Especialista reforça importância do acompanhamento e dos exames durante a gestação
Uma pesquisa brasileira publicada recentemente na revista científica BMC Pregnancy and Childbirth analisou mais de 26 milhões de nascimentos no país entre 2012 e 2020 e revelou um dado alarmante: gestantes que não realizam o pré-natal têm 47% mais chances do não ter o diagnóstico precoce de anomalias congênitas. Além da falta de acompanhamento, outros fatores de risco foram apontados: idade materna acima dos 40 anos, baixa escolaridade e desigualdades regionais. A pesquisa também chama atenção para a influência de fatores biológicos e sociais no desenvolvimento de anomalias, muitos deles evitáveis com acesso à informação, nutrição e cuidados médicos regulares.
O estudo foi conduzido por pesquisadores da Fiocruz Bahia, em parceria com o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), e relaciona a ausência do pré-natal a malformações como defeitos no tubo neural, anomalias cardíacas e síndrome de Down.
Diante desse cenário, a médica radiologista do Grupo Sabin, Andrea Neves, reforça a importância do pré-natal como estratégia essencial para garantir a saúde da gestante e do bebê desde o início da gravidez, prevenindo complicações e reduzindo risco para ambos. Também promove o desenvolvimento saudável do feto, assegura o bem-estar físico e emocional da gestante, oferecendo orientação sobre o parto e cuidados com o recém-nascido, preparando a família para a maternidade.
O acompanhamento médico permite a detecção precoce de condições que algumas vezes, podem ser tratadas ainda durante a gestação ou mesmo durante o momento do parto.
“O
pré-natal é mais do que uma rotina médica — é uma ferramenta de prevenção,
orientação e cuidado integral. Por meio de exames simples, conseguimos identificar
riscos, acompanhar o desenvolvimento fetal e algumas vezes intervir, quando
necessário, para assegurar o melhor desfecho possível para mãe e bebê”, afirma.
Exames recomendados
Entre
os principais exames recomendados durante o pré-natal e oferecidos pelo Sabin
estão:
- Ultrassonografias, incluindo gestacionais,
morfológicas e com Doppler.
Identificam e monitoram múltiplos aspectos da
gravidez, incluindo o desenvolvimento e o crescimento do feto, a localização e
a saúde da placenta, o tempo de gestação e a presença de anomalias fetais ou
complicações, como baixo ou excesso de líquido amniótico. A ultrassonografia
transvaginal também é essencial para avaliação do colo uterino e previsão de
parto prematuro. Ainda podem ser solicitadas em casos especiais
ultrassonografias de tireoide, dos rins e vias urinárias, das mamas e Doppler
dos membros inferiores.
- Hemograma completo
Crucial para identificar e monitorar condições como
a anemia gestacional, que afeta a oxigenação da mãe e do bebê, além de
infecções, ao avaliar a contagem de glóbulos brancos.
- Tipagem sanguínea e fator Rh
Para identificar o grupo sanguíneo da gestante e a
presença do fator Rh. Caso haja incompatibilidade, ou seja, a mãe for Rh
negativo e o pai Rh positivo, o bebê pode ter Rh positivo, o que pode levar à
produção de anticorpos pela mãe que atacam as hemácias do bebê, causando a
doença hemolítica do recém-nascido (eritroblastose fetal). Para prevenir isso,
a gestante deverá receber uma injeção de imunoglobulina anti-D (vacina
anti-Rh).
- Glicemia e curva glicêmica
Identificam o risco ou a presença de diabetes
gestacional, uma condição que afeta os níveis de açúcar no sangue da gestante e
pode trazer riscos para a mãe e o bebê. A curva glicêmica é um teste que mede a
concentração de glicose no sangue em diferentes momentos após a ingestão de uma
bebida açucarada, sendo o teste de rastreio e diagnóstico mais recomendado para
a diabetes gestacional, geralmente entre a 24ª e 28ª semana de gestação.
- Sorologias para HIV, sífilis, toxoplasmose,
hepatites B e C, rubéola
Analisam se há a presença de infecções que podem
ser transmitidas da mãe para o bebê e que, se não forem tratadas, podem causar
complicações graves, como abortamento, parto prematuro ou malformações. Ao
detectar essas doenças precocemente, é possível iniciar o tratamento adequado
para proteger a saúde da mãe e do feto, além de adotar medidas para prevenir a
transmissão para o recém-nascido.
- Teste pré-natal não invasivo (NIPT)
Identifica o risco de o feto apresentar alterações
cromossômicas comuns, como as Trissomias do 21 (Síndrome de Down), 18 (Síndrome
de Edwards) e 13 (Síndrome de Patau), além de alterações nos cromossomos
sexuais (XXY, XXX, XYY, X) e microdeleções (perdas pequenas de material
genético). O exame também pode determinar o sexo do bebê. Ele é realizado com
uma amostra de sangue da gestante, que contém DNA fetal, sem oferecer riscos à
mãe ou ao bebê.
Além disso, o Sabin também orienta sobre vacinação durante a gestação, em linha com as recomendações do Ministério da Saúde, e realiza triagens neonatais como o Teste do Pezinho, Teste do Bochechinha, Teste do Coraçãozinho e Teste da Orelhinha. “Garantir o acesso ao pré-natal é uma questão de saúde pública e de justiça social. Os dados da pesquisa reforçam a urgência de ampliar o cuidado com a gestante desde o início da gravidez.
Grupo Sabin
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