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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

A vacina que pode prevenir o câncer: saiba tudo sobre a vacinação contra o HPV

Já tem algum tempo que o carnaval acende um alerta para doenças e infecções sexualmente transmissíveis.

Muitas pessoas aproveitam o Carnaval para se divertir, mas é importante lembrar que o risco de contrair DSTs e ISTs aumenta durante esse período. “Lembre-se que as DSTs podem ser transmitidas por qualquer pessoa, mesmo as que aparentam ser saudáveis. Então, não coloque a sua saúde ou a da outra pessoa em risco.” alerta o médico Dr. Marco César Rodrigues Roque, também diretor técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações.
 

O principal foco do Ministério da Saúde é a prevenção de HIV/Aids. Mas especialistas alertam para o risco de propagação de outras doenças, como HPV, herpes genital, gonorreia, hepatite B e C e sobretudo sífilis - que vem apresentando aumento no número de ocorrências no Brasil, acompanhando uma tendência mundial.
 

Você sabia que 85% das pessoas terão uma infecção por HPV durante a vida?
 

Quase todas as pessoas não vacinadas que são sexualmente ativas contrairão o HPV em algum momento de suas vidas. Cerca de 13 milhões de americanos, incluindo adolescentes, são infectados com o HPV a cada ano. A maioria das infecções por HPV desaparece por conta própria. Mas infecções que não desaparecem podem causar certos tipos de câncer.
 

O Papilomavírus Humano existe com mais de 200 variações e se manifesta por meio de formações verrugosas - que podem aparecer no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero, boca ou garganta.
 

A relação sexual é a principal forma de transmissão do HPV, seja pelo coito ou pelo sexo oral.
 

O HPV é uma preocupação grave de saúde pública pelo potencial de alguns tipos do vírus causarem câncer, principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na boca e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens.
 

“O vírus pode ficar latente por períodos prolongados sem que haja sintomas, e é difícil erradicar a infecção por completo.” comenta o Dr. Marco César Rodrigues Roque.
 

Por isso, especialistas recomendam que mulheres com vida sexual ativa façam exames preventivos anuais no colo do útero para monitorar o aparecimento de possíveis lesões que antecedem o câncer e que podem ser tratadas.


O HPV pode causar câncer de:
• Colo do útero, vulva e vagina em mulheres
• Pênis em homens
• Ânus tanto em mulheres quanto em homens
• Parte de trás da garganta (chamado câncer orofaríngeo), incluindo a base da língua e amígdalas, tanto em homens quanto em mulheres
 

A vacinação contra o HPV é a prevenção do câncer

Infecções por HPV, verrugas genitais e pré-cânceres cervicais (células anormais no colo do útero que podem levar ao câncer) caíram desde que a vacina começou a ser usada.
 

Prevenir o câncer é melhor do que tratá-lo e como já listado, o HPV pode causar vários tipos de câncer. Apenas o câncer do colo do útero pode ser detectado precocemente com um teste de triagem. O Dr. Marco esclarece que os outros tipos de câncer causados pelo HPV podem não ser detectados até que sejam mais grave e a vacinação contra o HPV também previne infecções que causam esses tipos de câncer.
 

As recomendações também se estendem a homens que fazem sexo anal desprotegido, e devem fazer exames preventivos na região anal e no reto.
 

O Ministério da Saúde anunciou que a vacina quadrivalente que protege contra quatro tipos de HPV passaria a ser oferecida também para meninos, na faixa de 11 a 14 anos. Anteriormente a vacina só era disponibilizada para meninas de 9 a 14 anos.
 

Crianças de 11 a 12 anos devem receber duas doses da vacina contra o HPV, com intervalo de 6 a 12 meses. As vacinas contra o HPV podem ser administradas a partir dos 9 anos de idade.
 

As crianças que iniciam a série de vacinas contra o HPV a partir dos 15 anos precisam de três doses, administradas durante 6 meses.
 

Se seu filho adolescente ainda não foi vacinado, converse com o médico sobre como fazê-lo o mais rápido possível.
 

Adolescentes e jovens também devem ser vacinados

Todas as pessoas até 26 anos de idade devem receber a vacina contra o HPV se ainda não estiverem totalmente vacinadas.
 

A vacinação contra o HPV não é recomendada para todas as pessoas com mais de 26 anos de idade.
 

• Alguns adultos de 27 a 45 anos que ainda não foram vacinados podem optar por receber a vacina contra o HPV após falar com seu médico sobre o risco de novas infecções por HPV e os possíveis benefícios da vacinação para eles.

• A vacinação contra o HPV em adultos oferece menos benefícios, porque mais pessoas nessa faixa etária já foram expostas ao HPV.

“Vacinar-se é uma forma de demonstrar cuidado e respeito por si mesmo e com outros. A vacinação é a forma mais eficaz de proteger-se contra o vírus do papiloma humano. Por isso, faça a sua parte: vacine-se!” Finaliza o Dr. Marco César Rodrigues Roque.

Marco César Rodrigues Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações.
Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP

Câncer do pulmão, que vitimou Glória Maria, é o segundo mais comum no país

 O oncologista Ramon Andrade de Mello explica que novas terapias têm ampliado a sobrevida dos pacientes 


A jornalista Glória Maria foi vítima de um câncer de pulmão, a segunda doença oncológica que mais afeta a população brasileira. No mundo, esse tumor ocupa a primeira posição tanto em incidência quanto em mortalidade, alcançando 13% de todos os casos novos de câncer. “A informação positiva é que os tratamentos tiveram grandes avanços nas últimas décadas e vêm se tornando mais precisos e personalizados como as terapias-alvo e a imunoterapia”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido. 

O oncologista alerta que a doença pode não apresentar sintomas na sua fase inicial: “Porém, os pacientes devem ficar atentos para alguns sinais como tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito e rouquidão. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar piora da falta de ar, perda de peso e apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, bem como sentir-se cansado ou fraco”. 

