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terça-feira, 12 de agosto de 2025

Principal causa de morte no país: cardiologistas debatem políticas para prevenção e tratamento de doenças

No Dia do Cardiologista, especialistas e autoridades debatem proposta de Política Nacional, o programa "Agora Tem Especialistas" e ações em torno do cuidado ao coração 


A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) vai reunir cardiologistas, representantes do Governo Federal e de entidades da saúde de todo o país para debater os principais desafios relacionados às doenças cardiovasculares, que seguem como a principal causa de morte no Brasil: elas são responsáveis por cerca de 400 mil mortes por ano – o equivalente a uma morte a cada 90 segundos. 

O evento ocorre no Dia do Cardiologista e marca os 82 anos da entidade na quinta-feira, dia 14, e será palco de importantes debates sobre políticas públicas relacionadas às doenças cardíacas. Entre elas, a proposta do Projeto de Lei 5475/2023, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle das Doenças Cardiovasculares, e o programa “Agora tem Especialistas”, do Governo Federal. 

O Fórum também abordará acesso ao cardiologista e a procedimentos e medicamentos, fila única do SUS, ampliação da Farmácia Popular, judicialização em saúde e formação do cardiologista, com participação do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Ministério da Saúde (MS), entre outras entidades do setor.
 

Política nacional para o cuidado do coração e especialidades  

Apresentado pelo Deputado Zacharias Calil (União/GO), o Projeto de Lei 5475/2023, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle das Doenças Cardiovasculares, propõe sistematizar diretrizes para enfrentamento das DCVs no país, desde ações preventivas até o acesso a tratamentos de alta complexidade. 

A SBC defende o PLl para que a consolidação legal da responsabilidade dos gestores públicos no cuidado com a saúde do coração dos brasileiros e para a ampliação do acesso da população a tecnologias e tratamentos de ponta, a exemplo do Implante Transcateter de Válvula Aórtica (TAVI) e novos medicamentos para colesterol e obesidade. 

Segundo Ribeiro Jr., conselheiro da SBC, o PL beneficiará os médicos — que poderão atuar com mais recursos, maior produtividade e melhores resultados — e também os pacientes, que terão acesso a diagnósticos precisos, exames obrigatórios e terapias modernas: “É urgente elevar o patamar de atendimento da população brasileira. Precisamos envolver todos os envolvidos na cadeia de cuidados para garantir diálogo, controle dos conflitos de interesse e melhoria real na qualidade do atendimento”, ressalta. 

Ele destaca que, embora o SUS já contemple uma série de serviços previstos nessa proposta legislativa, a formalização por meio da lei permitirá cobrar responsabilidade dos gestores e garantir desde a prevenção até o tratamento cardiovascular mais sofisticado. 

Outro tema em pauta será o programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo governo para ampliar o acesso a especialistas no SUS. A SBC alerta para o número crescente de vagas ociosas na residência médica, os baixos valores das bolsas de estudo e a criação de novas áreas dentro da cardiologia, que, segundo a entidade, podem fragmentar uma especialidade essencial ao sistema público de saúde. 

Estima-se que 14 milhões de brasileiros convivam com alguma doença cardiovascular, com impactos expressivos na produtividade e nos custos do sistema de saúde: apenas com infartos, o custo direto anual é estimado em R$ 22,4 bilhões, seguido por R$ 22,1 bilhões com insuficiência cardíaca (ICC), R$ 8 bilhões com hipertensão e R$ 3,9 bilhões com fibrilação atrial.

 

Sociedade Brasileira de Cardiologia -SBC

 

Serviço:  

III Fórum Coração em Foco 

Data: 14 de agosto de 2025

Local: Associação Médica de Brasília – Brasília (DF)

Horário: das 9h às 12h
 


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