“O leilão ainda é um mar de oportunidades, mas o setor precisa avançar em cultura, segurança e comunicação para atingir seu verdadeiro potencial” afirma André CEO do Leilão Eletrônico
O mercado de leilões de imóveis tem
evoluído nos últimos anos com a digitalização dos processos, o surgimento de
plataformas especializadas e a entrada de um público mais diversificado, que vê
no modelo uma alternativa para aquisição com desconto e maior agilidade. Ainda
assim, o índice de arrematação — ou seja, vendidos ao maior lance após a
conclusão do leilão — no Brasil segue abaixo do esperado. Um levantamento da
Comissão de Leilões do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário - IBRADIM
mostra que apenas 17% dos leilões judiciais de imóveis urbanos resultam em
venda efetiva, percentual que cai para 12% no caso de imóveis rurais. Nos
leilões extrajudiciais realizados em cartório, os números são ainda menores:
15% para imóveis urbanos e apenas 5% para rurais.
Para André Zalcman, CEO da plataforma Leilão Eletrônico e
especialista no setor há quase duas décadas, os números são um reflexo claro de
duas realidades: “O primeiro ponto é que o leilão ainda é um mar de
oportunidades, porque nem sempre um imóvel que não foi arrematado tem preço ou
condição ruim. Muitas vezes falta apenas visibilidade ou confiança. Por outro
lado, os dados também mostram que o mercado ainda precisa evoluir na cultura de
leilão — há um receio por parte do público, especialmente nos leilões
judiciais, e isso freia o potencial de arremates”.
Outro dado relevante é o índice de suspensões de leilões, que
também impacta negativamente a confiança dos interessados. Nos processos
judiciais, 6% dos leilões de imóveis urbanos e 9% dos rurais são suspensos. Já
nos extrajudiciais realizados em cartórios, esse número é apenas 1% e 2%,
respectivamente — o que reforça a percepção de maior estabilidade e segurança
jurídica no ambiente extrajudicial. Além disso, o perfil dos leilões também varia
conforme o ambiente. No Judiciário, 26% dos imóveis levados a leilão são
rurais, enquanto nos cartórios, esse percentual é de apenas 3%, mostrando uma
predominância clara de ativos urbanos na esfera extrajudicial.
Para Zalcman, o momento é de aprendizado e ação conjunta: “Esses
dados confirmam percepções de quem está no mercado, mas também apontam caminhos
concretos para evolução. É preciso investir em informação, cultura e estrutura,
tanto por parte dos operadores do mercado quanto do próprio Poder Judiciário,
que tem papel essencial em construir entendimentos mais estáveis e confiáveis.
À medida que isso avança, o leilão se fortalece como uma opção segura, ágil e
vantajosa para todas as partes envolvidas”. A plataforma Leilão Eletrônico atua
em todo o Brasil, com foco em imóveis judiciais e extrajudiciais, oferecendo
uma experiência segura, transparente e 100% online para compradores e
vendedores.

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