandemia.  


Contato facilitado 

Uma vantagem com a qual os alunos passaram a contar e que ganhou força de março de 2020 para cá foi a interação entre estudantes e instituições de ensino via bots. Com o isolamento social, se fez necessário criar maneiras para que os estudantes sempre pudessem contar com um respaldo quando preciso, independentemente de horário. E a ferramenta cumpriu muito bem essa função. 

A implementação de bots nas comunicações das instituições foi de grande ajuda para os alunos. Dúvidas, informações sobre onde buscar um material que foi passado em aula ou a respeito de uma agenda – qual a próxima aula e em qual link o estudante entra, por exemplo – passaram a ser pontos em que os bots são utilizados. Com a tecnologia fornecida por eles, os estudantes podem confirmar informações em tempo real e no horário que precisam. Essa facilidade os ajudou muito a ganhar agilidade durante a rotina de estudos. 


Atendimento humano estratégico  

Com a inclusão de bots na educação, é possível deixar o atendimento humano mais estratégico para os estudantes. Um atendente, por exemplo, pode deixar de responder dúvidas frequentes – papel que será feito pela ferramenta digital -, para focar em questões mais avançadas ou sensíveis, tais como resposta a dúvidas específicas ou suporte aos objetivos de ensino de cada estudante. 

O uso de bots para deixar o atendimento humano mais planejado é especialmente recomendável em instituições de ensino com alta demanda. O bot é personalizável e pode disponibilizar itens como histórico escolar ou informação de registro dos estudantes, podendo, também, identificar o usuário por dados como a sua matrícula para responder às principais dúvidas do dia a dia. É uma forma de ajudar na gestão da rotina dos atendentes, permitindo que se direcione a equipe para atividades mais táticas da empresa. 


Otimização do tempo 

Ao passar a estudar de casa, as interações com os alunos via diversos meios digitais aumentaram expressivamente – por plataforma de videochamada, WhatsApp e outros. E, dentro desse contexto, os bots foram de grande importância para ajudar os professores a manterem a qualidade de suas aulas mesmo à distância.  

O apoio dos robôs foi relevante para auxiliar os docentes a darem conta de atender à alta demanda dos alunos. Diversas escolas conseguiram manter os alunos engajados ao permitirem que um assistente virtual sanasse dúvidas em horários amplos, muitas vezes 24 horas por dia durante os sete dias da semana. Isso permitiu que eles seguissem estudando no seu tempo e evitou que os professores se sobrecarregassem ainda mais. Desta forma, os docentes puderam usar o tempo de interação entre alunos e robôs para focar na melhoria individual de cada estudante.  


Análises de desempenho do aluno 

Existem diferentes maneiras de se avaliar um estudante: provas, trabalhos e conversas individuais são algumas delas. E os bots podem ajudar também neste ponto: a inteligência artificial deles pode ser programada para enviar aos professores uma análise de desempenho dos alunos. Os estudantes podem, também, acompanhar as notas e até solicitar histórico escolar de forma mais simples. A partir deste uso de inteligência artificial, por exemplo, foi possível que os professores observassem necessidades de melhoria no desempenho do aluno e propusessem novas formas de estudar a eles.  


Canais com os quais o aluno já está familiarizado 

Outra vantagem para alunos e docentes no uso de bots é que, ao usar esta ferramenta em redes como o WhatsApp, os estudantes e professores já se encontram familiarizados com os canais, o que facilita a interação e aprendizado por eles. Assim, é possível programar os bots para que usem os recursos disponíveis em cada ferramenta – áudios ou o envio de documentos, vídeos e imagens, por exemplo – conforme a necessidade do aluno.  

 


Botmaker

https://www.botmaker.com

 

Dados do Detran.SP mostram que renovação de CNHs cresceu 98 % no Estado de São Paulo

Levantamento revela ainda que hoje 60% das solicitações são feitas por meio digital 

 

Levantamento realizado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran.SP) mostra que entre janeiro e setembro deste ano houve um crescimento de 98% na quantidade de renovações de CNHs no Estado de São Paulo, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 2.501.008 milhões de habilitações renovadas nos nove primeiros meses de 2021, contra 1.263.048 milhão no mesmo período de 2020.

 Com a ampliação dos serviços digitais do Detran.SP, hoje 60% das renovações de CNH são feitas sem a necessidade do motorista comparecer presencialmente a uma unidade de atendimento. Em 2020, somente 27,4% desses procedimentos eram efetuados pelos canais eletrônicos.

Vale lembrar que, devido à pandemia do coronavírus, os prazos para renovar a habilitação foram prorrogados e, com isso, a validade do documento, a partir de março de 2020, segue suspensa por tempo indeterminado, conforme determinação da resolução nº 828/21 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). 

