A peste bubônica, conhecida historicamente como peste negra, voltou ao noticiário após um morador da região da Sierra Nevada, na Califórnia, testar positivo para a doença. Embora seja rara atualmente, a infecção causada pela bactéria Yersinia pestis ainda circula em áreas rurais e semiáridas. A Dra. Alice Del Colletto, professora e coordenadora do curso de Biomedicina da Estácio, explica que a enfermidade permanece um desafio de saúde pública, mas que pode ser controlada com vigilância e tratamento adequado.
“A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis e transmitida principalmente pela picada de pulgas infectadas que vivem em roedores silvestres, como esquilos e ratos de campo. Em regiões rurais e semiáridas, especialmente no oeste norte-americano, esse ciclo natural entre roedores e pulgas mantém o agente infeccioso em circulação. Apesar de potencialmente grave, a infecção tem tratamento eficaz quando diagnosticada precocemente, com antibióticos que reduzem drasticamente o risco de complicações”, afirma a professora.
O caso norte-americano está sob investigação, e os oficiais de saúde acreditam que a infecção tenha ocorrido durante um acampamento. O paciente pôde se recuperar em casa. Quando tratada rapidamente, a doença apresenta baixos riscos de complicações.
Segundo a especialista, a presença da peste se explica por fatores ambientais e biológicos. “A persistência da peste na atualidade se explica pela presença de reservatórios naturais da bactéria e pelo contato humano com ambientes onde vivem esses animais, além de fatores ambientais, como mudanças climáticas, que podem influenciar populações de roedores e vetores”, diz.
“Embora o risco de transmissão entre pessoas seja muito baixo na
forma bubônica, a forma pneumônica — mais rara — requer atenção especial, pois
pode se espalhar por gotículas respiratórias. Casos isolados, como o recente,
reforçam a importância da vigilância epidemiológica, da orientação à população
sobre prevenção e do acesso rápido a diagnóstico e tratamento, garantindo que o
risco para a sociedade permaneça mínimo”, conclui.
Estácio
estacio.br
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