O tratamento de câncer de pulmão avançou nas últimas décadas. Segundo Ramon Andrade de Mello, os novos medicamentos ampliaram a taxa de sobrevida dos pacientes em 5 anos, que aumentou de 10,7% no início dos anos de 1970 para 19,8% na década de 2010: “Uma das indicações para o tratamento do câncer de pulmão é a terapia-alvo, prescrita para pacientes com determinadas características genéticas”. 

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

 

Previsões da IDC apontam crescimento de 5% do mercado de TIC no Brasil em 2023

Segundo o estudo IDC Predictions Brazil 2023, setor de tecnologia da informação deve avançar 6,2% diante de um cenário de ajuste e redirecionamento de gastos, enquanto o de telecomunicações deve aumentar em 3% puxado pela crescente importância da conectividade, especialmente pelo avanço da nuvem e do 5G

 

As perspectivas para o mercado brasileiro de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) em 2023 são positivas e o setor deve ter crescimentos importantes tanto em TI quanto em Telecom. A projeção é da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências nas indústrias de TIC, e faz parte da edição de 2023 do estudo IDC Predictions Brazil, que anualmente antecipa as tendências e movimentos desses segmentos. De acordo com a pesquisa, a expectativa é de que o mercado como um todo avance 5% nesse ano, aproximando-se de um total de US$ 80 bilhões. Em recortes separados, a IDC Brasil projeta um avanço de 3% em Telecom e de 6,2% em TI, este último impulsionado pelo consumo de tecnologia pelas empresas (TI B2B), que deve crescer 8,7% puxado pelo investimento em Software e Cloud.

“De modo geral, o cenário de otimismo moderado do segmento de TI em 2023 se deve a ajustes e redirecionamentos de gastos, enquanto Telecom será puxado pela crescente importância da conectividade e avanço da nuvem e do 5G. Ambos os cenários têm sido estimulados pelo interesse por novas tecnologias e pela necessidade das empresas em acelerar seu crescimento por meio de aumento de produtividade, introdução de novos produtos e serviços suportados pelo digital e maior proveito do volume de dados gerados pelos negócios”, conta Luciano Ramos, Country Manager da IDC Brasil.

 

As 10 tendências do mercado brasileiro de TI e Telecom para 2023, segundo a IDC Brasil, são:

 

1- Amadurecimento do uso de Cloud fará com que as empresas busquem maior controle sobre uso e gastos da nuvem

Para 93% das companhias consultadas pela IDC, a otimização e redução dos custos de nuvem por meio de automação e pelo avanço do FinOps devem estimular os investimentos em provedores de serviços gerenciados. Nesse contexto, somente no Brasil, os gastos com IaaS (Infrastructure as a Service) e PaaS (Platform as a Service) somados passarão da marca de US$ 4,5 bilhões, um aumento de 41% em relação a 2022. “A TI terá que olhar mais fortemente para estratégias que simplifiquem a gestão e a conectividade de diferentes ambientes, tornando os ambientes híbridos e Multicloud mais eficientes pelo prisma de custos”, destaca Ramos.

Outro ponto de atenção no mercado de Cloud é que as pautas relacionadas a ESG (Environmental, Social and Governance) ganham cada vez mais espaço, com as empresas passando a demandar mais informações dos provedores sobre o impacto da nuvem sobre suas emissões de carbono, sejam diretas, ou indiretas (clientes). “Os fornecedores precisarão estar preparados Atualmente, 79% das empresas de grande porte no Brasil já avaliam se o uso de uma determinada tecnologia vai demandar mais ou menos recursos naturais. Há uma grande preocupação das áreas de negócio sobre como Cloud pode contribuir para imagem e resultados da empresa relacionados a ESG”, finaliza o executivo.

 

2- Avanço na virtualização do core das redes de telecomunicações

A necessidade de habilitar novas funções de TI – como BSS (Business Support Systems) e OSS (Operations Support System), digitalização de atendimento, aspectos data-driven, implementação de redes 5G, e elevação da conectividade nas empresas – provocarão uma grande alteração na arquitetura das redes de telecomunicações e mudarão o relacionamento entre companhias do setor (Telcos) e provedores de Cloud.

“A IDC espera que, em 2023, haja mais acordos relacionados a funções do core das redes e virtualização”, avalia Luciano Saboia, diretor de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Latin America. “Com o fortalecimento dos laços entre provedores de nuvem e Telcos, esperamos um aprimoramento da transformação digital dessas empresas, que devem assumir algumas das tarefas necessárias nesse novo momento. Nos próximos 5 anos, o consumo de nuvem pelo segmento de Telecom crescerá, em média, 35,2% em IaaS e 42,2% em PaaS anualmente”.

 

3- Wireless first impulsionando a resiliência de missão crítica e continuidade de negócios

“O conceito de priorização da nuvem como ambiente de hospedagem de aplicações de uma empresa (Cloud first) já é algo incorporado ao planejamento de TI, mas em 2023, teremos também o movimento do Wireless first, que dá protagonismo às redes sem fio. Essa tendência será puxada pela implementação do Wi-Fi 6 e da conectividade 5G”, conta Saboia.

          A adoção de práticas Wireless first impulsionará o uso de serviços gerenciados, reduzindo a pressão nos times internos e habilitando uma rápida adoção de tecnologias e boas práticas. A IDC espera que, já em 2023, o mercado de Wi-Fi 6 tenha um crescimento de 17% em decorrência da implantação de tecnologias emergentes, como IoT e AI. Para 2026, o Wi-Fi 6 deverá representar 65% do mercado de W-Lan brasileiro.

 

4- Redes privativas móveis, habilitadas pelo 5G, permitirão aplicações aprimoradas de IoT (Internet of Things), AI (Artificial Intelligence) e ML (Machine Learning) no Brasil

Com a chegada do 5G, empresas de diversas verticais passarão a investir mais em redes privativas móveis a fim de atender necessidades específicas de suas operações e resolver desafios de conectividade. “Nunca antes uma nova geração de conectividade trouxe tanta expectativa de transformação para os negócios. Esperamos que todo o ecossistema de tecnologia seja impactado, incluindo operadoras de telecomunicações, OEMs (Original Equipment Manufacturer) de dispositivos, provedores de nuvem e de equipamentos de rede, desenvolvedores de softwares e aplicativos, até integradores”, analisa Saboia.