 “Apesar da suspensão temporária dos prazos para renovação de CNH, o Detran.SP disponibiliza o serviço para o cidadão paulista. De forma rápida, segura e sem burocracia, os motoristas têm usado as plataformas digitais para manter a documentação em dia”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP. 

Após a solicitação e a realização do exame médico e/ou psicológico, é possível obter a nova CNH digitalmente pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT) e através dos Correios, onde o cidadão recebe o documento físico no endereço cadastrado no Detran.SP. 

Os motoristas que estão com a habilitação vencida ou a vencer em 30 dias podem fazer o pedido de renovação da CNH, de forma online, pelo portal (www.poupatempo.sp.gov.br) ou aplicativo Poupatempo Digital. O condutor, no entanto, não deve ter qualquer tipo bloqueio no prontuário, como suspensão, por exemplo.  

Utilizar a habilitação de maneira eletrônica é fácil. A CNH é acessada por meio de um código de segurança ou por meio de um QR Code presente no documento físico e é disponibilizada por um aplicativo, o CDT (Carteira Digital de Trânsito), da Serpro (Empresa de Tecnologia da Informação do Governo Federal). Esse aplicativo está disponível nos principais sistemas operacionais dos telefones celulares e permite que o condutor gere a CNH sem precisar comparecer a uma unidade de atendimento do Detran.SP ou do Poupatempo.  

Além do serviço digital de renovação da CNH, o órgão estadual de trânsito disponibiliza mais de 70 opções de serviços eletrônicos. Podemos destacar também: segunda via da CNH, licenciamento, transferência, registro e liberação de veículos, consulta de multas e de pontuação na habilitação, indicação de condutor, inclusão de exercício de atividade remunerada, adição e mudança de categoria da CNH, entre outros.

 

sábado, 23 de outubro de 2021

Portugal tem a maior nora e o aqueduto com mais arcos do mundo


Lisboa é o distrito com mais aquedutos em Portugal, país que, no que toca a este património cultural da água, se destaca por ter o aqueduto com mais arcos ou a mais alta nora do mundo.

Em Portugal há pelo menos 42 aquedutos, dos quais 15 construídos para abastecimento público de água e 26 para abastecimento privado, “embora em alguns momentos do seu trajeto tivesse de respeitar que houvesse concessão para chafarizes públicos”, disse à agência Lusa Pedro Inácio, autor da obra “Património Cultural da Água – Roteiro de Aquedutos”.

O livro, editado pela Câmara de Mafra, com a parceria da Comissão Nacional da UNESCO e do Museu da Água, foi apresentado no Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, numa sessão em que o autor partilhou curiosidades que marcam o roteiro pelos 42 aquedutos.

Lisboa, com 12 exemplares destas construções destinadas ao transporte e distribuição de água é o distrito do país com mais aquedutos, mas, segundo Pedro Inácio, “o aqueduto dos Arcos, em Setúbal, é aquele que os estudos apontam como tendo sido o primeiro a ser construído em Portugal”, estimando-se que tenha entrado em funcionamento no ano 1.500.

Do levantamento que dá corpo à obra, o autor aponta “várias curiosidades” destacando, por exemplo, o aqueduto de Vila do Conde, como aquele com “maior número de arcos do mundo”, apresentando 999 ao longo da sua extensão, que termina no Mosteiro de Santa Clara.

“Praticamente é o aqueduto que se projetava, na sua totalidade, só e apenas em arcos”, terminando no Mosteiro de Santa Clara, também em Vila do Conde, ao qual “há quem chame simbolicamente o arco mil”, disse o também conservador do Museu da Água.

Por sua vez o maior aqueduto gravítico de Portugal é o do Alviela, com 114 quilómetros de extensão, construído em 1880 para reforçar o abastecimento de água à cidade de Lisboa, trazendo-a desde Alcanena e “tendo como única força motriz a gravidade”, explicou o autor.

Já o aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, destaca-se por ter o mais alto arco do mundo, construído em pedra, com “65 metros de altura, contados desde a antiga ribeira de Alcântara até ao passeio onde se pode atravessar o aqueduto, desde Campolide até ao parque florestal de Monsanto”, precisou.

No Alentejo o autor destaca, em Elvas, o aqueduto com “quatro níveis de arcos, com maior extensão a nível mundial”, perfazendo 1.113 metros. E, em Serpa, o aqueduto tem “a maior nora para abastecimento de água da Península Ibérica, com 20 metros de altura”.

No território que conta com quatro aquedutos classificados como património da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) – Tomar, Évora, Elvas e Mafra -, há ainda a registar o caso do aqueduto de Santa Clara, em Coimbra, construído com o propósito de abastecer o Mosteiro de Santa Clara, mas que, “devido a erros de cálculo nunca chegou a funcionar” e, depois de nunca ter conseguido levar a água ao seu destino, acabou por ser “parcialmente derrubado” quando da construção do itinerário complementar local (IC2).

