No universo das doenças autoimunes, a presença feminina é a maioria. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos de Lúpus ocorrem em mulheres e se manifestam, principalmente, na faixa etária entre 15 e 45 anos1
Doenças autoimunes estão presentes na vida de milhões de mulheres em
todo o mundo. Isso pode ser um fator para explicar a disparidade de gênero
observada, por exemplo, em doenças como o Lúpus Eritematoso Sistêmico, já que
entre 10 pacientes, nove são do sexo feminino. ¹ Um estudo recente publicado
pela revista Cell revela que uma molécula produzida pelo cromossomo X pode
desencadear a produção de anticorpos que atacam as próprias células do corpo
feminino, podendo resultar em um maior risco de desenvolver doenças
autoimunes².
No contexto das doenças autoimunes, como o lúpus, a influência do
estrógeno em mulheres tem sido objeto de estudo. Pesquisas indicam que níveis
elevados desse hormônio podem desencadear e agravar o lúpus, resultando em uma
incidência significativamente maior da doença em mulheres. Evidências sugerem que
o estrógeno pode intensificar a resposta inflamatória e a ativação das células
do sistema imunológico envolvidas no lúpus³. Essas descobertas sublinham a
complexa interação entre hormônios sexuais e doenças autoimunes, apontando para
a necessidade de uma abordagem terapêutica mais personalizada e conscientização
sobre os desafios enfrentados pelas mulheres com lúpus.
Segundo Edgar dos Reis Neto (CRM:
114511 SP), reumatologista e professor da Escola Paulista de Medicina da
UNIFESP, "O Lúpus e outras doenças autoimunes representam um desafio
significativo, especialmente para as mulheres, cujo sistema imunológico muitas
vezes se volta contra elas mesmas. É muito importante entender essa complexa
interação entre genética e hormônios para oferecer um cuidado mais abrangente e
personalizado às pacientes que possuem esta condição".
No caso do Lúpus, citado pelo reumatologista Edgard dos Reis Neto,
a doença representa um grupo de condições complexas em que o sistema
imunológico também ataca erroneamente as células saudáveis do corpo,
desencadeando inflamação e danos aos tecidos4.
Só no Brasil, estima-se que o Lúpus atinja entre 150 mil e 300 mil
indivíduos.3 Isso sem contar com outras doenças do tipo, que
continuam a afetar a população, em especial a feminina. Estudos também indicam
que mulheres de origem étnica africana, hispânica e asiática têm maior
probabilidade de desenvolver a doença5. Essa prevalência desigual
ressalta a necessidade de uma abordagem específica para o diagnóstico e
tratamento desse grupo.
Tratamento adequado
O tratamento das doenças autoimunes, incluindo Lúpus, envolve uma
abordagem multidisciplinar, incluindo medicamentos imunossupressores, anti-inflamatórios
e medicamentos para o controle dos sintomas3. No caso de Lúpus, as
mulheres podem contar com tratamentos inovadores que prometem melhorar sua
qualidade de vida. Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável,
com alimentação balanceada, atividade física regular e redução do estresse. As
mulheres com doenças autoimunes devem ser acompanhadas por uma equipe médica
especializada, que possa fornecer orientações e suporte contínuos.
Sobre o LES
É uma doença inflamatória autoimune, que atinge cinco milhões de
pessoas em todo o mundo.5 Sem cura, o lúpus costuma evoluir lenta e
gradualmente, o que dificulta o diagnóstico. Os principais sinais e sintomas
são fadiga, dor, inchaço ou artrite, febre e lesões na pele4
Sentindo na Pele: um documentário sob o ponto de vista de
quatro pacientes autoimunes
Produzido pela AstraZeneca, em parceira com o Centro Universitário
Belas Artes de São Paulo, Sentindo na Pele é uma minissérie documental inédita
e retrata histórias de quatro mulheres diferentes que convivem com a doença
autoimune Lúpus. Nele, elas contam suas jornadas como pacientes autoimunes e
como isso afeta diversos núcleos de suas vidas. O conteúdo está disponível no
site da campanha de conscientização Lúpus: A Marca da Coragem, o Link
AstraZeneca
astrazeneca܂com܂br
Instagram @astrazenecabr
Referências
Ministério da Saúde: Lúpus. Disponível em: Link
Xist ribonucleoproteins promote female sex-biased autoimmunity. Disponível em: Link
The landscape of systemic lupus erythematosus in Brazil: An expert panel review and recommendations, Jul/2021
Sociedade Brasileira de Reumatologia. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Disponível em: Link. Acesso 22/08/2022.
Lúpus Fondation of América. National Resource Center on Lupus. Lupus facts and statistics. Disponível em: Link
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