As novas possibilidades de receitas no setor geradas a partir das redes privativas móveis devem impactar verticais como Cloud, segurança, armazenamento, gerenciamento e análise de dados, assim como outros serviços gerenciados necessários para aplicações mais complexas, como IoT, AI e ML. Sendo assim, e impactados pelos crescentes investimentos em TI no Brasil, o mercado de redes móveis privativas deve crescer acima de 35% ao ano até 2026.

 

5- Aplicações de negócio consumidas a partir da nuvem se consolidam como principal caminho para modernização

As aplicações de negócios ofertadas no modelo SaaS (Software as a Service) estão avançando rapidamente, e, já em 2023, cerca de 29% das empresas farão investimentos estratégicos relacionados a SaaS. “O grande desafio será evitar que diferentes soluções consumidas a partir da nuvem se transformem em silos com potencial para dificultar o compartilhamento e integração de dados e aumentar os custos com conectividade”, avalia Ramos. “Os provedores de serviços gerenciados serão extremamente importantes nesse cenário, pois cuidarão da integração dessas soluções e da modernização de aplicações para habilitá-las na nuvem de forma adequada e funcional”.

          Segundo o estudo da IDC, o mercado de software deve crescer 15,1% em 2023, puxado por soluções de segurança, gestão de dados, AI e CX (Costumer Experience). Já em 2023, metade do que é gasto com software no Brasil será investido no modelo SaaS, com crescimento de 27,6%.

 

6- Fusão de inteligência e automação traz novas capacidades para apoiar os negócios, mas ainda precisa ganhar confiança

O estudo da IDC mostra que 20,5% das empresas brasileiras de grande porte entrevistadas afirmam que os processos de automação e RPA (Robotic Process Automation) serão estratégicos para as iniciativas que envolvem TI em 2023 e que AI vai ganhar mais espaço nos seus orçamentos, sendo o terceiro maior potencial, atrás apenas de Cloud e segurança.

“Ainda há um desafio de confiança para delegar a tomada de decisão para capacidades autônomas de AI, que não se resolverão no curto prazo. Por isso, a IDC acredita que em 2026 ainda teremos metade das empresas enfrentando esse impasse”, prevê Ramos.

Com o amadurecimento da AI, a expectativa da IDC é que o Brasil ultrapasse US$ 1 bilhão de gastos em 2023 com essa tecnologia, um aumento de 33% comparado a 2022. Já os gastos com soluções de automação inteligente devem superar US$ 214 milhões, crescimento de 17% frente ao ano passado.

 

7- Segurança de TI e dados continuará sendo prioridade e motivo de preocupação em 2023

Desde o primeiro pico de incidentes de Ransomware em 2017/18 (WannaCry), segurança é vista como prioridade número um da maioria dos executivos de TI no Brasil (53,6% em 2022) e na América Latina (50,6%). Em 2023 não será diferente.

“A segurança de TI e dados continuará no topo das preocupações das empresas brasileiras. Antes, para falar com um colega de trabalho e passar alguma informação ou dado, bastava olhar para o lado, e as informações sigilosas ficavam centralizadas dentro da empresa. Agora, seja via chat, WhatsApp, e-mail ou outra ferramenta, a informação vai trafegar vários quilômetros, e o dado sensível e confidencial estará espalhado em muitas nuvens. Por isso, a forte preocupação com a segurança das informações não vai diminuir”, explica Pietro Delai, diretor de Pesquisa e Consultoria de Enterprise da IDC Latin America.

No Brasil, os gastos com soluções de segurança devem atingir US$ 1,3 bilhão em 2023, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

 

8- O mercado de Devices segue importante e representará 43,7% de todas as receitas de TI no país, a despeito dos desafios esperados em 2023

          “Desktops, notebooks, tablets, feature phones, smartphones, impressoras, multifuncionais, monitores e wearables, enfrentaram diversos momentos críticos em 2022 e esse mercado de Devices seguirá com uma dinâmica desafiadora em 2023. As fabricantes entrevistadas pela IDC Brasil indicam um sentimento misto, mas, no geral, esperam um primeiro semestre de adaptações ao novo governo e um segundo de certa recuperação e relativo crescimento no consumo das famílias”, esclarece Reinaldo Sakis, diretor de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Latin America.

          A IDC estima que o mercado brasileiro de Devices gere a considerável soma de US$ 21,5 bilhões em 2023, ou seja, 1,1% acima de 2022. Isso faz com que sua participação no total de gastos de TI no Brasil seja de 43,7% em 2023, pouco abaixo do patamar de 2022.

          Mesmo com o modesto crescimento das receitas, a importância dos Devices para o segmento total de TI ainda será muito grande, com smartphones somando US$ 13 bilhões, computadores US$ 5,8 bilhões, Wearables US$ 882 milhões, impressoras US$ 542 milhões e Tablets US$ 464 milhões.

 

9- A distribuição das vendas de Devices sofrerá mudanças em 2023, refletindo o dinamismo necessário para atuar neste segmento

          Algumas mudanças que tiveram início ano passado seguirão acentuadas agora em 2023. O varejo online, por exemplo, perdeu participação no ano passado e sofrerá mais um pouco em 2023. Já o varejo físico retomou espaços perdidos para o online e seguirá a mesma trajetória em 2023.

          “Apesar do grande portifólio e dos benefícios oferecidos aos usuários, o varejo online deve perder ainda mais algum espaço para as lojas físicas em 2023, ainda que continue tendo grande potencial de crescimento a curto prazo. O principal motivo é que as lojas físicas voltam a ganhar mais espaço por conta da maior flexibilidade de negociação no momento da venda associado a um volume de brasileiros que voltaram às compras presenciais após o auge da pandemia”, esclarece Sakis.

          A IDC estima que os varejos físicos e online gerem US$ 10 bilhões e US$ 5 bilhões, respectivamente, em 2023.

