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quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Quando o pré-diabetes se esconde: sinais sutis que merecem atenção


  • O pré-diabetes é um estado intermediário no qual os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, mas ainda não atendem aos critérios diagnósticos do diabetes tipo 2 ¹,²
  • Apesar de silencioso, esse estágio já sinaliza um risco elevado para desenvolvimento da doença plena e de complicações cardiovasculares²,³ 

 

O pré-diabetes atinge milhões de brasileiros sem que eles percebam. Trata-se de uma condição silenciosa em que os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, mas ainda não configuram o diagnóstico de diabetes tipo 2. Especialistas alertam que, mesmo sem sintomas evidentes, esse estágio já representa um risco elevado para complicações graves, como doenças cardiovasculares, e pode evoluir rapidamente para o diabetes se não for identificado a tempo1,2. 

Em muitos casos, não há sintomas perceptíveis: estima-se que até 80% dos indivíduos com pré-diabetes sequer saibam que estão nessa condição.⁴ Ainda assim, alguns indícios sutis podem surgir, embora facilmente atribuídos a outras causas. Entre eles, estão a fadiga persistente, que se mantém mesmo após períodos de descanso, a visão levemente turva ou oscilante e uma maior propensão a infecções, como as urinárias, candidíase ou feridas que demoram a cicatrizar. Também podem ocorrer dormência e formigamento em mãos e pés, sinais precoces de comprometimento nervoso, além de aumento discreto da sede e da frequência urinária, especialmente durante a noite. 

Como os sintomas são sutis ou ausentes, o diagnóstico de pré-diabetes depende predominantemente de exames laboratoriais¹. A glicemia de jejum, por exemplo, é considerada alterada quando apresenta valores entre 100 e 125 mg/dL⁵. Já a hemoglobina glicada indica risco quando varia entre 5,7% e 6,4%⁶. Outro marcador importante é o teste de tolerância à glicose oral (TTGO), em que valores de glicemia de 2 horas entre 140 e 199 mg/dL configuram tolerância diminuída à glicose⁵. Mesmo na ausência de sintomas evidentes, esses resultados apontam para o estágio de hiperglicemia intermediária que caracteriza o pré-diabetes4,5. 

Embora ainda não haja sinais fortes, o pré-diabetes não é uma condição inofensiva. A própria Merck alerta que, nesse estágio, já existe resistência à insulina: as células respondem menos ao hormônio, e o pâncreas precisa compensar, o que contribui para o aumento progressivo dos níveis de glicose⁷. 

Estudos também evidenciam que indivíduos com pré-diabetes já podem apresentar comprometimento do sistema cardiovascular, lesões renais iniciais ou alterações vasculares antes mesmo do diagnóstico formal de diabetes⁸. Em alguns casos, a evolução pode ocorrer de forma tão silenciosa que o primeiro sinal clínico não é o diabetes em si, mas um evento grave como infarto ou AVC⁹. 

Reconhecer esse estágio silencioso é crucial porque o pré-diabetes representa uma oportunidade de intervenção. Ao identificar os sinais discretos e realizar os exames adequados, é possível mudar o curso da doença e evitar complicações. Pessoas que apresentam fatores de risco adicionais — como excesso de peso, histórico familiar de diabetes, sedentarismo, idade acima de 45 anos ou síndrome dos ovários policísticos — devem estar ainda mais atentas. Conversar com um médico sobre a realização de exames pode ser decisivo para antecipar o diagnóstico e preservar a saúde.

 


Merck
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Referências

  1. Merck. Pré-diabetes – A prevenção começa com informação. Disponível em: Merck Expertise General Medicine – pré-diabetes.
  2. Merck. Checagem sintoma diabetes / pré-diabetes. Disponível em: Merck Expertise General Medicine.
  3. Merck. Quem procura, se cuida (teste de risco e incentivo ao exame de glicemia). Disponível em: Merck Expertise General Medicine.
  4. Merck. Pré-diabetes: estou em risco, e agora? Disponível em: Merck Expertise General Medicine.
  5. Associação Médica Brasileira / Diretrizes de diagnóstico de diabetes mellitus (Sociedade Brasileira de Diabetes).
  6. APM. “Como saber se é pré-diabetes? Veja os sinais e quando procurar um médico.”
  7. Merck. (no texto “Pré-diabetes – A prevenção…” explica a resistência à insulina já presente no pré-diabetes).
  8. APM / Sociedade Brasileira de Diabetes: comentários sobre complicações cardiovasculares já presentes no pré-diabetes.
  9. Merck e campanhas institucionais ressaltam a ideia de que “quem procura se cuida”, destacando que exames regulares podem antecipar diagnósticos silenciosos.


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