Chamados de SASers, os
profissionais participam de expedições de saúde e levam atendimento humanizado
e especializado Foto: Duda Félix
Chegar ao consultório, colocar o jaleco e atender o paciente. Essa é a cena no imaginário das pessoas ao pensar na rotina de um médico. Em contrapartida a essa realidade, centenas de profissionais se uniram para “tirar o jaleco” e se aventurar pelo país levando atendimentos especializados de forma gratuita. Chamados de SASers, eles optam por não usar o tradicional equipamento médico e vestem uma camiseta, adotando uma abordagem mais próxima para acolher o paciente.
Todos esses profissionais são voluntários da SAS Brasil, uma startup social que leva saúde e alegria a regiões carentes de médicos especialistas. Durante o ano diferentes expedições por todo o país com o objetivo de zerar as filas dos SUS com as especialidades oferecidas. A iniciativa não envolve apenas a saúde dos pacientes, mas também a alegria de servir e trabalhar lado a lado com voluntários de diversas áreas de atuação.
Ao invés do estereotipado jaleco branco, os médicos adotam uma abordagem diferente para se conectar com os pacientes e suas comunidades. Para o atendimento pediátrico as vestimentas são ainda mais especiais, com fantasias e toucas que encantam as crianças e ajudam a criar um ambiente de conforto.
Ao longo de uma década de existência, mais de 1000 voluntários de diferentes especialidades e cidades do Brasil têm saído da sua rotina e fazendo o bem. Entre esses médicos apaixonados pela causa está Juliana Diniz, neurologista, que trabalha em hospitais em São Paulo. "Sempre quis usar minha profissão para ajudar quem precisa. Fiquei apaixonada desde a primeira expedição que participei em agosto do ano passado. É um trabalho, uma prioridade, e sempre que posso, estou presente”, comenta a neurologista prestes a embarcar em sua próxima ação presencial.
Ivana, pediatra e neonatologista, atende crianças durante as expedições e consegue compreender diversas realidades. Ela descreve sua experiência e destaca o impacto positivo que a organização tem nas comunidades carentes: "É incrível me fazer parte de tudo isso. Espero participar por muitos anos," afirmou Ivana.
Outra médica que se juntou à causa é Mirian
Takeshita, uma dermatologista com 32 anos de experiência. Ela destaca o poder
do trabalho voluntário e do seu impacto nas áreas carentes. "Tudo isso
para realizarmos um atendimento acolhedor, empático, humanizado. Eles saem
felizes, e nós que atendemos saímos ainda melhores. É indescritível a troca de
energia neste tipo de trabalho," disse Mirian.
Importância da biossegurança
É importante destacar que, mesmo sem o uso do
jaleco médico tradicional, todos os cuidados com a biossegurança do profissional
e do paciente são rigorosamente tomados, garantindo um atendimento seguro e de
alta qualidade.
SAS Brasil
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