Segundo
dados do Censo, número de pessoas com 65 anos ou mais de idade cresceu 57,4% em
12 anos; IBGE projeta crescimento nesse número até 2070
Estabelecido pela Organização das
Nações Unidas, o dia primeiro de outubro celebra o dia da pessoa idosa. A data
também traz a importância de conscientizar sobre o envelhecimento e como chegar
a melhor idade com saúde e qualidade de vida. Segundo dados do IBGE, o
país tem mais de 32 milhões de idosos. Em 2070, cerca de 37,8% dos brasileiros
estarão acima dos 60 anos.
Segundo o geriatra do Grupo São Lucas
de Ribeirão Preto, Dr. Wilson Picco (CRM 169422 / RQE 7987), a mudança
demográfica no país ocorreu de forma repentina em comparação com países
europeus, que tiveram uma previsão de envelhecimento em centenas de anos
enquanto o Brasil levou décadas. O acontecimento aponta para preocupações com a
estrutura social e governamental para melhor acolher e estruturar essa
população.
Outro grande desafio apontado pelo
médico está na resistência ou preconceito pela busca da especialidade
precocemente. Segundo ele, muitas vezes os pacientes procuram o geriatra
em situações de dificuldade funcional irreversíveis ou dependentes de
familiares.
“A atuação principal para a qualidade
de vida do envelhecimento está antes disso. É possível prevenir e promover
saúde com controle de comorbidades como doenças crônicas, diabetes,
hipertensão, alterações de colesterol e triglicérides. Existem também outros
pontos importantes, como exames de triagem para detecção precoce de alguns
tipos de câncer e a vacinação, que se torna importante novamente nessa idade
pela queda da imunidade e principalmente pelo aumento de
incidência de doenças respiratórias que trazem risco a vida. Esse olhar global
vem para justamente evitar qualquer perda de funcionalidade”, comenta.
Ele enfatiza que a manutenção da saúde
do idoso como um todo e a priorização da boa alimentação e prática de
exercícios físicos é o grande segredo para uma saúde prolongada,
proporcionando qualidade de vida e favorecendo uma rotina cercada de encontros
e conexões sociais.
“É importante que tenha um seguimento
médico adequado para que façam os exames de prevenção, as orientações para que
possam ter um envelhecimento saudável, orientações quanto a alimentação,
manutenção ou início de atividade física. Mas também um olhar muito importante
para as questões sociais na estruturação da casa, programar o futuro e como
será esse envelhecimento, novas atividades que muitas vezes substituirão
atividades antigas ou por mudança social ou dependência, mas nunca deixar de
estar ativo. É muito importante olhar para a saúde mental e manter os
relacionamentos, encontrar pessoas com o mesmo propósito e se manter vivo
para que a saúde continue acompanhando da mesma forma”, conclui.
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