 

10- As empresas compradoras de Devices também podem colher os benefícios do alinhamento com as práticas de ESG

O mercado brasileiro de Devices terá vários desafios no ano de 2023 e a IDC prevê que os fabricantes e canais de distribuição que oferecem produtos ou serviços alinhados com ESG terão mais chances de sucesso.

“As empresas nacionais e multinacionais já começam a olhar para os Devices como ponto de partida para demonstrar resultados e métricas alinhadas ao ESG. Por isso, os fabricantes ou canais que oferecerem práticas que demonstram preocupação com padrões e boas práticas sociais, sustentáveis e de gerenciamento, – como créditos de carbono, uso responsável dos recursos, Device as a Service alinhado ao ESG, logística reversa e economia circular –, devem sair na frente de seus concorrentes. Hoje, esses tipos de iniciativas são considerados diferenciais competitivos”, conclui Sakis.

A IDC estima que 5% das vendas de Devices para empresas B2B serão concluídas em 2023 por terem certo alinhamento com conceitos ESG, o que significa algo em torno de US$ 250 milhões. 



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Como a evolução tecnológica (IA) pode afetar o processo de aprendizagem

Nos últimos anos, observamos uma aceleração nos processos de inovação em inteligência artificial. Um exemplo é o ChatGPT, protótipo de um chatbot com inteligência artificial generativa desenvolvido pela OpenAI que interage com os usuários sobre diferentes assuntos, além de ser capaz de executar inúmeros comandos, como resolver operações matemáticas e produzir textos. Com isso, podemos observar que a evolução da tecnologia impacta diretamente o setor educacional, mas como isso pode afetar o processo de aprendizagem?

Recentemente vimos as tentativas de inserir diferentes tecnologias na esfera educacional, muitas vezes sem sucesso por conta da falta de destreza em operar e entender essas tecnologias, ou por inseri-la forçadamente quando não é necessária. Por outro lado, existe uma gama de exemplos que foram essenciais no momento da pandemia e se provaram eficientes, como computadores, tablets e smartphones para acessar recursos educacionais on-line como vídeos, simulações e jogos educacionais. 

O aprendizado nem sempre é visto como algo engajador, dessa forma, tecnologias mais recentes podem tornar esse processo mais interativo e atrativo para o aluno. Além disso, a inteligência artificial (IA) e o conhecimento da máquina podem ser usados para personalizar o aprendizado, atendendo às necessidades individuais dos alunos e fornecendo feedbacks instantâneos sobre seu progresso.

O uso correto de tecnologias como a IA pode alavancar resultados de estudantes como, por exemplo, por meio de trilhas adaptativas de aprendizagem que se adequam em formato e dificuldade para o aluno, além de análise de sentimento para avaliar a compreensão e o engajamento deles com o conteúdo. Fora que é possível proporcionar experiências mais palpáveis como conversar com livros, extraindo o máximo de conteúdo de uma maneira mais ativa. 

Em contrapartida, o uso indevido dessas possibilidades pode gerar um resultado indesejado como o comodismo de ter as informações de maneira imediata, o que permite o aluno ficar em sua zona de conforto sem estimular seu esforço mental, tão fundamental no processo cognitivo de aprendizagem. 

Além do próprio mal uso, aspectos inerentes a IA podem contribuir negativamente na formação intelectual e social do indivíduo. Se uma inteligência é criada sem uma estrutura de qualidade, pode desencadear modelos incompletos de dados que refletem e perpetuam preconceitos, além de desigualdades existentes na sociedade. Outro ponto de desvantagem importante de pontuar é a falta de acesso dessas ferramentas, já que possibilitam a criação de barreiras a determinado grupo de pessoas e a discriminação indevida no uso da tecnologia como, por exemplo, o etarismo, preconceito contra pessoas com base em estereótipos associados à idade.  

Apesar dos contrapontos, entendo que a evolução tecnológica não pode ser encarada como um obstáculo no processo de ensino-aprendizagem, e sim como um propulsor. Diante disso, com o uso apropriado, igual a várias outras aplicações e ferramentas que foram criadas na história da humanidade, cabe a nós adaptarmos a forma como testamos e cobramos nas instituições de ensino, assim como já fizemos anteriormente, além de evitarmos o mau uso da inteligência. 

Nos próximos anos, a tendência é aumentar cada vez mais o uso de IA em diversas áreas, a educação não é diferente. Novas metodologias avaliativas precisarão ser testadas e criadas, instituições de ensino superior precisarão adaptar seus currículos e suas ementas a fim de trazer ainda mais o ensino prático e menos teórico. As ferramentas estão disponíveis, resta nós sabermos usá-las e, como tudo na história, evoluirmos com elas. 

A inserção do uso correto da IA em grades formativas de ensino básico e superior, e desenvolvimento de raciocínio lógico e crítico precisam ser fortificados, pois saber o que perguntar será o mais importante e o pensamento crítico é fundamental, já que as informações estão ainda mais disponíveis do que antes. O que move o mundo não são as respostas, e sim as perguntas. Dessa forma, deixo como reflexão a frase do empresário norte-americano Paul Tudor Jones: "Nenhum homem é melhor do que uma máquina e nenhuma máquina é melhor do que um homem com uma máquina".


Lorenzo Tessari é Chief Operating Officer (COO) da Gama Ensino - startup de tecnologia desenvolvedora de um algoritmo proprietário que identifica os gaps de aprendizado dos alunos para o direcionamento dos seus estudos.

 

Projeções indicam queda nos custos e aumento de oferta de financiamentos para empresas em 2023

Análise de Wagner S. de de Moraes, sócio-fundador e Ceo da A&S Partners,  também evidencia o crescimento do PIB do país, impulsionado pelo setor agropecuário, desde que o governo não atrapalhe com novas medidas e taxações para o setor

 

Um melhor cenário para as companhias no Brasil para 2023. Projeções indicam queda nos custos e aumento de ofertas de financiamentos para as empresas.

O mercado tem enxergado com o otimismo a possibilidade do ciclo da alta de juros chegar ao fim e, aliado a outros fatores, inclusive externos, a expectativa é de que o Brasil seja favorecido.

