Especialista explica que as alucinações olfativas são um fenômeno neurológico e fazem parte da “fase de aura” da doença
Você sabia que a enxaqueca pode se manifestar por meio de alucinações olfativas? Algumas pessoas que sofrem com a doença percebem cheiros incomuns, como fumaça, gasolina, lixo ou algo queimado, antes do início de uma crise. Em alguns casos, podem ser até aromas atraentes, como laranja e perfumes agradáveis.
A neurologista Thais Villa, especialista no tratamento da enxaqueca e diretora clínica do Headache Center Brasil, pioneiro no país nos cuidados integrados da doença, explica que a percepção exagerada de odores que não estão presentes no ambiente é uma condição rara e faz parte de um fenômeno neurológico chamado “fase de aura”.
“As auras olfativas podem aparecer antes ou durante uma crise de enxaqueca e incluir também distúrbios visuais, hipersensibilidade à luz e ao som, com ou sem a presença de dor de cabeça. Essas alucinações podem ser marcadores de uma evolução da enxaqueca, dependendo do quão grave geneticamente seja a doença no paciente”, esclarece Villa.
A especialista acrescenta que algumas pessoas não reconhecem como alucinações olfativas, já que o cérebro entende que o cheiro deve vir de algum lugar concreto, ao contrário do que acontece quando estamos com a visão turva (aura visual).
De causa exclusivamente genética, a enxaqueca não tem cura. O
diagnóstico é realizado a partir da anamnese minuciosa de um neurologista especialista
na doença. O tratamento 360º, que cuida do paciente de forma integrada, é o que
há de mais moderno e indicado no manejo da doença e dos sintomas que ela faz
acontecer. A enxaqueca acomete 15% da população mundial, segundo a Organização
Mundial de Saúde.
Dra Thais Villa (CRM 110217) - Neurologista especialista no diagnóstico e tratamento da enxaqueca. Idealizadora do Headache Center Brasil, clínica multiprofissional pioneira e única no país no diagnóstico e tratamento integrado das dores de cabeça e da enxaqueca. Neurologista com Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Pós-Doutorado pela Universidade da Califórnia (UCLA) nos Estados Unidos. Professora de Neurologia e Chefe do Setor de Cefaleias na UNIFESP entre 2015 e 2022. Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia. Membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Membro do Conselho Consultivo do Comitê de Cefaleias na Infância e Adolescência da International Headache Society. Atua exclusivamente na pesquisa e atendimento de pacientes com dor de cabeça, no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, enxaqueca crônica, cefaleia em salvas e outras cefaleias. Palestrante convidada em congressos nacionais e internacionais.
Headache Center Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário