Há mais de 300 anos, uma descoberta mudaria todo o rumo do cuidado com a saúde: o desenvolvimento da primeira vacina. Desde 1990, mais de 1,1 bilhões de crianças foram imunizadas contra doenças evitáveis por vacinação, reduzindo a mortalidade infantil para metade e salvando 4 a 5 milhões de vidas por ano, e abrindo o caminho para o desenvolvimento de outras vacinas que iriam proteger a todos e erradicar doenças.
Não há dúvidas de que a prevenção é a estratégia mais eficaz para combater doenças. Não à toa, sempre que se enfrenta um surto de alguma enfermidade, ou busca-se proteção contra males de difícil cura e alto risco à vida, estuda-se uma forma de imunização. Hoje, por exemplo, estão sendo pesquisadas vacinas eficazes contra dengue, HIV e, até mesmo, contra tipos de câncer.
No Brasil, há 50 anos uma iniciativa do Ministério da Saúde transformou a saúde pública do país e salvou milhões de vidas: a criação do Programa Nacional de Imunização (PNI), em 18 de setembro de 1973. Referência mundial, sua atuação inclusiva disponibiliza as vacinas gratuitamente para toda a população, garantindo a equidade no acesso à saúde.
O programa contribuiu significativamente para a erradicação e controle de diversas doenças, como sarampo, poliomielite, difteria, tétano, entre outras. Além disso, tem desempenhado um papel fundamental na prevenção de epidemias e surtos de doenças infecciosas.
A indústria farmacêutica e de biotecnologia desempenha um papel fundamental na
história do PNI. Desde o início, a parceria entre o setor público e privado foi
crucial para viabilizar a produção e distribuição de vacinas em larga escala.
Este trabalho conjunto permitiu que o PNI acompanhasse as evoluções científicas
e tecnológicas, incorporando vacinas modernas e mais eficazes ao calendário
nacional de imunização. E é com grande satisfação que a MSD é companheira da
iniciativa do país, oferecendo vacinas contra diversas doenças.
Apesar das conquistas ao longo de 50 anos, o PNI enfrenta desafios para o futuro. Infelizmente, nos últimos anos o Brasil perdeu a grande taxa de cobertura vacinal. Com a disseminação de notícias falsas sobre vacinação e o crescimento de movimentos antivacinas, as pessoas deixaram de se vacinar e, assim, de protegerem a si mesmas, filhos e a população. A taxa de cobertura vacinal no país que chegou a atingir 97% em 2015, encerrou o último ano em 72%.
Celebrar
os 50 anos de PNI é essencial, ainda mais neste cenário, no qual precisamos
reforçar a importância de um programa de imunização sólido e eficiente, capaz
de salvar vidas e proteger a população de doenças. Temos de exaltar o seu
compromisso com a saúde pública brasileira e nos dedicarmos, entidades
públicas, privadas e todos os cidadãos, para que o Brasil volte a ser
referência na imunização de sua população e, consequentemente, na erradicação
de doenças.
O
Programa Nacional de Imunização é um legado de sucesso para o Brasil, um
exemplo de colaboração entre diferentes atores e uma história de dedicação à
saúde e ao bem-estar da população. Que os próximos 50 anos do PNI sejam
marcados por avanços contínuos, inovações e, acima de tudo, pela proteção da
vida de todos os brasileiros.
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