Wagner S. de Moraes, sócio fundador e Ceo da A&S Partners, empresa de negócios voltada a implementação e reestruturação de operações nas áreas de M&A, turnaround, project finance, real estate, fintechs, bancos digitais e meios de pagamentos, explica os fatores envolvidos para esta estimativa de redução nos custos de financiamentos e também uma maior oferta de crédito para suportar o capital de giro das empresas.

“A taxa Selic, que reflete o custo primário do dinheiro, já está apontando uma ligeira queda de 13,75% a.a. para 12,50% a.a. em 2023. Isso já aponta para um redução proporcional para as operações de financiamento e crédito para as empresas, pois é o principal balizador do custo do dinheiro. A taxa de câmbio também sinaliza para uma certa estabilidade frente a taxa atual. Por outro lado, a taxa do IPCA acumulou uma alta de 0,62% referente ao mês de dezembro de 2022, de acordo com dados divulgados em 10 de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o país fechou o ano de 2022 com IPCA acumulado de 5,79% e, pelo quarto ano seguido, ultrapassou a meta anual da inflação. Pelo último estudo apresentado pelo Banco Central no relatório Focus, o IPCA projetado para o ano de 2023 é de 5,39%, também apresentando ligeira retração. Ao somarmos todos esses fatores internos, como a redução da taxa de juros, a manutenção da taxa de câmbio que deverá favorecer bastante os preços das commodities agrícolas e previsão de queda da inflação, com fatores externos, como o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos e o possível aumento de demanda no mercado Chinês, o Brasil deverá ser muito favorecido por esses fatores”, detalha.

Nas projeções do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Cemec/Fipe), em setembro deste ano, a previsão é de que as taxas de financiamento para as empresas tenham uma retração de quase 5% com base nos 23% registrados no mesmo período de 2022.

Moraes concorda com a projeção e ressalta que a taxa de juro deverá começar a sofrer redução a partir de junho deste ano. Esta diminuição estará alinhada ao cenário de crescimento externo e aumento na demanda interna.

A redução do risco das empresas deverá se refletir diretamente no custo do dinheiro e spreads bancários. “Com isso, é perfeitamente factível vislumbrarmos uma redução nos spreads bancários de 5 pontos percentuais, podendo as taxas de financiamentos para empresas com riscos médios para cima, operarem com taxas em torno de 18% a 18,50% a.a. a partir de setembro de 2023, salvo mudanças abruptas no cenário ou mesmo novas decisões governamentais que possam impactar sobre maneira neste cenário”.


A alavanca do crescimento

Para Wagner S. de Moraes, o setor de agropecuária no Brasil será a principal alavanca para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

O sócio-fundador da A&S Partners evidencia que conforme o último relatório do Banco Central o crescimento do PIB brasileiro tem previsão de crescimento de 0,77% impulsionado pelas safras apontadas para este ano, que podem bater recordes em função da estabilidade climática e aumento da demanda no mercado mundial. “O PIB agrícola deverá crescer por volta de 8% para este ano, lastreado num aumento de 16% para as commodities agrícolas, frente a ano passado. Basta o governo não atrapalhar com novas medidas e taxações para o setor, que já sofre bastante com a interferência governamental, bem como termos estabilidade cambial”.


As condições globais de créditos

Moraes ressalta ainda que as condições globais de crédito tendem a piorar neste ano em função da recessão prevista para o mercado americano. Ele cita que a Zona do Euro deverá sentir os impactos da inflação mais elevada – por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia – que já trouxe uma pressão inflacionária ao mercado europeu.

O crescimento mundial também será afetado, porém a China ainda tem um papel decisivo nisso. Diante da possibilidade de retração de atividades, o governo chinês já entrou com medidas para estimular o consumo e aumento de produção nos principais setores. O efeito COVID está muito próximo do fim para a economia chinesa. Se tivermos uma retomada econômica na China, algo muito provável, é possível que tenhamos uma reversão nas expectativas de crescimento do PIB mundial, revertendo o cenário bastante pessimista”.

 

Lições que podemos tirar do caso Americanas

Temos sido impactados por diversas notícias sobre o caso envolvendo a empresa Americanas, neste início de 2023. Diversas exposições sobre potencial “fraude” contábil, falta de transparência para o mercado, responsabilidade da auditoria externa e decisão do executivo indicado para ser presidente desta empresa, ter trazido à tona, em apenas 9 dias, a real situação financeira da Americanas.

O impacto destas notícias abalou tanto o mercado brasileiro, quanto o internacional, uma vez que a Americanas tem ações na bolsa de valores do Brasil e de Nova York. Entretanto, pensando de uma forma macro, pois ainda não temos todos os detalhes sobre este caso, já podemos tirar algumas lições sobre este acontecimento.

Em primeiro lugar, cabe salientar que todas as empresas são entes ficcionais e são geridos por pessoas. Seres humanos, que deveriam atuar com ética, transparência e respeito aos acionistas e sociedade durante suas respectivas práticas como profissionais, comportamentos que deveria ser de todos os colaboradores, independentemente da posição que ocupam na empresa, mas em posições hierárquicas mais elevadas, esta conduta deveria ser o básico para ocupar tais posições. Na prática não tem sido o que acontece, não somente na Americanas, mas em muitas empresas nacionais e/ou internacionais.

O capitalismo que visa apenas o lucro rápido pode gerar comportamentos não éticos, sem transparência e totalmente desrespeitosos, perante os acionistas e para com a sociedade.  Apesar de muitas empresas falarem que são adeptas a programas de ESG, do inglês, Environmental, Social and Governance, infelizmente, não é visto uma efetividade na aplicação destes programas. Realmente tem sido muito bonito ler que a Americanas tinha uma preocupação com a questão das mulheres ocuparem cargos de direção e que atuavam em várias frentes ambientais, mas fica a pergunta: como realmente era a governança desta empresa?

