A marca referência em alimentação saudável ainda orienta os familiares sobre como lidar com a doença. Confira!
Em todo o mundo, é grande o número de pessoas que
sofrem com doenças mentais. Cerca de 47 milhões são diagnosticadas com
demência, com uma estimativa de 8 milhões de novos quadros anualmente.
Segundo a consultora e nutricionista da Jasmine,
Adriana Zanardo, as causas mais comuns são a própria doença de Alzheimer (DA),
demência vascular (quando falta sangue para o funcionamento adequado do
cérebro) e fatores associados. “Uma das possíveis explicações para os números
estarem continuamente aumentando é que, atualmente, não existe um tratamento
significativamente eficaz que possa modificar a evolução da doença. Além disso,
as alterações patológicas parecem ocorrer muito antes de sua manifestação
clínica, fazendo com que, quando diagnosticada, a doença esteja em um nível com
certo grau de avanço”, explica.
Nas últimas décadas, os estudos relacionados ao
impacto do padrão alimentar e da prática de atividades físicas no Alzheimer e
outras doenças mentais têm avançado significativamente e apontam para um
caminho em que a dieta pouco saudável parece ser um fator de risco chave,
devido às ações anti-inflamatórias e antioxidantes que vitaminas, minerais e
outros ativos exercem nas células cerebrais. No entanto, as evidências não são
sólidas.
Nesse contexto, Adriana destaca que o padrão
alimentar mediterrâneo tem sido amplamente relacionado à
prevenção e tratamento de uma série de doenças, inclusive as que acometem o
sistema nervoso, visto que fornecem boas quantidades de antioxidantes,
vitaminas do complexo B e ácidos graxos insaturados, os quais possuem ação
neuroprotetora quando associados.
Dieta mediterrânea: quais
alimentos incluir?
A nutri esclarece que a dieta é baseada,
principalmente, em vegetais (todos), frutas (todas), oleaginosas
e sementes como castanha de caju, nozes, avelã, amêndoa,
semente de abóbora, gergelim, chia e
linhaça, além de grãos
integrais, por exemplo, quinoa, aveia, arroz
integral, amaranto, milho,
feijão, grão de bico, lentilha e ervilha, bem como legumes (todos),
gorduras saudáveis, como azeite de oliva extravirgem,
abacate, salmão, atum, sardinha, azeitona e proteínas brancas sem excessos
de gorduras saturadas.
“Seguindo essa lógica,
recomenda-se minimizar, o máximo possível, o consumo de carne vermelha, doces,
alimentos processados de baixa qualidade nutricional e bebidas adoçadas com
açúcar, os quais são frequentemente associados ao padrão alimentar ocidental
que, por sua vez, tem sido diretamente relacionado ao risco aumentado de Doença
de Alzheimer”, complementa.
Guia de conduta para os
familiares de pacientes com Alzheimer
Antes de tudo, é imprescindível o acompanhamento
médico. No Brasil, existem centros de referência do Sistema Único de Saúde
(SUS) que oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para
pacientes com Alzheimer, como também medicamentos que auxiliam a retardar a
evolução dos sintomas.
“A respeito da adaptação da
rotina alimentar, depende da fase que o paciente se encontra”, pontua a nutricionista. Segundo as informações do Ministério da Saúde,
o quadro costuma ser dividido em 4 estágios:
- Estágio 1 (forma inicial): alterações em memória, personalidade e habilidades visuais e espaciais;
- Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar
movimentos. Pode ter agitação e insônia;
- Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência (urinária e
fecal). Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;
- Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções
intercorrentes.
“Nesse sentido, as adaptações
precisam ser feitas, principalmente, conforme estágio da doença, nível de
consciência e estado nutricional, pois, em alguns casos, é indicado que o
paciente não se alimente mais por via oral (boca) devido ao risco de
broncoaspiração, sendo necessária a passagem de sonda nasoenteral. Não sendo
esse o caso, ter uma rotina com horários bem definidos e ambientes organizados
pode ajudar na adaptação. Os alimentos e preparações mais macias e úmidas,
livres de sementes e cascas também podem ser bem-vindas”, detalha.
Confira algumas sugestões nutricionais favoráveis
para melhor adaptação do paciente:
- Arroz integral bem cozido e úmido ao invés de
mais sequinho;
- Banana amassada bem misturada com aveia em flocos finos ou
farelo de aveia ao
invés da banana picada com aveia em flocos grossos;
- Carne moída com molho ao invés de bife;
- Pão integral com grãos e sementes já na massa ao
invés daquelas opções com a borda com esses alimentos.
“O ideal é que a alimentação
seja o mais variada possível, incluindo todos os grupos alimentares. É possível
combinar os ingredientes da forma que funcionar para o paciente e cuidador,
conforme nível de consciência, preferências alimentares, condições financeiras,
dentre outras condições”, orienta.
Já no caso em que existe a dificuldade em mastigar
os alimentos, a dica é sempre buscar a opinião da equipe multidisciplinar. “É essencial
a avaliação do médico e fonoaudiólogo que, por meio de exames específicos,
analisarão alterações na deglutição e, dessa forma, instruirão na melhor
conduta. Caso a via oral seja liberada, a fonoaudióloga poderá indicar a melhor
consistência, inclusive de líquidos, visto que, em alguns casos, é indicado o
uso de espessante”, finaliza a nutri.
Vale lembrar que a Associação Brasileira de
Alzheimer (ABRAZ) oferece suporte para os familiares e
pacientes que estão lidando com o Alzheimer. Para mais informações, acesse https://abraz.org.br/. Para conhecer o portfólio
completo de Jasmine, acesse www.jasminealimentos.com.
www.jasminealimentos.com.
M. Dias Branco
www.mdiasbranco.com.br
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