Não me vejo como alguém que fez muito”. “Obrigada pelo reconhecimento, mas pode ter sido sorte”. “Às vezes me pego pensando que sei tão pouco”. “Como é possível que eu tenha alcançado isso?”. Você já se pegou pensando assim? Mesmo após se dedicar e conquistar seus objetivos, sentir-se inadequado para aproveitar essas conquistas pode ser uma forma de sabotagem pessoal chamada de Síndrome do Impostor.
Identificada
em 1978 por Pauline Clance, psicóloga e professora da Universidade da Geórgia
(EUA) e Suzanne Imes, sua assistente, este fenômeno psicológico, caracterizado
pela dificuldade em reconhecer suas próprias habilidades e conquistas, afeta
não apenas a autoestima, mas também o desempenho profissional e emocional.
De acordo
com pesquisas conduzidas pela International Stress Management Association
(ISMA-BR) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os números são
alarmantes: aproximadamente 65% dos profissionais em diferentes áreas se sentem
ou já se sentiram como impostores.
E entre esses,
as mulheres são as mais afetadas, representando cerca de 80% dos casos. A
pesquisa de Pauline e Suzanne revelou que a síndrome afetava, em grande
maioria, mulheres de sucesso. Pessoas altamente capacitadas, tanto em
experiência como academicamente.
Posso dizer,
sem vergonha alguma, que fiz parte dessas estatísticas. Durante muitos anos me
vi refletida na persona da Theka Moraes, um apelido adotado no ambiente
profissional.
A jornada
para se reconciliar com a minha identidade foi marcada por desafios internos,
incluindo o medo de ser descoberta como uma fraude e a constante comparação com
os outros. Além desses sabotadores, outros sintomas clássicos são a dificuldade
em aceitar elogios ou reconhecimento, dúvidas sobre as próprias competências,
procrastinação, medo do sucesso e a necessidade de agradar por medo da rejeição
e abandono.
Sofri
constantemente com a influência dos estados de poder negativos! Um vazio que só
foi preenchido quando me reconectei com a minha verdadeira essência, o meu verdadeiro
eu. Em um profundo processo de autoconhecimento, encontrei a força para optar
por retomar meu nome de batismo, Thereza Cristina, o utilizando
profissionalmente.
Essa decisão
não apenas representou uma cura interior, mas também um reconhecimento das
minhas próprias habilidades e conquistas. A distinção entre a Theka Moraes e a
Tereza Cristina refletiu não apenas em diferentes aspectos da minha
personalidade, mas também em uma jornada de autenticidade e aceitação.
Por meio do
desenvolvimento pessoal, é possível não apenas reconhecer as próprias
habilidades, mas também aprender a lidar com os sabotadores internos que alimentam
essa síndrome. A saída é se libertar de estereótipos, padrões mentais,
emocionais e comportamentais impostos pela sociedade, padrões inclusive
oriundos da ancestralidade e traumas adquiridos na infância.
Quem disse
que eu não sou capaz?
A questão é
que, em um mundo multifuncional, as mulheres foram perdendo a conexão com a sua
essência feminina, do sentir, para viver muito mais o seu Eu masculino,
caracterizado pelo fazer. O poder do sagrado feminino na sua essência é a fonte
e a base da autorrealização da mulher.
Ao invés de
permitir que a síndrome do impostor se torne uma barreira para o sucesso, é
essencial buscar estratégias para administrá-la e transformá-la em uma
ferramenta de crescimento pessoal e profissional.
O desafio de enfrentar nossas crenças limitantes é diário e não deve definir o curso de nossas vidas. Vamos abraçar a nossa autenticidade e acreditar no valor próprio, independentemente das dúvidas e inseguranças que possam surgir ao longo do caminho!
Thereza Cristina Moraes , formada em Gestão Comercial pela Anhembi Morumbi, com MBA em Ciências da Mente e Liderança Humanizada, especializada em essência feminina, conexões e Síndrome do Impostor. É mentora e palestrante com 15 anos de experiência em negócios e nas principais plataformas de eventos de networking corporativo e multinacional.
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