Aparentemente, podemos dizer que existem problemas estruturais na governança da Americanas, pois os comitês, de finanças e executivo, não sabiam, ou não queriam, tratar do tema contábil. Portanto, como fica a questão do Conselho de Administração e o Fiscal? Que deveriam ter a preocupação de manter a empresa saudável para garantir aos colaboradores, acionistas e sociedade a continuidade desta empresa tão tradicional na comunidade brasileira.

Quando temos, de fato, o capitalismos voltado para os stakeholders, cada executivo e colaborador irá atuar com integridade, transparência e respeito, porém, ainda não chegamos neste patamar global, estamos em um momento de transição do capitalismo tradicional para este novo capitalismo, e este caso da Americanas reflete o quão atrasado estamos no mercado brasileiro em relação ao internacional.

Enquanto não existir uma compreensão que se as empresas mantiverem comportamentos negativos, elas não saíram do perpetuo círculo vicioso de crises, sejam contábeis ou de corrupção, e o custo decorrente será uma economia mais fraca, desemprego em larga escala e falta de credibilidade em relação as empresas de auditoria externa.

Neste momento no qual as notícias falam em uma potencial recessão global, uma crise reputacional e estrutural como o que acontece com a Americanas, somente irá prejudicar ainda mais a frágil economia brasileira. Entretanto, podemos apontar apenas um responsável? Não podemos, e como sociedade, chegou o momento de decidirmos se temos maturidade ética para de fato sermos um capitalismo de stakeholders.

Estamos em uma encruzilhada ética e moral, mas ainda tenho esperança de que o caso da Americanas será uma grande lição para toda a sociedade brasileira.


Patricia Punder - Advogada é compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da FIA e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patrícia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br


Como a Lei Geral de Proteção de Dados pode influenciar os sistemas de videomonitoramento nas empresas

 

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou o monitoramento dos empregados no ambiente de trabalho por meio da utilização de câmeras. Apesar de a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ter entrado em vigor em 2021, muitos profissionais ainda desconhecem as normas, aplicações e os limites que ela determina a respeito do armazenamento e do tratamento de dados.

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, em agosto de 2022, apenas 23% das empresas brasileiras criaram uma área específica ou funcionários responsáveis por proteção de dados pessoais, demonstrando a baixa preocupação quanto à regulação da segurança da informação, o que pode resultar em problemas futuros. 

Considerando o dado acima, é necessário que as instituições dêem cada vez mais a devida atenção para a inserção de uma política de privacidade efetiva, determinando a razão da obtenção dos dados e sua utilização. A segurança deve sempre estar atrelada à adoção de boas práticas, independentemente de certificação, para garantir a proteção das informações. 

Assim, alguns aspectos precisam ser considerados, como a realização da classificação das informações e o sigilo em todas as etapas; permissão (ou não) da utilização de dispositivos móveis nos locais de captação e armazenamento das imagens; utilização da criptografia e do antivírus para garantir a segurança na transmissão dos dados; gestão de cabeamento, terceirização no processo e outros dados que impactam diretamente a integridade e gestão dos processos de obtenção, tratamento e transmissão das imagens; planejamento e gestão de incidentes de segurança, caso ocorra um vazamento ou perda de dados.

E, ao se tratar do processo de captação de imagens, a empresa responsável pelos arquivos do videomonitoramento precisa estar atenta aos princípios básicos da segurança da informação, tais como: 

  • definição da finalidade das imagens para adequar a coleta de dados por meio do posicionamento das câmeras; 
  • verificação de câmeras em áreas que não demandam monitoramento, evidenciando a boa intenção da empresa e a sua adequação às leis de coleta de informações;  
  • tratamento e transmissão das imagens; 
  • ter uma política de privacidade clara e que seja comunicada internamente e externamente; 
  • não favorecer no processo algum fator relacionado aos dados pessoais sensíveis.

Também é preciso considerar o planejamento e gestão de incidentes de segurança, caso ocorra um vazamento ou perda de dados. Para isso, é fundamental definir corretamente quem são os responsáveis pelo armazenamento das informações da política de privacidade e a sua disponibilização à autoridade nacional.

Por fim, outra exigência estabelecida pela LGPD é a elaboração do relatório de impacto à proteção de dados pessoais. Nele, tem que estar em evidência a análise do cenário de riscos nas operações de tratamento de dados pessoais e a adoção de medidas para mitigá-los. Mediante isso, é primordial que o documento englobe a descrição dos tipos de dados obtidos, metodologia para o levantamento e garantia da segurança das informações, análise sobre as medidas adotadas, medidas de gerenciamento de riscos e identificação dos agentes de tratamento.

 

Cristiano Felicíssimo - vice-presidente de design de projetos da Seal Telecom na América Latina


Volta às aulas: Dicas de como organizar os novos materiais e o que fazer com os usados no ano anterior

Personal Organizer especialista em consumo consciente ensina os pais como preparar o material escolar dos filhos para o novo ano letivo.

Dicas vão desde reaproveitar o que está bom do ano anterior até praticar a caridade com o que já não será mais utilizado


Além de ser o mês das férias de verão, janeiro também é a época em que os pais precisam aprontar os materiais escolares dos filhos para o período de aulas. Sim, isso pode ser o caos para muitas famílias, mas se tivermos consciência na hora de pegar a lista de materiais e partir para as compras, tudo será menos traumático e até recompensador.

Mãe de dois filhos e com experiência no assunto (tanto em âmbito pessoal como profissional), a personal organizer especialista em desapego e consumo consciente Nalini Grinkraut listou 6 ideias de como os pais podem, junto com seus filhos, fazerem as compras dos materiais escolares um momento agradável, inclusivo e divertido: 

1 –   Comece fazendo um inventário do que seus filhos já tem. Olhe os itens de papelaria e separe o que está em bom estado e que pode ser reaproveitado. Retire tudo o que não está em bom uso e precisa ser descartado.

2 – Busque a lista dos materiais indicados pela escola e marque o que seu filho já tem e o que ele precisará.

3 – Para os livros literários avalie a possibilidade de fazer trocas com pais da escola usando os livros do ano que passou na troca para os livros do próximo ano.

