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Conhecido
como “Agosto Dourado”, esse mês dedicado à conscientização sobre a importância
do aleitamento materno. A cor dourada simboliza o “padrão ouro” de qualidade do
leite materno, considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo
Ministério da Saúde como o alimento ideal para os primeiros meses de vida.
O leite materno oferece todos os nutrientes necessários para o
crescimento e desenvolvimento, além de anticorpos e fatores de proteção que
reduzem a incidência de doenças respiratórias, gastrointestinais e infecciosas. A recomendação é que seja oferecido de forma
exclusiva até os seis meses de vida e complementado por outros alimentos até,
pelo menos, os dois anos de idade.
Para
a ONG Prematuridade.com, que atua na defesa de políticas
públicas e no apoio a famílias de bebês que nasceram antes das 37 semanas de
gestação, a pauta do Agosto Dourado tem relevância ainda maior. No Brasil,
segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todos os
anos - o que corresponde a aproximadamente 12% de todos os
nascimentos. Nesses casos, o leite materno se torna ainda mais crucial, pois
ajuda a reduzir complicações comuns, como sepse e problemas respiratórios, além
de favorecer o ganho de peso e o desenvolvimento neurológico.
No
entanto, mães de prematuros muitas vezes enfrentam obstáculos adicionais para
amamentar, como a separação do bebê durante a internação em UTI neonatal,
dificuldades de sucção e produção de leite, e o impacto emocional da
hospitalização prolongada. Para apoiar essas famílias, a ONG promove ações de
informação, qualificação de profissionais de saúde e defesa de práticas como o
contato pele a pele e o incentivo à ordenha e oferta do leite materno mesmo
quando a amamentação direta não é possível.
“O
leite materno das mães de prematuros é diferente do leite produzido pelas mães
de bebês que nascem a termo, principalmente no que diz respeito à quantidade de
proteínas, calorias e fatores de proteção. A amamentação do prematuro, além de
fortalecer o vínculo mãe-filho, muitas vezes abalado por longas permanências na
UTI Neonatal, é responsável por favorecer a maturação gastrointestinal e
aumentar desempenho neuropsicomotor dessas crianças”, explica a nutricionista Simone
Saldibia que também é coordenadora do conselho científico da ONG
Prematuridade.com.
Comprometida
com a causa, a entidade apoia a ideia de que todos tenham suporte e
oportunidade para amamentar, sendo fundamental que ninguém fique para trás,
principalmente as mães vulneráveis e de prematuros que podem precisar de amparo
adicional para a prática da amamentação.
“A amamentação é um direito e uma necessidade fundamental para a saúde das crianças, especialmente dos bebês prematuros. A conscientização e o apoio à prática, tanto no ambiente de trabalho quanto na sociedade em geral, são essenciais para garantir que todas as mães possam amamentar seus filhos de forma segura e saudável.”, salienta Simone.
Associação
Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG
Prematuridade.com

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