É preciso coragem e humildade para reconhecer que somos seres guiados mais por emoções e sentimentos do que por pura lógica e racionalidade, especialmente no ambiente das organizações, onde estamos submersos em cenários macro acelerados, imprevisíveis e incertos. Quando discutimos sobre equipes de alto desempenho, estamos também nos referindo a indivíduos que possuem a competência e a agilidade emocional necessárias para colaborar de forma produtiva e eficaz.
Neste contexto, a inteligência
emocional é um exercício consciente de observar reações de maneira neutra. Ela
envolve a habilidade de reconhecer processos internos em resposta às
informações sensoriais que recebemos do ambiente ao nosso redor. Apesar de frequentemente
nos vermos como processadores lógicos, nossos cérebros são, na verdade,
formados para processar narrativas e sentimentos e isso indica que nossos
conceitos e pensamentos estão profundamente enraizados em experiências
emocionais.
Com frequência, nosso vocabulário
emocional se limita a expressões simplificadas, como "me sinto bem"
ou "me sinto mal". No entanto, a capacidade de gerenciar emoções de
forma efetiva está diretamente ligada ao nível de alfabetização emocional e,
por isso, é necessário desmistificar a ideia de que focar em nossos sentimentos
nos aprisiona em emoções difíceis. Quanto mais conseguirmos aceitar as nossas
emoções, sem resistências, maior será a oportunidade de processá-las e,
consequentemente, diminuir seu impacto sobre nós. Como diz o ditado, "o
que resistimos, persiste".
É fundamental identificar e articular
os sentimentos que experimentamos internamente, sejam eles tristeza, ansiedade,
felicidade, medo, encantamento ou tranquilidade. Em contextos corporativos,
isso faz com que os líderes e membros da equipe sejam capazes de resolver
conflitos de maneira mais construtiva, além de criar um ambiente de trabalho
onde todos se sintam valorizados e compreendidos.
Por fim, é crucial entender que a
inteligência emocional não é um atributo fixo, mas uma habilidade que pode ser
desenvolvida e aprimorada ao longo do tempo. Investir em treinamentos,
workshops e práticas que promovam a alfabetização emocional pode trazer
benefícios significativos para as organizações, não apenas em termos de
produtividade, mas também em termos de satisfação e bem-estar dos
colaboradores, os tornando emocionalmente ágeis.
A verdadeira força de uma equipe de
alto desempenho reside na capacidade de seus membros de navegar pelas
complexidades emocionais com agilidade e compreensão, em vez de investir tempo
e energia em evitá-los ou escondê-los, transformando desafios em oportunidades
de crescimento e sucesso coletivo.
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