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| Divulgação Marista Escola Social Irmão Justino |
A infância, fase essencial para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo, tem sido comprometida por fenômenos como a adultização precoce e a superexposição infantil. Educadores e especialistas do Marista Escola Social Irmão Justino alertam para os riscos dessas práticas e defendem medidas concretas para garantir o direito ao brincar, à imaginação e à proteção integral das crianças.
Segundo o sociólogo Manuel Sarmento, a infância deve
ser entendida como uma categoria social geracional, refletindo os interesses e
transformações da sociedade. No entanto, contextos familiares fragilizados e
práticas cotidianas têm antecipado responsabilidades adultas às crianças, como
o cuidado de irmãos menores, preocupações estéticas e uso de roupas inadequadas
para a idade.
Os desafios da era digital também trazem alertas importantes. O uso excessivo de telas e a falta de supervisão familiar têm se tornado obstáculos para educadores. O acesso irrestrito a conteúdos impróprios exige das escolas estratégias de acolhimento que respeitem as singularidades de cada criança.
A psicóloga Aparecida Tatiane de Almeida Carneiro, a
coordenadora pedagógica Rosana Braga Souza e a assistente social Thaiane Rosa
do Nascimento Freitas destacam que a escola deve ser um espaço de afeto,
proteção e ludicidade.
“É preciso garantir o direito ao brincar e promover
aprendizagens significativas em ambientes convidativos, em contato com a
natureza e com projetos educativos que respeitem as infâncias”, afirmam.
Impactos da adultização infantil
De acordo com o Instituto Alana, a adultização infantil é caracterizada pela exposição precoce a conteúdos e vivências da vida adulta, podendo gerar impactos físicos, emocionais e sociais. A influência das redes sociais, somada à lógica capitalista e ao distanciamento nas relações familiares, têm tornado as crianças mais vulneráveis a transtornos como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
Vale ressaltar que a adultização é também uma forma de violação de direitos, pois ignoram o bem-estar e interesses da criança. “A forma instantânea como que as redes sociais são organizadas com informações rápidas e excessivas, pode expor os jovens a transtornos de ansiedade, depressão, transtornos alimentares, despertar inseguranças relacionadas à autoimagem, contribuir para baixa tolerância à frustração, deixando marcas neste momento crucial para formação de identidade”, destacam as educadoras.
Nesse contexto, torna-se essencial que as práticas escolares estejam alinhadas ao princípio da prioridade absoluta, previsto na Constituição Federal e reafirmado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garantindo que os direitos de crianças e adolescentes sejam efetivados em sua integralidade.
Mais do que um espaço de ensino, a escola deve assumir uma postura ativa na defesa dos direitos da criança e do adolescente. A Política de Proteção Integral do Marista Brasil estabelece diretrizes para prevenir situações de risco e orientar o encaminhamento de casos de violação.
A parceria entre escola e família é apontada como essencial para criar redes de proteção eficazes. Campanhas educativas, rodas de conversa e atividades lúdicas têm se mostrado ferramentas importantes para sensibilizar a comunidade e fortalecer os vínculos com os alunos.
Garantir que a infância seja vivida em sua plenitude é um compromisso coletivo. Isso significa respeitar o tempo e o ritmo de cada criança, promover espaços seguros e estimular o brincar como forma de expressão, aprendizagem e construção de identidade.
Como afirmou o educador italiano Loris Malaguzzi,
referência na pedagogia da infância: “A escola deve ser um lugar de
acolhimento, amor e respeito”.
Marista Escola Social Irmão Justino
Aparecida Tatiane de Almeida Carneiro (psicóloga),
Rosana Braga Souza (coordenadora pedagógica)
Thaiane Rosa do Nascimento Freitas (assistente social).

Tema muito importante para considerarmos com as infancias e juventudes contemporâneas. Parabens às Educadoras.
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