A par com o mais completo roteiro de aquedutos já publicado em Portugal, o livro integra ainda um capítulo dedicado ao Jardim do Cerco, em Mafra, onde o rei João V, o Magnânimo, mandou plantar toda a espécie de árvores e plantas vindas de todo o mundo.

A obra pode ser adquirida nas bibliotecas municipais, pelo valor de 20 euros, estando ainda prevista uma edição bilingue.

O Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, decorre na vila até domingo, marcado por mais de 160 iniciativas em que participam 175 autores.

O programa inclui dezasseis mesas de autor, nove concertos, 10 exposições, quatro ‘workshops’ de banda desenhada entre outras iniciativas.

 

Fotografia www.patrimoniocultural.gov.pt/

 

 Fonte: https://www.mundoportugues.pt/2021/10/22/portugal-tem-a-maior-nora-e-o-aqueduto-com-mais-arcos-do-mundo/

 

25 de outubro é o Dia Mundial do Macarrão: conheça os mitos e verdades sobre o alimento

ABIMAPI desvenda as curiosidades sobre um dos produtos mais tradicionais consumidos no mundo


O Dia Mundial do Macarrão - 25 de outubro - está se aproximando e nada melhor do que um bom prato de macarrão para celebrar a data. Pode ser espaguete, penne, fusilli, talharim, conchiglione, farfalle, entre tantos outros formatos. Não importa qual o tipo ou a combinação do molho, uma coisa é certa: a famosa macarronada é um dos pratos mais tradicionais na mesa das famílias.

Para você se entregar sem culpa às delícias de uma boa massa, Maria Julia Couto, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI desvenda alguns mitos e mostra diversas curiosidades sobre o alimento.


• Macarrão engorda

MITO - Um dos maiores enganos sobre o alimento é que ele engorda por ser rico em carboidrato. Considerando que a alimentação diária é dividida em cinco refeições - café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar - uma porção de macarrão, equivalente a quatro colheres de sopa (105g), pode estar presente no almoço ou no jantar e fornece aproximadamente 180kcal. Os acompanhamentos consumidos com a massa é que podem acrescentar muitas calorias, portanto, é importante ficar atento ao tipo de molho utilizado. Evite os que são à base de queijo e creme de leite, prefira os molhos de tomate.


• Sinônimo de saúde

VERDADE - O macarrão é fonte de carboidratos e deve fazer parte de uma dieta equilibrada. Segundo a recomendação do Guia Alimentar para População Brasileira, do Ministério da Saúde, de 55% a 75% do total de calorias ingeridas diariamente devem ser provenientes do carboidrato, ou seja, de cinco a seis porções diárias.


• Faz parte da dieta equilibrada

VERDADE - O macarrão é o perfeito aliado de alimentos fundamentais para uma dieta equilibrada, como legumes e verduras. Esfriou o tempo? Coloque o macarrão na sopa de legumes junto com uma proteína magra e aproveite a refeição. Esquentou e não quer comida quente? Uma salada de macarrão com frango desfiado também é muito saborosa. Seja o chef, use a criatividade e crie sua própria receita.


• É fonte de energia

VERDADE - O carboidrato é a principal fonte de energia para o organismo humano em todas as fases da vida. Para quem pratica atividades físicas, recomenda-se o consumo de macarrão antes e após os treinos para dar força ou repor o gasto calórico.


• Massa integral engorda menos que a tradicional

MITO. O macarrão integral tem as mesmas calorias que o tradicional. O lado bom é que, pelo fato de possuir fibras, contribui para a saciedade. Além disso, a ingestão diária de fibras ajuda a reduzir os riscos de câncer de mama e de próstata, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.

Vale ressaltar que por ser um alimento universal, o macarrão agrada desde as crianças até pessoas mais velhas. Basta adaptar o tipo de massa, o formato e o molho aos diversos públicos que a receita certamente vai agradar. Além das formas em si - cerca de 600 formatos diferentes - as massas também se diferenciam pelos tipos e ingredientes: secas, de grano duro, à base de ovos ou não, integrais, coloridas com adição de vegetais, frescas e instantâneas. Com tantas opções é impossível cair na monotonia alimentar.

 


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Entenda por que os espumantes brasileiros são sucesso e conheça opções para brindar

Cooperativa Vinícola Garibaldi visita trajetória evolutiva da bebida na celebração do Dia do Enólogo e do Espumante Brasileiro


Para que apreciadores de todas as regiões do país possam erguer suas taças e brindar o Dia do Enólogo e do Espumante Brasileiro (celebrados em 22 de outubro) com bebidas de extrema qualidade, um longo caminho foi percorrido pela enologia no Brasil, e principalmente pelas vinícolas especializadas na elaboração desse tipo de produto.

