Pesquisar no Blog

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Outubro Rosa - Novidades em reconstrução mamária avançam no SUS e na rede privada

O procedimento fundamental para a recuperação física e emocional das pacientes, tem avançado tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada, acompanhando as mais modernas técnicas cirúrgicas do mundo
 

Segundo o cirurgião plástico Dr. Leandro Gregório, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o Brasil é referência internacional no acesso à reconstrução. “Hoje, o SUS garante não apenas a cirurgia oncológica, mas também a reconstrução da mama, que pode ser imediata – realizada no mesmo ato da mastectomia – ou tardia, dependendo do quadro clínico da paciente”, explica.
 

O que o SUS oferece

O SUS já disponibiliza reconstrução mamária com próteses de silicone e retalhos (técnicas tradicionais) e, em muitos centros, procedimentos mais modernos como a lipoenxertia – preenchimento com gordura da própria paciente – e o uso de matriz dérmica (material biológico que melhora a sustentação da prótese). “Apesar do custo elevado, a matriz dérmica já está disponível em alguns hospitais públicos e tem melhorado muito os resultados a longo prazo”, afirma Dr. Gregório.
 

Novidades e tecnologias na rede privada

Na rede privada, as tendências internacionais chegam mais rápido e com maior capilaridade. A lipoenxertia é hoje a técnica que mais cresceu no Brasil, por permitir uma simetria muito melhor com a mama não operada. “Utilizamos a técnica da lipoenxertia pois ela traz naturalidade ao resultado e reduz irregularidades”, destaca o especialista.

Outro avanço é a popularização das tatuagens 3D para reconstrução de aréola e mamilo, que dão acabamento estético altamente realista após a cirurgia. Com técnicas de micropigmentação avançada, o procedimento contribui para recuperar a autoestima das pacientes.
 

Reconstrução imediata: impacto emocional positivo

Sempre que o quadro clínico permite, a reconstrução imediata – feita no mesmo ato da retirada do tumor – é recomendada, pois diminui o número de cirurgias, reduz o tempo de recuperação e ajuda a minimizar o impacto psicológico do tratamento. “É um ganho enorme para a paciente saber que acordará da cirurgia com a mama já reconstruída”, reforça o cirurgião plástico que lembra que o SUS e a rede privada estão cada vez mais alinhados com técnicas modernas, devolvendo não só a saúde, mas também a autoestima das mulheres. “A reconstrução mamária é parte do tratamento oncológico e deve ser vista como direito das pacientes”, conclui o cirurgião.


 

Dr. Leandro de Paula Gregório - cirurgião plástico. Especialista pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também tem residência médica em Cirurgia Geral e do Trauma pelo Hospital Odilon Behrens, em Belo Horizonte. Atua com foco em cirurgias estéticas e reconstrutoras, com especial foco em contorno corporal, cirurgias pós-bariátricas e procedimentos estéticos e reconstrutoras das mamas e cirurgias estéticas da face. É autor e coautor de diversos trabalhos científicos apresentados em congressos nacionais e internacionais de cirurgia plástica, além de ter participado de treinamentos (fellowship) e projetos de pesquisa em instituições de destaque no Canadá (Universidade de Montréal), França (Hôpital Pitié-Salpetrière, Paris) e Estados Unidos (Children’s Hospital of Pittsburgh, Pensilvânia). Atua nos hospitais Nove de Julho, Blanc, São Luiz Itaim – Rede D’Or e Vila Nova Star.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados