Celebrado
em 14 de agosto, data chama atenção para o papel essencial do cardiologista na
prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças que mais matam no mundo e que
agora afetam também pessoas cada vez mais jovens.
No
dia 14 de agosto é celebrado o Dia do Cardiologista, data criada pela Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC) para conscientizar a população sobre a
importância dos cuidados com a saúde cardiovascular. A Organização Mundial de
Saúde (OMS) estima que doenças cardiovasculares representam 32% de todas as
mortes, com 17,9 milhões de óbitos estimados por ano. O cenário ainda alerta o
aumento de casos entre pessoas com menos de 40 anos. Segundo a Associação
Paulista de Medicina, um levantamento com dados do sistema público de saúde
mostra aumento de 150% de infartos nessa faixa etária.
O
médico cardiologista do Hospital São Lucas em Ribeirão Preto, Dr. Leon Macedo
(CRM: 105.933 / RQE: 78205 / 782051), explica que esse crescimento alarmante
está ligado a fatores como estresse crônico, má alimentação, sedentarismo,
tabagismo, abuso de álcool, noites mal dormidas e obesidade. Além disso, a
ausência de check-ups regulares e o desconhecimento dos riscos cardiovasculares
também contribuem para esse cenário.
“O
maior desafio atual é antecipar o risco antes que o problema apareça. Com o
envelhecimento da população, vemos um número crescente de pessoas com doenças
cardiovasculares, mas o que mais chama atenção é o aumento em jovens, muitas
vezes assintomáticos. E isso muda o foco da atuação médica. Em vez de tratar só
as consequências, o cardiologista moderno precisa prevenir o que está por vir”,
acrescenta.
A
especialidade atua em cuidados para além do coração. O profissional é também
responsável por artérias, veias, circulação e pressão arterial, trabalhando
desde a prevenção até o tratamento de infartos, AVCs, arritmias, hipertensão,
colesterol alto e insuficiência cardíaca.
Diante
de dados preocupantes, a área da cardiologia é uma das que mais evoluem em
tratamentos e tecnologia na medicina. Entre as novidades, estão terapias
personalizadas para colesterol, procedimentos minimamente invasivos, como o
implante de válvulas por cateter sem cirurgia aberta, monitoramento remoto de
arritmias e pressão arterial por dispositivos inteligentes, avanços em medicações
modernas para insuficiência cardíaca, com melhor controle dos sintomas e
aumento de sobrevida e uso de inteligência artificial para estratificação de
risco e decisão clínica. Essas novas técnicas ajudam na precisão, agilidade e
efetividade na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares.
Apesar
das inovações, o médico afirma que o básico bem-feito ainda é a maior fonte
para contenção de riscos. Segundo a American Heart Association, há oito pilares
fundamentais para uma vida com menor probabilidade de desenvolver doenças
cardiovasculares. São eles alimentação saudável, peso corporal adequado,
atividade física regular, abandono do tabagismo, controle da pressão arterial,
colesterol em níveis ideais, controle da glicose no sangue e sono de qualidade.
Exames
como eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma, exames laboratoriais
e, em alguns casos, tomografia de coronárias, fazem parte do acompanhamento
regular, principalmente para quem tem histórico familiar ou já apresenta
fatores de risco.
“Ao
avaliar e acompanhar cada um desses pontos, é possível fazer um mapa completo
da saúde cardiovascular do paciente e traçar estratégias personalizadas para
reduzir riscos. Em resumo, a função do cardiologista vai
muito além de cuidar apenas do coração. Ele atua na prevenção, diagnóstico e
tratamento das principais causas de morte no mundo, com foco cada vez maior em
se precaver antes que a doença aconteça. E com a realidade de mais jovens
adoecendo e pessoas vivendo mais, cuidar do coração não é mais uma escolha, é
uma necessidade. Se você nunca foi ao cardiologista, talvez este seja o momento
certo para começar”, orienta.
Grupo São Lucas de Ribeirão
Preto (SP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário