Sociedade
Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE) reforça os
benefícios da musculação e outras atividades nessa fase da vida
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Outubro inicia com a celebração do Dia Internacional das Pessoas Idosas e Dia Nacional do Idoso (1/10). A população idosa no Brasil deve superar os 40 milhões neste ano, cenário que coloca o país a caminho de se tornar o sexto com a maior população acima dos 60 anos.
Envelhecer é inevitável, mas envelhecer com saúde é uma escolha possível. A prática regular de atividade física na terceira idade tem se consolidado como um dos caminhos mais eficazes para preservar a autonomia, prevenir doenças e manter a qualidade de vida. A Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE) reforça que, além de melhorar a capacidade funcional, o exercício atua de forma significativa na saúde mental, na prevenção de quedas e na redução de riscos associados a doenças crônicas.
Tanto homens quanto mulheres perdem até 75% da potência e 50% da força com o envelhecimento, o que torna a prática de exercícios ainda mais importante. De acordo com o presidente da SBRATE, Dr. João Grangeiro, os benefícios são amplos e atingem diferentes aspectos da saúde: “Realmente, a atividade física para o idoso é primordial na tentativa de melhorar e até tentar erradicar a osteoporose, sarcopenia (perda progressiva de massa muscular), depressão e as doenças crônicas degenerativas de uma maneira geral, como diabetes, hipertensão e aumento de colesterol”.
Contudo, a prática deve ser cuidadosamente planejada. O primeiro
passo é a avaliação médica funcional, capaz de identificar limitações, riscos e
necessidades específicas de cada paciente. Essa análise é indispensável para
direcionar o tipo de exercício mais seguro e adequado. “É fundamental essa
avaliação médico funcional para entender quais são as limitações funcionais,
quais grupos de atividade seriam melhores para aquele paciente. Uma vez feito
isso, é importantíssimo haver uma supervisão profissional, ou seja, essa
atividade deve ser supervisionada ou orientada por um educador físico ou
fisioterapeuta”, orienta o especialista.
Musculação
Se a atividade for a musculação, outro fator essencial é a progressão gradual dos treinos. Muitos idosos iniciam a atividade física tardiamente e, sem o devido cuidado, podem se expor a sobrecargas prejudiciais. Respeitar o tempo do corpo é a chave para que os resultados sejam positivos. Além disso, atenção à hidratação e à nutrição é indispensável. O envelhecimento traz consigo a tendência de ingerir menos líquidos, o que pode comprometer o desempenho e a recuperação. Por isso, manter o consumo de água antes, durante e após os exercícios é vital. Uma dieta equilibrada, rica em proteínas, carboidratos e minerais, garante energia, preserva massa muscular e previne deficiências nutricionais.
Embora muitos associem a musculação apenas ao ganho de massa muscular, sua função para os idosos é voltada à manutenção do tônus, elasticidade e mobilidade articular. Esses aspectos são decisivos para reduzir o risco de quedas, que estão entre as principais causas de internações e complicações entre esse público. “O importante da musculação é que o exercício esteja bem adequado, delineado especificamente para as demandas que ele tem. Não buscamos hipertrofia, mas sim manter tônus muscular e amplitude articular adequada, garantindo equilíbrio e minimizando riscos de quedas”, reforça Grangeiro.
O médico lembra que a prática regular de exercícios deve ser encarada não apenas como um hábito, mas como uma estratégia de saúde pública voltada à longevidade. “Mais do que fortalecer músculos e ossos, o movimento promove socialização, autoestima e sensação de propósito, elementos fundamentais para uma vida mais plena”, conclui.
Sociedade
Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte - SBRATE
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