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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama.

Número de novos casos de câncer de mama no Brasil chega a 73.610, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA)

 

Leonardo Valladão, médico ginecologista, explica os 16 mitos e verdades sobre o diagnóstico e tratamento


 

Segundo dados mais recentes do Inca, ao menos 73.610 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama em 2023.


A principal causa de morte pela doença entre mulheres se dá justamente ao atingir a mama, mas o diagnóstico precoce pode levar à cura em 90% dos casos.


Além disso, quando precocemente descoberto pode-se evitar o procedimento cirúrgico de retirar a mama por completo ou ainda evitar intervenções complementares como quimioterapia ou radioterapia, aumentando a sobrevida das pacientes e reduzindo a morbidade.


Para esclarecer pontos sobre a doença, seu diagnóstico e tratamento, o médico ginecologista da equipe Parto com Amor, Leonardo Valladão, explica algumas dúvidas recorrentes.

 

Conheça os Mitos e Verdades sobre câncer de mama:

 

1.   Todo caroço no seio é câncer de mama?


Mentira. Nem todo nódulo na mama é causado por doença maligna. Os nódulos sugestivos de câncer são indolores, têm contornos pouco definidos, são bastante endurecidos e fixos, não se movendo durante a palpação.


 

2.   Menopausa e reposição hormonal não trazem risco para o câncer de mama?


Verdade. A evidência disponível apoia uma relação causal entre a terapia hormonal da menopausa (THM) e o câncer da mama. Por outro lado, o uso a curto prazo da terapia combinada estrogênio-progestógeno (menos de quatro anos se não houver uso prévio de estrogênio) parece não aumentar significativamente o risco de câncer de mama, embora possa tornar a detecção mamográfica mais difícil.

Os riscos atribuíveis de câncer da mama às mulheres na faixa dos 50 anos, o grupo com maior probabilidade de fazer terapia hormonal para os sintomas da menopausa, são muito baixos. Esse risco adicional estimado de câncer de mama de três casos adicionais por 1.000 mulheres durante cinco anos de uso combinado de acetato de medroxiprogesterona e estrogênio conjugado. Durante cinco anos de uso de estrogênio conjugado sem oposição, o risco estimado foi de 2,5 casos a menos.


 

3.   O câncer de mama só afeta quem tem histórico familiar?


Mentira. O câncer de mama pode afetar qualquer mulher, contudo pode ocorrer em famílias com determinadas alterações genéticas que favorecem esse tipo de câncer.


 

4.   Usar anticoncepcionais desde a infância pode desencadear câncer?


Verdade. Os anticoncepcionais hormonais orais parecem estar associados a pouco ou nenhum risco aumentado de câncer da mama com base em dados observacionais.


 

5.   Quem faz o autoexame não precisa de mamografia?


Mentira. O autoexame não exclui a necessidade de mamografia; A mamografia tem grande importância no rastreamento do câncer de mama pois detecta lesões não palpáveis e precoces, melhorando o prognóstico da paciente pois ao ser diagnosticado precocemente o tratamento é conservador e preserva a mama, e a sobrevida e taxa de cura da paciente é maior.


 

6.   Amamentar protege do câncer de mama?


Verdade. Amamentar além de um ato de amor e de ser importantíssimo para o recém-nascido e lactante, protege contra o câncer de mama.


 

7.   Usar sutiã apertado causa câncer de mama?


Mentira. Não causa câncer de mama usar sutiã apertado


 

8.   Mulheres mais velhas têm mais chance de desenvolver o câncer de mama?


Verdade. Ele tem maior chance de se desenvolver em mulheres acima de 40 anos.


 

9.   Atividades físicas ajudam prevenir o câncer de mama?


Mentira. Não está claro se há ou não proteção do surgimento de câncer de mama em mulheres com atividade física. Entretanto, devido aos inúmeros benefícios da atividade física, é importante que a mulher sempre seja encorajada a realizar.


 

10. O câncer de mama pode ter cura?


Verdade. Principalmente quando diagnosticado precocemente. Por esse motivo o rastreamento é importantíssimo.


 

11. O câncer de mama pode ser causado por uma pancada nos seios?


Mentira. O que ocorre é que após um trauma mamário, mulheres que não costumam se tocar na mama passam a tocar devido ao trauma e podem então sentir a presença de nódulos que não haviam notado antes.


 

12. Pessoas acima do peso têm mais chances de ter câncer de mama?


Verdade. Um IMC mais elevado e/ou ganho de peso na perimenopausa têm sido consistentemente associados a um maior risco de câncer de mama entre mulheres na pós-menopausa.

Ao contrário das mulheres na pós-menopausa, um IMC aumentado está associado a um menor risco de cancro da mama em mulheres na pré-menopausa, particularmente no início da idade adulta.

 

 

13. Quem menstrua cedo ou tem filhos tarde tem mais chance de ter câncer de mama?


Mentira. Não tem nenhuma ligação quando se menstrua tardiamente ou tem filhos mais tarde de mulheres terem câncer de mama.

 

 

14. O câncer de mama só aparece em mulheres?


Mentira. Não, o câncer de mama apesar de mais raro, também pode acontecer em homens.


 

15. Próteses de silicone podem dar câncer de mama?


Mentira. Não há correlação entre próteses mamárias de silicone e câncer de mama.


 

16. Dor no seio significa câncer de mama?


Mentira. Não. Aliás, é importante frisar que os nódulos malignos têm como característica não doer. 

 

Dr. Leonardo Valladão - Ginecologista e Obstetra da Clínica Parto com Amor- CRM: 112961. Formado na Faculdade de Medicina de Jundiaí, fez residência médica na Santa Casa de São Paulo onde foi chefe do centro obstétrico e pré-natal de alto risco por mais de 10 anos. Foi professor da faculdade de ciências médicas da Santa Casa de São Paulo. Título de especialista em ginecologia e obstetrícia, além do título de especialista em Medicina Fetal, ambos pela Febrasgo. Pós-graduação em Reprodução Assistida na faculdade de ciências médicas da Santa Casa de São Paulo com estágio no Centro IVI Barcelona. Mestrado em ginecologia e obstetrícia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa. No momento, dedica-se à humanização no atendimento no Pré-Natal, Parto e puerpério e é fundador da Equipe Parto com Amor, equipe multidisciplinar de atendimento obstétrico e acompanhamento de parto humanizado, onde é Coordenador médico. https://partocomamor.com.br/


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