4 – Envolva seus filhos nas etapas do processo. Peça ajuda com o inventário e na escolha dos novos materiais.

5 – Aproveite para organizar os materiais do ano anterior que voltaram da escola. Separe o que você gostaria de guardar (como recordação/ item sentimental) e retire o que não será mais necessário. Descarte o que não tiver mais uso e doe o que puder ser reaproveitado.

6 – Não esqueça de etiquetar todos os materiais com o nome do seu filho. Isso ajuda para não confundir com os materiais dos colegas.

 

“Aprontar o material escolar pode ser uma excelente oportunidade de ensinar aos filhos o valor de organizar e cuidar dos seus pertences”, reforça Nalini. Ter uma mochila arrumada e abastecida para o início do ano também pode significar um ponto atrativo para os pequenos se dedicarem aos estudos desde o primeiro dia de aula.

Autora do livro “Casa Arrumada, Vida Leve” (Harper Collins), Nalini Grinkraut quer que as pessoas passem a ter uma relação mais saudável não só com a arrumação, mas também com a existência da bagunça. Seu desejo é desmistificar a organização e mostrar um caminho para se ter paz e harmonia dentro de casa de uma maneira leve e realista. Seu livro também aborda temas como consumo consciente, mudança de hábitos e comportamentos, autoconhecimento e relacionamentos familiares.

Nalini é uma das quatro profissionais brasileiras especializadas e certificadas pelo método KonMari™, de Marie Kondo, especialista em organização mais conhecida e seguida do planeta.

“A sua casa é a extensão do seu corpo. É o seu porto seguro, seu abrigo. É onde você repousa, sua mente relaxa e muitas experiências são construídas. Assim como devemos cuidar do nosso corpo como nosso templo, devemos cuidar da nossa casa como parte de nós. “ – Nalini Grinkraut

 

Sobre seu livro:

Você já teve a sensação de que não importa o quanto organize a sua casa, parece só estar mudando a bagunça de lugar?

Era assim que a autora de “Casa Arrumada, Vida Leve” se sentia. Após o casamento, a mudança de apartamento e a chegada dos filhos, Nalini Grinkraut, que até então se considerava uma pessoa organizada, percebeu que havia perdido o controle da própria bagunça.

Então, Nalini decidiu desvendar os mistérios da arrumação e aprender a organizar de fato. Foi aí que conheceu Marie Kondo, que a fez mudar sua percepção da organização, e a inspirou a seguir carreira como personal organizer e criar o próprio método de arrumação.

A autora traz reflexões sobre como nossas emoções, personalidade e rotina influenciam o ambiente em que vivemos e vice-versa. Além disso, nos mostra que é possível desenvolver uma relação mais consciente e saudável não só com a organização, mas também com a bagunça e nossos hábitos de consumo.  

Livro:  Casa Arrumada, Vida Leve

Autora: Nalini Grinkraut (@nalinigrinkraut)

Editora: Harper Collins

Páginas: 224

Preço: R$ 49,90

Adquira o livro em: https://amz.run/5w4P

 

Sobre a profissional e autora:

Nalini Grinkraut é formada em propaganda e marketing pelo Mackenzie e pós-graduada em administração de empresas pelo Insper. Construiu uma sólida carreira na área de Marketing e, depois, se formou como personal organizer. Atualmente, por meio de suas palestras, consultorias, cursos online e redes sociais, ela se dedica a ajudar as pessoas a arrumarem as suas casas, obtendo mais bem-estar e qualidade de vida a partir da organização.


Como mudar de área dentro do mercado de TI e por onde começar?

Especialista dá dicas para quem deseja fazer a transição de área


Conquistar uma vaga no mercado de trabalho pode ser desafiador muitas vezes. Em 2022, a taxa de desemprego chegou a bater 9,3% e agora atinge cerca de 9,5 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. Na contramão do cenário que atingia todos os setores no país, a área de tecnologia se manteve em alta, com cerca de 20 mil vagas abertas, segundo a Catho, site de classificados de vagas, e com dificuldade em preenchê-las por falta de profissionais qualificados.

Observando o cenário, muitas pessoas pensam em fazer a migração de profissão, mesmo dentro do setor de atuação, aproveitando as vagas que melhor se encaixam em suas expectativas profissionais.

É o caso da Giovanna Linda, desenvolvedora front-end há mais de dois anos, que fez a migração para a área de UI/UX Design. “Eu gosto muito de ser desenvolvedora, mas percebi um mercado muito saturado na função, com muitas oportunidades, mas também muita concorrência. Como já tinha contato com a área de design em outros trabalhos, percebi uma grande oportunidade”, explica a profissional.

A área de TI é muito cogitada porque, além de ter centenas de vagas abertas no mercado, ainda possibilita uma remuneração atrativa e a possibilidade de atuação em empresas internacionais. Com todas essas vantagens, muitos profissionais buscam dicas de como fazer a transição dentro do setor, para garantir a atuação em uma das áreas em alta no país em funções com mais procura pelas empresas.

Para Bruno Rey, cofundador da Hypesoft, consultoria global especializada em soluções de tecnologia, alguns passos são essenciais para que a transição tenha sucesso. O primeiro apontado pelo especialista é a de pesquisa de área. “O ideal é que a pessoa busque saber quais são as funções e formações necessárias para a nova área. É preciso ver se há identificação de fato com a nova função e se o seu conhecimento prévio está ou não condizente com o que as vagas estão procurando”, explica.

Outra dica é conseguir se desenvolver em áreas que abranjam mais funções solicitadas pela maioria das vagas, como os chamados freetechs, aqueles profissionais que conseguem atender mais de uma demanda como front-end e back-end. “Percebemos um interesse maior para profissionais que combinem mais de um conhecimento e experiência. Até mesmo quando já é um profissional sênior em determinada tecnologia e se mostra aberto a aprender uma nova que está surgindo. Toda a experiência não é perdida e é sempre muito bem-vinda!”, comenta Bruno.

