Os tremores, o sintoma mais conhecidos de doenças como Parkinson e tremor essencial, podem ser tratados com alguns procedimentos, mas muitos sequer os buscam por falta de conhecimento
No dia 14 de abril foi comemorado o dia do neurocirurgião, uma data importante, localizada no mês de Abril que também é considerado o mês do Parkinson. Ressaltamos, então, o papel desse profissional para o tratamento cirúrgico de condições neurológicas, como o Parkinson e o Tremor Essencial, ambos problemas que possuem tratamentos cada vez mais efetivos, mas que a maioria dos pacientes sequer conhece.
De acordo com o neurocirurgião com atuação em Parkinson e tremores, Dr. Bruno Burjaili, é nesta parte que entra o profissional, para orientar o paciente e lhe apresentar os tratamentos disponíveis em busca de melhores resultados.
“O neurocirurgião tem um papel
fundamental para confirmar a indicação do procedimento, educar expectativas,
explicar detalhes sobre o mesmo e acompanhar o paciente em toda a sua
trajetória neste processo. Um procedimento bem indicado e bem realizado pode
fazer uma grande diferença sobre a vida prática de quem luta contra problemas
assim”, afirma.
Tratamentos para
tremores pouco conhecidos
O tremor é um dos sintomas de problemas neurológicos mais conhecido e um dos que mais afeta a habilidade para tarefas cotidianas e a qualidade de vida do paciente. No entanto, atualmente, existem tratamentos que podem reduzir bastante esse problema, como explica o Dr. Bruno Burjaili.
“A Estimulação Cerebral Profunda, o ‘marca passo cerebral’, é uma das opções bastante válidas para aquele paciente que já está sendo tratada há algum tempo, mas não tem o controle suficiente sobre os seus sintomas. Tremores, rigidez e lentidão são exemplos de dificuldades que podem se atenuar intensamente com o procedimento, inclusive, em diversos casos, é possível que ocorra a redução do uso de medicamentos”.
“Outra opção mais recente, mas que já é feita no mundo há mais de dez anos, é o Ultrassom Focalizado de Alta Intensidade. Nesse caso, a doença em que ele está mais consolidado é o tremor essencial, mas também pode ser considerado em alguns casos para a doença de Parkinson”.
“Sempre insistimos na divulgação de procedimentos como esses, já que sabemos sobre a enorme quantidade de pessoas que sofrem com a doença de Parkinson, tremor essencial e distonia e não receberam nem mesmo a informação sobre a existência dessas possibilidades. Elas não serão aplicadas a todos, naturalmente, mas sabemos que as estatísticas demonstram que mais de 90% de quem poderia se beneficiar com eles não chega a recebê-los. Precisamos modificar este cenário”, afirma o Dr. Bruno Burjaili.
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