Segundo doutor em Psicologia, Comitê Olímpico Brasileiro tem investido significativamente no suporte psicológico dos esportistas
A Psicologia do Esporte vem demonstrando que as
principais diferenças entre os atletas não se encontram nos âmbitos
físico, técnico e tático, mas sim na capacidade de enfrentamento de situações
específicas e, muitas vezes, estressantes geradas durante as competições.
Segundo Danilo Suassuna, doutor em psicologia e diretor do Instituto Suassuna, que oferece pós-graduação e forma psicólogos atuantes, as Olimpíadas
recentes têm mostrado que a mentalidade ligada ao chamado “complexo de
vira-lata” está mudando, com atletas brasileiros demonstrando crescente
confiança e resiliência, resultado de um suporte psicológico robusto oferecido
pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
O especialista conta que, historicamente, o
complexo de vira-lata refletia uma autopercepção negativa, onde muitos
brasileiros acreditavam não serem capazes de competir de igual para igual no
cenário internacional. “Este complexo não era apenas uma barreira psicológica,
mas também afetava a performance esportiva, limitando o potencial dos atletas.
No entanto, Ney Wilson, diretor do COB, afirma que essa era está chegando ao
fim. Os atletas brasileiros estão cada vez mais preparados mentalmente para
enfrentar e vencer adversidades nas competições internacionais”, afirma Danilo
Suassuna.
O doutor em psicologia ressalta que, nos últimos
anos, o COB tem investido significativamente no suporte psicológico de seus
atletas, entendendo que a preparação mental é tão crucial quanto a física. “A
organização implementou programas abrangentes de apoio psicológico. Estes
programas incluem sessões de terapia individual, workshops sobre manejo de
estresse, técnicas de visualização e mindfulness, além de acompanhamento
contínuo por psicólogos do esporte”, detalha.
Segundo Suassuna, o suporte psicológico é muito
importante para que os atletas consigam lidar bem com a pressão e as
expectativas durante as Olimpíadas, que representam o ápice de suas carreiras.
“Entre os cases de sucesso observamos atletas como Rebeca Andrade, que
conquistou a medalha de ouro na ginástica artística em Tóquio 2020, e Bruno
Fratus, nadador que, após várias tentativas, finalmente conquistou uma medalha
olímpica em Tóquio”, diz ele.
Para Suassuna, é cada vez mais nítida a percepção
de que a saúde mental é um componente fundamental do treinamento esportivo.
“Essa abordagem holística está ajudando a formar uma nova geração de atletas
mais confiantes e preparados, não é à toa que a psicologia do esporte tem
ganhado tanta força”, avalia.
Ele explica que o Instituto Suassuna oferece uma pós-graduação voltada ao tema, visando aos profissionais que querem aprender mais sobre como a preparação mental pode influenciar o desempenho atlético. “Compreender o estilo cognitivo dos atletas é vital para traçar futuras inferências sobre seu comportamento em situações de competição, por isso estudar a fundo a psicologia do esporte é essencial para quem deseja atuar na área”, finaliza Danilo Suassuna.
Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: @danilosuassuna.
Instituto Suassuna
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