É também preciso se inserir no mercado de trabalho. Buscar experiências é essencial para garantir um começo de carreira estruturado e aprimorar as teorias que aprendeu, colocando-as em prática. “O mercado de TI é muito aberto para novos profissionais e, desde a colocação júnior, a remuneração se mostra bastante atrativa”, completa. Porém, o executivo alerta sobre a colocação não ser de cara a que o profissional está acostumado.

E, por fim, vale lembrar que, caso o profissional tenha interesse em migrar para outras áreas, a recomendação é a mesma. “Seja qual for a experiência atual do profissional ou a área escolhida para migração, as dicas devem ser seguidas. É preciso ter paciência nessa transição, já que muitas vezes o profissional de anos de experiência em uma área vai precisar voltar um ou dois passos e aprender de novo em uma nova tecnologia. De qualquer forma, esse crescimento se mostra acelerado e a dedicação tem um retorno rápido ”, finaliza Bruno.

 

Pequenos negócios ganham destaque na agenda do Congresso Nacional em 2023

Expectativa é que projetos relevantes avancem neste ano, principalmente em relação a temas como Microempreendedor Individual (MEI), simplificação tributária e melhorias no Simples Nacional

 

A partir desta quarta-feira (1), os deputados e senadores inauguram os trabalhos legislativos do Congresso Nacional em 2023, após solenidade de posse dos membros da nova legislatura. A expectativa é que projetos relevantes para os pequenos negócios avancem, especialmente com relação a temas como simplificação tributária, limites de enquadramento, reempreendedorismo, Microempreendedor Individual (MEI), melhorias no Simples Nacional e na Lei Geral das MPE, sem contar a Reforma Tributária, considerada uma das pautas mais importantes do ano.

Um dos projetos com grandes chances de aprovação ainda neste ano é o PLP 108/21, que estabelece novos limites para o MEI. O projeto já foi votado pelo Senado Federal e já está pronto para ser analisado pelo Plenário da Câmara dos Deputados. O texto vindo do Senado permite que o trabalhador com receita bruta igual ou inferior a R$ 130 mil se enquadre como MEI. Possibilita também que o MEI contrate até dois empregados.

Outra iniciativa considerada de altíssimo impacto para as MPE é o PLP 178/21, que institui o Estatuto Nacional de Simplificação de Obrigações Tributárias Acessórias, que normatiza nacionalmente a execução e criação de obrigações assessórias e ainda cria um sistema nacional compartilhado entre União, estados e municípios, além de padronizar a emissão de documentos e declarações fiscais, bem como fornecer declarações pré-preenchidas, entre outras medidas. O projeto está no Senado Federal e foi aprovado pela Câmara dos Deputados com grande adesão e compromisso dos deputados.

De acordo com o gerente-adjunto de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Fábio Marimon, responsável pelo Núcleo de Assessoria Legislativa da instituição, uma nova legislatura traz sempre esperança e disposição para aprovar pautas relevantes para a população brasileira. Segundo ele, os projetos relacionados aos pequenos negócios têm alto impacto na sociedade e na economia, por isso, tendem a contar com amplo apoio no Congresso.

“Acreditamos que não há como se falar em partidarismo ao tratarmos dos pequenos negócios. As MPE representam mais de 70% dos empregos no país, 99% de todas as empresas. Elas beneficiam direta ou indiretamente mais de 86 milhões de brasileiros. Ou seja, a MPE traz emprego, boa economia, justiça social e distribuição de renda – vários motivos para uma grande adesão. Sempre contamos com o apoio dos mais diversos partidos e espectros ideológicos por ser uma pauta tão relevante para qualquer político que pense no seu povo ou na sua base eleitoral”, ressalta.

No Congresso, a Frente Parlamentar Mista dos Pequenos Negócios também já está colhendo assinaturas para sua refundação, com amplo apoio dos deputados e senadores. Em parceria com a Frente, o Sebrae participa da organização de eventos, seminários de discussão e reuniões para debater os projetos com vistas a alcançar maior apoio do Congresso, da opinião pública e de instituições, a fim de que temas importantes sejam aprovados.

“Paralelamente, no Sebrae, já está em andamento a elaboração de uma Agenda Legislativa, que terá consulta e participação das unidades estaduais do Sebrae, para que os esforços sejam concentrados naquelas matérias com mais impacto e relevância para as MPE de todo o país”, acrescenta Marimon.


Outros projetos

No Senado, o PLP 127/21 também é considerado relevante, conta com  apoio de muitos estados e tende a ganhar força ainda neste semestre. O projeto torna facultativa aos estados a adoção de sublimites estaduais para fins de recolhimento de ICMS. Atualmente, é obrigatória a aplicação de sublimites de R$ 1,8 milhão e de R$ 3,6 milhões de acordo com a participação da unidade da federação (UF) no Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, eleva os limites do Simples Nacional.

O PLP 33/20, chamado de Marco Legal do Reempreendedorismo, também tem chances de ganhar tração nesta legislatura, segundo o gerente-adjunto. Ele estabelece a renegociação especial extrajudicial, a renegociação especial judicial e a liquidação simplificada, bem como altera a falência das microempresas e empresas de pequeno porte. O projeto está na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Além de forte apelo dos donos de pequenos negócios e das entidades de apoio, também conta com o posicionamento favorável do Sebrae.


Reforma Tributária

O início da nova legislatura também tem movimentações em torno da aprovação da Reforma Tributária. A expectativa do governo é que a proposta seja discutida em abril. O analista tributário da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Edgard Fernandes, aponta que a reforma deve buscar a simplificação do sistema tributário como um todo, preservando o tratamento diferenciado e favorecido aos pequenos negócios, em especial no âmbito do regime do Simples Nacional.

“Toda e qualquer alteração nos tributos deve refletir dentro do regime do Simples Nacional, mantendo, no mínimo, a mesma proporcionalidade que já existe. Também é importante que o objetivo da reforma seja a eficiência dos processos e a desburocratização dos tributos e das suas obrigações acessórias, acarretando, assim, uma redução significativa de custos, do tempo gasto até a arrecadação dos tributos e no consequente aumento da produtividade das empresas”, frisa.


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