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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Um pré-natal bem-feito aumenta em 47% a chance de detecção de anomalias em bebês, aponta estudo

Especialista reforça importância do acompanhamento e dos exames durante a gestação 

 

Uma pesquisa brasileira publicada recentemente na revista científica BMC Pregnancy and Childbirth analisou mais de 26 milhões de nascimentos no país entre 2012 e 2020 e revelou um dado alarmante: gestantes que não realizam o pré-natal têm 47% mais chances do não ter o diagnóstico precoce de anomalias congênitas. Além da falta de acompanhamento, outros fatores de risco foram apontados: idade materna acima dos 40 anos, baixa escolaridade e desigualdades regionais. A pesquisa também chama atenção para a influência de fatores biológicos e sociais no desenvolvimento de anomalias, muitos deles evitáveis com acesso à informação, nutrição e cuidados médicos regulares. 

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Fiocruz Bahia, em parceria com o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), e relaciona a ausência do pré-natal a malformações como defeitos no tubo neural, anomalias cardíacas e síndrome de Down. 

Diante desse cenário, a médica radiologista do Grupo Sabin, Andrea Neves, reforça a importância do pré-natal como estratégia essencial para garantir a saúde da gestante e do bebê desde o início da gravidez, prevenindo complicações e reduzindo risco para ambos. Também promove o desenvolvimento saudável do feto, assegura o bem-estar físico e emocional da gestante, oferecendo orientação sobre o parto e cuidados com o recém-nascido, preparando a família para a maternidade. 

O acompanhamento médico permite a detecção precoce de condições que algumas vezes, podem ser tratadas ainda durante a gestação ou mesmo durante o momento do parto. 

“O pré-natal é mais do que uma rotina médica — é uma ferramenta de prevenção, orientação e cuidado integral. Por meio de exames simples, conseguimos identificar riscos, acompanhar o desenvolvimento fetal e algumas vezes intervir, quando necessário, para assegurar o melhor desfecho possível para mãe e bebê”, afirma.

 

Exames recomendados 

Entre os principais exames recomendados durante o pré-natal e oferecidos pelo Sabin estão:

  • Ultrassonografias, incluindo gestacionais, morfológicas e com Doppler.

Identificam e monitoram múltiplos aspectos da gravidez, incluindo o desenvolvimento e o crescimento do feto, a localização e a saúde da placenta, o tempo de gestação e a presença de anomalias fetais ou complicações, como baixo ou excesso de líquido amniótico. A ultrassonografia transvaginal também é essencial para avaliação do colo uterino e previsão de parto prematuro. Ainda podem ser solicitadas em casos especiais ultrassonografias de tireoide, dos rins e vias urinárias, das mamas e Doppler dos membros inferiores.

  • Hemograma completo

Crucial para identificar e monitorar condições como a anemia gestacional, que afeta a oxigenação da mãe e do bebê, além de infecções, ao avaliar a contagem de glóbulos brancos.

  

  • Tipagem sanguínea e fator Rh

Para identificar o grupo sanguíneo da gestante e a presença do fator Rh. Caso haja incompatibilidade, ou seja, a mãe for Rh negativo e o pai Rh positivo, o bebê pode ter Rh positivo, o que pode levar à produção de anticorpos pela mãe que atacam as hemácias do bebê, causando a doença hemolítica do recém-nascido (eritroblastose fetal). Para prevenir isso, a gestante deverá receber uma injeção de imunoglobulina anti-D (vacina anti-Rh).

  • Glicemia e curva glicêmica

Identificam o risco ou a presença de diabetes gestacional, uma condição que afeta os níveis de açúcar no sangue da gestante e pode trazer riscos para a mãe e o bebê. A curva glicêmica é um teste que mede a concentração de glicose no sangue em diferentes momentos após a ingestão de uma bebida açucarada, sendo o teste de rastreio e diagnóstico mais recomendado para a diabetes gestacional, geralmente entre a 24ª e 28ª semana de gestação.

  • Sorologias para HIV, sífilis, toxoplasmose, hepatites B e C, rubéola

Analisam se há a presença de infecções que podem ser transmitidas da mãe para o bebê e que, se não forem tratadas, podem causar complicações graves, como abortamento, parto prematuro ou malformações. Ao detectar essas doenças precocemente, é possível iniciar o tratamento adequado para proteger a saúde da mãe e do feto, além de adotar medidas para prevenir a transmissão para o recém-nascido.

  • Teste pré-natal não invasivo (NIPT)

Identifica o risco de o feto apresentar alterações cromossômicas comuns, como as Trissomias do 21 (Síndrome de Down), 18 (Síndrome de Edwards) e 13 (Síndrome de Patau), além de alterações nos cromossomos sexuais (XXY, XXX, XYY, X) e microdeleções (perdas pequenas de material genético). O exame também pode determinar o sexo do bebê. Ele é realizado com uma amostra de sangue da gestante, que contém DNA fetal, sem oferecer riscos à mãe ou ao bebê.

Além disso, o Sabin também orienta sobre vacinação durante a gestação, em linha com as recomendações do Ministério da Saúde, e realiza triagens neonatais como o Teste do Pezinho, Teste do Bochechinha, Teste do Coraçãozinho e Teste da Orelhinha. “Garantir o acesso ao pré-natal é uma questão de saúde pública e de justiça social. Os dados da pesquisa reforçam a urgência de ampliar o cuidado com a gestante desde o início da gravidez.

 

Grupo Sabin
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