Essa história começou na década de 1910, em Garibaldi, a partir da iniciativa de imigrantes italianos. A cultura foi se desenvolvendo na cidade até que, nos tempos atuais, mais de 90% do espumante elaborado no Brasil tenha origem no Rio Grande do Sul - são quase 17 milhões de litros da bebida feitos anualmente no Estado. Além do crescimento quantitativo, o espumante brasileiro se expandiu também em termos qualitativos. Ano após ano, as criações oriundas principalmente da Serra Gaúcha são reconhecidas em premiações mundo a fora.

Existe um conjunto de fatores que contribuem para o sucesso consistente, de acordo com o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari. O principal, talvez, seja a adaptação das uvas utilizadas - Chardonnay, prosecco, moscato, riesling, entre outras - ao terroir, ao solo brasileiro e principalmente gaúcho. Esse casamento perfeito, de solo e clima com as frutas, é imprescindível para o resultado final, conforme explica o profissional. "A amplitude térmica, com noites frias e dias quentes, favorecem a maturação lenta das uvas, formando açúcares e degradando os ácidos aos poucos", explica.

 

                               Espumantes são uma opção descontraída para todos os momentos

 

O resultado, também conquistado através de muita pesquisa e inovação tecnológica, é um espumante balanceado, com destaque para a acidez e o alto frescor. "Esses fatores facilitam uma qualidade consistente nessa elaboração da bebida. Independente da safra a gente consegue ter uma qualidade muito regular, muito mais sólida’, complementa.


Desenvolvimento

Assim como um parreiral não cresce de um dia para o outro, ainda que com o terroir perfeito, esse desenvolvimento da cultura do espumante demandou tempo e dedicação até a consagração de público e crítica Brasil a fora. De 1913, quando a primeira garrafa foi produzida, até 2021, foi necessário estudar cada variedade, cada local, em busca dos melhores resultados.

Entender as condições climáticas foi o primeiro passo dado pelas vinícolas, junto à escolha pelas variedades mais adaptadas. "Isso deu a consistência necessária ao longo dos anos para conseguirmos matérias-primas mais adequadas para a produção", comenta Morari. Ele elenca como segundo passo ter entendido a importância de investir em soluções tecnológicas e na estrutura das indústrias - etapa importante para a consolidação no mercado. "Por fim, a habilidade e o conhecimento técnico dos enólogos, que buscam o estilo de cada produto", lembra.

                                                           Crédito Cassius Fanti

 

Modernização

Esse estudo por parte dos especialistas é responsável por trazer o espumante para 2021. É através do entendimento das mudanças de mercado que foi possível transformar uma bebida antes elitizada e ligada quase exclusivamente ao glamour, em uma opção descontraída para todos os momentos. Hoje, é possível casar um espumante rosé com gelo e frutas e apreciar um delicioso drink às 19h de uma sexta-feira em frente à televisão.

De acordo com o enólogo Ricardo Morari, essa é a principal mudança no consumidor do espumante da atualidade. Se antes o pensamento era comprar a bebida para apreciar em uma ocasião especial três meses depois, hoje o objetivo é adquirir para consumo imediato. "Isso tem nos ajudado a ter uma rotatividade boa no mercado. Acabamos tendo um produto sempre jovem e fresco. Outro ponto positivo é conseguir alcançar o público mais jovem, que se torna fiel no futuro. Dessa forma se cria uma identidade nacional, brasileira. No mundo do vinho hoje o Brasil tem uma identidade própria, sem a necessidade de copiar um champanhe. Temos um produto todo particular, com frescor e jovialidade", reflete.


Conheça opções para brindar o Dia do Enólogo e do Espumante Brasileiro

Espumante Garibaldi Extra Brut - Especial 90 anos

Feito para celebrar os 90 anos da Cooperativa Vinícola Garibaldi, esse espumante se destaca pelo paladar estruturado e cremoso, com maciez natural e frescor intenso. A harmonização é feita com frutos do mar, patês, carne vermelha, aperitivos, peixes e queijos.

 

                                                         Crédito Daniella Radavelli

 

Espumante Garibaldi Prosecco Rosé

Este é o primeiro prosecco rosé elaborado no Brasil. Com coloração delicada, se destaca pela cremosidade do paladar, aliada com acidez equilibrada e refrescante. Harmonização com canapés, saladas, sopas cremosas, peixes leves, frutos do mar e queijos.

                                                              Crédito Augusto Tomasi

 

Espumante Garibaldi Moscatel

Elaborado pelo processo Asti para ocasiões especiais, foi eleito o melhor espumante do conesul de acordo com o prêmio Catad’Or Wine Awards, realizado em Santiago, no Chile. Tem aromas com notas de melão, maçã verde, flores brancas e toque de mel. Combina com frutas frescas, frutas em calda, sorvetes, bolos, canapés, queijos e patês.

                                                         Crédito Daniela Radavelli


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